Em 2023, o setor editorial brasileiro registrou faturamento de R$ 4 bilhões nas vendas ao mercado, o que representa recuo nominal de 0,8% em comparação com o ano anterior. É o que aponta a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, coordenada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), com apuração da Nielsen BookData, divulgada na manhã desta quarta (22). Segundo a pesquisa, o setor registrou retração no faturamento de 5,1% em termos reais, considerada a variação do IPCA de 4,62%, na comparação com 2022. Além disso, o número de exemplares vendidos ao mercado apresentou redução de 8% no período. A pesquisa considera o desempenho do mercado em 2023, dividindo as editoras em quatro subsetores: Obras Gerais, Didáticos, Religiosos e CTP (Científicos, Técnicos e Profissionais). Em relação à Produção: em 2023, o setor produziu 45 mil títulos – sendo 76% deles reimpressões – e 320 milhões de exemplares, com as editoras de Didáticos respondendo por 51% dessa fatia. Sobre as vendas, foram vendidos ao mercado 172 milhões de exemplares, com faturamento de R$ 4 bilhões. A pesquisa apontou ainda um aumento nominal de 7,9% do preço médio do livro. Em termos reais, a variação positiva é de 3,2% em relação ao ano anterior – mas, ao se considerar o período desde o início da Pesquisa, em 2006, o preço médio do livro é 36% menor em termos reais. "Conseguimos afirmar que hoje o livro está teoricamente mais barato do que em 2006", ressalta Mariana. Ou seja, ainda que o mercado tenha momentos de tentar recompor o preço do livro, quando se tira a inflação da jogada fica claro que não é bem assim. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou nesta terça-feira (21) o projeto que cria o Marco Regulatório do Fomento à Cultura, para organizar as regras das políticas de financiamento do setor na União, estados e municípios. O texto cria um regime jurídico próprio para o fomento cultural, fora da Lei de Licitações. Da Câmara dos Deputados, a matéria segue agora para análise do Plenário. As informações são da Agência Senado. A notícia foi celebrada pelo Ministério da Cultura, que considera a aprovação uma de suas prioridades. O PL 3.905/2021 foi aprovado da forma como veio da Câmara e ganhou parecer favorável da relatora, senadora Teresa Leitão (PT-PE), com o acréscimo de quatro emendas de redação. Na avaliação da relatora, a proposta representa um avanço significativo para o fomento à cultura no Brasil. Ao estabelecer um marco regulatório claro e detalhado, conforme Teresa, a matéria promove “a transparência, a eficiência e a democratização do acesso aos recursos culturais”. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Bookinfo vai passar a oferecer uma solução para coletar dados da venda direta dos sites das editoras cadastradas no seu sistema, com o objetivo de ter uma leitura maior e real da venda brasileira de livros. A solução entra no ar a partir de junho. “Uma das principais formas de mensurar a venda do mercado dentro das plataformas é através da análise de dados de vendas. Os sites das editoras fornecem acesso a uma riqueza de informações, incluindo o desempenho de vendas de cada título, as taxas de conversão, as tendências sazonais e as preferências dos clientes”, destaca Eduardo Cunha, diretor da Bookinfo. "Nos últimos 90 dias realizamos diversos testes com algumas editoras para trazer o melhor resultado para os nossos clientes. Ao analisar esses dados de maneira inteligente, podemos identificar padrões de comportamento do consumidor e ter uma maior cobertura de venda do setor". Esta será a primeira leitura deste tipo no Brasil. Os portais das editoras estão se destacando no mercado (como apontou a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada nesta quarta-feira), oferecendo seu catálogo diretamente para o público, dessa forma a ideia da Bookinfo é aumentar a cobertura de informações sobre a venda ao consumidor final. Até o momento, três editoras estão na fase de testes de envio e mais oito já estão confirmadas. A expectativa da empresa é ter até o final do ano 100 empresas contribuindo com a nova solução. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana são três novidades: A primeira é o livro Rasgos na alma: ode ao Vale do Rio Doce, de autoria de Edileila Portes, pesquisadora e artista visual, faz referência aos sentimentos pelos quais os atingidos/moradores do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil passaram com o desmoronamento da barragem da Samarco, em novembro de 2015, no distrito de Bento Rodrigues, Mariana (MG), numa denúncia poética, expressão permitida pela Arte. Trata-se de um poema ilustrado, editado pela Editora Atafona (BH) com a coedição do Ateliê Edileila Portes e o apoio da Comissão Mineira de Folclore. Foi contemplado com o selo de “Altamente Recomendável” (2018), pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ. E o projeto de financiamento coletivo da Bandeirola para publicar obras de dois artistas do Rio Belle Époque: João do Rio e Chiquinha Gonzaga. Os contos de João do Rio em Pavor dentro da noite, carregam os traços do decadentismo, marcado pelo fascínio do extraordinário, com narrativas que apontam afetividade mórbida, neurastênicos que exprimem paixões incomuns em ambientes exóticos, sem deixar de lado a frivolidade social, a mordacidade, o estilo afetado, a moralidade hesitante. Já o livro Eu e Chiquinha da Silva é uma edição especial: em suas páginas o leitor vai encontrar trechos de composições de Chiquinha Gonzaga (e seus parceiros), além de surpreendentes pontos de sua biografia, repleta de desafios que marcaram a vida da compositora. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – tem essa semana dois novos editais voltados para livros infantis e didáticos, em duas cidades de diferentes estados da região Nordeste. O valor do primeiro é de cerca de R$ 160 mil, já o segundo ultrapassa os R$ 6 milhões. Os pregões ocorrem entre 29 de maio e 6 de junho. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O Selo Off Flip está com inscrições abertas para a antologia Tchê!, que reunirá contos, crônicas e poemas do Brasil e do exterior em solidariedade à população gaúcha atingida pelas enchentes. A intenção da editora, sediada em Paraty, é destinar 25% do valor arrecadado com as adesões a entidades e comunidades atingidas, além da doação de livros infantis do Selo Off Flip a crianças que estão nos abrigos. Os melhores textos de cada categoria dividirão premiação de R$ 18 mil, havendo também premiação de R$ 3 mil a autores(as) residentes no Rio Grande do Sul. Os 50 melhores de cada categoria terão destaque na publicação, que reunirá também os demais selecionados. O tema é livre e podem ser enviados textos com até 30 linhas, inéditos ou publicados. Os textos serão selecionados pela editora e publicados de forma colaborativa. O lançamento será em Porto Alegre, em dezembro de 2024, em uma das livrarias atingidas pelas enchentes, que receberá integralmente o valor das vendas. As inscrições podem ser feitas no site da editora: www.selo-offflip.net/tch

O Itaú Cultural dá início, no dia 26 de maio (domingo), às 11h, ao novo formato da Banca de Quadrinistas, programação antes realizada em sua sede e que agora passa a ser realizada ao ar livre, no Bulevar do Rádio (trecho da Rua Leôncio de Carvalho entre a instituição e o Sesc Av. Paulista), sempre no último domingo do mês. Com a proposta de estreitar o contato do público com autores de quadrinhos – em especial, os da cena independente –, a atividade reúne, a cada edição, artistas para exporem e venderem seus trabalhos, e que estarão presentes para conversas espontâneas com os visitantes sobre o universo das HQs. Seis artistas com trajetórias sedimentadas participam desta primeira edição de 2024: Ju Loyola, Manu Maltez, Marcelo Saravá, Marília Marz (autora da ilustração ao lado), Mário César e Talessak. Para as próximas edições da Banca de Quadrinistas, o Itaú Cultural abrirá um chamamento com a proposta de selecionar até seis participantes por mês. As inscrições para a participação nas bancas de junho a novembro estarão abertas de 27 a 29 de maio e devem ser feitas clicando aqui. Os selecionados serão divulgados no dia 10 de cada mês, no site do Itaú Cultural. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

1888 – Uma biografia da abolição da escravidão no Brasil (Valentina, 264 pp, R$ 59,90), do historiador, pesquisador e escritor Marcos Costa, disseca as circunstâncias históricas e geopolíticas que propiciaram a transferência sistematizada do maior contingente humano de que se tem notícia na História e os bastidores do longo e tortuoso processo que pôs fim às nefastas práticas do comércio e do trabalho escravo no Brasil, há apenas 136 anos. “1888 é a data mais importante da História do Brasil”, afirma Costa, que é doutor em História pela Unesp e autor, entre outras obras, do best-seller A história do Brasil para quem tem pressa. No novo livro, ele esclarece que a implantação do tráfico humano que se estabeleceu a partir do século XVI entre a África e o Brasil nada tem a ver com características fenotípicas, étnicas ou culturais dos povos escravizados, e sim com um “empurrão” das correntes marítimas do Atlântico Sul. O livro reproduz diversos documentos, entre leis, discursos, cartas etc, que ajudam a compor o cenário político da época, como uma correspondência oficial pouco conhecida entre a Princesa Isabel e o Marechal Deodoro da Fonseca, no final de 1887, em que se costura o apoio do Exército para neutralizar a resistência à Lei Áurea no Parlamento. Ao mesmo tempo, revela como os interesses de uma parcela mínima da população que lucrava com a escravidão impediram diversas tentativas de acabar com ela, fazendo com que o processo até a abolição fosse feito de alguns avanços e muitos retrocessos ao longo da História. E o quanto o país pagou e continua pagando por isso.

O Box Mitologia – As melhores histórias (Pandorga, 942 pp, R$ 269,90), desenvolvido por especialistas e estudiosos, vem com quatro volumes de luxo dedicados às mitologias nórdica, celta, grega e japonesa. Cada livro do box mergulha profundamente em uma cultura mitológica específica, revelando histórias épicas, deuses poderosos, heróis lendários e criaturas fantásticas que povoam o imaginário humano há séculos. Mitologia Nórdica (org. Andrea Caselli e Leandro Villar): dos feitos dos deuses de Asgard aos seres das geleiras do Norte, este volume leva os leitores a uma jornada pelos domínios de Odin, Thor, Loki e outros personagens da mitologia escandinava. Mitologia Celta (org. João Eduardo Pinto Bosto Lupi): este livro revela os segredos dos druidas, as lendas do Rei Artur e as histórias dos Tuatha Dé Danann, os deuses celtas. Mitologia Grega (org. Isabella Demarchi e Michael Chances): apresenta aos leitores os intrigantes mitos que deram origem à civilização helênica, com Zeus, Hera, Atena e uma miríade de seres que habitam o panteão grego. Mitologia Japonesa (autora: Contos de Yei Theodora Ozaki / org. Emiliano Unzer): este volume nos conduz por um mundo de kami, yokai e samurais lendários, revelando a riqueza espiritual do Japão antigo.

Civilização e liberdade: diálogos entre França e Minas Gerais na arquitetura e no urbanismo (Autêntica, 304 pp, R$ 79,80) explora três séculos de intercâmbio cultural, arquitetônico e urbanístico entre Minas Gerais e França. Organizado por Flavio de Lemos Carsalade, o livro traz uma série de estudos sobre como as ideias de liberdade, inspiradas pelo Iluminismo francês, e os conceitos de civilização moldaram profundamente a capitania de Minas do Ouro e, posteriormente, o estado de Minas Gerais. A obra detalha o impacto francês na arquitetura mineira desde o período colonial à contemporaneidade, passando pelo barroco, o neoclássico, o eclético e o art déco até chegar ao modernismo. Através do olhar de renomados pesquisadores, são exploradas as nuances da rica troca entre o estado brasileiro e o país europeu, que transcende a mera transferência de estilos e se embrenha nas aspirações de construir uma sociedade mais justa e igualitária. Um testemunho da incessante transformação impulsionada pela liberdade de criar e pela vontade de civilizar, características que definem o espírito mineiro e a influência francesa ao longo dos séculos. Participam desta coletânea: Danilo Matoso Macedo, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Jean-Pierre Blay, Celina Borges Lemos, Esther Aparecida Cervini de Melo, Carlos Alberto Maciel, Roberto Luís Monte-Mór e Carlos Antônio Leite Brandão.

Os humanos são herdeiros de uma dinastia que reina no planeta há quase 66 milhões de anos, sobreviventes de cataclismos de fogo e eras glaciais: os mamíferos. Nossa linhagem inclui tigres-dentes-de-sabre, mamutes-lanosos, ursos três vezes mais pesados que um urso-pardo, roedores inteligentes que sobreviveram ao Tyrannosaurus rex e outros tipos de humanos, como os neandertais. Na verdade, a humanidade e muitos dos mamíferos com quem partilhamos o planeta hoje – leões, baleias, cães – representam apenas uma fração dos sobreviventes de uma árvore genealógica extensa que foi podada pelo tempo e pelas extinções em massa. Mas a pergunta que não quer calar é: como exatamente chegamos aqui? Em seu aclamado best-seller Ascensão e queda dos dinossauros – definido pela Scientific American como “a biografia definitiva dos dinossauros” –, o paleontólogo americano Steve Brusatte encantou os leitores com sua pesquisa. Agora, retomando o evento de extinção que condenou o T. rex e seus pares, o autor explora em Ascensão e reinado dos mamíferos (Record, 462 pp, R$ 89,90 - Trad.: Alessandra Bonrruquer) a notável história dos mamíferos e revela o quanto sua trajetória é fascinante e complexa.