Logo após o Prêmio Candango de Literatura anunciar os finalistas em sete categorias, nesta quarta-feira (1˚), o PublishNews recebeu denúncias, por parte de ilustradores, de que quatro livros indicados na categoria de Melhor Capa, da editora Mondru, descumpriram o regulamento do prêmio, que expressa a proibição do uso de inteligência artificial. Um total de R$ 195 mil serão distribuídos entre sete categorias, organizadas em três eixos. A cerimônia de premiação está prevista para no dia 31 de outubro, na Sala Martins Pena, dentro do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. O Prêmio Candango de Literatura respondeu ao PublishNews que iniciou um processo de revisão de todas as obras das categorias envolvidas. A editora Mondru enviou seu pronunciamento oficial ao PN e afirma "que as acusações são categoricamente falsas". Em entrevista, Ing Lee comentou o caso das capas finalistas e reconhece arte própria usada em outra capa da editora. Clique no Leia mais para ler a reportagem na íntegra.

A partir deste sábado (4), a Biblioteca Mário de Andrade recebe a exposição “Do livro ao museu: MAM”, apresentada em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo, até 7 de dezembro. A mostra resgata a relação entre as duas instituições e a contribuição decisiva que tiveram para a consolidação do modernismo no Brasil por meio de obras das décadas de 1940 e 1950, período em que a arte moderna se consolidou no país e em que surgiram espaços voltados à sua difusão. Entre os destaques estão livros raros e fundamentais como Jazz, de Henri Matisse, e Le cirque, de Fernand Léger, que aproximaram artistas e pesquisadores brasileiros do modernismo europeu. O ponto de partida da exposição é a trajetória de Sérgio Milliet, um agente cultural fundamental nas histórias de ambas as instituições. Milliet foi diretor da Biblioteca entre 1943 e 1959, e também atuou na constituição do MAM São Paulo, onde foi diretor artístico e organizou a 2ª, 3ª e 4ª edições da Bienal de São Paulo, na época realizadas pelo museu. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Mesa para dois (Labrador), Denis Amaral entrega um romance íntimo e pulsante, que dialoga diretamente com um tempo ainda recente e cheio de cicatrizes: o pós-pandemia. A narrativa acompanha Nicolas, às vésperas de completar 36 anos, quando duas notícias atravessam sua vida já marcada pelo desalento. Entre a memória de sua família e os rastros emocionais de um isolamento coletivo, o protagonista se vê forçado a encarar aquilo que mais evita: a própria solidão. Amaral constrói esse embate de forma delicada, tensionando o presente e o passado, o íntimo e o social, o vivido e o imaginado. A cidade natal se torna palco de fantasmas – pessoais e históricos –, funcionando como metáfora para o confronto entre lembrança e esquecimento. O autor aposta em um romance de introspecção, que tem menos pressa em “acontecer” do que em revelar as camadas de uma subjetividade. O cinismo de Nicolas, suas dúvidas e sua desesperança são temperados por uma voz narrativa que se equilibra entre a crueza e a ternura, com um toque de ironia. Clique no Leia mais para ler a coluna na íntegra.

O romance Áurea, de Henrique Rodrigues, chega em outubro ao público europeu pela editora Língua Mátria. O lançamento inclui uma série de eventos, entre eles mesa no Festival Literário Internacional de Óbidos (Folio) com o escritor português Afonso Cruz e lançamento na Livraria Saudade, em Lisboa. A obra tem como protagonista uma mulher negra em processo de letramento e aborda temas como preconceito, desigualdade social e a infância interrompida pelo trabalho. Para Henrique, que é autor de 26 livros, finalista do Prêmio Jabuti por duas vezes e colunista do PublishNews, ter o romance publicado em terras portuguesas é motivo de alegria. Além de proporcionar uma discussão importante sobre racismo e sobre uma geração de mulheres que precisaram trabalhar desde muito cedo e não tem sua história contada. “Muitas dessas histórias ficaram sempre restritas aos causos de família, e pouco problematizadas no âmbito doméstico. Serem registradas com o filtro da literatura e ter essa leitura cruzando o oceano me deixa muito feliz.”, reflete o autor. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após autografar exemplares aos leitores do Rio de Janeiro e de Paraty, o jornalista e historiador Paulo Antonio Paranaguá vai conversar sobre América Latina em 100 fotos (Bazar do Tempo) em São Paulo nos próximos dias. A obra reúne um mosaico visual da história latino-americana, percorrendo séculos de contrastes: da violência da colonização e da escravidão às sucessivas revoluções e disputas de poder. As imagens captam momentos decisivos — das independências do século 19 às convulsões políticas do século 20, passando pelo populismo nacionalista e pelos movimentos de libertação pela democracia. “É fundamental pensar a América Latina em termos de história comparada e global, em diálogo constante com outras regiões do mundo”, ressalta Paranaguá, em release distribuído à imprensa. Leia a nota completa para acessar tudo sobre o próximo evento e saber mais sobre o livro.

A escritora ruandense Scholastique Mukasonga, uma das vozes mais reconhecidas da literatura africana contemporânea, será a próxima convidada do Clube de Leitura CCBB, no Rio de Janeiro. O evento será mediado pela curadora Suzana Vargas e pelo poeta Ramon Nunes Mello, com entrada gratuita. Para Suzana, a presença da autora confirma o desejo do clube de “revelar uma outra África, desta vez a francófona, e destacar o papel das mulheres em contextos de sobrevivência e invisibilidade”. Mukasonga prepara o romance Julienne, sobre a irmã morta no genocídio, que será lançado em 2026. Criado em 2022, o Clube de Leitura CCBB já recebeu nomes como Mia Couto, Pepetela e Leonardo Padura, e integra o calendário oficial do Rio Capital Mundial do Livro. Leia a nota completa para saber quando haverá o encontro e sobre qual livro o debate será realizado.

A escritora e jornalista Bianca Santana lança, em Belo Horizonte, o seu romance de estreia, Apolinária (Fósforo), dentro da programação do Festival Sempre Um Papo. Depois do bate-papo, mediado pelo jornalista Afonso Borges, a autora segue para uma sessão de autógrafos. A entrada é gratuita, por ordem de chegada. Ainda em outubro, o evento recebe os escritores Ruy Castro, Maria Ribeiro e Eugênio Bucci, também na Biblioteca Pública. Criado em Belo Horizonte por Afonso, o Sempre Um Papo está em vias de completar 40 anos de atividade, em 2026. O projeto realiza encontros entre importantes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros. Leia mais para saber as datas e o endereço do encontro de Bianca com o seu público.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades há a nova edição de Mulherzinhas, que conta a trajetória das irmãs March — Meg, Jo, Beth e Amy — enquanto enfrentam sonhos, perdas, escolhas e desafios de uma juventude marcada por descobertas; há também uma reedição de Noite (Companhia das Letras), em que Erico Verissimo apresenta um protagonista que perambula pelas ruas de uma cidade submersa no anonimato sem reconhecê-las; e Como nascem as árvores (Reco-reco), livro escrito por Charles Berberian, vencedor do BolognaRagazzi. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A peça Cartas a um jovem escritor estreia no dia 8 de outubro, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 — São Paulo / SP) e segue em cartaz até 19 de outubro. A montagem revela a troca de cartas, algumas nunca mostradas ao público, entre dois dos maiores nomes da literatura brasileira: Mário de Andrade e Fernando Sabino. No palco, o elenco é formado pelaos atores Rodrigo Mercadante, Caio Horowicz e Fábio Neppo, que dão vida aos personagens Mário de Andrade, Fernando Sabino e ao carteiro, figura central da narrativa. É por meio deste mensageiro que a história se desenrola — conduzindo o público pelas trocas de correspondências entre dois dos mais emblemáticos escritores nacionais do século XX. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O grupo de leitura Todas por Elas na Literatura anuncia o seu próximo encontro. A roda será dedicada ao romance distópico A Segunda Mãe (Todavia), de Karin Hueck, no final de outubro, na Casa Brasileira, em São Sebastião, litoral paulista. Com curadoria da escritora e antropóloga Janaína de Figueiredo, a proposta busca ampliar a circulação de autoras diversas e fomentar discussões sobre gênero, memória e direitos. “Todas por Elas na Literatura é um espaço de partilha. Partilhamos leituras, ideias e afetos. Cada encontro busca tecer um texto coletivo significativo, norteado por uma obra literária de autoria feminina. Pensei em uma curadoria baseada na diversidade de autoras, como latino-americanas, africanas, coreanas, entre outras. O objetivo é alargar as paisagens culturais, bem como as vozes dissidentes”, explica Janaína ao PublishNews. Leia a nota completa para saber dia e horário do encontro e a programação do grupo até março de 2026.

Em O que faz o psicanalista (Zahar, 336 pp, R$ 99,90) o autor Antonio Quinet descreve e formaliza dois conceitos fundamentais articulados ao ato analítico: semblante e interpretação. Abrindo novas perspectivas para a compreensão desses dois operadores lógicos a partir da teoria lacaniana, seu ponto de Arquimedes para abordá-los é a arte ― o teatro para o semblante e a poesia para a interpretação. Com o estilo da palavra falada inspirado nos seminários de Lacan, e escrito a partir de vários anos de ensino e pesquisa sobre o tema, Quinet leva o leitor a passear por obras artísticas e casos clínicos sem perder rigor teórico, e fazendo a psicanálise dialogar com a filosofia, a ética e a linguística. Tudo isso visando à transmissão clínica e ética da psicanálise que o caracteriza. Em O que faz o psicanalista, Quinet retoma e dá continuidade ao fio do consagrado As 4 + 1 condições da análise ― que há mais de três décadas vem orientando a prática clínica de gerações de psicanalistas, a partir das referências de Freud e Lacan.

O livro caixinha Psicologia dos cinco sentidos (Matrix, 100 pp, R$ 52) foi desenvolvido para estimular o autoconhecimento de pré-adolescentes e adultos que buscam refletir sobre sua vida pessoal, profissional e seu lugar no mundo. Ele traz 100 perguntas, que convidam o leitor a entrar em contato com seus órgãos dos sentidos ― visão, audição, tato, olfato e paladar ― como ferramentas para ampliar a percepção de si e do ambiente ao seu redor. Cada questão tem como objetivo propor uma jornada de reflexão, incentivando o reconhecimento das sensações e emoções que surgem no dia a dia. Indicado para quem deseja trabalhar o desenvolvimento pessoal, oferecendo benefícios, como maior consciência corporal, emocional e relacional, fortalecendo a autoestima e a capacidade de estar presente no aqui e agora.

Em Um psicopata entre nós (Paidós, 304 pp, R$ 64,90 – Trad.: Marianna Muzzi), sua primeira publicação lançada no Brasil pelo selo Paidós, da Editora Planeta, o autor Vicente Garrido se debruça sobre o conceito de “psicopata integrado” – terminologia utilizada para indivíduos que, mesmo sem empatia e capazes de manipulação e exploração, podem transitar nos ambientes familiares, profissionais e até públicos sem serem percebidos dessa maneira. Com base em mais de duas décadas de pesquisas e por meio de casos notórios ou aqueles acompanhados pelo especialista em sua prática clínica, Garrido faz uma anatomia da mente psicopata integrada à sociedade. Estima-se que 1% da população mundial tenha esse diagnóstico, e 5% esteja dentro do que o autor chama de espectro da psicopatia, com maior ou menor incidência dos traços psicológicos característicos desse perfil. Muitos deles são justamente indivíduos integrados à vida cotidiana, mas que, a depender de sua posição de poder, podem representar um grande risco a quem os cerca.

Neurose: leituras psicanalíticas (ediPUCRS, 389 pp, R$ 89,90), organizado por Mônica Medeiros Kother Macedo, historiciza o sofrimento psíquico denominado neurose, tem Freud como referência principal e propicia uma visão contemporânea, dando conta das modificações da teoria e da prática em nossa sociedade, com suas particularidades ideológicas, políticas e econômicas, assim como as mudanças no horizonte epistemológico atual. Resulta em um livro que, gestado ao redor de leituras, problemáticas, inquietudes e intercâmbios, responde a interrogantes que surgem tanto no estudo da Psicanálise como em sua prática. O que caracteriza os autores de Neurose é a pulsão de saber; a identificação não com o pensado pelos grandes mestres da Psicanálise, senão com o pensante. Converte, assim, a Psicanálise e sua clínica em um sistema vivo, aberto, que transforma os ruídos em informação complexizante.

Publicado em 1964, poucos anos após a morte de Melanie Klein, o livro Introdução à obra de Melanie Klein (Ubu, 160 pp, R$ 69,90 – Trad.: Júlio Castañon Guimarães), de Hanna Segal – analisanda, discípula e uma das principais intérpretes da autora – tornou-se a introdução clássica ao pensamento kleiniano. Baseado em conferências proferidas no Instituto de Psicanálise de Londres e, posteriormente revisado, o volume organiza conceitos centrais que antes circulavam de forma fragmentada, conferindo coerência narrativa à obra de Klein. Segal apresenta de maneira clara e didática as posições esquizoparanóide e depressiva, a inveja primária, os mecanismos de reparação e as defesas maníacas, articulando teoria e prática clínica, e mostrando como as fantasias inconscientes, desde a infância mais precoce, estruturam o mundo interno e moldam a relação com a realidade externa. Para ilustrar, a autora recorre a exemplos vívidos de sua clínica, que revelam a lógica das fantasias e seu papel na organização da vida psíquica.