No Podcast do PublishNews desta semana falamos com Nathália Rodrigues, conhecida na internet como Nath Finanças: empresária, escritora, palestrante e especialista em finanças e uma das vozes mais relevantes do Brasil quando o assunto é educação financeira prática e acessível. No episódio, ela contou um pouco da sua história e da importância dos livros na sua trajetória e a relação de Crepúsculo e seus livros Orçamento sem falhas e Precisa dar certo (Intrínseca), e sobre a importância da educação financeira para crianças e sobre seus livros para este público que fez junto com Ziraldo: O plano perfeito e O mistério dos 3r’s, ambos da editora Melhoramentos. Ainda deu tempo de conversar sobre hábito de leitura, e-books e audiolivros e claro, sobre educação financeira, comunicação acessível e empreendedorismo. Ainda deu tempo de conversar sobre hábito de leitura, e-books e audiolivros e claro, sobre educação financeira, comunicação acessível e empreendedorismo. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Duas ilustradoras brasileiras figuram entre os vencedores da 59ª edição da Exposição de Ilustradores da Feira do Livro Infantil de Bolonha: Elisa Carareto e Ciça Fittipaldi. As ilustrações selecionadas fazem parte dos livros Enquanto não lembro (2024) e Kaaliawiri: a árvore da vida (2024), respectivamente ilustrados por Elisa e Ciça e publicados pela Ôzé Editora. “Uma alegria ter sido selecionada para a exposição da Feira de Bolonha”, disse Elisa nas redes sociais. Ela também parabenizou Ciça pela seleção. “Uma honra estar junto nessa dobradinha da Ôzé”. Já a editora também comemorou a seleção. “Alegria imensa por aqui em participar desse evento tão importante com duas de nossas ilustradoras. Parabéns Elisa e Ciça, é um orgulho e uma honra trabalhar com vocês!” Nesta edição, a Exposição recebeu inscrições de 4.374 ilustradores. No total foram 21.870 ilustrações enviadas de 89 países e regiões do mundo: um novo recorde de participação para a iniciativa mais histórica da BCBF. A exposição foi criada em 1967 para descobrir e destacar as melhores ilustrações do mundo diante da comunidade literária reunida em Bolonha. A 59ª exposição será encenada nos espaços da BolognaFiere por ocasião da feira, que realiza sua 62ª edição de 31 de março a 3 de abril. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Agência Pública fez uma reportagem sobre "exclusão, misoginia e 'clubinho de homens' no mercado editorial". A repórter Amanda Audi conversou com dez mulheres e ouviu, "de modo quase unânime, que ainda há muito machismo no meio e falta muito para que o setor seja igualitário entre homens e mulheres. A maioria não quis se identificar justamente para não sofrer represálias de seus colegas". A colunista Adriana Ferreira da Silva também comentou no Nexo sobre o mesmo assunto. O portal ainda entrevistou a professora de psicologia clínica da UnB (Universidade de Brasília) Valeska Zanello para falar sobre o conceito de “casa dos homens”. A pesquisadora publicou um artigo em 2020 a partir da sua investigação sobre conteúdos trocados por homens em grupos de WhatsApp. Aproveitando a discussão levantada por Ainda estou aqui e o incrível sucesso do filme, O Globo reuniu em uma matéria nesta semana outros livros, filmes e peças de teatro que retratam a luta das mulheres contra a ditadura militar brasileira. A Folha noticiou que o livro Ainda estou aqui (Alfaguara), de Marcelo Rubens Paiva, vai ser publicado em inglês, nos EUA e no Reino Unido, pela Charco Press. O escritor Luis S. Krausz escreveu no Estadão sobre os 80 anos da libertação de Auschwitz. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A cada ano os livros publicados no Brasil estão mais presentes em Portugal. Editoras de origem brasileira também estão por aqui como, por exemplo, a Citadel, Gato Bravo, Kotter e Urutau. Em breve a Nós e a Língua Mátria iniciam as atividades. No que diz respeito ao varejo, das que sei da existência, temos a Livraria da Travessa em Lisboa e a Senda na cidade de Braga. A Saudade Distribuidora, com quatro anos de atividade, importa livros do Brasil e os disponibiliza em uma parte das livrarias portuguesas, além da presença, via parceiros, nos Marketplaces de Portugal e Europa. Neste período foram importados 14 mil diferentes títulos distribuídos por 540 selos editoriais. Tem livro para todas as áreas e gostos: do Baralho da Vovó Cigana ao Atlas de Anatomia Humana. A Saudade também participa diretamente das principais feiras do livro em Portugal. Talvez as editoras e instituições ligadas ao livro no Brasil ainda não percebam, mas este trabalho formiguinha de divulgação do livro brasileiro e, principalmente, de autoria brasileira por aqui, começa a gerar outros resultados. É só observar o aumento da publicação de autoras e autores brasileiros por editoras comerciais portuguesas. Como entendo que o trabalho de distribuição não é só entregar os pedidos e, sim, fazer o livro chegar, torná-lo disponível onde os potenciais leitores possam estar, a Saudade vai dar mais um passo no seu trabalho. Agora, para além das fronteiras de Portugal. De 19 a 23 de março de 2025, a Saudade Distribuidora estará na 36ª edição do Salão do Livro de Genebra, na Suíça. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Na sexta-feira (24), o Ministério da Educação (MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizaram uma audiência pública para apresentar a minuta do edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) voltado aos anos iniciais do ensino fundamental, ciclo 2027-2030. O evento ocorreu de forma híbrida: no auditório do FNDE, em Brasília (DF), e com transmissão ao vivo pelo YouTube, com debates sobre o papel do livro didático na educação pública. Durante a audiência, foram detalhados os objetos, as categorias e os eixos do edital, seguidos de sessões para responder a dúvidas e para acolher contribuições enviadas previamente e durante o evento. A gravação completa está disponível no canal do FNDE no YouTube, oferecendo mais uma oportunidade para que os interessados conheçam as diretrizes propostas. Editoras e outros interessados podem continuar colaborando com sugestões para o aprimoramento do edital. Basta enviarem suas contribuições por meio do formulário disponível no site do FNDE. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Idealizada pela agência ORO, a campanha de 2025 da Livraria Leitura apresenta o tema “Muito mais que um volta às aulas”, inspirada em elementos do universo da Disney. Os elementos visuais e a narrativa trazem como conceito o posicionamento de estabelecer a rede como um local de diversão e a praticidade. A campanha contempla rádio, mídia impressa, mídia OHH, TV e Web. Segundo Rafael Martinez, Head de Marketing da rede, a comunicação também foi inspirada no conceito de “Papelaria Fofa”, uma tendência com identidade visual cheia de cores e que aposta na nostalgia. O resultado foi uma campanha voltada para todas as idades. A Livraria Leitura também aposta na mídia em cinema dentro de sua campanha. A ação oferece aos clientes um brinde exclusivo mediante a apresentação do ingresso de uma sessão onde o comercial da livraria foi exibido. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Produzido pela Stone, especialista em filmes católicos no Brasil, o longa-metragem São Miguel Arcanjo – Santuário de Batalha começou a ser gravado em novembro de 2024 na Itália. O filme, primeira produção brasileira de ficção católica no formato de longa-metragem, é baseado no livro São Miguel Arcanjo – Um tratado sobre angelologia, publicado pela PAULUS Editora. A primeira fase das gravações contou com uma equipe formada por brasileiros e teve como locações Roma, Monte Gargano, Assis, Turim e a Sacra di San Michele. A obra escrita por Loo Burnett apresenta um estudo sobre São Miguel a partir de uma série de elementos históricos, geográficos e doutrinais sobre o Arcanjo. Com direção e roteiro de Tiago Benetti, assim como no livro, o longa apresentará os Santuários dedicados a São Miguel. O filme conta, ainda, com a participação de Don Marcello Stanzione, considerado o maior especialista em São Miguel do mundo com mais de 300 obras publicadas na Europa, e Wincenty Podobínski, cineasta polonês e especialista em São Miguel Arcanjo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta segunda (27), a Telaranha Edições, editora independente de Curitiba, completa três anos em atividade. Para celebrar a data especial, a Livraria Telaranha (Rua Ébano Pereira, 269, Centro – Curitiba / PR) vai receber o público a partir das 18h30 para uma roda de conversa com a equipe editorial sobre experiências na cena literária independente. Além de celebrar um novo ciclo para a Telaranha, o objetivo é também aproximar o público da editora, criando um espaço aberto para colocar perguntas e compartilhar ideias. Além dos co-fundadores Bárbara Tanaka e Guilherme Conde Moura Pereira, estarão presentes na roda de conversa o coordenador de comunicação Hiago Rizzi e a assistente editorial Juliana Sehn. Além da ação, todos os livros da Telaranha Edições estarão com 50% de desconto durante a semana do aniversário, entre os dias 27 de janeiro e 1º de fevereiro, no site da editora ou na Livraria Telaranha. A Telaranha Edições iniciou suas atividades no ano de 2022, pelas mãos de Bárbara e Guilherme. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Descrito por Roxane Gay como “um escritor que exerce sua arte de maneiras absolutamente inesquecíveis”, o norte-americano Brandon Taylor eleva suas habilidades em Vidas tardias (Fósforo, 304 pp, R$ 104,90 – Trad.: floresta) ao criar, com destreza e sensibilidade, um mosaico de personagens, a maior parte deles jovens negros e gays, que são retratos fidedignos das angústias e incertezas da geração milllenial. Em meio às ruas, aos bares e ao campus universitário de Iowa City, circula um grupo singular do último ano da pós-graduação. Entre escritores, dançarinos e músicos estão Seamus, um jovem poeta que não esconde dos colegas suas opiniões afiadas; Ivan, que precisou abandonar a carreira na dança depois de um golpe do destino e passou a recorrer à pornografia amadora; Noah, um bailarino cuja personalidade o deixa exposto a relacionamentos tempestuosos; e Fatima, que, cercada por julgamentos dos outros, precisa conciliar turnos de trabalho em um café com os ensaios de dança na faculdade. Os quatro são confrontados por um elenco de professores, namorados, vizinhos e colegas que levam ao limite os dilemas relacionados à identidade e à carreira. Envolta em preocupações com o futuro, frustrações com a vida artística e buscas por conexão e autoconhecimento, essa constelação de vidas mostra as forças multifacetadas que operam no presente ― a falta de horizonte, as diferenças de gênero e classe, o racismo e a precarização ―, que estão refletidas nas personalidades, nas escolhas e nos relacionamentos desses jovens inquietos e talentosos.

O Louco do Cati (Todavia, 320 pp, R$ 89,90) é um dos livros mais insólitos da literatura brasileira do século XX. Consta que seu autor, Dyonelio Machado ― que já havia escrito Os ratos ―, estava doente e então foi obrigado a ditar palavra por palavra da história. O resultado, marcado pela oralidade e fluência narrativa, é um primor de composição literária poucas vezes igualado. Espécie de livro de viagem, o romance de Dyonelio começa em Porto Alegre, mas avança Brasil afora ― não à toa o título vem sucedido pela palavra "aventura". Pois é a partir da capital gaúcha que uma turma de rapazes decide empreender uma jornada até o litoral. Com eles segue um estrambótico personagem sem nome, um amalucado referido como "Cati". Porém, quando finalmente pisam na areia, dois dos rapazes ― Norberto e o Louco ― se separam do grupo e continuam a viagem. O que vai acontecer a seguir é um retrato infernal do autoritarismo brasileiro: os dois viajantes são detidos de forma arbitrária na altura de Florianópolis e, de lá, levados de barco ao Rio de Janeiro, a antiga capital federal, onde amargam uma temporada na prisão. Perpassam a narrativa os ares sufocantes do Estado Novo de Getúlio Vargas, durante o qual o próprio autor seria encarcerado devido à militância política para o Partido Comunista. Com O Louco do Cati, Dyonelio Machado aprofundou sua visão literária dos marginalizados e deslocados, trazendo à cena o anti-herói de uma espécie de epopeia às avessas. Um livro sobre a condição humana.

Após um período de ausência nas livrarias brasileiras, a obra de Jack London Martin Eden (L&PM, 224 pp, R$ 49,90 – Trad.: Celso Paciornik) está de volta. Conhecido por suas versões de clássicos como O Grande Gatsby e obras de autores como Agatha Christie e William Faulkner, Paciornik traz ao leitor brasileiro uma nova oportunidade de descobrir a vida intensa de Martin Eden. Semi-autobiográfico, o romance acompanha a trajetória de um jovem marinheiro que, ao se apaixonar por uma mulher da alta sociedade, decide dedicar sua vida à literatura. A narrativa, forte e pungente, retrata de forma realista as dificuldades enfrentadas por um homem da classe trabalhadora que busca ascender socialmente através da cultura e da arte. A história de Martin Eden é um poderoso retrato do sonho americano e das desigualdades sociais presentes nos Estados Unidos da virada do século XIX para o XX. O autor descreve as agruras de um escritor iniciante, as rejeições sofridas e a constante luta pela sobrevivência.

Traduzido para 14 idiomas, A amendoeira (Record, 350 pp, R$ 69,90 – Trad.: Júlian Fuks) se tornou destaque na crítica do Huffington Post e Kirkus Reviews com a história de Ahmed Hamid. Na obra, o menino palestino vive em território ocupado sob a lei marcial e domínio de Israel. Lá, Ahmed enfrenta os piores pesadelos e tragédias familiares, mas sua vida se transforma de verdade quando seu pai é preso por um crime que não cometeu. A partir daí, o primogênito de muitos irmãos enfrenta a responsabilidade de sustentar a família. Apesar de toda a miséria que o cerca, ele encontra formas de desenvolver sua habilidade impressionante em matemática. É na educação que Ahmed encontra a chance de transformar o seu destino. Depois de ganhar um concurso de matemática, o rapaz consegue uma bolsa integral em uma conceituada universidade em Jerusalém e precisa lidar com as diferenças e preconceitos de israelenses abastados. Enquanto isso, o protagonista precisa lidar com os dramas familiares que continuam surgindo. Com uma visão flagrante e comovente do conflito Israel-Palestina, Michelle Cohen Corasanti mantém o leitor imerso até a última página, revelando um dos pontos altos deste extraordinário livro: a expressão da experiência da dor.

Em A história de Shauzia (Ática, 128 pp, R$ 91 – Trad.: Carolina Candido), de Deborah Ellis, a melhor amiga de Parvana, Shauzia, fugiu do Afeganistão e precisa sobreviver sozinha nas ruas de Peshawar, no Paquistão. Com seu cachorro como único amigo, ela precisa procurar comida, implorar por dinheiro e encontrar um lugar seguro para dormir todas as noites. Mas será que isso poderia ser pior do que passar a vida inteira em um campo de refugiados? Essa é uma história poderosa e muito humana de uma garota determinada a assumir o controle da própria vida. Deborah Ellis oferece ao leitor 'ocidental' um vislumbre da situação das crianças em outros países. Ela ganhou o Governor General’s Award, o Prêmio Peter Pan da Suécia, o Ruth Schwartz Award, o Middle East Book Award da Universidade da Califórnia, o Jane Addams Children’s Book Award e o Vicky Metcalf Award. Feminista de longa data e ativista contra a guerra, ela é mais conhecida pela trilogia de A outra face, que já foi traduzida para dezessete idiomas. Parte dos lucros da série, totalizando mais de 1 milhão de dólares, foi doada à Street Kids International e à Women for Women, organizações que apoiam projetos de saúde e educação no Afeganistão.