A Editora Nacional lança nesta semana o selo Naci. Focado em literatura young adult, a marca faz parte de um conjunto de ações estratégicas adotado pela editora, que vem se reposicionando no mercado desde 2020. O selo é focado em autores nacionais e internacionais com histórias para o público de 13 a 24 anos, que já representa mais de 40% dos seguidores no Instagram que acompanham a editora. O primeiro livro que será lançado com o selo novo é Para sempre seu, da jovem autora brasileira Julia Braga. A Editora Nacional tem também uma nova gerente de marketing, Cláudia Sá, que tem passagem em empresas educacionais no exterior e na Editora FTD. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Dias depois do fim de uma visita técnica do trio curador pelas ruas de Paraty, a Flip (23 a 27/11) anunciou o primeiro nome da programação da sua 20ª edição: Saidiya Hartman. Escritora e professora de literatura comparada na Universidade Columbia, Hartman é uma importante expoente do pensamento negro contemporâneo e desenvolve pesquisas nos campos da história da escravidão e literatura afro-americana. Por seu trabalho, já recebeu diversas distinções acadêmicas e bolsas de pesquisa, como a MacArthur “Genius Grant”, Guggenheim e Fulbright. "Hartman, assim como Bernardine Evaristo, nossa convidada em 2021, fazem parte de uma geração de autoras que, como lembra Audre Lorde, se recusam a usar definições fáceis de negritude. Para uma festa que celebra a literatura, um projeto estético como o de Hartman tem muito a contribuir na discussão sobre o que, no contato com a leitura, pode tornar-se visível, e para quem", comenta o diretor artístico da Flip, Mauro Munhoz. Saidyia tem três livros já traduzidos no Brasil. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

No episódio dessa semana, o Podcast do PublishNews recebe um escritor, tradutor e roteirista que viralizou na última semana, ao fazer um discurso tocante na recente cerimônia do primeiro CCXP Awards. Jim Anotsu venceu na subcategoria de Melhor Livro de Ficção com o livro O serviço de entregas monstruosas (Intrínseca). No palco, com o troféu nas mãos, disparou: “Eu nunca imaginei, quando era uma criança adotada, que depois virou órfã, que eu poderia estar aqui. Quando eu fui expulso de casa, eu não imaginei que poderia estar aqui. Quando eu estava comendo restos dos pratos das pessoas na faculdade, eu jamais pensei que poderia estar aqui. Mas, como diz o meu ídolo Lewis Hamilton, isso aqui é para quem sonha o impossível.” Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Prêmio Eisner, considerado o Oscar dos quadrinhos, anunciou na última sexta, durante a Comic Com de San Diego, os vencedores da sua edição de 2022. O destaque, claro, vai para os brasileiros Fido Nesti e Mike Deodato Junior. Nesti venceu na categoria Melhor Adaptação com seu trabalho na adaptação da distopia 1984, de George Orwell, publicada há dois anos no Brasil pela Companhia das Letras. Em seu Instagram (@fidonesti), ele postou uma foto com seu troféu e agradeceu à toda a equipe que o ajudou a publicar a obra. "Muito feliz e ainda atordoado com o que aconteceu ontem à noite". Já Deodato foi premiado na categoria Melhor série de humor com a HQ Nem todo robô (Comix Zone), trabalho escrito por Mark Russell que mostra um futuro distópico no qual todas as famílias têm um autômato. Nas redes, Deodato (@mikedeodato) lembrou de uma troca de e-mails com seu editor Axel Alonso – ainda em 2020 – mencionando o prêmio. Na lista dos brasileiros que já venceram o Prêmio Eisner estão Rafael Grampá (2008), Fábio Moon e Gabriel Bá (2008 / 2011 / 2016) e Rafael Albuquerque (2011). Em 2018, o quadrinista Marcelo D’Salete venceu o Eisner na categoria melhor publicação estrangeira com o livro Cumbe (Veneta). E em 2019, a paulistana Adriana Melo participou do livro Puerto Rico strong (Lion Forge), que foi eleito como a melhor antologia do ano pelo prêmio.

A HarperCollins fechou contrato com a RT Features, produtora internacional do brasileiro Rodrigo Teixeira, de sucessos como Me chame pelo seu nome, para desenvolver um série de streaming baseada no livro O último ancestral. Obra de ficção científica lançada no ano passado, o segundo livro de Ale Santos usa elementos de afrofuturismo em um fantasia urbana que traz referências de fé, cultura e história africana no Brasil. A HarperCollins Publishers, nos EUA, participa como produtora associada da adaptação para a tela. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta obra.

No Globo, Lauro Jardim informou que será lançado em setembro o volume central da biografia de Franz Kafka escrita pelo alemão Rainer Stach. O livro recorre a mais de 4 mil páginas de diários e fragmentos literários, parte deles inédita, para recriar o ambiente em que o romancista viveu entre 1910 e 1915. Kafka: os anos decisivos será lançado pela Todavia. Na Folha, a coluna Painel das Letras informou que Ruy Castro inscreveu sua candidatura à cadeira 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL), deixada vaga pela morte de Sergio Paulo Rouanet, e é favorito. O Estadão entrevistou a espanhola Irene Vallejo, sucesso mundial com O infinito em um junco (Intrínseca). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Grupo Editorial Pensamento está à procura de um estagiário em marketing. Os requisitos incluem cursar o terceiro ou quarto ano nos cursos superiores das áreas de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Marketing, Comunicação Integrada ou Marketing Digital; ser um heavy user nas redes sociais e atento às tendências digitais; ser proativo e atento às tendências de mídias sociais; e saber trabalhar em equipe. São considerados diferenciais ter conhecimento em design, ter experiência de estágio com marketing e marketing de influência ou curso na área; e um tiktoker ou nano influenciador em redes sociais. Entre as atribuições do cargo estão o auxílio no planejamento e na criação conteúdo de mídias digitais; orçar brindes e materiais da área; ajudar nas elaborações de briefings para artes de mídias sociais; manter contato com parceiros de mídias sociais da editora; e dar apoio às ações gerais do departamento de marketing e elaboração de relatórios. Interessados devem enviar e-mail para vagas@grupopensamento.com.br, colocando “Marketing” no assunto.

A editora Buzz abriu uma vaga para assistente editorial. Para a vaga, é preciso ter formação em Letras ou Produção Editorial; conhecimento dos processos editoriais, experiência de pelo menos um ano na área; inglês intermediário ou avançado; domínio do pacote Office e do Acrobat Pro; boa comunicação oral e escrita; ser organizado e proativo e ter bom relacionamento interpessoal. As funções do cargo incluem o acompanhamento dos processos de produção editorial; redação de aparatos e textos de orelha; redação de sinopses e outros textos editoriais; liberação de textos preparados e revisados - conferência de plotters; realização de tarefas administrativas do setor, entre outras atividades. Interessados devem enviar currículos para financeiro@buzzeditora.com.br até 21 de agosto ou se inscrever clicando aqui.

Três estrelas geek de gerações diferentes passam por São Paulo nesta semana. A partir de quarta (27), até domingo, a UCCONX vai reunir o mundo nerd no Complexo do Anhembi. Millie Bobby Brown, de Stranger Things; Rupert Grint, da saga Harry Potter; e George Takei, de Star Trek, são os convidados mais atraentes da programação. A UCCONX reúne estandes e eventos que contemplam os universos Asian, Comics, Cosplay, Gamer, Movies & Series e Urban. Os preços dos ingressos variam de R$ 300 (entrada de um dia no Complexo do Anhembi, com meia-entrada disponível a R$ 150) até R$ 5 mil (incluindo pacotes para todos os dias e kits que garantem participação em meets & greets com os convidados internacionais e outras exclusividades). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

De hoje (25) até quinta (28), às 20h, Lilian Cardoso, especialista em marketing literário, diretora da LC – Agência de Comunicação e finalista do Prêmio PublishNews 2021, realiza a Maratona do Escritor. Serão quatro aulas gratuitas sobre as principais tendências do mercado e estratégias para publicação e divulgação de um livro. A programação inclui conteúdos sobre todas as etapas, desde como trabalhar a audiência antes mesmo da publicação; a construção dos arquétipos – do autor, dos personagens e leitores; marketing digital; negociação com editoras e estratégias personalizadas; entre outros temas pensados para ajudar os autores a tornarem seus livros produtos atrativos, com originalidade. A transmissão das aulas será no YouTube, sempre às 20h, e os interessados devem ser inscrever gratuitamente pelo site Maratona do Escritor. Esta é a quarta edição do evento que, em 2021, contou com mais de 10 mil participantes.

"As bicicletas são máquinas impulsionadas por você mesma. É você quem decide para onde quer se deslocar", diz a protagonista de Todas as bicicletas que eu tive (Lote 42, 120 pp, R$ 70 - Trad.: Nicolás Llano Linares), uma mulher que, seja numa Chopper, uma Mountain, uma Diamant, uma Giant ou uma Aurorita, serpenteia com liberdade as ruas de Quito, Bogotá, Medellín, Cali, Buenos Aires ou Paris, costurando os diferentes capítulos da sua vida. Em tom autobiográfico, no trabalho mais recente da artista Powerpaola, as bicicletas não são apenas extensões de si mesma, senão também as musas que a levam para o passado, esse obscuro e abismal rio pelo qual fluem amores, perdas, amizades, irmandades, tragédias, acidentes e desilusões. Ao mesmo tempo em que é publicada no Brasil pela Lote 42, a obra sai em outros quatro países: Musaraña (Argentina), La Silueta (Colômbia) – responsável pelo projeto gráfico –, El Fakir (Equador) e Sexto Piso (México e com filial na Espanha). Aqui, a obra estreia oficialmente no estande da Lote 42 no FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos), que ocorre em Belo Horizonte no início de agosto (03 a 07).

Amizades, fofocas, mentiras, festas glamorosas e amores proibidos fazem de Lore Olympus 1 (Suma, 384 pp, R$ 69,90 - Trad.: Érico Assis), de Rachel Smythe, um retrato dos deuses gregos como jamais visto – mais humano do que nunca. Perséfone, a jovem Deusa da Primavera, acabou de chegar no Olimpo. Criada no reino mortal pela mãe de pulso firme, Deméter, ela recebe a permissão para viver no mundo dos deuses enquanto se prepara para seguir a vida como uma virgem sagrada. Quando a amiga Ártemis leva Perséfone para uma festa, sua vida muda completamente: lá ela conhece Hades, e o charmoso e incompreendido líder do Submundo desperta nela uma chama. Agora, Perséfone precisa aprender a lidar com as relações e as políticas confusas que regem o Olimpo, enquanto descobre seu lugar e seu próprio poder. O primeiro volume da série reúne 25 episódios do webcomic, além de um conto exclusivo e inédito. Finalista dos prêmios Eisner e Hugo e fenômeno absoluto no Webtoon, a obra é uma releitura envolvente da mitologia grega e foi uma das mais vendidas do estande da Companhia das Letras na Bienal de SP.

Escrita por Eleanor Davis, a graphic novel Árduo amanhã (Tordesilhas, 152 pp, R$ 59 – Trad.: Érico Assis) explora um futuro próximo indefinido, amplificando o cenário sociopolítico atual. Em um exercício de imaginar possibilidades, Davis retrata um contexto em que Mark Zuckerberg é presidente dos Estados Unidos e leis antiprotesto cada vez mais rígidas classificam os megafones como artefatos criminosos. Na obra, Hannah tem trinta e poucos anos, trabalha na área de saúde domiciliar e é ativista antiguerra. Seu marido, Johnny, é um maconheiro que passa os dias em casa trabalhando – ou “trabalhando” – na construção de uma casa antes que o frio do inverno chegue. Eles moram na traseira de um caminhão, à espera de uma gravidez que parece que nunca virá. Com as pernas para cima para uma maior chance de concepção, Hannah vasculha os Reddits de fertilidade enquanto Johnny sonha com uma grande e variada horta para garantir que tenham sustento suficiente caso o fim dos tempos chegue, o que, dada a frágil democracia em que vivem, não parece algo tão distante. Ajudando Hannah na luta por um futuro melhor está sua melhor amiga Gabby, uma naturalista quer que ela idolatra e que a adora. E Johnny, em sua missão de construir a casa, conta com a ajuda de Tyler, um teórico da conspiração obcecado por suas próprias noções nebulosas da realidade.

Depois da publicação de Tangências, HQ que discute a complexidade das relações sentimentais, o escritor e desenhista espanhol Miguelanxo Prado retorna com a obra O pacto da Letargia (Conrad, 104 pp, R$ 129,90 – Trad.: Nereu Afonso da Silva | Letras: Lilian Mitsunaga). No livro, o pesquisador e estudante de arqueologia Artur Rego se envolve no ressurgimento de uma ordem de anjos e demônios e frente a isso é incumbido de uma importante missão: encontrar um talismã celta, gravado com um tríscele. O único capaz de impedir o fim do mundo em que vivemos. Ao lado de Lua, uma estudante de história da arte e mestiça de magos, e Gabriel, um senhor cheio de segredos, Artur corre contra o tempo para encontrar o tríscele antes que seja tarde demais. A narrativa discute ainda questões como a preservação ambiental e o contrabando arqueológico.