No episódio do Podcast do PublishNews desta semana, convidamos Marcos da Veiga Pereira, sócio da Sextante e ex-presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), e a economista Mariana Bueno, para discutir e esmiuçar os resultados da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro – Ano Base 2023, e também da Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro. Ambas as pesquisas são realizadas pela Nielsen e coordenadas por SNEL e Câmara Brasileira do Livro (CBL). Entre os assuntos, estão a variação de preço médio do livro no subsetor de Obras Gerais, as variações diversas entre as editoras de livros religiosos e CTP e a criação e consolidação sites próprios e marketplaces das editoras. Aspectos sobre a queda geral de vendas e sobre o digital, ebooks e audiolivros, também foram discutidos. Acompanhe a cobertura completa do PublishNews sobre as pesquisas neste link. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

Após o fechamento de sua loja no Conjunto Nacional, a Livraria Cultura anunciou uma nova loja no bairro de Higienópolis, em São Paulo. De acordo com o Metrópoles, o novo endereço da livraria será na Avenida Angélica, número 1212, em um casarão tombado e considerado como patrimônio histórico desde 2013. O perfil oficial da livraria postou um vídeo bem humorado nas redes sociais que faz referência à abertura da nova loja. A Livraria Cultura fechou sua loja no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, no início de abril. A movimentação mais recente do processo de falência da rede no STJ ocorreu no dia 20 de março, em situação de "concluso para decisão", ou seja, pronto para o julgamento – é bom lembrar que a decisão pela falência da empresa já foi proferida pelo TJ-SP e revertida por uma liminar no STJ. O Valor Econômico publicou uma resenha do livro Deus na escuridão (Biblioteca Azul), de Valter Hugo Mãe e o classifica como "um livro com excessivo respeito ao imaginário católico". Editoras locais perderam 50 mil exemplares de livros nas enchentes do Rio Grande do Sul. De acordo com o g1, pelo menos 25 editoras foram afetadas pelas enchentes. O g1 da Bahia noticiou o lançamento do primeiro livro do influenciador Kaique Brito. O título Quase exemplar (HarperCollins) tem como principal tema os desafios da adolescência. No Nexo, a especialista em literatura infantojuvenil Cristiane Tavares indica cinco livros antirracistas ilustrados para ler com crianças. O jornal The Guardian fez uma resenha da aguardada sequência de My favorite thing is monsters, da autora Emil Ferris. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A melhor estreia da Lista de Mais Vendidos do PublishNews da última sexta-feira (31) é o romance de autoficção Todas as minhas mortes (Citadel), de Paula Klien. Segundo a editora, o livro da artista plástica reconhecida internacionalmente por seus projetos multidisciplinares "quebra tabus, explorando de forma honesta e visceral temas como erotismo, sexo, paixão, amor, família, maternidade, cura e fé". Outros livros da categoria Ficção também chamam a atenção: são títulos da série Bridgerton, da autora Julia Quinn, publicada pela Arqueiro: três deles voltaram à Lista após a estreia da terceira temporada da série na Netflix. Esses títulos fizeram a performance da categoria subir 24% (em volume) em relação à semana anterior. A Lista desta semana contabilizou as vendas em 39 redes e livrarias entre os dias 20 e 26/05. A Lista dos Mais Vendidos do PublishNews contabiliza vendas em redes de livrarias (como a Leitura, Curitiba, Vila e Travessa), bem como em lojas independentes, como a Travessia (PA), Jaqueira (PE), Janela (RJ) e da Tarde (SP), entre outras. Outra estreia em Ficção foi o livro de fantasia Quarta asa (Planeta Minotauro), de Rebecca Yarros. Já em Não Ficção, são três novidades. Uma delas é Neuromodulação não invasiva (Literare Books), organizado por Márcia Lyra e Viviane Wisnievski, voltado para médicos, educadores, pacientes e leitores interessados no tema, e "uma valiosa contribuição para entender e aplicar as tecnologias de neuromodulação e neurofeedback em diversos campos da saúde e educação", segundo a editora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Editorial Alta Books realizou mais um movimento do seu plano de expansão e adquiriu a editora Almedina Brasil, casa reconhecida pelas publicações profissionais e jurídicas. A transação representa um momento significativo para o Grupo, que nos últimos anos adquiriu outras quatro editoras. “A Almedina Brasil é a aquisição de maior relevância editorial do Grupo Alta até o momento, trazendo para o grupo quase dois mil títulos e mais de mil autores brasileiros”, comenta Gorki Starlin, CEO da Alta Books, em comunicado. Com 20 anos de história, a Almedina Brasil é constituída pelas editoras Almedina, Edições 70, Actual e Minotauro e tem em seu acervo obras de nomes como Tiago Pavinatto, Gilmar Mendes e Marcelo Rebelo de Sousa. Nos últimos dois anos, o Grupo Alta já fez a aquisição das editoras Alaúde, Tordesilhas, Faria e Silva e MBooks, em segmentos e interesses diferentes. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Seis editoras – Ercolano, GLAC, Hedra, Relicário, n-1 edições e Tabla – participarão d’A Feira do Livro juntas em um mesmo espaço, formando o novo grupo Esquina6. Com catálogos diversos, mas que dialogam entre si, as casas apresentam publicações singulares, para além do mainstream. O grupo aposta em um espaço comum, compartilhado, onde cada um dos seis projetos editoriais será destacado e apresentado. Ao mesmo tempo, a proposta é buscar novos vínculos entre temáticas e autores, oferecendo uma curadoria de possíveis relações entre os catálogos. O Esquina6 também planeja realizar em sua tenda uma programação de eventos em formato pocket, reverberando as experiências e encontros a partir dos catálogos das seis editoras que o formam. A Feira do Livro será realizada em São Paulo entre 29 de junho e 7 de julho de 2024, no entorno do estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 14 a 20 de julho de 2024. Entre elas estão o Box Carla Madeira - Obra reunida (Record) que inclui as obras Tudo é rio, A natureza da mordida e Véspera; Sem palavras (Record), novo romance de Mag Cabot; a edição comemorativa de Conectadas (Seguinte), de Clara Alves. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

No episódio 16 do podcast Papo CBL, o entrevistado é Hubert Alquéres, curador da 66ª edição do Prêmio Jabuti. Com 40 anos de trabalho nos segmentos de educação e cultura, Hubert compartilha detalhes sobre a edição 2024 do Prêmio Jabuti. Alquéres, que coordena pelo segundo ano consecutivo a curadoria do prêmio, discute as novidades desta edição, incluindo novas categorias e os objetivos de sua criação. Ele também aborda o processo de escolha dos jurados e os valores da premiação. Durante a conversa, Hubert explica como o Prêmio Jabuti influencia na vida dos autores premiados e compartilha suas expectativas para esta edição. As inscrições para o prêmio estão abertas desde 25 de abril e se encerram em 13 de junho de 2024. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O escritor Fabrício Carpinejar é o convidado do Sempre Um Papo realizado em Paracatu (MG) para falar sobre o seu livro mais recente, Manual do luto (Bertrand Brasil), que tem a temática da superação da perda. O encontro será realizado neste dia 3 de junho, segunda-feira, às 19h, na Fundação Municipal Casa de Cultura de Paracatu (Rua do Ávila, 6 – Paracatu / MG). A entrada é gratuita. Em Manual do luto, o autor fala diretamente com o enlutado. Cada um dos capítulos é uma carta. Carpinejar aborda as dores do mundo, descreve as mais graves e pungentes perdas da existência: dos pais, de um amigo, de um irmão, de um filho, de um marido ou de uma esposa. Compara o luto a um trabalho incansável de poda da memória, de faxina existencial, em que toda despedida seria o equivalente a herdar um terreno para construir uma casa no local. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Marcando o quinto centenário do nascimento do poeta Luís Vaz de Camões, a Faro Editorial anuncia o lançamento de uma edição única de Os lusíadas (Faro, 352 pp, R$ 199,90) – a obra-prima épica que atrai leitores e estudiosos com a sua rica tapeçaria de heroísmo, mitologia e paixão lusitana. A edição da Faro relembra as versões originalmente publicadas em 1572, a impressão de 1817 executada pela famosa casa francesa Didot, e a reverenciada tiragem crítica de 1880, que marcou o terceiro centenário da morte do poeta. Os Lusíadas – edição monumental histórica ilustrada ostenta reproduções das estampas magníficas criadas nas duas grandes edições dos anos 1800, em especial, a lançada por ocasião do terceiro centenário de seu lançamento, inclusive duas imagens icônicas de Camões que preenchem as páginas com a arte a serviço da narrativa. Estas ilustrações meticulosamente gravadas por renomados artistas do século XIX até hoje evocam a admiração de colecionadores e admiradores das artes. Resgata ainda a publicação histórica de 1817, com tiragem de apenas 210 exemplares que foi oferecida aos monarcas e figuras soberanas de seu tempo, dentre elas David Hume e a família Bonaparte.

Na Fortaleza dos anos 1930, durante a Era Vargas, Roberto tem a missão de recrutar operários para uma nova célula de esquerda. Uma das pessoas que se interessam é Noemi: mãe de Guri e casada com um homem que não ama mais, ela está em busca de algo que a faça se sentir viva. Nas reuniões do partido, Noemi e Roberto desenvolvem uma conexão intelectual intensa, que os leva a um caso amoroso. Ela se vê, então, testando novos limites morais e éticos, tanto no campo do amor quanto no da política. Expressão de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer nos textos de Rachel de Queiroz, Caminho de pedras (José Olympio, 176 pp, R$ 54,90) é considerado seu romance mais engajado. Neste livro, aparecem as primeiras demonstrações de um estilo mais introspectivo e de análises psicológicas que alicerçam cenas de forte intensidade emocional. Um arranjo arguto para contar a história de uma paixão proibida inflamada pela luta. Na obra, Rachel de Queiroz revela aos leitores a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio. Numa sociedade em que a mulher deveria desempenhar exclusivamente os papéis de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é tanto infratora quanto heroína da própria história, pois a punição que sabia que enfrentaria não foi o suficiente para convencê-la a continuar num casamento sem amor.

S. Bernardo (Via Leitura, 176 pp, R$ 33,90), um dos romances mais aclamados de Graciliano Ramos, completa 90 anos em 2024. Essa nova edição apresenta texto introdutório da escritora vencedora do Jabuti, Micheliny Verunschk, e arte de capa elaborada pelo artista plástico Andrés Sandoval. Originalmente escrita em 1934, a história é narrada em primeira pessoa e acompanha Paulo Honório, um personagem complexo. Pelo olhar do protagonista, Graciliano explora as nuances de poder e solidão em uma narrativa que desnuda as contradições sociais nas primeiras décadas do século XX. S. Bernardo ressurge atemporal e desafia os leitores a explorarem abismos da alma e dilemas de um mundo em constante transformação. A prosa do escritor alagoano revela a luta do personagem para alcançar o topo e os sacrifícios de afetos e ética nesse processo. A busca incessante de Paulo Honório por progresso e status ecoa em cada página e culmina em reflexões sobre o quanto as escolhas moldam os destinos das pessoas. O autor escancara o drama de um homem que se torna senhor de terras, mas escravo da própria ambição.

Vidas secas (Todavia, 192 pp, R$ 49,90), publicado em 1938, é o quarto romance de Graciliano Ramos. Concebido inicialmente como contos avulsos, que o autor vendia a conta-gotas para pagar a pensão na qual vivia com a mulher e duas filhas pequenas, este livro se tornou não apenas um dos grandes clássicos da literatura brasileira mas também o maior sucesso editorial do escritor. Graças à sua vitalidade narrativa, à sua dolorosa atualidade e ao seu retrato expressivo e descarnado da gente do sertão, este livro ocupa um lugar de proeminência entre os clássicos da nossa literatura. Esta nova edição restaura ― com um criterioso trabalho de pesquisa ― a versão mais fidedigna do texto, tal qual concebido pelo autor, permitindo ainda conhecer de perto seu laboratório de criação e o perfeccionismo ímpar que marca seu estilo. Dando continuidade à Coleção Graciliano Ramos na Todavia, com organização do professor da USP e especialista Thiago Mio Salla, este volume conta ainda com um posfácio de Antonio Candido inédito em livro e inclui uma seção dedicada às diferenças textuais existentes entre as várias fases de concepção da obra. Para este volume, que condensa um esforço editorial inédito, foram cotejadas 12 versões da narrativa de modo a confirmar qual delas melhor representaria a última vontade do romancista. Uma edição fundamental para todo leitor que deseja se aproximar de Vidas secas ― e lê-lo em sua renovada plenitude de clássico brasileiro.

Esta nova edição de Memórias de um sargento de milícias (Landmark, 344 pp, R$ 68) traz o texto original da obra e é enriquecida com uma exclusiva introdução e análise de Mário de Andrade, apresentando a obra-prima de Manuel Antônio de Almeida de uma forma acessível e envolvente para os leitores contemporâneos. Publicado originalmente em folhetins entre 1852 e 1853, e como livro em 1854, Memórias de um sargento de milícias é um marco na literatura brasileira, conhecido por sua narrativa envolvente e pelo retrato satírico e humorístico da sociedade colonial do Rio de Janeiro do século XIX. A obra acompanha a vida de Leonardo, um protagonista inusitado que, apesar de suas travessuras e desventuras, conquista o leitor com sua natureza carismática e ingênua. O enredo segue a sua trajetória desde o nascimento, quando é concebido de forma não convencional devido à intervenção de um curandeiro, até a sua evolução como um “malandro” astuto, e posteriormente como um sargento de milícias, envolvido em encontros amorosos e incidentes pitorescos. A narrativa de Almeida é uma tapeçaria de personagens complexos e situações cômicas: as artimanhas de Leonardo, suas relações amorosas com Luisinha e Vidinha, e as peripécias de personagens secundários, como o compadre Barbosa e o Major Vidigal, são entrelaçadas com as mudanças e transformações na sociedade carioca. O autor apresenta um quadro autêntico do cotidiano urbano, ressaltando as falhas e virtudes dos personagens com empatia e um olhar satírico.