Neste episódio do Podcast do PublishNews, vamos falar de esportes, em duas formas diferentes, mas ligadas aos livros. No meio das Olimpíadas, conversamos primeiro com Katia Rubio, professora associada da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP) e, atualmente, coordenadora do Grupo de Estudos Olímpicos. Katia já publicou mais de 40 livros, sendo 14 deles como autora e 26 como organizadora, na área de Psicologia do Esporte e Estudos Olímpicos. Também falamos com Carlos Eduardo Mitsuo Nakaharada, sócio administrador da Livraria Barrilete, a primeira livraria dedicada exclusivamente ao futebol em São Paulo. Ele abriu a loja com o sócio Diego Rezende Polachini, no Bixiga, juntando boteco e os livros. Carlos conta como foi a abertura, escolha de ponto, formação do catálogo e mais. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

O Grupo Companhia das Letras anunciou na sexta-feira (2) que, após 14 anos de dedicação, Matinas Suzuki Jr. deixará sua posição como Diretor Executivo de Operações (Chief Operations Officer – COO) em 2025 para se dedicar a projetos pessoais. Mariana Zahar Ribeiro assumirá a posição. Durante seu período na editora, Matinas conduziu o lançamento do selo Jornalismo Literário em 2007 e liderou a chegada da Penguin ao Brasil, com o selo Penguin-Companhia em 2010. Participou de todas as fusões e aquisições desde então e foi fundamental na criação de novas áreas e frentes de negócio, contribuindo para o crescimento e sucesso da editora. “Matinas foi meu braço direito nesses anos todos. Sua atitude empreendedora e dedicação total à Companhia marcaram não só a vida da empresa e de sua equipe, mas a minha também, e em grande medida. Perco o convívio diário com um grande amigo, que me fará muita falta,” diz Luiz Schwarcz, fundador e CEO da Companhia da Letras, em nota. Com vasta experiência como Diretora Executiva da Editora Zahar por mais de vinte anos, Mariana Zahar Ribeiro é formada em Produção e Design Industrial pela PUC-Rio e possui um MBA Executivo em Administração Geral e Gestão pela Universidade de Oxford. Além disso, é conselheira e mentora de diversas organizações. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Em clima olímpico – e com medalha de ouro para a ginasta Rebeca Andrade na manhã desta segunda-feira (5) – vamos às notícias do fim de semana no mundo do livro. A Folha de S. Paulo fez uma lista com livros para entender a história das Olimpíadas, o UOL fez outra lista para quem está curtindo o evento, e o Estadão sugeriu obras de escritores franceses contemporâneos, já que a festa está rolando em Paris. A Folha também publicou críticas sobre os novos livros de Rita Lee e Pedro Almodóvar. Na coluna Painel das Letras, alguns detalhes da programação literária da Bienal do Livro de São Paulo, em setembro. O InfoMoney entrevistou Marcus Teles, CEO da Livraria Leitura, sobre o retorno das megastores, a ruína das concorrentes e sobre o fato de o livro físico não perder espaço para o digital. No caderno Pensar, do Estado de Minas, uma resenha sobre o novo livro de Itamar Vieira Junior, Chupim (Todavia), seu primeiro infantil. O Estadão publicou uma entrevista com a escritora e poeta Roseanna Murray – ela está lançando um livro infantil inspirado num episódio recente em que foi atacada por cachorros na rua. Na Veja, uma matéria reúne informações sobre novas biografias que estão recuperando o peso histórico dos intelectuais negros contra o racismo. Na estante do Valor, seis livros sobre gestão e carreira, e no Guia do Estudante, cinco livros que podem ajudar a escrever melhor.

“A Bíblia é o livro que particularmente devemos difundir: acima de todos, antes de todos e sempre!” – Pe. Tiago Alberione, fundador da Paulus. Há mais de um século, em 1914, na Itália, o Padre Tiago Alberione fundou a Paulus com a missão de anunciar o Evangelho através da comunicação. Fiel a este propósito, a Paulus Editora chegou ao Brasil em 1931, lançando como seu primeiro grande projeto o Santo Evangelho. Desde então, tem sido referência na difusão da Bíblia Sagrada e na formação cristã de inúmeras gerações. A Paulus Editora se destaca pela publicação de diferentes edições e traduções da Bíblia, sempre com seriedade, empenho e aprovação eclesiástica. Este compromisso tem o reconhecimento da Santa Sé e o apoio de todos os papas desde o ano 1924, quando o Padre Alberione fundou a Sociedade Bíblica Internacional, cujo estatuto foi aprovado pelo papa João XXIII no dia 14 de outubro de 1960. Além de desenvolver e incentivar a animação bíblica de toda a pastoral, este projeto procura levar a Bíblia a todas as pessoas e lugares. *Este artigo é um publieditorial do Studio PN. Clique no Leia Mais para conferir as edições exclusivas disponíveis no catálogo da Paulus, que são indispensáveis em qualquer lar e livrarias do país.

A Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) ocorre nesta semana, entre os dias 7 a 11 de agosto, ocupando todo o Centro Histórico de Salvador (BA). Promovida pela Fundação Casa de Jorge Amado, em correalização com o Sesc na Bahia, a Flipelô traz nesta edição uma homenagem ao cantor e compositor Raul Seixas. A programação, que contará com atividades como mesas de debate, lançamentos de livros, saraus, oficinas e apresentações musicais e teatrais, terá a participação de 146 escritores nacionais, 5 internacionais e 352 artistas de variadas linguagens. A expectativa é que 200 mil pessoas circulem nos espaços montados desde a Praça Municipal até o Santo Antônio Além do Carmo. Entre os convidados desta edição, estão Afonso Borges, Antônio Torres, Bethânia Pires Amaro, Cassius Medauar, Charles Gavin, Cida Pedrosa, Igiaba Scego, Henrique Rodrigues, Itamar Vieira Junior, Luciany Aparecida, Rodrigo Casarin, Ronaldo Correia de Brito, Tom Farias, entre muitos outros. A abertura do evento será com o show “Carlos Eládio toca Raul!”, com o cantor e compositor Carlos Eládio, companheiro de Raul Seixas no grupo Os Panteras, e participação especial de Vivi Seixas, filha de Raul Seixas, e do VJ Gabiru – às 19h, no Largo do Pelourinho. Poeta, cantor, compositor, produtor e multi-instrumentista, Raul Seixas é considerado o pai do rock brasileiro. Sua paixão pelos livros vem desde sua infância e o cantor pensava em ser escritor, inspirado pela figura de Jorge Amado. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Nos dias 3 e 4 de setembro, das 9h às 20h, ocorre a 3ª edição do Festival Caju de Leitores. O evento será realizado na Oca Tururim, localizada na Aldeia Xandó, no Território Indígena da Barra Velha, distrito de Caraíva, em Porto Seguro (BA). Durante os dois dias, os participantes poderão participar de rodas de conversas, contação de histórias, danças, músicas, Awê Pataxó e atividades lúdicas. Uma das atrações será a presença de Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor brasileiro da etnia Krenak. Krenak é o primeiro indígena a se tornar imortal da Academia Brasileira de Letras, além de ser professor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Reconhecido internacionalmente, ele é autor de diversas obras, como Tembetá (Azougue Editorial), A vida não é útil e Ideias para adiar o fim do mundo (Companhia das Letras), com versões em inglês, francês e alemão. Além disso, Krenak também é conhecido por sua atuação em defesa dos direitos indígenas, tendo participado de documentários e recebido diversos prêmios em reconhecimento a sua importante contribuição. A terceira edição do Caju de Leitores traz como tema principal "Territórios: O Brasil é Terra Indígena". Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Em continuidade às celebrações dos 500 anos de nascimento de Luís de Camões, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) realiza na próxima terça-feira (6), às 15h, o lançamento do livro Fortuna, caso, tempo e sorte – Biografia de Luís de Camões (Contraponto), da escritora portuguesa Isabel Rio Novo. O escritor brasileiro Ruy Castro é o convidado para a mesa de debate. O evento será realizado no Auditório Machado de Assis, na sede da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio. A entrada é franca e haverá transmissão ao vivo pelo YouTube. O lançamento é organizado pela FBN em parceria com a Embaixada de Portugal no Brasil e o Instituto Camões. Estarão presentes o embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos, e o presidente da FBN, Marco Lucchesi. No último dia 24 de julho, foi inaugurada na Biblioteca Nacional a exposição “A língua que se escreve sobre o mar – Camões 500 anos”. Realizada em parceria com a Embaixada de Portugal no Brasil, com patrocínio do Instituto Camões e de Pinheiro Neto Advogados, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, no setor de Obras Raras (3º andar da Biblioteca Nacional). A entrada é gratuita e a exposição ficará em cartaz até 4 de outubro. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Um menino apaixonado por rádio se tornou um dos maiores nomes da TV brasileira. O lado B de Boni (BestSeller) conta episódios inspiradores que fizeram parte da longa trajetória de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho. O treinamento silencioso de Dias Gomes no rádio, a relação da ditadura militar com a Globo, a amizade profunda com Dercy Gonçalves e as inúmeras criações com estrelas da grandeza de Chacrinha, Fausto Silva, Galvão Bueno, Glória Maria, Jô Soares, Marília Gabriela e Renato Aragão. Um dos maiores nomes da televisão brasileira receberá os leitores na Livraria da Travessa do Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Loja 205 A, Leblon – Rio de Janeiro / RJ) no dia 06 de agosto e na Livraria da Travessa Iguatemi (Av. Brig. Faria Lima, 2232, Piso Superior, Jardim Paulistano – São Paulo / SP) no dia 20 de agosto, às 19h. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A união das Coreias (Reformatório, 152 pp, R$ 54), de Luiz Gustavo Medeiros, é um romance que segue Paulo Henrique, um homem de trinta e poucos anos, em um emprego monótono em Goiânia, enquanto suas reflexões abrangem temas como amor, infidelidade, política e abismos sociais. A história se desenrola em um único dia, utilizando uma estrutura não linear para capturar a temporalidade da consciência e os movimentos do pensamento do protagonista. Paulo enfrenta uma crise pessoal e política, rememorando seu passado familiar trágico e sua relação bígama com duas mulheres. O livro aborda as complexidades da vida e dilemas morais em um contexto de capitalismo voraz e conservadorismo. Paulo, lidando com seu passado de negritude e experiências racistas, representa a tensão crescente para as minorias em um momento político turbulento. O autor usa a narrativa para expor as contradições e ambiguidades da vida moderna, evitando simplificações e buscando perturbar e fazer o leitor refletir. Luiz Gustavo Medeiros nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. Morou em Porto Alegre, Curitiba, Recife e atualmente vive em Goiânia. Formado em Ciências Sociais pela UFG e mestre em Literatura pela UNB, é autor de O corpo útil (Patuá, 2021), vencedor do Prêmio Hugo de Carvalho Ramos em 2020. A união das Coreias é seu primeiro romance.

“Esta paisagem mente como o diabo”, pensa o protagonista de Juan Cárdenas diante da vista dos cafezais e do azul da cordilheira no romance O diabo das províncias (DBA, 152 pp., R$ 64,90 – Trad.: Marina Waquil). Ao chegar de volta à sua quasealdeia, cidade que havia abandonado mais de uma década antes em busca de diplomas que se revelariam “mercadoria vulgar”, o biólogo aceita um emprego como professor em um internato feminino. Voltar a sua origem implica, também, em enfrentar fantasmas: um irmão morto, um idioma que já não reconhece e um país em que a violência política, econômica e ambiental está por toda parte. Neste romance, quando o insólito se apresenta – seja por meio de garotas mortas, bebês com rostos peludos, seitas religiosas ou teorias da conspiração –, classismo, racismo e religião se cruzam, revelando a cisão de um país, uma sociedade e um personagem. Cárdenas bebe do escritor italiano Leonardo Sciacia e constrói um romance policial que reúne fragmentos narrativos – ou miniaturas – no que seu protagonista chamaria de um labor humboldtiano, em que o fundamental é a construção vertiginosa de um mosaico de conexões sensíveis.

Vinte e sete anos e uma personalidade difícil. Esta é Anne. Em meio ao tumulto que é sua vida adulta, com um trabalho que ela despreza, uma ex-namorada que a assombra e a recente perda do seu avô, Anne conhece Christopher. Silencioso e calculista, Christopher carrega dois olhos cor de mirtilo, com os quais vê o mundo de forma antagônica. Diante do relacionamento que ambos insistem em não assumir e da dificuldade em aceitar mudanças, Anne se vê obrigada a tomar decisões que a farão confrontar sua realidade pela primeira vez. Narrada em primeira pessoa, A chuva me trouxe mirtilos (Bestiário, 236 pp, R$ 60) é a novela de estreia da escritora Paola Sartori, autora do livro de poemas Sunsets & Tangerines: a collection of poetry from my twenties. Uma história de amor e amadurecimento que se passa na cidade de Porto Alegre, na qual a protagonista nos convida a atravessar as fases do seu novo relacionamento enquanto enfrenta as descobertas e conflitos provocados pela sua entrada na vida adulta. Paola Sartori é uma escritora ítalo-brasileira, mestre e doutora em direito pela PUCRS. A chuva me trouxe mirtilos é o seu primeiro romance e primeira publicação em língua portuguesa.

Todas as famílias têm suas lendas, suas histórias repassadas até parecerem uma grande invenção. Na família de Estrela Ruiz Leminski, uma das principais era a história de sua bisavó por parte de mãe. Era uma mulher cigana que, ao se casar com um homem rico, foi a motivação da tradicional família deserdá-lo e, com isso, começar a jornada que resultaria na vinda da família para o Brasil. Dessa mulher, considerada uma ousadia em seu tempo, não se tinha nenhum registro além do causo que havia um quadro com a única imagem dela em um museu na Espanha. Essa lenda familiar foi comprovada ao ser encontrada em exposição no grandioso Museu do Prado, em Madrid. Revisitando e recriando a história de personagens como essa bisavó, Estrela faz ficção com histórias reais e traz realismo para casos dignos de realismo fantástico em seu romance de estreia Quando a inocência morreu (Iluminuras, 176 pp., R$ 59). O livro busca na memória de uma família, o sentimento universal de querer saber de onde viemos.