O Fórum Global do Livro Infantil 2024, realizado na Feira Internacional do Livro de Pequim nesta quinta-feira (20), apontou tendências de cooperação internacional para o mercado de livros infantis, uma das mais férteis oportunidades de negócio com o setor do livro na China. Entre as principais tendências, aparecem livros com propósitos educacionais, conteúdos lúdicos e próximos dos jogos e formatos inovadores de livros adaptados ao ritmo acelerado da vida digital. Outro aspecto destacado no evento – e que se apresenta como uma forte tendência chinesa que pode conquistar espaço em outros mercados mundo afora – foi o crescimento exponencial do canal de vendas online em plataformas de transmissões ao vivo (livestreams) ou de vídeos curtos (como no Douyin, o TikTok na China) – 70% em 2023. Esse crescimento ocorre, na China, em detrimento das livrarias físicas. No Fórum, Karine Pansa, presidente da International Publishers Association (IPA) e diretora editorial da Girassol Brasil, demonstrou preocupação com relatos de que ao redor do mundo os dados de leitura entre crianças apresentam quedas face a outras formas de entretenimento. “É grande o impacto no nosso setor. Crianças que não descobrem o prazer da leitura não serão leitores no futuro, ou pior, não desenvolverão habilidades de leitura que os transformem em leitores capazes de lidar com textos de forma crítica e analítica. Então o entusiasmo que mantenho pelo desenvolvimento criativo e sustentável, que vemos no setor dos livros infantis, é mediado por esse cenário geral em que é preciso manter as crianças lendo”, explicou. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Uma das iniciativas da Feira Internacional do Livro de Pequim reforçada neste ano é o programa de apoio a editoras independentes e pequenas, que conta com a participação de 16 casas editoriais de uma dezena de países e diferentes continentes, da Índia à Argentina, passando por Nigéria, Reino Unido e Brasil. O programa inclui passagens áreas, acomodação e cede espaços na Feira para exposição dos livros. A editora brasileira selecionada para a Feira foi a Aboio – leia aqui uma entrevista com o editor Leopoldo Cavalcante. Já a editora The Orlando Books nasceu em Buenos Aires há dois anos com a ideia da escritora Marcela Citterio de aproximar o universo audiovisual dos livros. Ela é autora do livro Lady voyeur, que publicou e em que é baseada a série Olhar Indiscreto, sucesso produzido pela Netflix Brasil em 2023. Agora, já são quatro livros com direitos vendidos para diferentes plataformas de audiovisual dentro e fora da Argentina, e em dois anos de existência da editora já são 19 títulos publicados. “Meu pensamento foi: vou a Pequim e vejo o que faço!”, riu. Outra editora que faz parte do programa de apoio da Feira é a The Lela Initiative – uma editora independente sem fins lucrativos sediada na região metropolitana de Londres, que publica trabalho de autores da África Oriental, especialmente Uganda, país natal da editora Lela Burbridge. Quem também está aqui é a italiana Oriana Conte, com a sua Edizioni Sui Generis – casa independente interessada em literatura, teatro, poesia, filosofia e outros assuntos, de autores contemporâneos locais e internacionais. Ela não foi exatamente selecionada pelo programa: mas foi a sorteada em uma ação realizada pela Corporação chinesa que organiza a BIBF em Frankfurt, no ano passado. Ela deixou seu nome em uma urna, sem muitas esperanças, mas foi surpreendida por uma ligação com a oportunidade de participar da BIBF pela primeira vez. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O Prêmio Jabuti, um dos mais consagrados reconhecimentos literários do Brasil comemora mais um ano de grande sucesso. Em 2024, o prêmio alcançou um total de 4.170 inscrições, demonstrando a contínua relevância e o prestígio que mantém no cenário literário brasileiro. Criado há 66 anos pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), quando laureou Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, o Prêmio afirmou-se como referência nacional e prova viva da pujança e dinamismo do nosso mercado editorial e do seu parque industrial. Ele representa um momento ímpar da rica e diversificada cultura brasileira. O Jabuti contribui para a projeção internacional da literatura brasileira e para a conquista de novos mercados. Este ano vários segmentos tiveram um crescimento significativo em comparação ao ano passado. Nas 18 categorias comuns entre 2023 e 2024 houve um aumento de 3.576 para 3.885 inscrições. O Eixo Literatura, composto por oito categorias - como Romance Literário, Romance de Entretenimento e Poesia -, também registrou um crescimento expressivo, com 14% mais inscrições do que em 2023. Este aumento reflete um fortalecimento do Jabuti em sua vertente mais exclusiva e tradicional: a Literatura. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo divulgou os cinco curadores da 17ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura em 2024. São eles: André Cáceres, escritor, editor, crítico literário e jornalista; Cida Saldanha, graduada em Ciências Sociais, trabalha em livrarias desde 1983; Heitor Botan, responsável pela organização e mediação no Clube de Prosa da Biblioteca Mário de Andrade; Ionara Lourenço, bibliotecária com experiência em acervo, gerenciamento e arquivo; e Mariana Salomão Carrara, escritora e vencedora do Prêmio na categoria de Melhor Romance do Ano com Não fossem as sílabas do sábado. Esses profissionais desempenharão um papel fundamental na seleção dos melhores romances do ano, que concorrem ao maior valor em premiação individual na área em nosso país, de R$ 200 mil, nas categorias: “Melhor Romance” e “Melhor Romance de Estreia do Ano de 2024. As inscrições, que são gratuitas, vão até o dia 23 de julho. O edital completo você confere clicando aqui. Clique no Leia mais para conferir as informações completas dos curadores.

A BibliON, biblioteca digital gratuita de São Paulo, celebra seu segundo aniversário e continua a ter como objetivo a expansão de seus serviços. Originada de um projeto piloto iniciado em janeiro de 2020, que disponibilizou pouco mais de mil obras, a plataforma agora oferece aos seus usuários um acervo com mais de 20 mil itens, incluindo livros digitais, audiolivros, podcasts e, a partir deste mês, jornais e revistas. Além disso, a influenciadora, apresentadora e colunista do PN Taty Leite se junta ao seleto grupo de mediadores do Clube de Leitura BibliON, trazendo ainda mais dinamismo e engajamento para os leitores. “Estamos muito orgulhosos em celebrar os dois anos da BibliON. Desde o início, nossa missão tem sido democratizar o acesso à leitura e à informação, e ver a plataforma crescer de pouco mais de mil obras, durante o projeto piloto, para mais de 20 mil itens é um grande marco. A inclusão de novos formatos, como jornais e revistas, e a constante atualização da programação cultural são testemunhos do nosso compromisso em oferecer uma experiência rica e diversificada aos nossos usuários”, comemora Pierre André Ruprecht, diretor executivo da SP Leituras, organização da cultura gestora da BibliON. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as novidades programadas para a semana entre os dias 4 10 de agosto, está Búfalos selvagens (Companhia das Letras), conclusão da Trilogia do Fim, escrita por Ana Paula Maia e que iniciou com Enterre seus mortos, livro vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, e De cada quinhentos uma alma. Na lista também estão as obras Apostando no amor (Intrínseca), nova comédia romântica de Lynn Painter, autora de Melhor do que nos filmes; e Tratado geral das grandezas do ínfimo (Alfaguara), de Manoel de Barros, obra na qual o autor apresenta o minúsculo universo das coisas e dos seres do Pantanal. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

O Instituto de Leitura Quindim será homenageado pelos seus dez anos de história com o Prêmio Caxias do Sul. A cerimônia de entrega ocorrerá neste sábado (22), às 14h30min, na sede do Instituto, localizada no Edifício Abramo Eberle (Rua Sinimbu, 1670 – Caxias do Sul / RS). O presidente da instituição, Volnei Canônica - colunista do PublishNews -, receberá o prêmio. A programação da tarde incluirá apresentações artísticas do grupo Trupe de Maricas, do grupo de percussão feminino Juremas, um Slam de Ilustração com artistas convidados e sessões de Contação de Histórias. Toda a comunidade está convidada a participar e celebrar esta conquista. Fundado em 19 de setembro de 2014 como Centro de Leitura Quindim, o Instituto de Leitura Quindim foi criado por nove estudiosos da literatura para as infâncias. Em 2020, foi declarado de utilidade pública pela Lei Municipal nº 5.861/20, reconhecendo o impacto significativo de seu trabalho. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No dia 30 de junho, às 20h, o jornalista, escritor e apresentador Pedro Bial lança seu novo projeto, o Leitura com Bial. A iniciativa tem o objetivo de criar experiências em torno da literatura de modo profundo e guiado, entre outros produtos. Para o encontro inaugural, que será online e gratuito, ele escolheu a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Afinal, Capitu traiu ou não traiu Bentinho? No encontro Bial propõe discutir e desvendar esse mistério que continua atraindo novos leitores e gerando novas conspirações. Para se inscrever é só clicar aqui. O Leitura com Bial chega no momento em que as obras de Machado de Assis voltaram a ganhar atenção do público nacional e internacional depois que a influenciadora Courtney Henning Novak elogiou a obra Memórias póstumas de Brás Cubas no TikTok. A repercussão do vídeo fez a obra de Machado liderar a lista de mais vendidos de Literatura Latino-Americana e Caribenha na Amazon gringa no final de maio. Na semana passada, Courtney publicou um novo vídeo falando sobre Dom Casmurro. “Eu amo tanto Machado de Assis e acho que Dom Casmurro pode ser meu novo livro favorito”, disse antes de perguntar ao público: “Capitu traiu?”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Na próxima segunda (24), às 19h, Anderson Cavalcante, CEO da Buzz Editora, realiza mais uma edição do seu workshop online Autor BestSeller. Durante o evento, Anderson compartilha o método que o levou a publicar 55 bestsellers, sendo oito deles de sua autoria, com destaque para Seja foda!, Geração de valor, O que realmente importa, Pega a visão. Além disso, o especialista apresenta cases de como dominar o mercado editorial, desde a arte da escrita até as técnicas mais assertivas para colonizar o seu nicho. “Acredito que o meu sucesso se deve a um método consistente e ao trabalho dedicado e bem orientado. Se você deseja se tornar um autor reconhecido e líder em seu nicho, esta é a sua chance”, afirma o publisher. O investimento para o curso é de R$ 197 e as inscrições podem ser feitas aqui. Anderson Cavalcante é autor de sucessos do mercado editorial brasileiro e palestrante, além de fundador e presidente da Buzz Editora, desde 2016. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O projeto Eu Escrevo no Quadrado, voltado para quem escreve e publica no Distrito Federal, vai ganhar uma nova edição. Com curadoria da brasiliense Lella Malta, o evento receberá Emilia Nuñez (ganhadora do Prêmio Jabuti 2023 na categoria infantil) e Carolina Bacelar. As palestras serão seguidas de sessão de autógrafos e atendimento ao público. Os principais temas são a criação e a publicação de um livro infantil, e também a literatura fantástica para jovens. Para se inscrever, o interessado deverá entrar em contato no e-mail oilellamalta@gmail.com. As vagas são limitadas e o investimento é de R$ 50 para ingresso inteira e R$ 25 a meia, oferecida a estudantes e professores da rede pública e privada de ensino do Distrito Federal, pessoas 60+, profissionais da saúde dos sistemas público e privado do Distrito Federal e pessoas com deficiência. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Na tarde desta sexta-feira (21), a partir das 20h, a Academia Mineira de Letras realiza a cerimônia de posse do novo integrante, Ricardo Aleixo - poeta, escritor, pesquisador de Literaturas e artista visual, que ocupará a cadeira de nº 31. Fundada por Machado Sobrinho, a cadeira tem como patrono Lucindo Filho (1847–1896) e já foi ocupada por Salles Oliveira, Manoel Casasanta, Waldemar Pequeno, Luís Carlos de Portilho e, mais recentemente, pelo escritor, professor-pesquisador, crítico literário Rui Mourão (1929 a 2024), falecido no início deste ano. Aleixo tem 20 livros publicados. Suas obras mesclam poesia, prosa ficcional, filosofia, etnopoética, antropologia, história, música, radioarte, artes visuais, vídeo, dança, teatro, performance e estudos urbanos. Já fez performances em quase todos os estados brasileiros e nos seguintes países: Argentina, Alemanha, Portugal, EUA, Espanha, México, França, Suíça e Angola. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após os sucessos de O parque das irmãs magníficas e Sou uma tola por te querer, Camila Sosa Villada lança A namorada de Sandro (Tusquets, 96 pp, R$ 44,90 - Trad.: Joca Reiners Terron). Nesta coletânea de pequenos textos, ela confirma seu lugar entre as principais vozes da literatura latino-americana contemporânea, ao se armar com sua voz e os amuletos que soube construir e acumular na intensidade da noite para desvendar os mistérios do amor travesti. O livro traz uma coletânea de textos poéticos sobre a realidade, sentimentos e vivências de mulheres trans. São lembranças pungentes de amores perdidos e sentimentos que atravessaram a autora, e, agora, os leitores e as leitoras. “Nunca soube ao certo se deveria odiar ou amar os homens. Por muitos anos, eles foram os que mais me entristeceram, mas também (e ao escrever isto, me dá água na boca) os que mais alegria proporcionaram a estes músculos cheios de estrogênio. Eu os amava por suas panturrilhas, a parte mais sexy de seu corpo.”, a autora relata em um dos textos. Camila Sosa Villada virá ao Brasil como convidada d’A Feira do Livro, que acontecerá entre 29 de junho e 7 de julho na praça Charles Miller em São Paulo.

Jean-Claude Grumberg, cuja fábula A mercadoria mais preciosa arrebatou o leitor brasileiro com sua mistura de doçura e amargura, retoma aqui o tópico clássico do conto de Natal para encantar e fazer refletir sobre aquilo que desejamos e o que o mundo é capaz de nos oferecer. Com prosa mesmerizante, que evoca um tempo em que os contos passavam de boca em boca à sombra das lareiras, nas reuniões familiares, As chaminés tocam o céu (Todavia, 72 pp, R$ 49,90 – Trad.: Rosa Freire d'Aguiar) é uma ficção que confronta os sonhos e pesadelos da história, unindo as pontas da infância e da velhice. Neste “conto para crianças velhas”, o leitor acompanha — em plena noite de Natal no hemisfério Norte, com seu clima gelado e casas aquecidas por lareiras — a história de uma senhora idosa que se prepara para passar essa data sozinha. Em algum momento da madrugada, entre a vigília e o sonho, ela se depara com o próprio Papai Noel perdido na chaminé de seu apartamento parisiense. A chegada do “bom velhinho” transporta a personagem para o passado — um tempo em que os nazistas aniquilavam os judeus na Europa, uma época de medo e privações, mas também da descoberta do amor e da vida a dois. E ao mesmo tempo a projeta para o presente, em que uma pandemia global ceifa a vida de milhões, especialmente a dos mais velhos e vulneráveis.

O livro que consolidou Dalton Trevisan como um dos maiores autores do Brasil retorna com nova capa e textos de orelha e quarta capa assinados por César Aira e Marçal Aquino, ilustres figuras da literatura nacional e internacional. Cemitério de elefantes (Record, 112 pp, R$ 49,90), publicado originalmente em 1964, é o livro que consolidou Trevisan como um dos maiores escritores do Brasil. Depois de uma calorosa recepção na estreia, com o livro Novelas nada exemplares, de 1959, crítica e leitores se renderam de vez aos contos minimalistas e ao olhar atento do escritor curitibano. Não por acaso, pois alguns dos melhores momentos do autor estão neste livro. É o caso de Uma vela para Dario, que virou um clássico do repertório daltoniano, ao escancarar a crueldade do ser humano em uma situação-limite. A derrocada do homem, rural e urbano, é retratada em contos poderosíssimos, nos quais Trevisan destila os temas que o consagraram: traição, ciúme, abuso, violência doméstica, patriarcado, prostituição e ainda todo tipo de sentimento que costuma alimentar a “guerra conjugal”, como tão bem definiu o próprio autor em outro livro célebre. Há ainda, claro, os bêbados da beira do rio, no conto-título, um retrato impiedoso das chagas da metrópole. Mas esses contos seriam apenas histórias comuns, ouvidas “atrás da porta”, não fosse a genial linguagem criada e lapidada à exaustão pelo autor.

Em Direitos de/para todos (Bazar do Tempo, 212 pp, R$ 85), a magistrada, jurista e ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia Antunes Rocha reúne os 30 artigos da Declaração dos Direitos Humanos e apresenta, para cada um deles, interpretações que mesclam história, ficção e um amplo olhar humanista. Cada artigo é ilustrado por uma obra do pintor Candido Portinari, que tem seus grandes painéis, Guerra e paz, cedidos justamente para a sede da Organização das Nações Unidas, órgão criado após a Segunda Guerra Mundial para sedimentar juridicamente a aliança entre os países depois do conflito que matou milhares de pessoas. Portinari também pintou a fome e as desigualdades sociais do Brasil. Na introdução da obra, a autora traz um histórico sobre a criação da ONU e também dos caminhos percorridos para que a Declaração Universal fosse criada em dezembro de 1948. Ela escreve ainda sobre suas repercussões, o seu desdobramento em outros tratados e na Constituição brasileira, e também a necessidade de ser permanentemente consultada, ampliada e cuidada para que os direitos permaneçam garantidos: “O mal cresce é na solidão do impreciso. O bem pede cuidado e atenção, a liberdade também”.

Inteligência artificial, o ecossistema de dispositivos conectados e a biotecnologia vêm ganhando força nos últimos anos. A rápida evolução tecnológica está mudando o sistema e valores sociais, impactando a forma como nos conectamos com o mundo e as pessoas ao nosso redor. Na visão de um futuro distópico a partir dos avanços tecnológicos, o livro Pesadelos do futuro (Caravana, 58 pp, R$ 60), abre uma janela para a imersão provocativa dos horrores do avanço tecnológico. Com uma crítica sobre o tema, o autor Rafael Navarro explora um território no qual as escolhas atuais moldam um futuro sombrio. “A tecnologia, principalmente a IA, está transformando o mercado de trabalho, a privacidade e até mesmo a maneira como nos relacionamos. Escrever sobre essas temáticas sociais é fundamental para promover debates que resultem em autorreflexão e consciência crítica na população. Considero o assunto de grande preocupação atual, especialmente quanto à necessidade de regulamentação e uso mais ético da IA. Acredito que, através da literatura, fiz uma pequena contribuição para essa discussão”, pontua o autor do livro. A obra oferece visões distópicas que desafiam a condescendência da sociedade dentro de um conjunto de contos inspirados na cultura do cancelamento, pandemia do coronavírus e trazem fortes reflexões e críticas à indústria farmacêutica, reality shows, entre outros.