A Vitrola Editora e Distribuidora marca presença na 71ª Feira do Livro de Porto Alegre com uma participação inédita e multifacetada. Pela primeira vez, a Livraria Vitrola terá um estande próprio no evento, enquanto a editora Vitrola realiza uma série de encontros, painéis e sessões de autógrafos com autores e convidados ao longo de toda a programação. A feira será realizada até 16 de novembro, na Praça da Alfândega, com Martha Medeiros como patrona desta edição. “O propósito da Vitrola sempre foi aproximar pessoas e histórias. A Feira do Livro é o espaço ideal para materializar isso, onde o livro ganha vida nas mãos do leitor e as palavras encontram novas vozes”, afirma Ramir Severiano, fundador e CEO da Vitrola. Leia a notícia completa para organizar a agenda da próxima quinzena.

Hoje é Dia Nacional da Poesia e aniversário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade (1902–1987). Para comemorar a dupla efeméride, a Editora Record coloca nas livrarias de todo o país o box Essencial Carlos Drummond de Andrade, reunindo cinco livros fundamentais do poeta mineiro – Alguma poesia (1930), Sentimento do mundo (1940), José & Novos poemas (1942 e 1948), A rosa do povo (1945) e Claro enigma (1951) em capa dura. Já a Livraria Drummond (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP) realiza um dia inteiro de atividades para marcar os 123 anos do autor e reafirmar o legado de sua poesia no imaginário brasileiro. Leia a notícia completa.

A escritora Leticia Wierzchowski lança pela Maralto Edições o livro Por onde o tempo passa (104 pp, R$ 59,90), uma coletânea de crônicas selecionadas e organizadas pelo também escritor Luís Henrique Pellanda. Os textos foram originalmente publicados entre 2003 e 2014 no jornal gaúcho Zero Hora e agora se reúnem em volume que, segundo a autora, “permite acompanhar a passagem do tempo” — tanto o do mundo quanto o de dentro. As crônicas mergulham nas memórias íntimas e familiares de Leticia — o avô polonês Jan, a avó Anna, o pai e a casa azul de veraneio — num exercício de ternura e observação. Haverá dois lançamentos em Porto Alegre. Acesse a notícia para se programar.

É impossível falar da produção cultural no Brasil sem citar Myrian Dauelsberg. Aos 90 anos, completados em 2025, a fundadora da Dellarte ganha um novo palco para sua história com o lançamento do livro Atrás do Palco – Bastidores por Myrian Dauelsberg (Rebento Editora). Em tom memorialista e bem-humorado, a obra revisita episódios marcantes da trajetória de Myrian e da Dellarte, uma das mais longevas instituições dedicadas à difusão das artes no país. “Que este livro encontre outras plateias que possam se inspirar em alguém que dificilmente aceitava o ‘não’ como resposta”, diz Myrian Dauelsberg. Leia a notícia completa para saber da tarde de autógrafos, neste fim de semana, no Rio de Janeiro.

Aos 37 anos, Jacinda Ardern se tornou a mais jovem chefe de governo da história da Nova Zelândia e a terceira mulher a ocupar o posto em mais de 150 anos. Com uma infância modesta na zona rural, Jacinda ascendeu na política e governou o país guiada pelo singelo, porém poderoso, princípio da bondade ⸺ fazer o justo, o certo e o necessário. Investiu maciçamente em educação, combateu as desigualdades e se perfilou entre as lideranças mundiais na luta contra a pandemia e as mudanças climáticas. Por outro lado, deu um brilhante exemplo de humanidade e resiliência ao conciliar o exercício do governo com a maternidade, quebrando tabus e inspirando milhões de mulheres a desafiar as desigualdades de gênero e os discursos de ódio. Um tipo diferente de poder (Objetiva, 352 pp, R$ 89,90, traduzido por Débora Landsberg e Natalie Gerhardt) vai além das memórias de uma trajetória política e mostra um olhar íntimo sobre o poder.

Em a casa de minha mãe (Planeta, 240 pp, R$ 66,90, com tradução de Karine Ribeiro), Shari Franke, filha mais velha da famosa família do canal 8 Passengers, revela pela primeira vez a verdade por trás da fachada de família perfeita que encantou milhares de pessoas no YouTube. Em meio a vídeos sorridentes e conselhos parentais controversos, Shari viveu anos de abusos silenciosos, submetida a um regime cruel imposto por sua mãe, Ruby Franke. Tudo sob os holofotes e câmeras em gravações incessantes para mais de 2,5 milhões de seguidores. Com o apoio de Jodi Hildebrandt, uma coach de fama controversa, Ruby levou sua ideia distorcida de disciplina a extremos inimagináveis. A ilusão desmoronou em 2023, com a prisão de ambas por abuso e agressão infantil agravado. No mesmo dia, Shari postou uma foto de viaturas da polícia na frente de sua antiga casa com uma única palavra que ecoou pelo mundo: Finalmente. Agora, em um relato poderoso e corajoso, Shari expõe os bastidores sombrios de uma das famílias mais conhecidas da internet e o impacto devastador do programa ConneXions, liderado por Hildebrandt, que se assemelhava a uma seita. Levantando questionamentos sobre os perigos e limites da cultura dos influenciadores.

Quando o metalúrgico Manoel Fiel Filho foi torturado até a morte no DOI-CODI de São Paulo, em 1976, Dom Angélico esteve em Sapopemba para celebrar a missa de sétimo dia e protestou publicamente contra mais um homicídio cometido pela ditadura. Quando um trem de subúrbio se chocou com um ônibus em Arruda Alvim, no extremo leste de São Paulo, em 1977, matando 22 pessoas, Dom Angélico se sentou nos trilhos e jurou que só sairia dali quando as autoridades providenciassem uma cancela para impedir o tráfego de automóveis sempre que o comboio estivesse se aproximando. Quando um juiz decretou a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva e uma multidão cercou o sindicato dos metalúrgicos, em 2018, Dom Angélico esteve lá para celebrar um ato inter-religioso e ainda deu conselhos ao então ex-presidente aquartelado. Em Dom Angélico, um abraço de quebrar os ossos (Autêntica, 160 pp, R$ 69,80), Camilo Vannuchi traça um perfil envolvente e inspirador de um dos líderes da igreja progressista do Brasil.

Em 2015, James Lawrence estabeleceu um recorde mundial do Guiness ao completar 50 triatlos de longa distância em 50 estados, em 50 dias consecutivos. Em seguida, ele submeteu seu corpo a testes físicos exaustivos para descobrir que fisicamente não é um homem especial, de talentos excepcionais nem com uma genética perfeita. O seu poder está apenas na mente. Vontade de ferro (Rocco, 256 pp, R$ 74,90, traduzido por Gabriel Zide Neto) conta como o autor, mesmo já tendo consolidado seu lugar nos anais da resistência humana, decidiu se superar, embarcando na insondável tarefa de completar 100 triatlos em 100 dias consecutivos. Com uma mistura de franqueza e convicção inabalável, Lawrence relata suas provações durante o desafio da Corrida dos 100, em que andava de bicicleta em meio a ventos violentos, corria com os pés fraturados e nadava com a exaustão lhe corroendo a consciência. Porém, este livro não trata apenas de feitos físicos. É também um manifesto sobre disciplina, resistência e a necessidade da fortitude mental para superar o sofrimento intenso e vencer inúmeras dificuldades.

Fábio Penteado na escala da multidão: Histórias de arquitetura (Cobogó, 192 pp, R$ 120) busca desvelar o personagem do arquiteto que desafiou o lugar-comum de múltiplas formas. Projetando para a multidão, quando o mercado preferia o privilégio, e atuando como jornalista, professor e dirigente da classe dos arquitetos, fez da arquitetura um gesto político e da convivência, um princípio. A sua trajetória é reconstruída neste livro pelo jornalista Paulo Markun, seu grande amigo, que reconta ideias, embates e histórias de Penteado, além de apresentar seus mais importantes projetos. A edição, que reúne imagens de obras e croquis, traz também frases marcantes de Fábio Penteado e uma cronologia de sua vida e obra. Fábio Penteado tornou-se marxista em tempos de Guerra Fria e repressão política no Brasil. E os seus princípios podem ser percebidos em seus projetos — procurou enfrentar o desafio de projetar para multidão sem perder de vista a dimensão humana.