Em 2021, a Agência Riff completou 30 anos de existência. Nestas três décadas, se sagrou como uma das principais agências literárias do país, representando mais de 170 escritores brasileiros, incluindo nomes fundamentais da literatura nacional contemporânea e de importantes espólios. Ao longo destes anos, a Agência Riff testemunhou – se não protagonizou – mudanças expressivas no mercado editorial brasileiro, que se profissionalizou e se tornou um player importante no cenário internacional. Esta trajetória credenciou Lucia Riff, a fundadora da agência, para estar no próximo Sabatina PublishNews, programa mensal de entrevistas capitaneado por Talita Facchini que já recebeu nomes como Luiza Helena Trajano, Luiz Schwarcz, Marcus Teles, Marcos da Veiga Pereira, e Marcos Guedes. Para sabatinar Lucia Riff, o PublishNews escalou uma bancada à altura: a agente alemã Nicole Witt (MertinWitt), o editor André Conti (Todavia) e o jornalista Paulo Werneck (Quatro Cinco Um). O programa será transmitido ao vivo na próxima terça-feira (1º), a partir das 17h, pelo Facebook e pelo YouTube do PublishNews. O Sabatina PublishNews tem apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Metabooks.

A Saraiva pediu aos seus credores que suspendessem, mais uma vez, a assembleia geral convocada para aprovar o novo plano de recuperação judicial. O entrave apontado pela representação jurídica da empresa é o Banco do Brasil (BB). Adriana Dias de Oliveira, sócia do escritório Thomaz Bastos Waisberg Kurzweil, que representa a Saraiva na Justiça, disse durante o encontro que não conseguiria garantir a aprovação do plano sem o apoio do BB. Diante disto, pediu que a assembleia geral de credores fosse novamente suspensa até o dia 16 de fevereiro, às 14h. A promessa é que, até lá, o Banco do Brasil terá a sua definição final. O banco estatal está arrolado com um crédito de R$ 120 milhões, o que equivale a 18% da dívida total declarada no pedido de recuperação judicial. Aos demais credores, o advogado do Banco do Brasil, apresentado apenas como Thiago, informou que o voto do banco seria contrário à aprovação do plano de recuperação judicial, o que poderia levar a Saraiva à falência. Ele explicou que está tentando reverter a decisão internamente para que sejam mantidas as operações da varejista. E que, para isso, precisaria de mais tempo. Os credores votaram e decidiram, por 87,77%, suspender a assembleia mais uma vez.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz, nesta semana, dois editais, um deles visando aquisição de livros técnicos e outro a contratação de serviços gráficos e editoriais. O primeiro, com pregão marcado para o dia 03 de fevereiro, prevê a compra de 24 mil exemplares de livros nas áreas de Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes e Saúde. O outro é para serviços gráficos e editoriais na composição de um livro. A disputa deste segundo está marcada para o dia 08 de fevereiro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias daí a 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre os dias 13 e 19 de março. Entre elas, estão o segundo volume da série Cidade da Lua Crescente, Casa de céu e sopro (Galera), de Sarah J. Maas; Jovens heróis da União Soviética (Objetiva), de Alex Halberstadt; Literatura na escola (Contexto), de Marcel Alvaro de Amorim, Diego Domingues, Débora Ventura Klayn e Tiago Cavalcante da Silva, e Exílio e outros poemas (Penguin), de James Joyce, traduzido por Caetano W. Galindo. Clique aqui para conferir todas elas. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve, o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações e o Apanhadão Diário. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Livraria da Vila, que passa por expansão, abriu duas vagas. A primeira delas, para comprador. Para se candidatar, é preciso ter experiência mínima de três anos na área de compras no varejo e conhecimento do pacote Office. A pessoa selecionada será responsável pela negociação de condições comerciais, acompanhamento junto aos pontos de venda, cálculo de margem de compra e venda, reposição e acompanhamento do cadastro de produtos. Já para o cargo de analista de mídias sociais, a livraria pede experiência anterior no cargo, conhecimento prático com Google Ads, sites, redes sociais e impulsionamento de campanhas e ainda ser criativo, proativo, ágil, flexível, com senso de humor e saber trabalhar em equipe. Além do salário, a Livraria da Vila oferece vale-refeição, vale-transporte, assistência médica e desconto em livros de 40%. Para as duas vagas, os currículos devem ser enviados para o e-mail rh@livrariadavila.com.br até o dia 04 de fevereiro.

Em 1935, o advogado, jornalista e intelectual paulistano Paulo Duarte escreveu para Mário de Andrade para convidá-lo a assumir o Departamento de Cultura da cidade de São Paulo. A partir daí, os dois mantiveram intensa correspondência que dão a dimensão das condições em que se implantou uma intervenção do poder político na máquina pública para promover o acesso à cultura numa cidade que cultua o trabalho. Estes documentos foram reunidos em Mário de Andrade por ele mesmo (576 pp, R$ 99), publicado originalmente em 1971 e que agora ganha nova edição pela Todavia. No livro, Duarte faz um balanço desse período conturbado na vida cultural e política brasileira. Híbrido de ensaio e correspondência, Mário de Andrade por ele mesmo traz os fundamentos de uma concepção de cultura democrática, até hoje em luta para se constituir.

Obra de referência já consagrada, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro (José Olympio, 658 pp, R$ 99), do goiano Gilberto Mendonça Teles, ganha nova edição em meio às celebrações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. O volume reúne poemas, conferências e manifestos vanguardistas estrangeiros e nacionais publicados entre 1857 e 1972. Com isso, forma um panorama dos movimentos modernistas, uma viagem em companhia de textos de artistas que foram capazes de antever os sopros da mudança ainda no século XIX — como Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé —, nomes que protagonizaram as vanguardas europeias — como André Breton, Vladimir Maiakovski e Tristan Tzara —, expoentes do modernismo brasileiro — como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Murilo Mendes — e, enfim, aqueles que marcaram um momento mais experimental da arte brasileira — como Décio Pignatari e Wlademir Dias-Pino. Para a nova edição Mendonça Teles escreveu novo prefácio.

O livro Modernismos 1922-2022 (Companhia das Letras, 896 pp, R$ 159) reúne 29 ensaios inéditos que festejam, questionam e provocam reflexões sobre a Semana de 22 e seus desdobramentos, revisitando suas memórias e fortuna crítica. O volume é organizado por Gênese Andrade e conta com ensaios inéditos de José Miguel Wisnik, Lilia Moritz Schwarcz, Walnice Nogueira Galvão e Regina Teixeira de Barros. Os textos reunidos em Modernismos têm como objetivo trazer para o debate as manifestações e as obras artísticas modernistas, reconhecendo suas virtudes e controvérsias, as relações com seu contexto político, social e cultural de produção e recepção, com o mesmo vigor que moveu seus protagonistas

O ano de 1922 foi de grandes mudanças no mundo. E os acontecimentos daquele período reverberaram por todo o século XX e até hoje, se vê os sinais deixados por ele. O Império Otomano desmorona depois de mais de seis séculos. O Império Britânico alcança sua maior extensão, mas é o fim de seu apogeu. A União Soviética é criada oficialmente, e a Itália de Mussolini se torna o primeiro estado fascista. Nos EUA, o jovem gângster Al Capone é preso, enquanto a Ku Klux Klan continua sua expansão. A Lei Seca está no auge, e a indústria cinematográfica em Hollywood, ainda que abalada por escândalos, continua a crescer. Um novo meio de comunicação, o rádio, começa a se destacar, e, na Grã-Bretanha, a BBC é fundada. Este extraordinário ano é esmiuçado no livro 1922: Cenas de um ano turbulento (Astral Cultural, 256 pp, R$ 54,90 – Trad.: Marcia Blasques).