Em 2024, foram distribuídos 194,6 milhões de livros didáticos pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Os dados são do Anuário Abrelivros 2025, da Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), que reúne as principais editoras de livros escolares do país. A publicação de 2025, com o tema “Os Jovens e o Ensino Médio”, foi lançada nesta semana em São Paulo. O destaque deste ano foi a implementação da nova Política Nacional de Ensino Médio, e a publicação traz dados atualizados sobre a distribuição de obras pelo programa. Disponível também na versão digital e em braile, o volume evidencia o PNLD como uma política pública consolidada há mais de oito décadas, responsável pela entrega de mais de 1,5 bilhão de livros didáticos às escolas públicas do Brasil somente nos últimos onze anos. O valor total das aquisições foi de R$ 2.134.385.678,83 – o preço médio por exemplar é de R$ 10,97. De acordo com o Anuário, o orçamento nominal em 2025 é praticamente o mesmo do previsto em 2017, mesmo diante de uma inflação acumulada de mais de 48% no período. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A 17ª Tarrafa Literária ocorrerá até o dia 26 de outubro, no Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100 – Santos / SP), reunindo mais de vinte autores nacionais e internacionais em uma programação gratuita, entre eles Milton Hatoum, Aline Bei, Afonso Cruz, Michel Alcoforado e Ondjaki. Nesta edição, o festival criado em 2009 presta homenagem à escritora Giselda Laporta Nicolelis, 86 anos, referência da literatura infantojuvenil brasileira e autora de quase cem livros. “A Tarrafa nasceu com o propósito de aproximar leitores e autores e de transformar Santos em um ponto de encontro da literatura brasileira. É uma alegria enorme, e muito simbólica para nós, ver o festival completar 17 anos homenageando uma das maiores autoras da literatura infantil. Durante a abertura, no último dia 15, ela foi representada pelo filho, o neurocientista Miguel Nicolelis, em um momento de grande emoção para todos nós", disse ao PublishNews o idealizador do evento, José Luiz Tahan. Leia a notícia para escolher a atividade que não quer perder em Santos.

A Académie des Lecteurs divulgou um autor brasileiro entre a lista dos cinco romances pré-selecionados para disputar o Prix du Roman de l'Année 2025. O escolhido foi Oséas Singh Jr., autor do romance Le refuge des héros fatigues, título da publicação na França, mas originalmente lançado no Brasil como Estância dos heróis combalidos (FoxTablet). A história da obra se passa na fictícia Amada dos Anjos, uma estância turística devastada por uma endemia alcoólica. Em uma tentativa desesperada de revitalizar o turismo, as autoridades decidem transformar os moradores de rua em super-heróis fantasiados. Realizado em duas etapas, o Prix du Roman destaca romances inéditos publicados ao longo do ano em língua francesa. Na primeira fase, a seleção é conduzida por dezenas de clubes de leitura localizados em países e territórios francófonos. Na segunda etapa, é o público quem decide. Os leitores poderão votar em sua obra favorita a partir de 30 de outubro, através do site oficial do prêmio, onde o voto deve ser identificado e autenticado por e-mail. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Elo Editorial está contratando gerente comercial (Editora). Entre as funções do cargo estão liderar e motivar a equipe de vendas, definir metas e acompanhar o desempenho individual e da equipe e desenvolver e implementar planos de ação e estratégias comerciais alinhadas com os objetivos da editora. Um dos requisitos é possuir experiência no cargo de Gerente Comercial em editoras de livros. A vaga é para trabalhar em regime 100% presencial.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades há Jardim noturno (DarkSide), livro póstumo de Shirley Jackson com contos que extraem o extraordinário da rotina, o absurdo do familiar, o horror do que se apresenta como inofensivo; há também A cura pela música (Objetiva), em que Daniel Levitin une divulgação científica e sensibilidade artística, revelando o papel essencial dos sons na biologia humana e seus benefícios para pessoas de todas as idades. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Universidade do Livro está lançando o curso "Técnicas de narração para audiolivros e podcasts", que será ministrado nos dias 30 e 31 de outubro e 6 e 7 de novembro. A formação oferece um completo panorama sobre o universo da narração profissional, abordando desde os fundamentos teóricos até as técnicas mais avançadas de produção em estúdio. Ao longo das aulas, os participantes terão a oportunidade de explorar os conceitos essenciais de audiolivros e podcasts, os cuidados necessários na fase de pré-produção, técnicas especializadas de narração adaptadas a diferentes gêneros, noções práticas sobre equipamentos e configuração de estúdio, além de um detalhado panorama do mercado atual com orientações para ingresso na área. Clique no Leia mais para ler a nota.

No mês de aniversário de Carlos Drummond de Andrade (1902–1987), o Clube de Leitura BDB, da Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (BDB), em Brasília, vai realizar um encontro dedicado às crônicas do autor. A atividade será na próxima semana e mediada pela bibliotecária e produtora cultural Thalyta Jubé. "O meu incentivo a ler essa obra se dá no fato de que o leitor vai encontrar uma prosa leve com temas do cotidiano, mas que, ao mesmo tempo, traz reflexões profundas que podemos levar para a vida, como é o exemplo da crônica que dá título ao livro Os dias lindos”, afirma Thalyta ao PublishNews. A coletânea reúne o olhar sensível e irônico de Drummond sobre a vida cotidiana, em crônicas que tratam de urbanização, linguagem e hábitos da classe média carioca, sempre com humor e lirismo. Leia a notícia completa.

A Degustadora de Histórias Livraria e Editora divulgou a programação oficial do seu Festival Literário 2025, que começará neste fim de semana. Em formato especial de primavera e em parceria com o Instituto Agir Ambiental, o evento reunirá autores, editoras independentes e leitores entre os dias 24 de outubro e 2 de novembro, em Ribeirão Preto (SP). “O festival contará com lançamentos de livros, clubes de leitura, oficinas práticas e mesas de discussão sobre temas como tradução, literatura contemporânea e memória cultural”, avisa Melissa Velludo, livreira e editora da Degustadora, no release enviado aos jornalistas. Luiz Puntel vai conversar com a plateia sobre os seus livros na legendária coleção Vaga-lume e Renata Belmonte, sobre o seu livro Piscinas russas, que vem se destacando desde o seu lançamento, em agosto último. Leia a notícia completa e programe-se.

Um dos principais nomes da literatura brasileira, Ignácio de Loyola Brandão é desvendado pelas lentes de seu filho, o fotógrafo e cineasta André Brandão, no documentário Não sei viver sem palavras. O longa-metragem é uma produção da Prosperidade Content e andré+ e será distribuído nos cinemas pela Bretz Filmes. O filme está na seleção oficial da 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Sua próxima exibição ocorre na próxima terça, 28 de outubro, às 19h20min, no Espaço Petrobras de Cinema Anexo 4 (R. Augusta, 1470 - Consolação – São Paulo / SP). Nascido em Araraquara (SP) em 1936, Ignácio inscreveu seu nome na literatura brasileira com romances, crônicas, livros infanto-juvenis, biografias, relatos de viagens, peças de teatro, entre tantos outros textos. O documentário resgata de forma bastante pessoal essa trajetória a partir de depoimentos do escritor e um rico material de arquivo. Clique no Leia mais para ler a nota.

Itália, 1978. O homem que conduziria uma ampla coalizão política não chega ao Parlamento no dia da histórica votação. Aldo Moro, presidente do Partido Democrata Cristão e ex-primeiro-ministro da Itália, fora sequestrado pelas Brigadas Vermelhas. Ao longo de 55 dias de cativeiro, políticos, familiares, imprensa e até mesmo o papa discutem sobre sua condição: negociar com os sequestradores ou aceitar seu destino? Ao dissecar o que foi dito e, sobretudo, o que foi silenciado nas cartas de Moro e nos comunicados das Brigadas, Leonardo Sciascia revela que outra saída era possível. Entretanto, havia interesse em manter Moro vivo? Mais do que um episódio da história italiana, O caso Moro (Mundaréu, 168 pp, R$ 72 – Trad.: Federico Carotti) é uma investigação sobre o poder.

Em Lendo o Rio de Janeiro: literatura e sociedade no século XIX (Eduff, 245 pp, R$ 80), o historiador Zephyr Frank, professor na Universidade de Stanford, propõe uma nova abordagem para compreender a história cultural do Brasil Imperial. Com tradução de Olavo Passos de Souza, a obra oferece uma leitura original da sociedade carioca do século XIX por meio dos romances de autores como José de Alencar, Machado de Assis e Aluísio Azevedo. O foco do livro está na integração social em um contexto de transformação profunda: a emergência da mobilidade urbana e capitalista em contraste com o passado marcado pelas plantações escravistas. Frank analisa os dilemas morais enfrentados por personagens da ficção, diante dessa nova realidade. Alguns prosperam, adaptando-se às novas dinâmicas sociais e econômicas, enquanto outros fracassam diante das mudanças.

Escrito por Mark Sullivan, O último vale verdejante (Planeta, 448 pp, R$ 89,90 – Trad.: Débora Isidoro) é baseado em um relato real do final da Segunda Guerra, e segue a família Martel em sua jornada para sobreviver ao final do conflito mortal e às condições difíceis que foram impostas a eles. Em março de 1944, enquanto as forças de Stálin avançam pela Ucrânia, Emil e Adeline Martel enfrentam uma escolha impossível: esperar pela invasão soviética e arriscar serem enviados para a Sibéria, ou fugir com os nazistas — oficiais brutais que prometem proteger os alemães de “sangue puro”. Em busca de liberdade e de um futuro melhor, eles decidem abandonar sua terra e, mesmo contra a vontade, fugir ao lado dos nazistas que desprezam. Entre dois exércitos inimigos e enfrentando desafios devastadores, a jornada dos Martel é ao mesmo tempo dura e inspiradora: uma história de amor, fé e da incrível força de uma família para sobreviver e realizar seus sonhos.

Em uma realidade saturada por respostas instantâneas fornecidas por diversos modelos de inteligência artificial, a habilidade de formular boas perguntas tornou-se ainda mais valiosa. É a partir dessa premissa que o jornalista Tulio Milman lança Onde estás? (Citadel, 240 pp, R$ 64,90). Com mais de 30 anos de carreira, diplomado em Storytelling pela Universidade de Stanford e com formação em Inteligência Artificial Generativa na Era da Transformação Digital pelo MIT (EUA), Milman explica como, ao longo da história, as sociedades valorizaram quem detinha o saber. Hoje, contudo, com a abundância de respostas "garantidas" oferecidas por sistemas de IA, o verdadeiro desafio está em elaborar questionamentos relevantes e bem construídos. Com orientações práticas e provocadoras, o autor oferece caminhos para quem deseja desbloquear soluções criativas, navegar com clareza em um mar de informações e aprimorar a comunicação pessoal e profissional. Ele mostra como aperfeiçoar a formulação de perguntas para alcançar respostas mais eficazes, além de desenvolver um pensamento crítico, intuitivo e orientado a resultados.

No ar da ditadura (Meriveja Editora, 128 pp, R$ 50) é um relato real e poderoso que apresenta aos leitores o mais cruel período da nossa história com uma narrativa poética, por vezes rarefeita, com suas belezas e contradições, como a mais bela coroa de flores sobre a lápide dos que se foram. O próprio título declara o tom da narrativa: o ar sugere leveza por mais pesado que seja. Não é um libelo acusatório, muito menos panos quentes. Partindo do individual e do particular, a autora Izelda Amaral expõe sua história real e mostra valores e pulsões do período. Pousada no dia a dia e despojada de esplendores, sua narrativa percorre segmentos da perseguição política: sente o peso de sua presença, aponta seus abusos e a gravidade dos estragos causados. A verdade não precisa ser pomposa para suscitar interesse e reflexões. Basta que seja verdadeira.