Dez livrarias de todo o Brasil passam a compor a partir desta sexta-feira (23) a Lista de Mais Vendidos do PublishNews. Esta é a segunda leva de lojas acrescentadas à relação nos últimos meses, num esforço do canal para diversificar a representatividade entre as novas lojas do país, atendendo a um pedido frequente de profissionais do mercado editorial. Agora, no total, são 49 redes e livrarias brasileiras na Lista. Entre as lojas que passam a compor a Lista, estão a rede da PAULUS Livraria (com 36 lojas pelo país), a Livraria Valer (Manaus / AM), a Livraria Telaranha (Curitiba / PR), a Bookshop (Juazeiro do Norte / CE), a Lítera (Ribeirão Preto / SP, e-commerce), a Livraria Adonis (Americana / SP), e as paulistanas Livraria Ponta de Lança, Livraria das Perdizes, Livraria da Alma e Livraria da Unesp. A Lista de Mais Vendidos do PublishNews é realizada em parceria com a Bookinfo – empresa que oferece soluções de inteligência de negócios e ferramentas de apoio à gestão de editoras, distribuidoras e livrarias. "A inclusão de novas livrarias na lista deve trazer uma presença cada vez maior de estabelecimentos de nicho, como os religiosos, além de livrarias independentes mais especializadas, que começam a ganhar espaço entre os mais vendidos", comenta o diretor da Bookinfo, Eduardo Cunha. "Contar com mais lojas é fundamental para aumentar a representatividade e refletir com mais fidelidade a diversidade do mercado — desde livrarias de shopping até pequenas lojas em centros urbanos de grandes cidades." Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

É inegável que haja uma grande expectativa do mercado editorial em torno da Bienal do Livro Rio 2025. Sob os holofotes internacionais do ano em que se celebra o Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro, o evento ainda apresenta um conceito inédito e vibrante. O livro, claro, permanece como o grande protagonista deste novo capítulo, mas as histórias agora, cada vez mais, passam a ser apresentadas ao grande público com contornos e formas muito diferentes. Sou suspeito para falar, mas a Bienal do Rio tem algo de muito especial. É verdade que sempre lançou tendências e inspirou outros importantes eventos do setor. Também cativa as pessoas e faz parte da memória afetiva da cidade. Mas esta virada de chave fomenta o mercado editorial como nunca se viu, a partir de um estímulo genuíno à leitura, gerando fortes conexões. Não à toa, recebemos um apoio essencial de todas as editoras participantes, que abraçaram essa rotação do evento fazendo uma aposta importante, seja nas experiências imersivas, seja ocupando mais espaço nos pavilhões do Riocentro – com 100% de área vendida sete meses antes do evento. Clique no Leia mais para ler o artigo na íntegra.

Os ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC) publicaram uma portaria que estabelece regras para atendimento às bibliotecas públicas e bibliotecas comunitárias para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Clique aqui para acessar a portaria. Segundo o governo, a ação vai garantir a entrega de 4,1 milhões de livros, um investimento de R$ 50 milhões (valor destinado à aquisição e distribuição) a, aproximadamente, quatro mil bibliotecas brasileiras. Para o diretor da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli) do Ministério da Cultura (MinC), Jéferson Assumção, trata-se de uma iniciativa histórica e transformadora, central para o novo Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL) 2025-2035 – que, segundo o governo, deve ir a consulta pública ainda neste semestre. "Ao fazer parte do PNLD, teremos a possibilidade de receber livros novos nas bibliotecas em todos os ciclos de compras. É necessário que as prefeituras reabram as bibliotecas que estão fechadas para poderem participar desse grande movimento. Precisamos aproveitar esta oportunidade para voltar a termos pelo menos uma biblioteca em cada município brasileiro”, afirma. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Amazon divulgou quais foram os dez livros mais vendidos no primeiro dia desta edição da Book Friday de 2025. A lista apresenta títulos de gêneros e de editoras variadas, com a presença de romances, livros de suspense e também dos fenômenos de colorir. Um dos destaques é a escritora estadunidense Lynn Painter, que tem dois de seus títulos entre os mais vendidos. Raphael Montes é o único autor brasileiro presente na lista. A empresa realiza a Book Friday desde 2014. A décima primeira edição, que ocorreu de 15 a 19 de maio, ofereceu descontos de até 70% em livros e e-books. Neste ano, a empresa já tinha anunciado a Estante dos Influencers, que reúne recomendações de livros de alguns dos principais criadores de conteúdo literário no Brasil. Clique no Leia mais para ler a lista na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre os livros previstos para a semana entre 7 de junho e 13 de julho, está novo livro de Édouard Louis O desabamento (Todavia), que aborda a relação do narrador com seu irmão mais velho, morto precocemente aos 38 anos. Fruto do primeiro casamento de sua mãe, o irmão de Louis é o mais velho dos cinco filhos. Logo nas primeiras linhas deste romance, que é considerado um dos mais sombrios do autor, o narrador afirma não ter sentido nada ao saber da morte do irmão. Outras novidades são Georges: edição comentada (Zahar), único romance abolicionista de Alexandre Dumas, que declara seu compromisso com seus “irmãos de raça e amigos de cor”; e Sanatório (Novo Século), suspense de Ricardo Valverde. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

O 3º Festival Literário Internacional de Paracatu (Fliparacatu) será realizado no município de Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, na última semana de agosto, entre os dias 27 e 31. Idealizado por Afonso Borges, com curadoria de Bianca Santana, Jeferson Tenório e Sérgio Abranches, a terceira edição do festival propõe uma reflexão sobre os rumos da humanidade, utilizando a palavra “encruzilhada” como chave e ponto de percepção. Por isso, o tema da edição de 2025 é Literatura, Encruzilhada e Desumanização. O Fliparacatu tem todas as atividades gratuitas, em diversos locais do Centro Histórico da cidade, em especial na Praça onde se localiza a Igreja Nossa Senhora do Rosário. O autor homenageado é o escritor português Valter Hugo Mãe, cuja obra — em especial o livro A desumanização (Biblioteca Azul) — será debatida sob diferentes perspectivas ao longo da programação. Para o curador Jeferson Tenório, “falar em desumanização significa reconhecer que a subjetividade e os matizes dos efeitos da colonização estão presentes em nossas vidas”. Segundo ele, a literatura de Valter Hugo Mãe nos oferece “um olhar poético sobre a vida” e aponta caminhos para a reconstrução da humanidade. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Na coletânea de contos inéditos de O bom mal (Fósforo, 160 pp, R$ 79,90 – Trad.: Livia Deorsola), a escritora argentina Samanta Schweblin reitera seu domínio da narrativa breve com seis histórias. Em todas elas, personagens vulneráveis e profundamente humanas têm suas vidas transformadas de modo irreversível quando confrontadas com situações inquietantes que irrompem onde menos se espera: em plena ordem cotidiana. Discípula de Edgar Allan Poe na arte da construção atmosférica, Schweblin sugere mais do que afirma e, com isso, nos conduz a um clima de alta voltagem premonitória. Ao adentrar seu universo, sabemos que basta um ínfimo detalhe para que a tragédia se anuncie e o familiar se torne estranho, revelando-se toda a fragilidade do nosso pacto com o real. Como afirmou o escritor espanhol Enrique Vila-Matas, “há um antes e depois” da leitura de Schweblin, restando “a lembrança de algo que nunca nos deixará”. Talvez por isso as seis histórias deste livro sejam a um só tempo trágicas e venturosas, permeadas por culpa, solidão e luto, mas também por laços de família, amor e saudade. Através do insólito que desorganiza a vida, tudo se passa conforme o título anuncia: o mal é um bem necessário. Ou, ainda — porque nas narrativas nada é o que parece —, a bondade pode ser maléfica.

Em As filhas de Caim (Tapioca, 144 pp, R$ 69,90), Samantha Buglione conduz o leitor por um intrincado labirinto de emoções humanas e femininas. Cada conto é uma nova porta que se abre para o universo particular de cada personagem, de cada mulher. É um convite à reflexão sobre a dor, a perda, a solidão e a realidade da morte, temas universais que se entrelaçam nas trajetórias de cada figura que a autora esculpe com suas palavras. As histórias de Carmela, Lea, Amélia, a Viúva, Dona Juca e Maria, entre outras, são narrativas de almas marcadas pela vida e pela morte, cada uma carregando o peso de suas experiências, desilusões e esperanças. As flhas de Caim é uma viagem catártica e necessária, um convite a enfrentar demônios internos e a encontrar a própria redenção. Samantha Buglione transita entre o pensamento e a criação, a escuta e invenção de histórias, a análise e a poesia. Com formação em Direito, Filosofia e estudos em Antropologia, encontrou na literatura e na psicanálise a sua morada.

Playtime (7Letras, 124 pp, R$ 47) é o nome de um longa-metragem do cineasta francês Jacques Tati (1907-1982), considerado inovador, surrealista, crítico à conformidade social e incrivelmente divertido. Estes mesmos adjetivos se aplicam ao volume de contos com mesmo título, de Sebastião Albano – carioca radicado no Rio Grande do Norte, onde dá aulas na Faculdade de Comunicação Social da UFRN. Aficionado por cinema, usa referências à sétima arte e linguagem experimental para criar narrativas frenéticas, gozadas, por vezes chocantes, que convidam os leitores a uma experiência fora do seu lugar de conforto e, por isso mesmo, fascinante. Na prática, os contos de Playtime versam sobre situações do cotidiano, mas de uma forma “estranhada” (palavra do autor). O ogó e a cabaça traz um personagem que pode ser um traficante, um viciado ou uma pessoa com problemas psiquiátricos, que encontra um ex-colega de escola, travesti, e os dois se unem para usar drogas. CSS mostra uma mulher, a princípio inominada, que viaja a Nova York e conhece um professor de engenharia da informação com quem logo começa a se relacionar. Autópsia plus anatomia narra a história de dois amigos que roubam livros na adolescência e mantém um pacto entre si.

Mulheres vermelhas (Caravana Editorial, 63 pp, R$ 60) é um livro de ficção: são cinco contos curtos e um maior – quase uma novela – que dá título ao livro. Cada conto tem um personagem feminino, portanto, o protagonismo é das mulheres. Relatos do cotidiano, permeados por fantasias e neuroses de personagens como Talita, Albertina, Marta, além das amigas Carmem, Ana Maria e Isadora, que num encontro pré festa conversam sobre suas angústias e desejos. Sol Casotti compartilha com o leitor um espaço relacional criado por mulheres que mostram quem são. Em seus contos questões subjetivas são trazidas à superfície em meio a temas universais. As histórias se passam na primeira década dos anos 2000. A autora acredita que de lá pra cá, podemos notar algumas mudanças de comportamento. Por exemplo: o conto do bilhete premiado ganhou versões mais sofisticadas por parte de estelionatários. Sol Casotti concluiu a pós-graduação em literatura, arte e pensamento contemporâneo pela PUC do Rio. É bacharela em direito pela UERJ. Poeta e roteirista, escreveu para os programas Globo Ciências e Direito e Avesso. Publicou Tectônicas (Bem-te-vi) e Ventanias (7Letras). Faz curadoria de poesia, oficinas literárias e textos para sites e exposições.