Uma das novidades da Lista Nielsen-PublishNews de Mais Vendidos dessa semana é o livro É só um jogo (Civilização Brasileira), um novo romance de Eduardo Moreira. No livro, o protagonista-máquina assume desejos, interesses e visão de mundo construídos a partir de uma inteligência artificial. Outro autor conhecido da Lista também faz seu retorno nesta semana: é Ken Follett, com Círculo dos dias (Arqueiro). Um dos mais consagrado autor de ficções históricas da atualidade conta aqui a saga de um dos maiores mistérios de nossa era: o Stonehenge. Já na categoria Infantil e Juvenil, a Ciranda Cultural aparece com dois novos títulos: A caixa de preocupações, de Suzanne Chiew, e Eu e o meu papai!, de Alison Ritchie. A editora lidera o ranking da categoria, ao lado da editora Planeta, com seis títulos cada uma. No ranking geral, quem lidera é a Sextante, com 16 títulos entre as diferentes categorias. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A Folha repercutiu no final de semana a realização do Festival Literário Ayvu Nhevaitim, que será organizado pelo Museu das Culturas Indígenas, em novembro. Na coluna Café na Prensa, da Folha, o jornalista David Lucena destacou a Livraria Bibla, que mistura livros com um cardápio apetitoso em seu espaço aconchegante, na Vila Madalena. E Walter Porto usou sua coluna para debater o surgimento de tantos festivais literários em diversas cidades do Brasil, que passa por eventos serem considerados trunfos para políticas regionais de cultura e pela falta de livrarias, em especial o Flinc, no Espírito Santo.No Splash Uol, Rodrigo Casarin escreve sobre Milton Hatoum e Adélia Prado figurarem entre as apostas para o Prêmio Nobel de Literatura. O Estadão visitou a casa e a estante de Nelson Motta. Leia a nota completa e fique por dentro dos assuntos em destaque na imprensa literária.

O último mês foi intenso e, pelo que percebo, está todo mundo correndo, mesmo sem saber tanto para onde ou de quê. Desse modo, vou fazer um difícil exercício de síntese e trazer alguns destaques – ou highlights, como faz o pessoal que usa anglicismos bobos para valorizar o passe no melhor estilo “saiba que eu tenho approach”. (Por favor, colegas escritores, não se tornem writers...). Em seu novo texto para coluna, Henrique Rodrigues reflete sobre censura do caso de Milly Lacombe, PNLL, (de)formação de leitores e os desafios de longo prazo na área. Clique no Leia mais para ler a coluna na íntegra.

O curso Vida do Livro está completando dez anos – a iniciativa do editor Daniel Lameira já formou mais de 2,5 mil alunos em 14 edições, e está com inscrições prorrogadas até hoje para sua edição 2025. São 30 profissionais do setor convidados, com aulas gravadas, e quatro encontros online e ao vivo com o editor – que além de ser um dos fundadores da Seiva, já passou por empresas como Aleph, Antofágica, Intrínseca, Novo Século, LeYa, FNAC e Livraria da Vila. As inscrições podem ser feitas aqui (leitores/seguidores do PublishNews têm 10% de desconto adicional aplicando o cupom PUBLISHNEWS). Direcionado para quem quer entender o mercado editorial, o curso terá início em 9 de outubro, e o conteúdo tem como objetivo detalhar todas as etapas da produção de um livro e ainda debater o universo que o orbita. Esta nova edição vai contar com 7 aulas inéditas. “O curso nasceu na sala de reunião da editora que trabalhava, vindo de uma vontade imensa minha de conversar sobre o que fazia, dividir os aprendizados que estava acumulando em áreas diferentes do mundo do livro”, conta Lameira ao PublishNews. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A 71ª Feira do Livro de Porto Alegre, a ser realizada em outubro, prestará uma homenagem especial a Maurício Sirotsky Sobrinho (1925–1986), fundador do Grupo RBS e um dos maiores nomes da comunicação no Rio Grande do Sul e no Brasil. A tradicional Praça de Autógrafos do evento levará nesta edição o nome do comunicador, que faria 100 anos em 2025. O espaço será palco do lançamento da biografia Maurício Sirotsky Sobrinho – O som de uma vida, escrita pelo jornalista Tulio Milman e publicada pela Editora AGE. “O seu Maurício sempre acreditou na força da cultura e da comunicação como motores de transformação. Dar seu nome à Praça de Autógrafos é reconhecer a trajetória de quem ajudou a consolidar a Feira do Livro como patrimônio da nossa cidade”, afirma Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Reconhecido por transformar a história da humanidade em narrativas acessíveis e provocativas, o historiardor Yuval Noah Harari retorna ao Brasil para discutir os desafios do século XXI em tempos de mudanças aceleradas — da inteligência artificial à crise climática, passando pelas tensões políticas e transformações culturais que redefinem o que significa ser humano. Autor dos best-sellers Sapiens, Homo Deus, 21 Lições para o Século 21 e Nexus, publicados no Brasil pela Companhia das Letras, fará uma única apresentação no Rio de Janeiro em novembro. O ingresso custa de R$ 80 a R$ 790, pois há opções solidárias. Leia a nota completa para acessar todas as informações sobre a vinda do autor israelense.

Desde o sucesso de É assim que acaba, Hoover se consolidou como um dos maiores fenômenos da literatura contemporânea, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos no mundo — 6 milhões deles no Brasil. Todos os seus títulos são publicados no país pela Galera Record, selo jovem adulto do Grupo Editorial Record, que anuncia a data de lançamento mundial. O título promete ser um dos principais lançamentos do verão e já está disponível em pré-venda. Em Mulher em Queda, Hoover apresenta uma escritora em crise e um detetive misterioso que pode ser tanto sua salvação quanto sua perdição. Quer saber mais? Leia a nota completa.

A Relicário Edições lança Geraes: Arte barroca em Minas (Relicário Edições, 312 pp, R$ 79,90), volume que reúne pela primeira vez os ensaios do jornalista, curador e gestor público Angelo Oswaldo de Araújo Santos sobre o barroco mineiro. Com 17 textos e ampla iconografia, a obra foi organizada por Maria G. A. de Andrade e traduz a erudição, o senso estético e o repertório acumulado em quatro décadas de produção ensaística do autor, um dos maiores conhecedores da arte sacra de Minas Gerais. O primeiro lançamento fora de casa será realizado essa semana, no Rio de Janeiro. “Angelo Oswaldo é um estudioso das Geraes que enxerga com a mão e os olhos detalhes que a muitos passam despercebidos, e por isso o admiramos. Sendo cidadão, Angelo Oswaldo é ensaísta. Sendo ensaísta, é artista”, afirma Santiago no texto de abertura. Leia a nota completa para acessar todas as informações.

O Museu da Língua Portuguesa realiza no próximo sábado (11) o Festival Dia das Crianças de 2025 do Museu da Língua Portuguesa, com cortejos musicais, oficinas, visitas mediadas e brincadeiras. As atividades acontecem na Praça da Luz, no Parque Jardim da Luz e na Pinacoteca de São Paulo – no edifício Pina Contemporânea —, parceiros da programação. Programação se desenrola ao longo do dia, entre 10h e 17h. Como parte do festival, será possível visitar gratuitamente o Museu da Língua Portuguesa, a Pina Luz e a Pina Contemporânea. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A questão ecológica está no centro deste Manifesto por uma revolução ecossocialista (Boitempo, 64 pp, R$ 25 – Trad.: Natalia Chaves e Isadora Matos) aprovado, em 2025, no 18° Congresso da IV Internacional. O ecossocialismo não é apenas um capítulo do programa, mas o seu fio condutor. A ameaça de uma mudança climática catastrófica está no centro das preocupações deste texto, elaborado coletivamente por militantes de diversos continentes. O socialismo proposto diverge radicalmente dos modelos que dominaram o século passado: é um projeto democrático, com base na justiça ecológica e que incorpora as contribuições das lutas feministas, antirracistas, anticolonialistas, anti-imperialistas, antimilitaristas e LGBTQI+. O texto organizado por Michael Löwy e Júlia Câmara busca formular uma perspectiva revolucionária capaz de enfrentar os desafios do século XXI e inspirar as atuais lutas anticapitalistas, sociais e ecológicas que têm se desenvolvido em diferentes lugares do mundo.

Depois de enfurecer ativistas e historiadores militantes com o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Leandro Narloch mira outro campo, em Guia politicamente incorreto do meio ambiente (Avis Rara, 256 pp, R$ 69,90), repleto de tabus e ideias sagradas. Na escola, na imprensa e nos painéis de clima, tentam nos convencer de que tudo que o ser humano faz é errado. A mecanização do campo, a mineração, as cidades, a indústria – tudo visto sob lentes problematizadoras, tudo retratado em tons de culpa e catástrofe. Este livro mostra um outro mundo. Nossa relação com o meio ambiente tem problemas, sim ― mas também aprendizados, criatividade, superações e avanços espetaculares que no passado as pessoas mal conseguiam imaginar. Segundo o autor, é possível admirar a civilização ocidental e ainda assim ligar para o meio ambiente.

Orã, anos 1920. Nesta cidade africana de raízes árabes, alma espanhola e administração francesa, desembarca uma jovem com um nome falso: Cecilia Belmonte. À primeira vista, ela teria atravessado o Mediterrâneo para fugir da miséria, como tantos. Seus verdadeiros motivos, no entanto, são mais sombrios. Para sobreviver, Cecilia se lança aos trabalhos mais duros ― nas colheitas, como lavadeira, em casas de família ou como operária em exaustivas horas nas fábricas. Até que, certa madrugada, na tabaqueira Bastos, envolve-se em um crime que acaba por aprisioná-la nas mãos de um homem desprezível. É sua força interior, porém, que será capaz de salvála: é ela quem a liberta, lhe dá coragem para se reerguer e construir, passo a passo, uma nova vida, marcada por curvas inesperadas, conquistas e desafios ao longo de três décadas intensas. Se o destino nos trouxer de volta (Planeta, 448 pp, R$ 69,90 – Trad.: Sandra Martha Dolinsky) é o retrato comovente de uma mulher que viveu o apogeu do colonialismo e o trágico fim da Argélia francesa. E, ao mesmo tempo, é um resgate da memória dos esquecidos piedsnoirs espanhóis, que, arrastados pela fome, pela guerra e pelo exílio, também fizeram parte daquele mundo.

A formação da terra vegetal pela ação das minhocas, com observações sobre seus hábitos (Fósforo, 232 pp, R$ 79,90 – Trad.: Sofia Nestrovski) é o título original e autoexplicativo deste tratado apelidado de Minhocas, um minucioso estudo dos anelídeos que relata tudo o que Charles Darwin já havia apurado a respeito do comportamento dessas protagonistas silenciosas do equilíbrio ecológico. Dos locais onde vivem à estrutura de seus corpos, com destaque para os sentidos e, especialmente, para os processos de alimentação e digestão, por meio dos quais, ao ingerir a terra, elas funcionam como formadoras da terra, Minhocas apresenta informações até então inéditas, que elevaram essa obra ao posto de fundadora da “biologia do solo”. Se hoje praticamos compostagem no interior de casa, é graças à pedra fundamental inaugurada por este livro, pioneiro no reconhecimento do protagonismo das minhocas em nossas vidas. Da formação do solo à preservação de ruínas romanas ao longo dos séculos, pouca coisa escapa à atividade regeneradora desses pequenos seres.

O livro Direitos fundamentais: conteúdo essencial, restrições e eficácia (Edusp, 296 pp, R$ 52), de Virgílio Afonso da Silva, pretende responder a questões relacionadas aos direitos fundamentais com base em uma minuciosa análise de quatro conceitos centrais no debate: o âmbito de proteção, o conteúdo essencial, as restrições e a eficácia desses direitos. Embora resulte de uma monografia acadêmica, isto é, um trabalho que se propõe examinar com profundidade teórica um tema bem delimitado, esta obra tem uma conexão muito explícita com a prática jurídica, especialmente a prática jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal. Além disso, a origem em um trabalho acadêmico, da área jurídica, não implica um texto hermético, repleto de jargões e com linguagem inacessível. A clareza nas análises e a sobriedade do texto sempre foram objetivos primordiais mantidos nesta terceira edição inteiramente revisada para a publicação.