FRANKFURT – A Feira do Livro de Frankfurt realizou sua cerimônia de abertura nesta terça-feira (14) tomando forte posição contra a concentração de poder das empresas de tecnologia na era da inteligência artificial, bem como defendendo a importância de encontros ao vivo para o desenvolvimento do setor editorial e criativo no globo. O diretor da Feira, Juergen Boos, trouxe a reflexão para o palco da abertura: “quem somos nós? o que nos define?”. Para ele, a resposta é clara: “a Feira conecta pessoas de todo o mundo. Essa é a nossa marca. Num mundo em que as fronteiras estão ganhando poder, a habilidade de conectar pessoas também se tornou política. Enfrentamos essa tarefa todos os anos, e agora mais do que nunca”, disse, na cerimônia. Nas últimas semanas, alguns autores filipinos – o país convidado de honra desta edição – cancelaram sua participação chamando por um boicote, em protesto ao apoio da Alemanha a Israel. O que deu mesmo o tom da abertura foi o papel de um evento como este na era da IA. *O jornalista viajou com o apoio do CreativeSP.

FRANKFURT – O mercado editorial brasileiro foi destaque em uma apresentação da Nielsen BookData na manhã desta quarta-feira (15), na Feira do Livro de Frankfurt. Em conjunto com a GfK Entertainment, a empresa mostrou dados internacionais referentes aos primeiro oito meses de 2025: entre os 19 territórios analisados, 11 tiveram crescimento nas receitas – com destaque para Índia (+28,6%), Brasil (+10,8%), Colômbia (+9,6%) e Portugal (+8,4%). Os livros de colorir foram citados como um dos motivos do crescimento, com mais de um milhão de unidades vendidas no período no país. Mas a ficção voltada para jovens também tem importância, no Brasil e em outros territórios, além de mangás, livros de fantasia e sci-fi. "Ainda vemos uma grande presença de nomes como Colleen Hoover e Matt Haig entre os mais vendidos no Brasil, bem como livros de 'comédia romântica' – algo pouco comum em outros países – e desenvolvimento pessoal", notou a diretora comercial da Nielsen BookData, Hazel Kenyon. "O Brasil está com tudo!", concluiu. *O jornalista viajou com o apoio do CreativeSP. Clique no Leia mais para ler a matéria.

EXCLUSIVO PUBLISHNEWS | O estilista Rafael Caetano apresenta no próximo sábado (18), às 15h, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, a sua nova coleção na São Paulo Fashion Week N60, edição comemorativa dos 30 anos do maior evento de moda da América Latina. Intitulada Fullgás e realizada em parceria com a Estante Virtual, a coleção é inspirada na poesia reunida de Antonio Cicero, publicada pela Companhia das Letras, e na canção homônima composta em parceria com Marina Lima. “Escolher Fullgás como título da coleção é um gesto de celebração, de homenagem e de continuidade para uma obra que faz parte da memória coletiva brasileira. Eu sempre acompanhei o trabalho da Marina e do Cicero e, ao longo da vida, fui inspirado por eles. É uma ótima oportunidade de eternizar a minha admiração, carinho e respeito pelos dois”, explica Caetano, atualmente radicado em Madri. Leia a notícia completa (com um toque de moda) em primeira mão no PN.

O Prêmio Carioca de Contos estreia em 2025 celebrando a literatura da cidade do Rio de Janeiro. Idealizado pela escritora e produtora cultural Bárbara Cortesi, o projeto aceita inscrições de 22 de outubro a 22 de novembro e pretende revelar novos talentos e promover a diversidade de vozes da literatura carioca. A iniciativa é um desdobramento do Prêmio Rio de Contos, criado em 2020, que já formou e lançou mais de 70 escritores de 18 municípios fluminenses. Em três edições, o projeto recebeu cerca de 1.500 textos inspirados na Cidade Maravilhosa. Agora com foco exclusivo na capital, o Carioca de Contos valoriza a produção literária dos bairros e territórios do Rio — do Méier a Santa Cruz, da Glória à Penha, da Gávea a Realengo — reunindo participantes de diferentes idades, origens e trajetórias. Leia mais para acessar o regulamento e obter mais informações.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana, o espaço apresenta uma obra que propõe uma reflexão sobre a fase do envelhecimento na perspectiva de 12 autoras.

A Catapulta Editores está contratando vendedor e-commerce, em Cotia, no interior de São Paulo. Entre as atribuições do cargo estão gerenciar o catálogo de livros, incluindo cadastro de novos títulos e atualização de informações, monitorar preços e ajustá-los conforme necessário para manter competitividade e rentabilidade e analisar tendências de mercado e comportamento do consumidor nos sites de vendas para maximizar as vendas de livro. O processo seletivo acontece até o final do mês de outubro.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois novos editais. O primeiro trata da aquisição de plataforma educacional digital, a partir da contratação de empresa especializada para fornecimento e implantação de ecossistema de aprendizagem digital. O valor é superior a mais de R$ 12 milhões e disputa está determinada para o dia 24 de outubro. O segundo tem valor sigiloso, pregão marcado para 23 de outubro, e aborda a aquisição de serviços gráficos, a partir da prestação dos serviços de diagramação, revisão e impressão das obras acadêmicas, literárias e livros temáticos. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Quarenta anos depois e 1985 continua dando pano pra manga. Ao menos do ponto de vista sonoro. É essa a provocação que move o livro que está a caminho do prelo 1985 – O ano que repaginou a música brasileira, organizado por Célio Albuquerque e editado pela Garota FM Books, tocada na marra pela jornalista Chris Fuscaldo desde 2018. A obra que vai celebrar esse marco de virada na história da música brasileira está em financiamento coletivo no Catarse até o dia 2 de novembro, com o objetivo de ampliar a tiragem e espalhar o título pelas livrarias de todo o país. "Trata-se de um documento mais do que histórico porque está sendo escrito por testemunhas da época e/ou por profundos conhecedores da história da música. Estou muito animada com esse projeto", comenta, entusiasmada, Chris Fuscaldo ao PublishNews.

A Pallas Míni, selo infantil da Pallas Editora, fará o primeiro lançamento do livro infantil Vamos dividir?, escrito por Douglas Belchior e ilustrado por Bárbara Quintino. O evento será na Livraria Megafauna do Copan, em São Paulo, com conversa entre o autor e a professora Valesca Mota, coordenadora da Rede Ubuntu de Educação Popular. Num ritmo de cantiga, Belchior costura uma história que reflete o seu percurso como professor de História, educador popular e ativista do movimento negro. Fundador da Uneafro Brasil, rede de cursinhos comunitários que já abriu portas da universidade para milhares de jovens negros e periféricos, ele transporta para a literatura infantil o mesmo compromisso com a coragem e a justiça.

Em Casa, beija ou mata (Verus, 350 pp, R$ 59,90 – Trad.: Carolina Candido), de Kate Posey, Dolores sabe que ele se encaixa exatamente no perfil: luvas de estrangulador, charme calculado, uma beleza do tipo que abre portas em qualquer lugar, principalmente nas áreas isoladas e cheias de covas rasas. Jake Ripper encontra a distração de que precisava em sua nova colega de trabalho: afiada, enigmática e intrigante. Faz tempo que alguém não desperta seu interesse como Dolores. Mas, quando a mera curiosidade evolui para um flerte sombriamente romântico, Jake começa a se perguntar se, enfim, encontrou alguém que realmente o enxerga, com direito a esqueletos no armário e tudo mais. Até que Dolores pede ajuda a Jake para se livrar de um corpo.

Julie e Chloe eram gêmeas idênticas com realidades muito diferentes. Enquanto Julie trabalhava como operadora de caixa em um mercadinho, Chloe levava uma vida glamorosa como criadora de conteúdo. Separadas ainda pequenas, as duas mal tinham contato, e sua última interação foi quando Chloe gravou o vídeo viral intitulado: Encontrei Minha Gêmea Perdida E Dei Uma Casa Pra Ela #EMOCIONANTE. Por isso, em Julie Chan está morta (Plataforma 21, 376 pp, R$ 89,90 – Trad.: Yonghui Qio), de Liann Zhang, quando Chloe morre em circunstâncias misteriosas, Julie aproveita a chance de ter a vida que sempre invejou — incluindo um armário cheio de roupas de grife, uma minuciosa rotina de skincare e milhares de seguidores apaixonados. Tudo o que precisa fazer é agir exatamente como a irmã e se enturmar com as Belladonnas, o enigmático grupo de influenciadoras do qual Chloe fazia parte. Mas entre editar fotos e gravar vídeos de recebidos, Julie não demora a descobrir que a vida de sua irmã não era tão perfeita quanto parecia. E quando as coisas saem do controle durante um retiro das Belladonnas, Julie começa a desmascarar as forças sinistras que destruíram a vida de Chloe – e percebe que ela mesma pode ser a próxima vítima.

Ecos da Floresta (TAG Livros e HarperCollins, 416 pp, R$ 63,90 – Trad.: Ulisses Teixeira), de Liz Moore, é um romance de suspense e mistério que mergulha leitores em uma saga familiar marcada por segredos, poder e silêncios. Com uma trama envolvente e uma atmosfera densa, a história tem início no verão de 1975, quando a adolescente Barbara Van Laar desaparece de um acampamento nos Adirondacks, gerando pânico em toda a comunidade. Herdeira da família proprietária do acampamento — que emprega a maioria dos moradores da região — Barbara não é a primeira a desaparecer: catorze anos antes, seu irmão mais velho sumiu sem deixar rastros, em um caso nunca solucionado. À medida que a busca frenética se intensifica, o romance se transforma em um drama multifacetado que explora as tensões entre uma família poderosa e a comunidade de operários que vive sob sua sombra. O livro entrou em diversas as listas de mais vendidos no ano passado, foi listado entre os favoritos de 2024 de Barack Obama, escolhido como o melhor mistério do ano no Prêmio Goodreads e venceu o Jimmy Fallon's Summer Reads.

Uma mãe faria qualquer coisa para salvar o seu filho. Qualquer coisa. Em Todas as outras mães me odeiam (Rocco, 352 pp, R$ 74,90 – Trad.: Laura Folgueira), a escritora Sarah Harman conta a história de Florence Grimes, 31 anos, conhecida por sempre escolher o caminho mais fácil. Solteira, falida e sonhando em recuperar os anos de glória como vocalista de uma girlband, a única coisa que a mantém (mais ou menos) de pé é o filho, Dylan, um menino de dez anos muito inteligente, mas um tanto desajustado. Se existe um fundo do poço, é lá que Florence está. Quando um colega de turma de seu filho desaparece misteriosamente durante uma excursão escolar, todos se mobilizam para descobrir o seu paradeiro. O problema é que Dylan foi o último a vê-lo, o que deixa Florence desesperada. Para limpar a barra do filho, ela decide resolver o caso por conta própria. Só que, além de não ter nem credibilidade nem qualquer habilidade útil, todas as outras mães a odeiam. Em meio a planos cada vez mais desastrosos para salvar a pele de Dylan, Florence começa a desconfiar de que talvez ele não seja tão inocente assim... Não que isso importe; afinal, uma mãe faria qualquer coisa pelo filho. E ela não pretende correr nenhum risco de perdê-lo.

Em Ainda não morri (Intrínseca, 448 pp, R$ 69,90 — Trad.: Lígia Azevedo), a autora inglesa Holly Jackson acompanha a narrativa de uma mulher que precisa solucionar o próprio assassinato. No enredo, a autora brinca com as estruturas clássicas do estilo, ao subverter sua principal característica e mesclar a vítima e o investigador em um só personagem. Jet tem um lema na vida: “faço isso depois”. Afinal, ela só tem 27 anos e muito tempo pela frente para descobrir qual rumo tomar após ter desistido da faculdade de direito. Pelo menos era o que ela achava até ser brutalmente atacada em casa após uma festa de Halloween. A tentativa de assassinato, porém, não foi tão bem-sucedida porque, como diz o título, ela ainda não está morta. Ao acordar no hospital, Jet descobre que sofreu uma lesão gravíssima na cabeça, e os médicos estão certos de que em uma semana o ferimento vai levar à formação de um aneurisma fatal.