Alguns dias depois de participar do Roda Viva e de outras entrevistas em diversos veículos, Tamara Klink faz sua estreia na Lista de Mais Vendidos do PublishNews com o livro Nós (Companhia das Letras). O livro conta a história de como, em 2021, a navegadora partiu da França com o objetivo de chegar até a costa brasileira pelo mar – sozinha. À distância, teve o apoio (e também a preocupação) da família e dos amigos, bem como dos seguidores nas redes sociais, que seguiram a viagem praticamente em tempo real. Outros livros que aparecem pela primeira vez na Lista são DNA do dinheiro, de Elainne Ourives, e A trinca, de Caio Carneiro, Flávio Augusto e Joel Jota, ambos publicados pela Buzz, ambos voltados para desenvolvimento pessoal. A Lista desta semana mediu as vendas entre o período de 2 e 8 de dezembro de 2024, e trouxe um aumento de 12% no volume de livros vendidos em relação à semana anterior. A relação contabiliza livros vendidos em 39 redes e livrarias brasileiras de todas as regiões do país. A categoria Ficção ainda viu a volta à Lista de Salvar o fogo (Todavia), segundo romance de Itamar Vieira Junior, que faz o seu retorno dias após vencer o Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário. O top 3 no ranking das editoras é composto por Grupo Editorial Record (15 títulos entre as diferentes categorias), Sextante e Planeta, com 12 cada. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Café com Deus Pai 2024 (Vélos), de Junior Rostirola, foi o livro mais vendido na Amazon Brasil em 2024. A varejista divulgou nesta sexta-feira (13) o ranking com os 25 títulos mais bem posicionados do ano, bem como os 10 livros mais lidos no programa por assinatura Kindle Unlimited: aqui, o líder foi Clube do livro dos homens (Arqueiro), de Lyssa Kay Adams e tradução de Regiane Winarski. Entre os 10 mais vendidos, o Grupo Editorial Record aparece com A Biblioteca da Meia-Noite (Matt Haig), É assim que acaba (Colleen Hoover e Priscila Catão), É assim que começa (Colleen Hoover e Priscila Catão), Tudo é rio (Carla Madeira) e Verity (Colleen Hoover e Thaís Britto). Outras editoras que aparecem no Top 10 foram a HarperCollins (O homem mais rico da Babilônia, de George S Clason; A psicologia financeira: lições atemporais sobre fortuna, ganância e felicidade, vários autores), Ciranda Cultural (Perigoso!, de Tim Warnes) e Sextante (Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie). Nenhum dos títulos no top 10 é um lançamento de 2024. No programa por assinatura, o destaque é a editora Rocco, que aparece com três títulos, incluindo Harry Potter e a pedra filosofal. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Os principais veículos começaram nesta semana a publicar críticas e notícias sobre a minissérie da Netflix que adapta Cem anos de solidão (Record), de Gabriel García Márquez. A Folha de S. Paulo destacou que a série não se esquiva de temas delicados como incesto e tragédias. O Globo abordou as dificuldades e o ceticismo em torno da produção, considerando-o como uma "Bíblia". O Estadão fez uma reportagem em que aponta as perdas e os ganhos da obra para o audiovisual. A coluna Tela plana, da Veja, cita "dois grandes acertos e um deslize" cometidos pela minissérie. A revista Vogue detalhou em reportagem como se deu o processo criativo dos figurinos utilizados. E o portal Adoro Cinema publicou uma nota com a opinião do filho de Gabo sobre a produção. Também para a Folha, o crítico Manuel da Costa Pinto fez um texto em que analisa a obra de Dalton Trevisan. Ainda sobre a repercussão da morte do escritor curitibano, o jornal publicou textos de Marco Rodrigo Almeida, Fabio Victor, Cristiano Castilho e Ana Lima Cecilio, entre outros. O jornal Plural, de Curitiba, publicou uma análise de Benedito Costa, e o Estadão recuperou uma raríssima entrevista do escritor ao Suplemento Literário, em 1972. O Globo também recuperou mais detalhes sobre a fama de recluso de Dalton. No UOL, Rodrigo Casarin falou sobre a atualidade da obra do autor, e na revista Quatro Cinco Um o professor da USP Hélio de Seixas Guimarães falou sobre o legado do vencedor do Prêmio Camões. Aconteceu na última quinta (12) a entrega dos prêmios da Academia Rio-Grandense de Letras. A cerimônia também foi marcada por um episódio de uma fala racista. A vencedora da categoria melhor romance, Eliane Marques, se levantou para interromper o discurso do presidente Airton Ortiz, que fez comentários problemáticos sobre o processo migratório no Brasil. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Amarcord, selo do Grupo Editorial Record, recebe nesta sexta-feira o prêmio Aloísio Magalhães, da Fundação Biblioteca Nacional, pelo projeto gráfico da nova edição de Drácula, de Bram Stoker. Gustavo Piqueira, da Casa Rex, se valeu dos frames do filme de Béla Lugosi, primeiro cineasta a adaptar o clássico do terror gótico para as telas do cinema em 1931, e explorou o contraste do preto e do vermelho. A obra foi responsável por concretizar no imaginário coletivo o vampiro moderno. A edição da Amarcord tem tradução de Lucio Cardoso. Em 2023, o vencedor na mesma categoria do prêmio literário da Biblioteca Nacional foi Sonetos de birosca e poemas de terreiro (Ed. José Olympio), de Luiz Antonio Simas, cujo projeto gráfico foi elaborado por Leonardo Iaccarino, chefe do departamento de design da Record. O Grupo Editorial Record vem se destacando em outros prêmios de design pelas capas e projetos gráficos dos livros de seus selos. A Amarcord, criada há menos de um ano para se dedicar a narrativas incomuns, conquistou o 50 Books 50 Covers, concedido pelo Instituto Americano de Artes Gráficas (AIGA, na sigla em inglês), uma das mais conceituadas associações de designers do mundo, pela capa de outro clássico da literatura mundial, Um estranho no ninho, de Ken Kesey, também da Casa Rex. Na semana passada, Leonardo Iaccarino, designer há 23 anos no grupo e atual gerente do setor, foi premiado como um dos destaques da 14ª edição da Bienal Brasileira de Desgin Gráfico. Com seu projeto visual criado para o box As eras (Ed. Record), que reúne três obras do historiador Eric Hobsbawm, Iaccarino foi um dos candidatos selecionados para receber um troféu na cerimônia de abertura, realizada pela primeira vez em Aracaju. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Relicário Edições comemora seus 11 anos na próxima semana com um circuito literário que inclui conversas, leituras e curiosidades sobre literatura, cinema e tradução de mulheres. Na segunda (16), o Circuito Relicário inicia às 19h com um bate-papo online sobre a obra Pequenas coisas como estas, obra de Claire Keegan. A conversa, que procurará entender o que tanto atrai o leitor nas narrativas da autora, contará com a presença de Adriana Lisboa, tradutora da obra; Bárbara Bom Angelo, jornalista e editora do jornal O Globo; e Maria Rita Viana, professora, tradutora e pesquisadora de estudos irlandeses e vice-presidente da International Yeats Society. A mediação será de Gabriela Gomes, criadora de conteúdo literário na internet com o perfil @ggabsggomes. No dia 17 (terça), no mesmo horário, a conversa online será sobre A escrita de mulheres em variados gêneros. Significar o feminino e o feminismo por meio da construção dos personagens, da estruturação narrativa e recursos de linguagem. Mais do que isso, esta conversa busca compreender a mulher que Marguerite Duras, Alejandra Pizarnik e outras escritoras latino-americanas foram e seguem sendo, e o que representam – em sua figura e sua obra. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Nesta sexta-feira (13), Manuel da Costa Pinto recebe a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz e o escritor gaúcho José Falero no Entrelinhas. A edição inédita vai ao ar na TV Cultura, às 20h. Lilia, que vem fazendo um trabalho fundamental de leitura do Brasil a partir de suas representações visuais, fala sobre o lançamento do livro Imagens da Branquitude, a presença da ausência, em que discute o modo como obras pictóricas, fotografias e a linguagem da publicidade naturalizaram as assimetrias raciais brasileiras. Em uma análise rica e detalhada, ela revela os mecanismos sutis e explícitos que sustentam essas narrativas históricas e culturais. Depois do reconhecimento pelo romance Os Supridores, José Falero acaba de publicar Vera, uma narrativa que lança um olhar corrosivo sobre a situação de mulheres que enfrentam a exclusão, a invisibilidade e a masculinidade agressiva. O escritor fala no programa sobre essa nova obra, que aborda de forma sensível e crítica as relações de gênero, desigualdade e violência nas periferias de Porto Alegre.

A poeta Carina S. Gonçalves lança nesta sexta (13), às 19h, seu novo livro Na frente de estranhos (Macabéa Edições), no Restaurante Gamela, no bairro Santa Tereza (Rua Salinas, 1495, Santa Tereza - Belo Horizonte / MG). Na frente de estranhos é uma colcha de retalhos de vivências, organizada em cinco partes que exploram temas como família, amor, experiências no Japão e a própria metalinguagem da poesia. A autora utiliza uma estética que se assemelha à montagem cinematográfica, onde cada poema funciona como uma peça única de um todo que se revela ao leitor de forma fluida e inesperada. Inspirada pela vivência pessoal e marcada pela universalidade da linguagem poética, Carina aborda questões como a busca por identidade, o sentimento de estrangeirismo e os segredos compartilhados por gerações. O título do livro remete ao ato de expor intimidades aos “estranhos” – os leitores – em um idioma que, ao mesmo tempo, aproxima e distancia. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Editora Urutau lançou a coleção Mãe Leva Outra em janeiro deste ano, que contemplou a publicação de 13 livros que tratam ou tangenciam a temática da maternidade. A aproximação das autoras neste primeiro ano da coleção constituiu um importante movimento de reflexão sobre a literatura e as condições do exercício da maternagem e do cuidar. Um dos frutos desse movimento foi a criação de um clube de leitura. Sob o título de Mãe Leva Outra, mesmo nome da coleção que integra o selo político Hecatombe, o clube nasce com a proposta de promover o diálogo sobre questões relacionadas à maternidade, a partir dos aspectos tratados nas obras das autoras. Assim, fertilização in vitro, perda gestacional, regulamentação de guarda, invisibilidade materna, entre outros, integram a pauta de assuntos a serem abordados nos encontros. O clube de leitura busca realizar ações diversas, tais como encontros online, leituras em grupo, eventos presenciais e, até mesmo, debater questões que possam ser encaminhadas para a esfera de políticas públicas voltadas a mães solo e mulheres em situação de vulnerabilidade. A agenda contempla a leitura de um livro da coleção por mês, com uma live de divulgação na primeira semana e a reunião virtual na última. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Papel amassado (Labrador, 32 pp, R$ 47), livro de estreia de Taís Fagundes, voltado ao público infantojuvenil — mas que pode e deve ser lido por todos —, conta com ilustrações de Ana Cardia. A autora coloca a cultura como protagonista, em um resgate de identidade e de autoconsciência, mostrando que o extraordinário mora no comum dos dias: em quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Pelo livro, guia os leitores para utilizarem suas roupas de sentir, de percepção de si e do mundo, para tocar a vida de pés descalços e experienciar cada amassado do seu papel. Quantos às principais mensagens que quis passar ao escrever a obra, a autora diz que seriam reconhecer a si mesma e ter uma vida desperta, com foco no agora. Para ela, isso só é possível através do real entendimento de quem se é. Por isso, é importante olhar para trás, para sua história, e conectá-la ao seu presente. A obra será lançada neste sábado (14), às 16h, na Livraria Santos (Av. Guilherme Schell, 6.750 - Canoas / RS).

Estreia da psicanalista best-seller Elisama Santos na literatura infantil, O primeiro mergulho (Reco-reco, 40 pp, R$ 54,90) é uma história sobre amizade, medo e superação. Na obra, chegou o grande dia e os ovinhos finalmente eclodiram na areia da praia. Agora é hora de as tartaruguinhas irem para casa: o mar. Mas tem vezes que o medo bate mais forte que as ondas e nos paralisa. O que fazer então nessas horas? Com as ilustrações de Ana Cardoso, O primeiro mergulho retrata o apoio fundamental que as amizades oferecem e a importância de cada passo em direção aos nossos sonhos. Elisama nasceu na Bahia, é escritora, psicanalista e apresentadora. E Ana Cardoso nasceu em Minas Gerais e é artista gráfico.

Sofrendo com um bloqueio criativo que o impede de escrever seu segundo livro, Heitor busca a ajuda dos amigos para encontrar uma nova história. Depois de acompanhar o pai ao Rio de Janeiro para uma entrevista com um caçador de autógrafos, o garoto encontra o enredo que buscava: seu Fernando perdeu um livro muito especial e será preciso encontrá-lo. Com visitas a inúmeros sebos, uma viagem internacional, muito companheirismo e uma pitada de romance, esta certamente é uma aventura para os meninos – e meninas! – da biblioteca! Em meio a essa investigação, a chapa de Heitor, que concorre ao grêmio da escola, sofrerá um grande revés... Será que o garoto conseguirá localizar a obra perdida, lutar contra a nova diretora e ainda finalizar sua segunda história? Os caçadores do livro encantado (Biruta, 160 pp, R$ 69,50) é protagonizado pelos mesmos personagens de Os meninos da biblioteca, primeiro livro de João Luiz Marques.

Poeira em Flor (Escrita Fina, 24 pp, R$ 52,70) é uma obra que celebra a força do semear, mesmo em terrenos áridos. Com dez livros infantis publicados e diversas adaptações de suas obras para o teatro, Dani Fritzen é reconhecida por sua versatilidade como escritora, dramaturga e produtora. Poeira em flor é uma narrativa poética que aborda a resiliência e o florescimento da esperança no sertão. A protagonista, com sua fé inabalável e desejo de transformação, convida o leitor a refletir sobre a força interior que nos move em tempos de seca — sejam eles literais ou emocionais. O livro apresenta uma mensagem universal sobre a capacidade de transformar a aridez em vida, esperança e amor.

A escritora Marilda Castanho apresenta sua mais recente obra, Entre tantos (Maralto, 64 pp, R$ 79,90), uma jornada narrativa e visual que explora a alteridade, a transformação e o encantamento. Com um toque poético e filosófico, o livro convida os leitores a adentrar um universo onde a vida é celebrada em sua constante mutação e disfarce, conectando seres e espécies de forma única. Na obra, Marilda Castanha desdobra histórias que fluem entre o verbal e o visual, tecendo um jogo de perspectivas que se alterna a cada virada de página. A "mágica" do livro reside no hiato do “entremeio” e do “porém”, onde formas e significados se metamorfoseiam. Inspirada pelas muitas faces da natureza – bichos, plantas, nuvens e oceanos –, a autora explora os enigmas da existência em um trânsito contínuo entre revelar e ocultar, ser e não ser.