Um dos destaques da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro – Ano Base 2023, divulgada nesta quarta-feira (22), foi o crescimento geral do canal de vendas “site próprio/marketplace” – ou seja, as vendas diretas das editoras para os leitores/consumidores. Pela primeira vez, o canal aparece entre os cinco mais importantes: atrás de livrarias exclusivamente virtuais, livrarias, distribuidores e escolas. As editoras de didáticos (15,7% do faturamento vem dessa venda) e de livros CTP (10,9%) são as casas em que o site próprio tem mais destaque: o efeito é menor no subsetor de Obras Gerais (1,3% do faturamento). É bom lembrar que a Pesquisa avalia a produção e as vendas das editoras – que respondem ao questionário da Nielsen BookData, encomendado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). “O ponto principal, infelizmente, é a queda de vendas do setor ao mercado, não só em número de exemplares vendidos como em faturamento”, aponta a presidente do Grupo Editorial Record, Sonia Jardim. Para o publisher do Grupo Editorial Alta Books, J. A. Ruggeri, o cenário econômico brasileiro tem uma relação direta com os dados apresentados pela pesquisa. A economista e coordenadora da Pesquisa, Mariana Bueno, sugere olhar para o lado da demanda para entender melhor essa questão. A presidente da Câmara Brasileira do Livro, Sevani Matos, ainda aponta outros fatores que contribuem na discussão, como a percepção de preço, falta de livrarias, e pirataria. Um retrato melhor dessa questão em específico poderá ser analisado ainda este ano com a divulgação da próxima edição da Pesquisa Retratos da Leitura, realizada pelo Instituto Pró-Livro. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O Conselho da União Europeia aprovou nesta semana a primeira lei abrangente a nível mundial que modera o desenvolvimento, produção e utilização de sistemas baseados em inteligência artificial (IA). A chamada Lei da IA será aplicada progressivamente até 2026, quando entrará plenamente em vigor. A norma visa estabelecer um quadro jurídico que garanta que o desenvolvimento e a utilização da IA sejam realizados de forma segura e ética. Ao mesmo tempo, visa garantir o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos e estimular o investimento e a inovação em torno da ferramenta. Também serão proibidos sistemas de ampliação ou criação de bancos de dados faciais capturados indiscriminadamente pela Internet ou gravações audiovisuais, entre outros. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A quinta edição do Elas Publicam: Encontro de Mulheres do Mercado Editorial, projeto idealizado pela curadora e produtora cultural Lella Malta – conhecida também por ser idealizadora do projeto Escreva, Garota! –, desembarca em terras cariocas de 2 a 4 de agosto. O projeto, que já passou por Brasília (DF), Campinas (SP), Salvador (BA) e São Paulo (SP), pretende incentivar a escrita e a publicação de mulheres, capacitar profissionais que participam ativamente da cadeia produtiva de um livro (seja como escritora, editora, tradutora, revisora, ilustradora...), criar espaço para networking e estimular o empreendedorismo feminino no mercado editorial. As ações são exclusivas para profissionais do setor que adquirirem seus ingressos, limitados e vendidos exclusivamente no site do evento. No dia 2 (sexta-feira), às 19h30, a Livraria Janela (Rua Maria Angélica, 171 – loja B – Jardim Botânico) será a casa do Elas Publicam. Já a programação principal, no dia 3 de agosto, precisou ter local alterado devido ao número recorde de inscrições para o evento. “Quando abrimos as inscrições, no dia 16 de março, fomos surpreendidas por uma demanda sem igual. Em três semanas, vendemos 80% do total de ingressos. Por esse motivo, resolvemos alterar nosso endereço para o Espaço Leblon. Teremos mais de 700 m2 disponíveis em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas e, para melhorar, com uma belíssima vista para o Cristo Redentor. Assim, nossas participantes serão acolhidas com mais conforto e poderemos atender um maior número de profissionais interessadas no evento”, explica Lella. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 30 de junho de 2024 a 06 de julho de 2024. Uma das novidades é o primeiro volume da série best-seller O Povo do Ar, de Holly Black, agora em uma edição de luxo e para colecionadores. Uma tiragem limitada de O príncipe cruel (Galera), que conta com capa dura, luva, guardas ilustradas, cenas inéditas, pintura trilateral numerada e mais. Há também o novo livro do Clube do Crime das Quintas-Feiras, de Richard Osman. Em O último demônio a morrer (Intrínseca) o grupo de detetives septuagenários se lança em uma investigação no ramo das antiguidades, onde nem sempre se joga limpo. E Alerta vermelho (Aleph), de Martha Wells, o primeiro livro da série Diário de um robô-assassino, atualmente sendo adaptada pela Apple TV. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

O Festival Literário Internacional de Araxá (Fliaraxá) chega à sua 12ª edição, entre 19 e 23 de junho, com atividades culturais acessíveis, inclusivas, antirracistas, éticas, educativas, artísticas e carregadas de conceito ao redor do tema Memória, Literatura e Diversidade. Pela primeira vez, o Fliaraxá apresenta equidade de gêneros e raça entre os 84 convidados: mulheres negras e brancas, homens negros e brancos, em proporção de 25% cada. Todas as atividades do Festival serão transmitidas on-line pelo YouTube do Fliaraxá. A Fundação Calmon Barreto e seu arredor será o cenário da montagem, com dois auditórios, duas livrarias, intensa programação infantil e infantojuvenil e a “Rua da Economia Criativa”, com música instrumental, artesanato e gastronomia. No centro de tudo, a literatura reúne quase uma centena de escritores e escritoras em conversas informais, sem tema definido. O 12º Fliaraxá tem como Autoras Homenageadas Djamila Ribeiro e Bruna Lombardi, tendo como convidada especial Conceição Evaristo. A programação inclui quatro atrações internacionais: a cubana Teresa Cárdenas, o português Afonso Cruz, a francesa Hannelore Cayre e o brasileiro radicado na Suíça Jamil Chade. As indígenas Trudruá Dorrico e Geni Núñez também compõem a lista de autores. Ziraldo, escritor e cartunista, falecido recentemente, é o Patrono do 12º Fliaraxá. O autor foi a estrela da primeira edição do Fliaraxá, em 2012 e este ano o Prêmio de Redação e de Desenho será baseado em sua obra, incentivando estudantes a criarem fanfics. Os participantes devem desenvolver histórias inventadas ou desenhos inspirados em qualquer livro ou personagem de Ziraldo, celebrando, assim, sua imensurável contribuição à literatura infantil e juvenil. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Estão abertas as inscrições para a graduação presencial em Escrita Criativa do Instituto Vera Cruz. Com duração de 2 anos e meio, o curso tem turmas reduzidas, ensino personalizado e voltado à prática criativa, com ênfase nas abordagens literária e humanística. Tem uma programação repleta de oficinas nas quais as estudantes apresentam e discutem a própria produção literária. As alunas e alunos exercitam a escrita ficcional, de poesia, dramaturgia, de não ficção literária e de roteiro e também os projetos editoriais e audiovisuais. Além das aulas presenciais, os estudantes devem cumprir uma carga horária mínima de atividades complementares que podem ser feitas nos aparelhos culturais da cidade de São Paulo e também ler livros indicados na bibliografia das disciplinas. Os alunos participam de seleções para estágios profissionais nas editoras parceirais do Instituto Vera Cruz – Todavia, Ubu e Fósforo. Os candidatos participam do processo seletivo de forma remota. Os interessados devem realizar a inscrição no site do Instituto e enviar um texto literário de autoria própria, uma carta apresentando os interesses no curso e o currículo ou histórico escolar. É possível utilizar a nota do Enem para ingresso no curso. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Estão abertas as inscrições para o segundo encontro do Clube de Leitura BDB Cultural, promovido pela Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (BDB), do Ministério da Cultura O evento, no dia 10 de junho de 2024, das 18h30 às 20h, será realizado em formato híbrido, permitindo a participação tanto presencial no auditório da Biblioteca (EQS 506/507, Asa Sul, Brasília/DF), quanto online, via Google Meet. O livro escolhido para o encontro é O avesso da pele (Companhia das Letras), de Jeferson Tenório, uma obra de ficção que explora temas como identidade, relações raciais, violência cotidiana e negritude, a partir das vivências de uma família. Este romance foi o vencedor do 63º Prêmio Jabuti de 2021, na categoria Romance, e é reconhecido por sua profundidade e relevância nas discussões contemporâneas sobre questões raciais no Brasil. A mediação do Clube de Leitura será feita pela bibliotecária Cleide Soares. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Todo mundo tem mãe, Catarina (Reformatório), novo livro da autora capixaba Carla Guerson, aborda o processo de amadurecimento de uma personagem marcada pela solidão infantil de quem cresceu sem ter mãe e pai. O romance conta com a orelha assinada pela escritora Marcela Dantés e quarta capa de autoria da escritora Débora Ferraz. O evento de lançamento ocorre em São Paulo no dia 25 de maio, sábado, às 18h, na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58 – São Paulo / SP) e contará com uma conversa da autora com a youtuber e doutora em linguística Jana Viscardi, além da participação pontual das escritoras Marcela Alves, Thaís Campolina, Marina Grandolpho, Martha Colvara Bachilli e Isabella de Andrade. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Considerado pelo The Washington Post um dos dez melhores presentes para os amantes de livros, Murdle – Volume 1 (Intrínseca, 400 pp, R$ 59,90 - Trad.: Regina Lyra) é um livro quebra-cabeças de mistério e assassinato, do escritor norte-americano G.T. Karber. Com base em sua experiência em histórias imersivas no estilo “quem matou”, Karber criou um fio narrativo que conduz o leitor ao longo do livro. O escritor apresenta personagens e cenas de crime que se repetem para oferecer uma trama completa a partir da junção dos capítulos. Cada caso pode ser desvendado separadamente ou em sequência. Todos os homicídios guardam um segredo escondido e a obra contém uma mensagem que só pode ser decifrada após todos os casos terem sido desvendados. São cem enigmas de mistério curtos e divertidos que desafiam a descobrir quem matou, como, onde e por quê. A partir da análise de pistas e informações dadas por testemunhas, o leitor, ao lado do detetive Logicus, é convidado a desvendar misteriosos assassinatos. Repleto de ilustrações, códigos e mapas, Murdle – Volume 1 apresenta uma narrativa bem-humorada e perspicaz que envolve e conduz o leitor por enigmas com diferentes níveis de dificuldade — do básico ao impossível. Ao final do livro uma dica e a solução de cada caso são oferecidas ao leitor. A obra foi eleita o Livro do Ano no British Book Awards.

Um resgate dentro do prédio mais perigoso da Amé­rica Latina. Este é o objetivo de Samantha em O porão (Record, 192 pp, R$ 59,90), livro-jogo escrito por Vítor Soares e Giovanni Arceno e ambientado na ditadura civil­-militar brasileira. Citando personagens e situações reais vividas pela luta armada durante a resistência ao regime militar, a narrativa entrelaça fatos e ficção de forma fluida e emocionante. A história se passa logo após a assinatura do AI-5, período mais truculento da época, quando a tortura e a violência a oposi­tores do governo foram institucionalizadas. Cecília foi capturada em uma emboscada por agentes do Dops, e levada para uma delegacia onde os detidos são mantidos em condições degradantes. De imediato, Samantha toma a decisão de invadir o prédio do Dops. Cabe ao jogador-leitor definir quão impossível é essa missão de resgate, e, para isso, precisará fazer escolhas e rolar dados, contando tanto com a perspicácia quanto com a sorte – para, quem sabe, reescrever os rumos da História. O objetivo do livro não é banalizar ou retirar o simbolismo desse período, mas permitir que os jovens aprendam de maneira dinâmica e ilustrativa sobre esse importante capítulo da história do Brasil, podendo ser utilizado em salas de aula.

Uma adolescente é encontrada queimada e desmembrada em um campo. Trinta anos depois, o crime ainda não está esclarecido e sua família e seus arredores se desintegraram. A investigação foi encerrada sem suspeitos e sua família - educada, formal, católica e de classe média - se desfez silenciosamente. Mas tudo muda quando o pai é diagnosticado com um câncer terminal e não quer ir embora sem saber quem foi o responsável pela morte da filha. Com isso, a verdade aparece. Essa verdade mostrará de forma crua o que se esconde por trás das aparências; a crueldade à qual a obediência e o fanatismo religioso podem levar; a cumplicidade dos medrosos e indiferentes, e também a solidão e o desamparo daqueles que ousam seguir seu próprio caminho, ignorando os mandatos herdados. Seguindo seu estilo, em Catedrais (Primavera Editorial, 504 pp, R$ 59,90), Claudia Piñeiro investiga os laços familiares, os preconceitos sociais e as ideologias e instituições que marcam os mundos privados. Explorando as complexidades das relações humanas e as diversas formas de violência que permeiam a história, a autora também subverte a estrutura tradicional do gênero, apresentando uma narrativa construída de forma coletiva através das vozes de sete personagens.

Em O que fazemos nas sombras (Faro Editorial, 288 pp, R$ 64,90 – Trad.: Maria José Silveira e Felipe Lindoso), obra de Jennifer Hillier, Paris é encontrada em casa pela polícia, coberta de sangue, segurando uma navalha, e tendo logo atrás dela, na banheira, o corpo do marido. Um dos seus primeiros pensamentos é a certeza de que será acusada de assassinato. Mas, apesar das circunstâncias, essa não é a sua maior preocupação. Agora, com a atenção indesejada da mídia, será apenas uma questão de tempo até que alguém do passado, que até então estava oculto, a identifique e destrua a vida que ela construiu com tanto esforço, além de acabar com qualquer esperança de futuro. Vinte e cinco anos atrás, outra mulher, Ruby Reyes, conhecida pela imprensa como a Rainha de Gelo, foi condenada por um crime semelhante — com uma sentença de prisão perpétua —, em um julgamento que atraiu a atenção de todo o país. Reyes conhece Paris muito bem, e inesperadamente acaba de ser libertada e ameaça expor todos os segredos obscuros dela. Sem chance de fuga, Paris fica diante dos eventos de seu passado sombrio, e terá de finalmente encará-lo de uma vez por todas. Porque pior do que uma acusação de homicídio é levar a culpa por dois assassinatos.

Em O departamento de cartas mortas (HarperCollins, 320 pp, R$ 64,90 – Trad.: Ulisses Teixeira), clássico de Metta Victoria Fuller, o jovem advogado Richard Redfield saiu de Blankeville para Washington após se tornar o principal suspeito de assassinar seu amigo, Henry Moreland. Nesta nova cidade, Richard se emprega como inspetor do Departamento de Cartas Mortas do correio, avaliando as correspondências que jamais foram entregues. Logo, o advogado é surpreendido ao descobrir que o conteúdo de uma das cartas revela uma pista sobre a morte de seu amigo. Para desvendar este mistério, ele recorre à ajuda do renomado detetive Burton, e, juntos, partem em busca da verdade por trás do que de fato aconteceu com Henry na esperança de fazerem justiça a ele, comprovarem a inocência de Richard e darem paz à noiva de Moreland, Eleanor. Nascida na Pensilvânia, a autora Metta Victoria Fuller publicou pelo pseudónimo Seeley Regester, dezenas de romances de sucesso, incluindo O Departamento de cartas mortas, em 1867, reconhecido por muitos acadêmicos como a primeira obra completa de ficção policial da história literária americana.