O editor júnior do Grupo Editorial Aleph, Thiago Bio, foi selecionado para participar do fellowship do Sofia International Literary Festival, a ser realizado entre os dias 9 e 12 de dezembro na capital da Bulgária. Já com 50 edições, a feira é um dos eventos tradicionais da Europa, e, neste ano, 31 participantes do programa de parcerias terão a chance de assistir a painéis de discussão, participar de reuniões B2B, encontros de networking e visitas a livrarias. "É uma honra representar tanto o Grupo Editorial Aleph quanto, pela primeira vez, o Brasil no fellowship de uma feira tradicionalíssima, com mais de cinquenta edições", afirma Thiago ao PN. "A ocasião nos permite estabelecer conexões verdadeiras, conhecer novos rostos e, principalmente, expandir a rede de negócios de cada lado — neste caso, com os países dos Bálcãs e do Leste Europeu e, em especial, da Bulgária". Clique no Leia mais para saber mais sobre o evento.

A Livraria Mantiqueira inaugura a sua unidade em São José dos Campos neste sábado (6), com um festival que coloca no mesmo palco os escritores Milton Hatoum, Jéssica Balbino e Daniel Munduruku. A abertura representa a chegada da primeira livraria de rua da cidade, instalada na Vila Adyana (Av. Paulo Becker, 108), com 450 m², jardim com pitangueira, café e uma estrutura pensada para encontros literários de todos os portes. Ao longo do final de semana, o público encontra dez atividades — de contação de histórias e oficinas a mesas e lançamentos. Honrada com o convite, Jéssica disse ao PublishNews: "Amo livrarias de rua e acredito demais no poder de transformação social que elas têm" e destaca o trabalho da organização que "faz uma verdadeira guerrilha quando se trata de literatura e valorização da palavra". Leia a notícia completa para organizar a agenda e estar lá, prestigiando o Roberto Guimarães e a Carolina Rochel.

O Grupo LC, composto pelas marcas LC – Agência de Comunicação, LC Marketing e LC Design & Editorial, amplia agora sua atuação no mercado editorial com o lançamento da LC Books, selo dedicado à autopublicação. Com equipe multidisciplinar formada por designers, editores, jornalistas, revisores e diagramadores, a editora vai transformar originais em livros buscando se destacar pelo projeto gráfico, acabamento e posicionamento estratégico. O selo estreia com dois títulos: Finanças para operações enxutas, de Ricardo Borgatti, Roberto Aguiari e José E. Balian, e Ticket dourado, de Luciano Claudino. Fundado pela jornalista Lilian Cardoso em 2010, o Grupo LC consolida mais um passo de sua evolução com a chegada da nova casa editorial de autopublicação. Clique no Leia mais para ler a nota.

"O futuro do impresso é uma das questões mais debatidas no cenário da comunicação moderna. De acordo com a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela Nielsen BookData e divulgada em 2025, o mercado de livros impressos registrou uma queda real de 44% no faturamento entre 2006 e 2024 (descontada a inflação). No entanto, a mesma pesquisa aponta que houve um crescimento específico em nichos como Obras Gerais (9,2%) e Religiosos (8,7%), impulsionados pelo conteúdo digital. Estes dados sugerem que o impresso está, de fato, em um processo de encolhimento geral em seu formato tradicional, mas encontra focos de resistência e adaptação. Portanto, é possível dizer que o impresso não está morrendo, mas sim passando por um processo de reinvenção nesse novo mundo, dominado pela tecnologia". Interessou? Leia o artigo completo de Fábio Carvalho.

O escritor Milton Hatoum será o convidado do programa Roda Viva na próxima segunda-feira (8). O escritor acaba de publicar Dança de enganos (Companhia das Letras), último volume da trilogia O lugar mais sombrio (Companhia das Letras). Neste ano, o autor também foi eleito para a cadeira 6 da Academia Brasileira de Letras e figurou entre os cotados ao Prêmio Nobel de Literatura. A bancada de entrevistadores será formada por Adriana Ferreira Silva, André Cáceres, Iara Biderman, Ruan de Sousa Gabriel e Walter Porto. Em agosto de 2025, o escritor amazonense foi eleito como novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ao longo de sua trajetória, Milton Hatoum escreveu nove livros de ficção, dentre eles os romances Relato de um certo Oriente, Dois irmãos e Cinzas do Norte (Companhia das Letras), vencedores do Prêmio Jabuti. Clique no Leia mais para saber detalhes do programa.

O último encontro de 2025 do Clube de Leitura CCBB está mais do que marcado: será no início de dezembro, com Monja Coen e Leonardo Boff, duas das vozes mais influentes do pensamento espiritual e ético contemporâneo. O público escolheu, por votação aberta, os livros que encerram a programação: O que aprendi com o silêncio (Academia), lançado por ela em 2019, e A busca da justa medida (Vozes Nobilis), dele, de 2023. “Num evento como este, é o momento de os participantes conhecerem os autores e ganharem mais gosto para o livro e pela leitura dele, coisa que nenhum outro meio substitui”, afirma Boff, em nota enviada à imprensa. Monja Coen também celebra o encontro e diz ter profunda admiração pelo parceiro desta edição do clube. Leia a nota completa para organizar a agenda.

A professora da rede pública de ensino de Olinda, Fabiana Maria lançou no final de novembro 29 de novembro o livro infantil Tóin-tóin, que conta a história de uma menina negra para discutir identidade e representatividade na infância. A autora relata que sentiu a necessidade de ter um livro que abordasse o tema, e que "brincar de bonecas não é uma brincadeira". O lançamento ocorreu na Comunidade Quilombola Xambá, em Olinda, durante o cronograma de atividades do Mês da Consciência Negra. O livro terá distribuição gratuita de 3 mil exemplares para escolas públicas, bibliotecas comunitárias e projetos sociais do Recife, Zona da Mata Norte e Sertão do São Francisco. A obra ainda terá audiolivro gratuito. Clique no Leia mais para saber detalhes da iniciativa.

A história de Em memória (Astral Cultural, 448 pp, R$ 74,90 — Trad.: Luiza Marcondes), de Alice Winn, se passa em 1914, e a Primeira Grande Guerra parece distante de Henry Gaunt, Sidney Ellwood e o restante de seus colegas de classe, instalados em segurança em um confortável internato no interior da Inglaterra. Aos 17 anos, eles ainda são muito jovens para se alistarem e, de qualquer forma, Gaunt está ocupado travando sua própria batalha particular ― uma paixão avassaladora por seu melhor amigo, o sonhador Ellwood ―, sem ter ideia de que o garoto também está apaixonado por ele, e sempre esteve. Quando a mãe de Gaunt lhe pede para se alistar no exército britânico, o jovem atende ao pedido prontamente, aliviado por escapar dos sentimentos que o consomem. Porém, para o desespero de Gaunt, Ellwood corre para segui-lo nas trincheiras, atormentado pelo medo de que algo aconteça ao amigo. A morte os cerca nessa nova realidade sombria, muitas vezes a poucos centímetros de distância, e ninguém sabe quem será o próximo. Mas, uma vez juntos, Ellwood e Gaunt encontram consolo e amparo um no outro enquanto enfrentam os horrores da guerra.

Entre 1992 e 2002, a Argélia viveu uma guerra civil que deixou cerca de 200 mil mortos — uma ferida aberta que a lei local ainda hoje obriga a manter em sigilo, sob pena de prisão. É a partir da memória reprimida desta década sombria na história no país que Kamel Daoud escreve o romance Língua interior (DBA, 456 pp, R$ 114,90 — Trad.: Bernardo Ajzenberg). No livro, o autor justapõe a jornada pessoal de Aube ao testemunho histórico da guerra em uma narrativa que não se furta nem ao horror, nem à poesia. Este não é um romance de morte ou sobrevivência, mas, como define Kamel Daoud, de ressurreição. A um só tempo alegórico e realista, íntimo e profundamente político, o livro é um retrato contundente de uma tragédia reduzida ao silêncio e da condição da mulher em um país em que viver, simplesmente, é atravessar “um corredor de espinhos”.

Romance de estreia de Tatiana Salem Levy e vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, A chave de casa (Record, 208 pp, R$ 74,90) ganha nova edição com orelha e posfácio inéditos de Diana Klinger e Natalia Timerman. O livro é um poderoso retrato do luto, do amor e do processo de escrita. A escritora apresenta os traços estilísticos e a originalidade literária que a consagraram como uma das mais promissoras escritoras da literatura brasileira contemporânea. A personagem-narradora, neta de judeus turcos, recebe do avô a chave da antiga casa da família em Esmirna, Turquia. A busca pelas raízes e pela herança familiar se desenrola no limiar entre realidade e ficção. O intenso fluxo de memórias é condensado para se transformar em uma narrativa composta por diversas vozes que se complementam. A chave de casa é uma obra que evoca a memória e os sentidos ao abordar o exílio, a dor do luto, a paixão e, sobretudo, o lugar da escrita diante da complexidade do real.

Noite de sexta, início dos anos 2000, um bar do campus de Berkeley. A universitária Percy Marks está falando de música, como de costume. Hall & Oates começa a tocar no jukebox, e Percy — que não tem talento musical, só muitas opiniões sobre o assunto — não consegue parar de analisar a canção, apesar de saber que quase ninguém tem paciência para esse tipo de conversa. Mas, esta noite, algo diferente acontece. O cara ao seu lado, Joe Morrow, é compositor, e parece disposto a passar a noite toda ouvindo Percy falar de música. Joe pede a opinião de Percy sobre uma de suas composições, e isso dá início a uma parceria de anos, que vai despertar paixões e destruir seus egos repetidas vezes. Será que a conexão eletrizante entre os dois vale o sofrimento? Ou será que essa parceria está, na verdade, impedindo Percy de encontrar a própria voz? De bares do Brooklyn a pistas de dança de São Francisco, Lado B (Rocco, 352 pp, R$ 84,90 — Trad.: Marcela Isensee), de Holly Brickley, é uma declaração de amor à cena indie do início dos anos 2000. Um romance realista, ao mesmo tempo sensível e hilário, e uma reflexão amorosa sobre o que significa ter talento, ser fã, sentir-se parte de algo e, acima de tudo, ser ouvido.