A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou nesta quinta (18) os cinco finalistas de cada uma das 29 categorias da primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico. A cerimônia de entrega da premiação ocorrerá em 6 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, onde serão revelados os vencedores das categorias distribuídas nos eixos de Ciência e Cultura e Prêmios Especiais. As editoras Blucher (13) e Dialética (12) lideram a lista de editoras entre os finalistas. Cinco autores independentes também passaram para a seleção final. “Estamos muito animados com a proximidade da grande festa de laureação. O Prêmio Jabuti Acadêmico é um reconhecimento, uma forma de valorizar ainda mais, obras das áreas científicas, técnicas e profissionais. Cada etapa, cada novo anúncio de semifinalistas e finalistas, mostra a qualidade da produção acadêmica e científica brasileira”, comemora a presidente da CBL, Sevani Matos. O Prêmio foi criado em 2024 e é dedicado às áreas científicas, técnicas e profissionais, visando valorizar, reconhecer a excelência e divulgar os autores e editores que se dedicam a esses segmentos no Brasil. Os autores premiados em cada uma das categorias receberão uma estatueta e um prêmio de R$ 5 mil. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Narratix – produtora de audiolivros criada em 2018 e uma das principais empresas do segmento – anunciou o lançamento do seu primeiro selo editorial dedicado ao público infantil, a NarraKids. Com lançamento oficial nesta quarta (17), o selo será inteiramente focado na publicação de podcasts, audiolivros e outros conteúdos para as crianças e famílias. Os diferenciais das produções do selo são os textos de alta curadoria, criados ou adaptados por escritores e roteiristas especialmente para o público infantil. Narrações humanas, feitas por artistas de voz, e com áudios cinematográficos, com músicas e efeitos sonoros imersivos. “Com esse projeto damos um passo forte na criação de conteúdo”, explica André Calgaro, pesquisador do universo do áudio e fundador da Narratix. “Vamos ter conteúdo original e também textos de domínio público que a gente adaptou. Mas adaptamos mesmo, com o objetivo de entregar a melhor experiência para os ouvintes”, completou. Os produtos lançados na NarraKids vão ter versões em podcast e audiolivro e foram adaptados para se adequar à linguagem infantil e garantir a atenção máxima. “Eles têm efeitos especiais, músicas próprias criadas especialmente para cada título, vinheta, identidade sonora... tudo isso levou bastante tempo”, contou Calgaro. O selo chega ao mercado com duas séries iniciais. Outras duas serão lançadas na próxima semana, totalizando 32 títulos que serão lançados ao longo do segundo semestre. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Espanha será o Convidado de Honra na 38ª edição da Feria Internacional del Libro de Guadalajara, que será realizada de 30 de novembro a 8 de dezembro de 2024. Sob o lema "Camino de ida y vuelta", a presença da Espanha na FIL, coordenada pelo Ministério da Cultura através da Dirección General del Libro, del Cómic y de la Lectura junto com a Acción Cultural Española (AC/E), pretende mostrar a imagem de um país plural, diverso e multicultural, elo de comunicação privilegiado da Europa com a América Latina e ponte de ida e volta através do oceano Atlântico. O programa foi apresentado no México na semana passada. Desde o século XIX, a Espanha tem sido um foco de atração para escritores latino-americanos, e o México, um lugar de generosa acolhida para a grande diáspora espanhola após a guerra civil, além de ser uma porta de entrada para a distribuição espanhola na América Latina. "Este é, portanto, um projeto de Estado", diz a organização. A última vez que a Espanha participou como convidado de honra foi no ano 2000 com o lema "El camino a la cultura". Desde então, várias comunidades autônomas também estiveram presentes: Cataluña (2004), Andalucía (2006), Castilla y León (2010) e Madrid (2017). Esta presença frequente denota a importância que esta feira, a mais importante do livro em espanhol, tem para a Espanha e também para o setor editorial, atraindo mais de 800 mil visitantes em cada edição. Com igualdade de gênero, pluralidade linguística, bibliodiversidade e sustentabilidade como pilares estratégicos para a elaboração do programa, a Espanha viaja à FIL com uma delegação de cerca de 150 autores no programa literário e profissional. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A série histórica da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada recentemente, revelou uma diminuição de 43% no faturamento real com vendas no mercado desde 2006. Este dado é central para entendermos as dificuldades econômicas do mercado editorial e para buscarmos consensos que nos tirem deste lugar (este artigo, ao fim e ao cabo, é sobre isso, mas também sobre a difícil, mas necessária, boa relação entre livreiros e editores). Diante de um resultado tão negativo, não é de se estranhar que este mercado viva uma espécie de crise constante, com redes de livrarias engolindo pequenas livrarias e depois entrando elas próprias em recuperações judiciais intermináveis, que não recuperam, mas fazem uma parte do setor, sobretudo distribuidoras e editoras, absorver calotes imensos. No último dia 15 de julho, Alexandre Martins Fontes e Rui Campos fizeram um artigo bastante crítico à prática de descontos em seus sites e em feiras por editoras. Eles estão corretos no resultado prático desses descontos – desvalorização simbólica e econômica da livraria –, mas, a meu ver, incorrem num erro comum quando analisamos a situação, que é idealizar comportamentos e não analisar aspectos centrais do problema. Ambos dizem ainda que, ao definir o preço de venda de um produto na livraria, o editor concretiza um “contrato” com o livreiro, que, em tese, o obrigaria a vender o produto pelo mesmo preço fora da livraria. Penso que, para resolvermos essa questão, devemos entendê-la a partir de um outro prisma. Vou virar a lente para as editoras: qual é a situação de fundo vivida por elas? Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

A Feira do Livro de Frankurt e a Feira do Livro Infantil de Bolonha estão cooperando em uma nova área de jogos (videogames) em ambas as feiras, para expandir suas ofertas existentes de filmes e licenciamento para incluir a mídia eletrônica. Um novo Centro de Negócios de Jogos (Games Business Centre) em ambas as feiras do livro vai oferecer uma oportunidade para os profissionais do mercado editorial se conectarem com líderes da indústria de jogos, de acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira (18). Um novo foco será estabelecido nos eventos com temas como direitos cross-media. Expositores que aproveitarem a nova oferta em Frankfurt e Bolonha receberão um desconto de 20% nos seus espaços. A SpielFabrique será a consultora para o Centro de Negócios de Jogos. “Vivemos o lema ‘Um livro é um filme é um jogo’ na Frankfurter Buchmesse há anos. Com a nova área de jogos, estamos impulsionando negócios com adaptações cross-gênero. Graças à cooperação com Bolonha, ofereceremos à indústria do livro uma troca lucrativa com as indústrias criativas duas vezes por ano a partir de outubro”, diz Juergen Boos, diretor da Frankfurter Buchmesse. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, publicou, nesta quarta-feira (17), o segundo bloco de editais do Fomento CultSP, voltados para o audiovisual, patrimônio histórico e diversidade e cidadania. Na ocasião, foram abertos um total de 17 novos editais, que juntos somam um investimento de mais de R$ 120 milhões. Para roteiros, serão dois editais: o Edital de Adaptação Obra Literária para Roteiro Cinematográfico destina R$ 3 milhões para dez projetos. E o Edital Desenvolvimento de Roteiros para o Audiovisual tem o valor total de R$ 720 mil para contemplar 12 projetos. As inscrições para estes editais estão abertas até o dia 16 de agosto, são gratuitas e devem ser feitas pelo sistema www.fomento.sp.gov.br. Cada proponente poderá inscrever um projeto em cada edital. Para mais informações sobre cada uma das linhas de editais, basta acessar o site do ProAC. Parte dos recursos dos editais vem da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois novos editais. O primeiro visa a aquisição de projeto educacional, assim como continuidade aos livros didáticos destinados aos alunos da educação infantil, visando atender as necessidades educacionais de uma rede de ensino. O pregão está marcado para 26 de julho e o valor chega a R$ 1,5 milhão. Já o segundo edital tem como objeto um processo licitatório para registro de preços para aquisição de projetos literários direcionados a diferentes grupos etários. O pregão está marcado para 30 de julho e o valor do edital chega a R$ 29.556.431,92. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A edição 152 do Jornal Cândido, do mês de julho, retrata o legado da autora Cassandra Rios, escritora de narrativas diretas, ousadas, livres, populares e eróticas. Esse é um dos motivos pelos quais é conhecida como a autora mais censurada do Brasil. Cassandra foi pioneira em suas publicações, sendo a primeira a publicar um romance nacional centrado em um casal de mulheres, sendo a única autora brasileira a viver exclusivamente de direitos autorais, entre outros feitos. É essa trajetória que a repórter Marianna Camargo traz na reportagem especial. Na retranca, uma seleção de obras “proibidas”, publicadas pela escritora entre os anos 1940 e 1980. Na seção de Entrevista, Juliana Sehn conversa com o artista e escritor Ronie Rodrigues. O Cândido também traz um conto de Myriam Scotti, que vai de Manaus, terra da escritora, até uma Polônia dominada pela Rússia czarista no início do século XX. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Oficina Raquel – editora focada em publicar livros que valorizam a pluralidade de vozes – retoma neste final de semana sua série de cursos intitulada Encontros na Oficina. O evento surgiu da vontade de estimular o letramento e a qualificação do público, ampliando o espaço de troca e a compreensão de temas sensíveis e de relevância social. Expandindo o debate além das páginas, neste sábado (20), a partir das 10h, na sede da Oficina Raquel (Rua Santa Sofia, 274/ sl. 22, Tijuca – Rio de Janeiro / RJ) o Encontro recebe Andréia Martinz, que mediará uma oficina sobre “Marketing para Escritores: o caminho para ser lido e publicado”. Andréia é especialista em marketing e comunicação no mercado editorial. Foi gerente de marketing na Editora Cobogó e na Bibliomundi. Atuou na comunicação de livrarias, editoras e em consultorias para autores independentes. Hoje, com sua assessoria Prólogo, atende editoras e negócios culturais, colaborando com o Carreira Literária na mentoria Escritor Profissional. Os encontros acontecem em clima informal, e os temas apresentados interessam não apenas às pessoas especialistas em Literatura, mas também, e principalmente a todas aquelas que se interessam pelo universo da leitura, professores e autores. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O perspicaz e intuitivo inspetor Adauto Veloso Leão, o Sopa, passa por um delicado momento pessoal ao perder um amigo e ter que lidar com fantasmas da infância ao ser convidado para o casamento da irmã em São Paulo. Ao tirar licença da Divisão de Homicídios e Pessoas Desaparecidas, no Rio de Janeiro, não imaginava que, partindo para uma viagem sentimental, ele mesmo acabaria se tornando vítima de um crime, sumindo sem deixar rastros. No livro Inspetor Sopa e o caso do desaparecimento (Cambucá, 202 pp, R$ 50), Sopa está em apuros e quem protagoniza a aventura investigativa pelo submundo da cosmopolita capital paulistana é o seu amigo de todas as horas, o policial Antônio, mais conhecido como Trombeta. Carioca da gema, que na hora do aperto apela sempre para seu "pai Xangô", ele fica desorientado pelas ruas de São Paulo enquanto procura pelo colega de delegacia. Andréa Gaspar guia o leitor pelos bairros da Liberdade, Bom Retiro, Bixiga e Centro Histórico, entremeando a busca de Trombeta por pistas para solucionar o suspeito sumiço de Sopa com a descoberta de novos sabores das culturas imigrantes que formam a complexa e única metrópole. O volume Inspetor Sopa e o caso do desaparecimento é parte de uma série de romance policial que inclui os livros Inspetor Sopa e o último copo (2019) e Inspetor Sopa e o crime do mosteiro (2021), reconhecido com o Prêmio Talentos Helvético-Brasileiros. Em 2024, a sequência ganhou nova identidade visual assinada pela designer Cintia Belloc.

Money, no Mississippi, é uma cidade pequena e pacata (além de racista) no Sul dos EUA. A aparente tranquilidade da cidadezinha e de seus moradores é, de repente, abalada por uma série de assassinatos brutais e incompreensíveis. Em cada cena do crime, uma imagem se repete: um homem negro, que aparenta estar morto há anos, segura uma parte do corpo da suposta vítima. Considerado culpado pelo assassinato, o cadáver dele é levado para ser identificado, mas misteriosamente desaparece, até reaparecer no crime seguinte. O cadáver da história lembra Emmett Till, adolescente linchado em 1955, na mesma cidade de Money, num crime de racismo que se tornou um marco da luta por direitos civis nos EUA. Não por acaso, os mortos do romance são membros da família envolvida neste linchamento. Assim, dois detetives estaduais são enviados à cidade, mas encontram resistência da polícia local e, é claro, da população ― a exemplo dos mortos, os moradores não são exatamente defensores da equidade racial. Enquanto as autoridades tentam juntar as peças dos assassinatos, crimes semelhantes começam a acontecer em todo o país. Até que os investigadores estaduais conhecem Mama Z, uma mulher de 105 anos, que perdeu o pai em um linchamento racial impune e que, há décadas, mantém um arquivo de cada caso desse tipo de crime nos EUA. Escrito por Percival Everett, As árvores (Todavia, 352 pp, R$ 84,90 – Trad.: André Czanobai) é um romance policial singular e revoltante.

Tiffany é uma integrante privilegiada de uma fraternidade universitária em Los Angeles que luta para manter seus impulsos sádicos — e pesadelos destrutivos — distantes. Mas, depois de uma festa terminar em um caso fatal, ela percebe que algo dentro de si acordou: o desejo insaciável de matar jovens atraentes. À medida que a sede por sangue aumenta e os corpos se acumulam, ela deve equilibrar sua atenção entre a recorrente investigação policial, os efeitos causados pelas redes sociais e seu promissor relacionamento com Weston — que ela acha que poderia ser o namorado perfeito. Satírico e ardente, Amor Fatal (Buzz, 208 pp, R$ 59,90 – Trad.: Laura Folgueira) mistura a plasticidade tóxica contemporânea, comédia sombria e enredo pulsante. A obra se destaca por subverter o gênero thriller, trazendo uma serial-killer, uma protagonista forte, com situações que abordam saúde mental, relacionamentos tóxicos e exposição na internet, temas relevantes e que estão constantemente na mídia e em séries e filmes do gênero. Laura Picklesimer, a autora de Amor Fatal ganhou vários concursos literários nos EUA e é uma voz promissora a ser trabalhada no Brasil.

John Earle “Whitey” McClaren, ex-prefeito de uma cidadezinha norte-americana, é vítima de uma morte trágica: ao interferir em um ato de violência policial contra um homem não branco, é atacado com uma arma de choque e tem um ataque cardíaco. Agora, os cinco filhos adultos e a viúva de Whitey serão tragados para um espiral de luto que se manifesta em cada um de maneira singular, e, ao mesmo tempo que os afasta uns dos outros, também é o que os fará encontrar o caminho de volta. Noite. Sono. Morte. Astro. (HarperCollins, 656 pp, R$ 119,90 – Trad.: Débora Landsberg) é o mais recente romance da autora Joyce Carol Oates, finalista do Pulitzer e vencedora do National Book Award, e uma narrativa latente que encapsula a realidade de uma sociedade em decadência. Uma vívida análise sobre racismo, trauma psicológico, disparidades de classe e luto, em uma saga familiar íntima e obscura. As obras de Joyce Carol Oates já lhe renderam diversos prêmios, entre eles o National Medal of Humanities e o National Book Award. Também foi ganhadora do Prix Femina em 2005, do Los Angeles Times Mystery/Thriller Award em 2018 e do Jerusalem Prize for the Freedom of the Individual in Society em 2019. Ela foi professora da Universidade de Princeton e é membro da Academia Americana de Artes e Letras desde 1978. Pela HarperCollins Brasil também já foram publicados os dois volumes do romance Blonde .

Felícitas Sánchez poderia ser tida como uma vítima da sociedade: uma mulher pobre, que sofreu diversos abusos e se tornou dura e cruel como o mundo que a cercava. Mas Felícitas não pode ocupar esse papel já que ela mesma se tornou um algoz... e foi responsável pela morte de inúmeros bebês no México em 1940. Sua história estaria enterrada, mas o escritor Ignácio Suárez traz de volta os crimes da Ogra do Bairro de Roma de volta ao imaginário, e mortes parecidas com os de suas histórias vão começar a assolar novamente a cidade. Seria um criminoso tentando imitar os feitos da Ogra ou existiria alguma ligação direta com esse passado sangrento? Herança macabra (Faro Editorial, 288 pp, R$ 59,90 –Trad.: Carol Aquino) é um thriller com toques de terror da autora mexicana Verónica Llaca, que apresenta uma ficção baseada na história de uma das maiores assassinas do México, envolta em crimes brutais contra bebês e crianças e um novo criminoso nos dias atuais, que pode ter se inspirado nessa história sinistra para cometer novos crimes contra mulheres. Na fúnebre atmosfera do México dos anos 1940, as ruas de uma cidade tornaram-se palco dos atos macabros de Felícitas Sánchez Aguillón. Apelidada de “A Ogra do bairro Roma”, a parteira corrompeu sua nobre profissão assassinando dezenas de crianças sem deixar rastro de humanidade. O que havia começado como uma profissão nobre, rapidamente fez Felícitas entender que poderia ganhar muito mais dinheiro com crianças mortas do que vivas. E até hoje, sua história é lembrada – e temida – pelos mexicanos.