A Festa do Livro da USP 2024 reuniu 60 mil pessoas nos seus cinco dias de funcionamento, de acordo com estimativas do Corpo de Bombeiros – e segundo cálculos iniciais reunidos pela Edusp, responsável pela organização da feira, as editoras registraram aumentos de 15 a 20% nas vendas em relação ao ano passado, no volume de títulos vendidos. A Festa, realizada na Cidade Universitária em São Paulo entre os dias 6 e 10 de novembro, recebeu 226 editoras, das quais 45 universitárias, com cerca de 140 mil títulos nas mais diversas áreas do conhecimento. Neste ano, o tradicional evento – que edição após edição levanta discussões sobre o estado do mercado editorial brasileiro – viu uma iniciativa ser criada justamente para movimentar esse cenário: a Festa do Livro das Livrarias de Rua, de 1º a 14 de novembro, em diversos pontos de venda na capital paulista. De acordo com participantes consultados pelo PublishNews, foi também uma oportunidade de se aproximar de algumas editoras e debater com os clientes as formas diversas de vendas no mercado do livro. Algumas livrarias destacaram boas vendas dentro da ação, outras ressaltaram o caráter de divulgação que a Festa proporcionou. Uma das discussões durante e depois dos eventos, como tem acontecido nos últimos anos, é sobre a possível aprovação da Lei Cortez – atualmente, o Projeto de Lei está em processo de receber emendas para ser discutido no Plenário do Senado. De acordo com o diretor comercial da Editora e organizador da Festa da USP, Marcio Pelozio, a Lei não será um empecilho para futuras edições. Clique no Leia mais para ler a matéria completa.

No Podcast do PublishNews desta semana, falamos de uma história de 25 anos e mais de mil títulos lançados em não-ficção: a Matrix Editora. Paulo Tadeu, fundador da editora, conta sua história antes da editora: de como um jornalista, publicitário e escritor fundou a Matrix em 1999, com um início solitário, e o caminho para a profissionalização e sucesso nos gêneros biografias e true crime, além de formatos diferenciados como a Caixinha. Foram alguns altos e baixos até completar estes 25 anos de história. Em 1999, Tadeu já tinha três livros publicados, buscava emplacar sua quarta obra e finalizava mais uma. Mesmo com a intensa competitividade do mercado editorial brasileiro na época, a empreitada não deu certo: a nova ideia foi recusada pelas editoras que procurou. A frustração inicial deu origem a um novo projeto empresarial. Foi assim que, em 10 de novembro daquele ano, ele decidiu fundar a Matrix Editora. De lá para cá, a casa editorial se especializou em publicar livros de não-ficção e hoje conta com mais de mil títulos lançados, a maioria de autores nacionais. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

Vencedor da última edição do Prêmio Jabuti com a obra Engenheiro fantasma (Companhia das Letras), escolhido como Livro do Ano, Fabrício Corsaletti esteve presente na Feira do Livro de Frankfurt como parte de seu prêmio. Corsaletti foi o primeiro vencedor a viajar para a principal feira do setor, com uma agenda especial elaborada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) com reuniões com editores, agentes literários e outros escritores do mundo todo. O autor também participou de uma mesa na Feira na qual falou sobre seu trabalho particular e, de modo geral, sobre a poesia brasileira contemporânea, que está sendo publicada hoje. Em sua passagem pelo evento, ele respondeu a três perguntas do PN e falou sobre projetos futuros: Corsaletti prepara um livro infantil de poemas que sairá pela Editora 34 e entre abril e junho de 2025 vai publicar um livro com suas crônicas completas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Como anda a leitura no Brasil? A 6ª edição da Pesquisa Retratos da Leitura, realizada pelo Instituto Pró-Livro, será divulgada nesta terça-feira (19), com transmissão ao vivo pelo Youtube, a partir das 14h. Descubra os dados mais recentes sobre o hábito de leitura no país e o impacto das bibliotecas e iniciativas culturais na vida dos brasileiros. A pesquisa é uma janela para entender o comportamento e motivações dos leitores brasileiros. A 6ª edição vai apresentar um panorama atualizado sobre os interesses, dificuldades e transformações do universo literário nacional, com detalhes sobre os avanços, os desafios e como a leitura se conecta com cada um de nós. Ideal para educadores, pesquisadores, e todos que acreditam no poder transformador dos livros. Acompanhe a transmissão ao vivo no dia 19 de novembro, às 14h, no canal do YouTube do Instituto Pró-Livro. Clique no Leia mais para acompanhar a transmissão.

O mundo inteiro vê o crescimento exponencial da produção de e-books e audiolivros [1], trazendo o aprimoramento de aparelhos de “leitura” (também escuta), a expansão do mercado de narradores, inclusive vozes famosas, e questões contratuais inéditas, como a relacionada a “aparência” de novas edições e uso de inteligência artificial. O livro de papel recebe a competição dos novos aparelhos, que suportam conteúdo literário, com características próprias, dentre elas, e a principal para este artigo, a utilização do tempo como unidade de medida da leitura, ao invés do número das páginas, como o mercado se acostumou. Basta a consulta ao site do jornal New York Times para constatar que abaixo da manchete de todas as matérias aparece uma indicação do tempo de leitura: "5min read". Esse referencial de tempo, ao invés de páginas ou linhas, vai se mostrando cada vez mais presente no mercado editorial. Por exemplo, o site There ad Time se destina a medir o tempo de leitura de textos e aumentar a velocidade do leitor. O ato de ler, principal forma de absorção do conhecimento, também vem sofrendo as pressões da aceleração do tempo histórico da sociedade. Mais e mais o tempo de leitura dos textos vai sendo comprimido, ou otimizado, na medida em que a oferta de conteúdo é grande e a absorção desse ativo intelectual equivale a acúmulo potencial de poder. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

A 43ª edição da Feira Internacional do Livro de Sharjah (SIBF) terminou no último domingo (17) após receber 1,82 milhão de visitantes de mais de 200 países, consolidando seu status como um centro cultural global. Realizado sob o tema “It Starts with a Book”, o evento recebeu mais de 2,5 mil editoras e expositores de 108 países, mantendo sua posição como uma das principais feira internacionais de livros do mundo em transações de direitos de publicação, registrando 3 mil reuniões em 48 horas. “Os marcos excepcionais alcançados durante a SIBF 2024 marcam uma adição significativa à jornada cultural de Sharjah. Receber 1,82 milhão de visitantes e hospedar mais de 2,5 mil editoras e expositores de todo o mundo elevou o evento de uma feira de livros a uma comunidade de livros dinâmica e próspera. Agora ela é um ecossistema cultural completo, reunindo criadores, leitores e todas as principais partes interessadas nos setores literário e editorial”, destacou Ahmed Al Ameri, CEO da Sharjah Book Authority. Emirados Árabes Unidos, Índia, Síria, Egito e Jordânia lideram a lista de nacionalidades que visitaram a feira. Em relação às faixas etárias, os visitantes entre 35 e 44 anos foram maioria com 32,18%, seguidos por aqueles com idade entre 25 e 34 anos com 31,67% e jovens adultos com idade entre 18 e 24 anos com 13,7%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Com o objetivo de se aproximar ainda mais do público e dos profissionais que impulsionam a leitura no Brasil, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) apresenta ao público seus novos canais no WhatsApp. Cada canal oferece conteúdo especializado e um ambiente seguro com proteção de dados. Foram lançados canais: Canal Câmara Brasileira do Livro, dedicado a editoras, livrarias, autores e todos os profissionais do setor; o Canal Prêmio Jabuti, exclusivo e voltado pra quem segue cada etapa do prêmio, com informações sobre inscrições, datas importantes e anúncios dos vencedorese; e o Canal Prêmio Jabuti Acadêmico, onde é possível encontrar informações sobre as edições do prêmio voltadas ao segmento acadêmico. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O espetáculo Torto Arado – O Musical é uma adaptação livre do best-seller de Itamar Vieira Júnior e estreia nesta quarta (20), no Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis, na cidade de São Paulo. No elenco principal estão a cantora e apresentadora Larissa Luz, como Bibiana, uma das heroínas da trama. Ao lado dela, a atriz, cantora, compositora e teatróloga Bárbara Sut vive sua irmã, a Belonisia. Juntas, darão vida às netas de Donana, papel interpretado por Lilian Valeska. Com sessões às quintas, sextas, sábados e aos domingos, os ingressos para a temporada de apresentações podem ser adquiridos pelos canais de vendas online do Sesc São Paulo ou presencialmente nas bilheterias das unidades. Uma novidade na temporada de São Paulo é que a peça vai contar com recursos de acessibilidade em algumas sessões: nas sessões de 05 e 06 de dezembro, às 15h, será oferecida tradução em libras; já nas sessões de 07 de dezembro, às 20h, e 08 de dezembro, às 18h, serão oferecidas tradução em libras e audiodescrição. Torto Arado – O Musical traz um texto épico e lírico que revela, para além de sua trama, uma história de vida e morte nas profundezas do sertão baiano, um poderoso elemento de insubordinação social, de combate e redenção. Questões delicadas e difíceis como trabalho análogo à escravidão, racismo, resistência, sobrevivência, disputa de terra, bem como o universo da fé, magia, poesia e religiosidade são abordadas tanto no livro, quanto no musical. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Jambô Editora – que publica livros de fantasia, jogos de RPG e histórias em quadrinhos – abriu quatro vagas. A primeira oportunidade é para o cargo de tradutor de inglês e é necessário ter experiência na área, formação em Letras – Inglês ou semelhante. São diferenciais: experiência usando MemoQ e ter hábito de leitura de literatura fantástica, livros-jogos e RPG. A segunda vaga é para assistente de logística. É preciso ter experiência em expedição, domínio do Pacote Office e experiência com sistemas de planejamento ERP e WMS. O processamento de pedidos, planejamento de transporte, rastreamento de encomendas e controle de notas fiscais estão entre as funções do cargo. A editora também procura por um estoquista e para se candidatar é preciso ter ensino médio completo; aptidão para trabalho em equipe; e experiência em expedição. É considerado diferencial ter curso técnico em logística. A quarta vaga é para o cargo de desenvolvedor de software. A pessoa contratada irá propor melhorias tecnológicas para a editora (no momento, visualizamos a criação de Apps de celular para vendas, leitura de livros, criação de fichas de personagens de RPG etc); executar tais melhorias, com suporte da equipe de arte; dar manutenção e fazer atualizações; e documentar. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

No dia 22 de novembro, próxima sexta-feira, às 19 horas, ocorre o lançamento online do livro de poemas Divina quimera (Arpillera, 84 pp, R$ 49,90), do escritor carioca Amon Reis. O lançamento será em uma live pelo Instagram da Editora e será mediado pela escritora e editora Yara Fers. Cada exemplar deste livro é produzido, costurado e numerado manualmente. Divina quimera é o primeiro livro de Amon Reis, e conta com poemas escritos entre 2014 e 2024. A obra é um grande mosaico de observações sobre as urbanidades do período em que viveu na baixada fluminense e as interioridades de sua cidade natal. Ora no ritmo de caminhões, ora no ritmo de passadas lentas pelas ruas de paralelepípedos, a divina quimera busca por pouca rima, certa prosa, liberdade sonora e revelações imagéticas. Seja sobre o coração das cidades ou sobre o coração dos homens, Divina quimera é pessoal, impessoal, política e até banal. Para esse mosaico sensorial, a editora criou uma capa com recorte vazado, com a cidade ocupando o humano, e uma costura em linhas pretas.

Definido pelo poeta como um “parque de diversões – meio mal assombrado – da cabeça”, o livro Um hospício pra chamar de meu (Telaranha, 160 pp, R$ 68) constitui um poema narrativo sobre uma clínica psiquiátrica. Cada capítulo apresenta um novo personagem e, com ele, novas reviravoltas da história. A ideia para o livro surgiu da vontade do autor Leo Gaede de falar sobre assuntos que rondam sua cabeça: o vício, o pixo, a torcida, o samba, o punk, a rua e a poesia. O autor tinha o desejo de “trazer assuntos que estão à margem da sociedade para o centro da página, para a veia pulsante do livro”. Para além das temáticas periféricas abordadas pelo escritor, a característica singular de Um hospício para chamar de meu é justamente o formato escolhido. Inicialmente, o plano era escrever um romance tradicional, mas o projeto evoluiu pouco desta forma, sem uma assinatura específica de Gaede. O lançamento do novo livro está marcado para este sábado, dia 23 de novembro, a partir das 15h, na Livraria Telaranha (Rua Ébano Pereira, 269 – Curitiba / PR). O título também será lançado em São Paulo, no início de 2025.

Com uma respeitada carreira de artista visual, designer gráfica e muralista, a também escritora Marcela Scheid lança seu livro de estreia, Estavelmente instável (Planeta, 240 pp, R$ 54,90), para integrar a poesia urbana e feminista nacional. Na obra, ela explora o conceito de autoficção com uma intensidade visceral e emoção palpável, destacando temas que permeiam as vivências das mulheres e nuances do universo feminino. O livro é uma ode à pluralidade de expressões e um manifesto de libertação feminina, revelando um caminho repleto de introspecção e coragem que evoca a jornada criativa da própria autora em busca de sua autenticidade. Para isso, se utiliza de uma linguagem narrativa marcada pelo jogo de palavras e ilustrações, sempre associadas ao vermelho intenso, já característico de Scheid.

Mais pesado que o ar (Tinta Negra, 72 pp, R$ 48,90), de Guiomar de Grammont, é uma obra lírica que leva o leitor por uma viagem pelos recantos mais profundos da alma humana, explorando temas de solidão, deslocamento e transformação. Através de um olhar poético e sensível, o livro visita cidades icônicas como Paris, Sevilha, Havana e Ouro Preto, onde o viajante se confronta com o efêmero e o duradouro, deixando-se afetar pelas culturas e paisagens. Cada cidade se torna um reflexo das inquietações e descobertas internas do narrador, que nos convida a vivenciar a beleza e a dor de ser um eterno estrangeiro. Com uma linguagem que transita entre o concreto e o onírico, Guiomar de Grammont revela os encantos e desafios de uma viagem que é, ao mesmo tempo, física e existencial. Mais pesado que o ar é mais do que um livro; é uma experiência que evoca as complexidades da condição humana, ideal para quem busca literatura que transcende o cotidiano e alcança o sublime. A obra conta com prefácio e quarta capa assinados pela escritora e atriz Elisa Lucinda e orelha assinada por José Castello. Nesta quinta (21), a partir das 18h30, Guiomar autografa a obra na Livraria da Tarde (Rua Cônego Eugênio Leite, 956 - Pinheiros, São Paulo / SP).

Rio do sono (Garoupa, 120 pp, R$ 40) é um livro escrito em 1965 mas que somente foi publicado junto com os três primeiros livros de Celina Ferreira, na edição intitulada Hoje poemas, da Imprensa Oficial do Estado de Minais Gerais. Rio do sono, agora, ganha sua primeira edição em separado, com um prefácio escrito pela professora de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a pós-doutora Anelia Pietrani, e orelhas da escritora e doutora em Teoria e História Literária Luciana Lima Silva. Além disso, a edição conta com um texto biográfico sobre a autora e uma breve discussão sobre o significado de editar Celina Ferreira hoje. A escritora foi ainda elogiada por poetas e críticos como Affonso Romano de Sant’Anna, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira – este último, aliás, compôs um poema para ela, cujo título é o nome da poeta, e a incluiu em sua Antologia dos poetas brasileiros: fase moderna, organizada com Walmir Ayala e publicada pela Edições de Ouro, a atual Ediouro.