Uma decisão do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou um recurso da Livraria Cultura e autorizou a continuidade de uma ordem de despejo sobre o imóvel no Conjunto Nacional, em São Paulo. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (23). Em agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo havia suspendido a decisão sobre a ordem de despejo, favorável à Bombonieres Ribeirão Preto Ltda. A suspensão ocorreu justamente porque o STJ havia cedido uma liminar revertendo a falência da Livraria Cultura. Agora, porém, o ministro decidiu que a ordem de despejo não se relaciona com a reversão da falência. Para ele, o atual pedido da Livraria – estender os efeitos da liminar para a determinação de despejo – extrapolou o âmbito da sua decisão inicial, e poderia inclusive significar um "cheque em branco" para a empresa "justificar futuros descumprimentos e coibir determinações importantes que são legitimamente asseguradas ao juízo da recuperação judicial". A Livraria argumentou que a ordem de despejo seria um golpe fatal nas suas atividades, impedindo justamente a possibilidade de se reerguer com o Plano de Recuperação Judicial. O ministro também refutou essa tese. O PublishNews entrou em contato com a assessoria de comunicação da Livraria Cultura e com o advogado da empresa, e aguarda comentários. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Efeito Carnaval na Lista de Mais Vendidos do PublishNews: Um defeito de cor (Record), de Ana Maria Gonçalves, emplacou suas edições na relação divulgada nesta sexta-feira (23), que contabiliza as vendas de 12 a 18 de fevereiro de 2024 – ou seja, após o desfile da Portela cujo enredo foi inspirado no livro. O romance, lançado originalmente em 2006, chegou a liderar a Lista da Amazon logo após o desfile. A Lista de Mais Vendidos do PublishNews relaciona as vendas em livrarias físicas e sites de redes e lojas independentes do país (veja aqui a relação das 39 lojas). A edição comum de Um defeito de cor aparece em 8º lugar na Lista geral, e em 2º na Lista de Ficção. A edição especial, lançada pela Record em 2022, faz nesta semana sua estreia na relação. Neste ano, como também é tradição, diversas escolas de samba, no Rio e em São Paulo, inspiraram seus enredos em livros e outros aspectos relacionados à literatura. Quem estreou com tudo foi o livro A (r)evolução do branding (Gente), de Ana Couto, liderando a categoria Negócios. No ranking das casas, um empate no primeiro lugar entre Grupo Editorial Record e Sextante, cada um com 14 livros nas diferentes categorias. Seguem Intrínseca (10), Grupo Companhia das Letras (7), HarperCollins Brasil (7) e Planeta (7). Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Nessa semana, a Folha de S. Paulo reproduziu matéria da AFP informando uma ordem da justiça chilena para que a morte de Pablo Neruda seja investigada novamente. Atualmente, tem-se a suspeita de que o autor tenha sido envenenado pela ditadura de Pinochet em 1973. Neruda morreu aos 69 anos, 12 dias após o golpe de Estado no Chile. A apelação foi requerida pelos sobrinhos do autor e pelo Partido Comunista. O caderno Ilustrada publicou também um texto do New York Times sobre como a inteligência artificial tem acelerado a produção de biografias consideradas "questionáveis". Livros com preços baratos e informações falsas têm sido amplamente comercializados na Amazon. No g1, uma reportagem em vídeo falou sobre alunos na Suécia que utilizaram livros impressos pela primeira vez na sala de aula após transição de 100% para modelo digital. A revista Recreio fez uma lista com seis livros de contos de autores clássicos. E na seção favoritos do Nexo, a escritora Michelli Provensi indica cinco livros para falar sobre a realidade de pessoas com enfermidades. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O fascínio pelo piano faz o jovem Tomura mergulhar no universo da afinação e do poder da música. Suas reflexões sobre a resposta emocional que a música provoca são o tema da próxima edição do Clube de Leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um, mediado por Paulo Werneck, diretor de redação da Quatro Cinco Um, e Natasha Barzaghi Geenen, Diretora Cultural da JHSP. O encontro ocorre no dia 29 de fevereiro e recebe a escritora Aline Bei como convidada para comentar o livro Floresta de lã e aço (Zain) de Natsu Miyashita. Autora de Pequena coreografia do adeus (Companhia das Letras) e O peso do pássaro morto (Nós), Bei é uma das autoras em destaque no cenário atual, contemplada pelo Prêmio São Paulo de Literatura em 2018. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta quinta-feira (22), a Academia Mineira de Letras (AML) elegeu o novo integrante Carlos Herculano Lopes – jornalista, romancista, cronista e contista mineiro, de Coluna (MG), no Vale do Rio Doce – para ocupar a cadeira de nº 37. Segundo a comissão de apuração, formada pelos acadêmicos Jacyntho Lins Brandão e J. D. Vital e a gestora da Academia Inês Rabelo, o escritor disputou com outros sete candidatos e foi eleito pela maioria com 27 votos, 2 brancos, em um total de 35 votantes. A cadeira de nº 37 foi fundada por Olympio Rodrigues de Araújo e tem como patrono Manoel Basílio Furtado. Já foi ocupada por Affonso Aníbal de Mattos, Edgard de Vasconcellos Barros e, mais recentemente, por quase 20 anos, pelo poeta e contista mineiro Olavo Celso Romano, falecido em novembro do ano passado. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Neste sábado (24), a professora de História, Dri Magdaleno, vai lançar seu primeiro livro infantil na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97 – Rio de Janeiro / RJ), às 16h. Meu coração é leve como uma pena: aprendendo com os egípcios (Ogro) foi inspirado na tradicional obra O livro dos mortos, que reúne escritos em papiro concebidos em 1500 a.C.. A ideia da obra é trazer para o universo infantil a temática da valorização da vida, da natureza e da importância das boas ações, legado deixado pelo povo egípcio na Antiguidade. Com uma linguagem acessível para crianças no processo de alfabetização e ilustrações coloridas e vibrantes, a autora destaca a atemporalidade dos ensinamentos egípcios e resgata valores de uma sociedade que inspirou tantas outras, séculos depois. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Após a minissérie Todo dia a mesma noite, outra adaptação audiovisual baseada na obra de Daniela Arbex chega à Netflix: o documentário Holocausto brasileiro, adaptado de livro homônimo Holocausto brasileiro (Intrínseca), entrará no catálogo do streaming no domingo, 25 de fevereiro. No livro, a jornalista investigativa relata as condições desumanas a que eram submetidos os pacientes do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, conhecido como Colônia, onde mais de 60 mil pessoas morreram entre as décadas de 1960 e 1980. A escritora, que acaba de lançar Longe do ninho também pela Intrínseca — obra que investiga o incêndio que matou dez adolescentes no Ninho do Urubu em fevereiro de 2019 —, dirigiu o documentário junto com Armando Mendz. Originalmente lançada em 2016, em mais de 40 países, a adaptação foi produzida pela HBO e é fruto de um trabalho de apuração da jornalista. O livro que a baseou — o qual ganhou nova edição pela Intrínseca em 2019 — conta com depoimentos de sobreviventes e ex-funcionários da instituição, que permaneceu em pleno funcionamento até o início da década de 1980. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Estátua! (Companhia das Letrinhas, 48 pp, R$ 64,90), um grupo de crianças brinca pra lá e pra cá. Despreocupadas com o corre-corre dos adultos, elas correm porque sim. De um a dez, uma delas começa a contar, em clima de expectativa: um, dois, três… Depois, anuncia “lá vou eu!”, até gritar a palavra que faz tudo paralisar: “Estátua!”. Então, algo acontece, transformando a brincadeira em um passe de mágica. O que será? Seria a menina uma bruxa à paisana, disfarçada entre as crianças? No novo livro do escritor e ilustrador paulista Renato Moriconi, ele mostra como fantasia e infância convivem em harmonia. A história joga com o movimento, o ritmo e a dança entre as dimensões narrativas, tudo isso a partir de um elemento surpresa, que é tão vital na literatura quanto na brincadeira. Estátua! pode ser lido de muitas formas, e nenhuma delas é definitiva, já que o leitor é quem escolhe de onde recomeçar a contar outra vez. O livro também pode ser lido como um desdobramento inverso de Bárbaro - obra anterior de Moriconi -, já que subverte a ordem dos acontecimentos para trilhar um rumo parecido, mas enfim alcançar um resultado completamente diferente. Se, em Bárbaro, a história começa na fantasia para terminar na vida real, aqui, o contrário parece acontecer. Estátua! será lançada no dia 2 de março, às 15h, na Livraria Miúda (Rua Coronel Melo de Oliveira, 766 – Pompéia – São Paulo / SP).

A poluição dos oceanos por plásticos é um dos problemas ambientais mais urgentes da atualidade. Em O conto da baleia (Caminho Suave, 32 pp, R$ 49,90), a escritora Karen Swann faz um alerta sobre esta triste realidade por meio da amizade improvável entre um menino e uma baleia. No livro, o menino é convidado pela baleia a embarcar em uma viagem mágica pelas belezas e mistérios do oceano. Eles passeiam por praias enevoadas, visitam mares gelados e até mergulham no fundo do mar para procurar tesouros em um naufrágio. Juntos, o menino e a baleia descobrem um mundo luminoso e cheio de vida no fundo do mar. Porém, ao romper a superfície, a verdade vem à tona quando a baleia, ao respirar, engole uma grande quantidade de lixo. Além de apresentar ao seu novo amigo toda a sujeira acumulada nos mares, a baleia alerta sobre os riscos que a poluição plástica oferece aos animais marinhos, como tartarugas, gaivotas e focas. Ao final desta jornada, o protagonista promete espalhar a mensagem da baleia e da sopa de plástico do mar. Indicado para leitores de 5 a 10 anos, O conto da baleia é uma ferramenta para famílias e educadores introduzirem as crianças nas discussões sobre educação ambiental. O livro também auxilia no desenvolvimento de conceitos como responsabilidade e coletividade. A narrativa de Karen Swann e ilustrações delicadas de Padmacandra conduzem os leitores em uma jornada pelos encantos marinhos, inspirando a amar a imensidão azul e a preservá-la de sua maior ameaça: a irresponsabilidade humana.

Bem antes de ser conhecido como Pelé, Edson Arantes do Nascimento tinha outro apelido: Dico. Era assim que a família e os amigos de infância o chamavam – em casa, na escola, nas brincadeiras de rua. Com texto de Celso de Campos Jr. e ilustrações de Lhaiza Morena, Dico: O menino que morava no coração de Pelé (Garoa, 40 pp, R$ 49,90) insere a trajetória e as conquistas do Rei do Futebol no universo mágico da literatura infantojuvenil. Tendo como base os fatos da vida do atleta, a narrativa propõe ao leitor uma reflexão sobre infância e maturidade. “A ideia é que a história do Pelé siga encantando crianças e adultos, e que seu entusiasmo pela vida e pelas pessoas continue nos inspirando”, diz Celso. O livro conta com apresentação de Flávia Arantes do Nascimento, filha do Rei. “Aqui temos um outro olhar sobre o Pelé, um olhar que é muito importante para mim. Entendo a grandiosidade do Rei do Futebol, mas acredito que não podemos deixar de celebrar também o ser humano que sempre procurou espalhar pelo mundo os valores e princípios que carregava no coração: amor, respeito, solidariedade, educação... Assim era meu pai. E este é seu legado, que Dico traduz de forma mágica e apaixonante.”

O livro Estupendo (Editora Mais Amigos, 28 pp, R$44), obra escrita por Ana Rapha Nunes, ilustrada por Mónica Defreitas, traz a história de Elisa, uma menina que fica encantada ao descobrir uma nova palavra dita por seu avô durante um passeio. A partir de então, essa descoberta irá mexer com sua imaginação, levando a menina a buscar outras palavras e a conhecer novos mundos. Um encontro sensível entre a infância e os caminhos das letras. Com sua prosa poética, a autora nos convida a mergulhar na imensidão de significados das palavras. As ilustrações expressivas fazem constante diálogo com o texto e trazem referências a outras obras da Literatura. Estupendo terá evento de lançamento neste sábado (24), em Curitiba, na Livraria Contos do Ben, do Shopping Crystal (Rua Comendador Araújo, 731– Curitiba / PA), às 15h. O evento conta com uma exposição das aquarelas que ilustram o livro, obras da ilustradora Mónica Defreitas.