Um livro católico tem ganhado posições semana após semana na Lista de Mais Vendidos do PublishNews: trata-se de A força do silêncio (Fons Sapientiae), do cardeal Robert Sarah. O livro é editado pelo selo da Distribuidora Loyola, e nesta semana ocupa o segundo lugar geral na relação que mede as vendas em 39 livrarias do país, a frente de livros de colorir (a nova febre da estação) e até de Café com Deus Pai 2025 (Vélos). A Lista desta semana relacionou as vendas no período de 10/03 a 16/03/2025. O livro A força do silêncio é uma entrevista realizada pelo jornalista francês Nicolas Diat. O cardeal alcançou notoriedade internacional com o sucesso de Deus ou nada (2015), traduzido em 14 idiomas, e em escritos em parceria com o ex-papa emérito Bento XVI. Mais recentemente, o nome de Sarah ganhou força na imprensa especializada para uma possível sucessão papal. Ele é considerado um cardeal de ideias conservadoras. Voltando à Lista de Mais Vendidos: outro destaque da semana é o livro Transforme o seu restaurante em um negócio milionário (Gente Autoridade), de Marcelo Marani. Na categoria Não Ficção, cinco dos top 10 livros da semana são livros de colorir, três são religiosos (incluindo a novidade Maria, mais forte que o mal (Petra), de Padre Reginaldo Manzotti) – os outros dois são Ainda estou aqui (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva, e outra novidade da semana: Menopausa sem medo (Gente), de Igor Padovesi. Entre as editoras, o top 3 é formado por Sextante (com 18 títulos nas diferentes categorias), Grupo Editorial Record (13) e Grupo Companhia das Letras (8). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Veículos noticiaram que a obra Feliz ano velho (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva, vai ser transformada em ópera. De acordo com o jornal O Globo, a Orquestra de Rio Preto é a responsável pela montagem da produção. A Folha divulgou que as músicas e libreto serão assinados por Tim Rescala, que também fez as outras duas óperas montadas pela companhia, O auto da compadecida e Hilda Furacão. Uma reportagem especial do Estadão fala da biblioteca e livros favoritos de Ignácio de Loyola Brandão. Autores como Graciliano Ramos e Lima Barreto figuram na lista do imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O veículo também produziu um vídeo em que o escritor fala mais sobre preferidos e critica obra de Gabriel García Márquez. O Globo reproduziu uma nota a AFP sobre um livro crítico sobre a Meta, que passou a liderar a lista de best-sellers do The New York Times uma semana após seu lançamento nos EUA, apesar de sua autora estar proibida de promovê-lo. A obra também ocupa o quarto lugar entre os mais vendidos da Amazon, segundo a plataforma informou na quinta-feira. Folha e Estadão publicaram resenha do novo livro da saga Jogos Vorazes, um dos principais lançamentos dessa semana. Dentre as impressões gerais sobre o livro Amanhecer na colheita (Rocco) está uma repetição de elementos já presentes nos outros livros da saga de cinco livros. Surfando no tema das sagas infantojuvenis, a revista Galileu organizou uma lista com os melhores boxes para adolescentes. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

De antemão, aviso que vou falar de livro, leitura e escola, especialmente a pública, espaço tão importante quanto fora do esquadro e da atenção necessária. Mas vou tentar não cair em armadilhas. Não me interessa, por exemplo, falar aqui de impacto, engajamento, negócios, trending topics, feedbacks, calls bookistas de márquetim rasteiro, tampouco da angústia dos influencers, cuja referência no gracejo faz Harold Bloom parecer algo muito distante e anacrônico. Nem farei lamentos de resignação em prol de dancinhas de três segundos porque essa é a realidade inexorável naquela preguiça é-o-mercado-fazer-o-quê. Não tem deadline, porque a linha já foi cruzada e a gente sabe disso.Como bem disse o José Castilho aqui, estamos numa hemorragia de leitores. Sim, sem o guéri-guéri de telinhas e suas regras algorítimas de zuckbleargh e muskbosta, porque eles já se revelaram os canalhas que sempre foram, despreocupados com qualquer coisa que não sejam seus bolsos. E atenção: esta coluna vai também sem a quaquaragem adiposa das pedagogices acadêmicas, sem o diabo a quatro (nem A5 ou tamanho carta) de atravessamentos, empoderamentos e protagonismos rasteiros, sem forçação identitária, cepeéfica e com comprovante de resistência que, já percebemos, não consegue dizer muito fora da esfera umbilical. Escola é ex ducere: conduzir para o mundo. Na área do livro, parece que tá cheio de gente reinventando a roda sem notar que ela tá quadrada. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

Uma semana após o encerramento da Feira do Livro de Londres 2025, a Reed Exhibitions (RX) – organizadora do evento – anunciou que Emma Lowe será a nova diretora da feira, começando em julho. Ela assume o cargo deixado por Adam Ridgway. Lowe é conhecida como uma administradora "cuidadosa, eficaz e detalhista, com uma personalidade calorosa e solidária", segundo nota da organização. Ela já trabalhou com a RX na Feira de Londres antes de 2014 e a partir desta data, também fez parte do time do The Bookseller cuidando das relações com as editoras e de muitos aspectos da programação de eventos. Além disso, também dirigiu as relações comerciais da revista The Stage, comandando equipes de vendas e gerenciando o British Book Awards e outros programas do site de notícias. Em 2024, assumiu o cargo de chefe de eventos internos e externos na HarperCollins UK. “A Feira do Livro de Londres foi minha passarela para este maravilhoso mundo dos livros e estou muito feliz por retornar em um momento tão importante para os negócios presenciais. Somos uma indústria que prospera na interação face a face e os momentos em que nos reunimos são absolutamente vitais para o ecossistema editorial”, disse Lowe sobre o anúncio do seu novo cargo. Ela também agradeceu pelo tempo que passou na HarperCollins. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Universo dos Livros está à procura de um assistente editorial. É preciso ter superior completo em Letras ou Produção Editorial, Inglês Fluente e experiência na área editorial. Além disso, a editora pede domínio da Língua Portuguesa; conhecimento de normas editoriais (ABNT); habilidade em edição de textos e revisão gramatical; e capacidade de gerenciar múltiplas tarefas simultaneamente. As funções do cargo incluem apoiar na edição e revisão de textos; coordenar a comunicação entre tradutores, revisores e demais profissionais envolvidos na produção editorial; acompanhar o fluxo de produção editorial, garantindo o cumprimento dos prazos; pesquisar e sugerir melhorias para otimização do processo editorial; controlar e organizar arquivos, documentos e contratos relacionados às publicações; e colaborar com a produção e publicação de materiais digitais e impressos. Interessados devem encaminhar currículos para mbatista@universodoslivros.com.br.

Na manhã desta sexta (21), a Biblioteca do Memorial da América Latina (Av. Mário de Andrade, 664, Barra Funda – São Paulo / SP) amanheceu com pouquíssimos livros disponíveis. A ação realizada pela Amazon esvaziou temporariamente as prateleiras do espaço, deixando expostos apenas os livros de autoria de escritores negros. A iniciativa ocorre no Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e tem como objetivo evidenciar, de forma visual e impactante, a desigualdade na representatividade literária. A ação também ajuda a promover o Prêmio Kindle Vozes Negras, parceria da Amazon Brasil com a editora Companhia das Letras, que reconhece e premia obras de autores negros independentes publicadas com o Kindle Direct Publishing, a ferramenta de autopublicação da Amazon. As inscrições estão abertas até 6 de abril, e o vencedor será anunciado na cerimônia de premiação prevista para novembro. Além do prêmio em dinheiro, o vencedor terá sua obra publicada pela editora, e as obras finalistas serão convertidas em audiolivros pela Audible Brasil. Além do impacto visual da biblioteca praticamente esvaziada, a programação do evento contará com um momento literário, dedicado a leitura e comentário de trechos de obras escritas por autores negros. Os convidados são: Renan Gonçalves da Silva, com a leitura do livro A voz que ninguém escutou, às 14h; Vanessa Passos, que lerá trechos de A filha primitiva, às 15h; e Samuel Gomes, que apresentará a obra Guardei no armário, às 16h. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A nova Editora Manjedoura chega ao mercado editorial brasileiro oficialmente nesta sexta-feira (21) em um evento em parceria com a Livraria Travessa VillaLobos (Av. Dra. Ruth Cardoso, 4777, Segundo Piso, Jardim Universidade Pinheiros – São Paulo / SP), às 19h. A nova casa editorial é especializada em publicação de livros de desenvolvimento pessoal e profissional e tem foco na “tríade da saúde” (corpo, mente e espírito). A fundadora é a editora, escritora e mentora literária Renata Mello, que ingressou no mundo editorial há quase 20 anos. Após construir carreira como editora-executiva e publisher de grupos editoriais, foi responsável por trazer ao Brasil títulos best-sellers do segmento de autodesenvolvimento, transformação pessoal, aperfeiçoamento de carreira, com foco na prática do lifelong-learning (aprendizagem ao longo da vida), além de gerir licenciamentos para publicação de marcas como MindValley, Penguin Random House, Bain & Co, Marvel e Disney. Hoje, a editora tem se dedicado ao desenvolvimento de novos autores e à construção de livros de alto impacto transformacional, com atuação nas três principais inteligências que norteiam cada publicação: intelectual, emocional e espiritual. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma reunião na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais marcou o início oficial das preparações para a Bienal Mineira do Livro 2025 realizado pela HPL Produções e Eventos Ltda em parceria com a Câmara Mineira do Livro (CML). O evento ocorrerá entre os dias 3 e 10 de maio, no Centerminas Expo (Av. Pastor Anselmo Silvestre n°1495 — Belo Horizonte / MG), e terá como tema principal a frase: "Viver é Plural. Ler é Plural". Considerado um dos principais eventos literários de Minas Gerais, a Bienal Mineira do Livro reúne escritores, editores e leitores em uma programação diversificada. O lançamento oficial da Bienal reuniu autoridades, patrocinadores, influenciadores literários e representantes da imprensa, além de parceiros estratégicos como o Instituto Cultural Vale, patrocinador master do evento. Durante a reunião, foram divulgados detalhes sobre a programação, o local Centerminas Expo e o tema desta edição, uma homenagem ao escritor mineiro João Guimarães Rosa, um dos maiores expoentes da literatura brasileira, reconhecido pela sua escrita inovadora e profunda conexão com o sertão mineiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Conrad Editora convida leitores, jornalistas e fãs de HQs para a 2ª edição da Conrad Con, que ocorre no próximo domingo, dia 23 de março, das 15h às 17h, na loja Akiba Station (Rua Thomaz Gonzaga, 18, — São Paulo / SP), localizada no coração da Liberdade. O evento oferece aos fãs de quadrinhos a chance de conhecer de perto os profissionais por trás das HQs e acompanhar, em primeira mão, as próximas novidades da editora. Entre os destaques da programação estão os lançamentos aguardados de Centauros vol. 3, Uma moeda ou um beijo e Hack/Slash, além da pré-venda de títulos como Ardalén, São Francisco e o box de Centauros. Quem estiver por lá poderá participar de sorteios e ganhar brindes. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Durante décadas, Ariano Suassuna acalentou o sonho de publicar a sua poesia reunida sob o título O pasto incendiado. Em 1999, a editora da Universidade Federal de Pernambuco chegou a lançar um volume, com parte da obra poética do autor, organizado por Carlos Newton Júnior e intitulado Poemas. Àquela época, contavam-se nos dedos os poemas de Ariano que haviam saído em livro. Portanto, foi só a partir daquela reunião que eles começaram a figurar de modo mais constante em antologias e a ganhar estudos críticos. Após longos anos de pesquisa e garimpo, o próprio professor doutor Carlos Newton Júnior organizou a Poesia completa (Nova Fronteira, 640 pp, R$ 219,90) do autor, reunindo neste caprichado volume toda a produção poética de Suassuana, além de material inédito, a fim de consolidar “de uma vez por todas, e agora não mais entre críticos e estudiosos, mas entre os leitores de poesia, de um modo geral, o nome de Ariano Suassuna como poeta ― e um dos melhores de toda a nossa literatura”. O pesquisador também foi responsável por fixar o texto dos poemas, acrescentar notas ao volume e escrever a elucidativa e minuciosa apresentação. O box Pasto incendiado: Poesia completa, todo ilustrado pelo artista plástico Manuel Dantas Suassuna, vem dentro de uma bela luva criada pelo designer Ricardo Gouveia de Melo.

George Gordon Byron (1788-1824), conhecido como Lord Byron, foi um ícone do Romantismo inglês e trilhou uma trajetória poética rica e diversificada, marcada por uma profunda exploração das emoções humanas e da condição existencial. Neste Byron: poemas, cartas & c. (Perspectiva, 640 pp, R$ 149,90 – Trad.: André Vallias), com organização, tradução e introdução de André Vallias, os poemas, cartas e diários perpassam seis fases distintas da vida de Byron, e mostram a evolução de sua escrita, moldada por experiências e eventos que marcaram sua vida. Na infância e juventude (1798-1809) seus primeiros versos foram influenciados pelos clássicos e pelos poetas românticos de sua época, revelando um jovem melancólico e introspectivo, explorando temas como amor, perda e a beleza da natureza. Mais adiante (1809-1811), Byron alcançou fama internacional. Os poemas dessa fase refletem suas viagens pela Europa, explorando temas como a solidão, o tédio e a busca por sentido na vida. Já consolidado como um dos poetas mais populares da Inglaterra, entre 1811-1816, seus versos tornaram-se mais sombrios e satíricos, abordando temas como política, sociedade e hipocrisia. Após ser exilado (1816-1819), o inglês encontrou refúgio na escrita, refletindo sua solidão e isolamento, explorando temas como a natureza, a morte e o amor. Nos últimos anos de vida (1819-1823), se torna uma verdadeira celebridade literária. Seus escritos geraram termos como "byromania" e "byronismo", atestando sua imensa popularidade na cultura da época, que teima em não desaparecer.

Em cada verso de para dançar na cerca elétrica (Patuá, 120 pp, R$ 60), Conceição Rodrigues jorra incômodo com o que há de mais cruel e banal no ato de guerrear. Se a desumanização ganha corpo, a poeta conquista o espírito e prega a dança. E "para dançar na cerca elétrica" é preciso força e vontade para agarrá-la, mesmo quando a chuva espalha a tinta fresca que escreve o obituário inenarrável. O cinza toma conta. São armas, balas, lâminas. Algemas, correntes. Neve, fumaça, fuligem. E queima, com fogo, gelo, sol e sal – na ferida. O forno metálico queima gente e a gente vira cinzas que voa nos jardins de solo encharcado de sangue e outros detritos. A dança no voo das cinzas pousa na carne e na sombra. Conceição aponta cada movimento ritmado que surge entre assassinatos e explosões.

Moldado por versos que contemplam a passagem do tempo, a transitoriedade da experiência e a ética das relações do humano com o não humano – temas presentes em anteriores trabalhos poéticos e ficcionais de Adriana Lisboa – Antes de dar nomes ao mundo (Relicário, 112 pp, R$ 55,90) é o quinto livro de poesia da premiada escritora, poeta, ensaísta e tradutora carioca. A poética de Adriana se destaca por sua profundidade e capacidade de evocar imagens e emoções. E nesta nova proposta, a autora foi buscar em outra arte na qual exercita sentidos (a pintura) o gosto pela possibilidade de abstração, mais precisamente no universo de Paul Klee, cuja aquarela Paisagem com choupos (1929) compõe o design de capa de Ana C. Bahia.

Damascos feridos (Alpendre Literário, 96 pp, R$ 50) é o mais recente livro da escritora mineira Mírian Freitas e traz poemas que enunciam a violência e os ataques direcionados à Faixa de Gaza e ao seu povo, num contexto em que a conduta beligerante e a manutenção do status quo continuam a fragmentar vidas. A autora escreve como se estivesse ali presente, nos ruídos de campos minados, entre os escombros e a explosão dos mísseis, trazendo ao seu texto o compromisso ético e estético de armar o leitor para esse combate. São 53 poemas que se apropriam da história − passada e presente para os palestinos. Neste livro, a poesia é um dispositivo de guerra, produz uma crítica contra o sistema, contra os disfarces das mídias, dos discursos centralizadores. As vozes que ecoam nesse poemário, denunciam a morte de crianças, mães, pais, filhos, jornalistas, escritores; enfim, de centenas de palestinos.