Criada pelos designers Victor Zanini e João Paulo Villa Mello, a Editora Brauer estreia no mercado editorial brasileiro lançando seus dois primeiros títulos, sob uma linha editorial que se propõe a ser uma espécie de guia prático para leitores, focada em transformar conhecimento em ação dentro do mercado de design. As obras começaram a ser vendidas no site da editora na semana passada e inauguram um portfólio de pelo menos 10 títulos previstos para 2024. Victor e João Paulo perceberam uma demanda por publicações em português especializadas na área. "Temos muitas pessoas talentosas no Brasil que podem contar boas histórias. Além disso, queremos deixar de consumir modelos americanos ou europeus onde o contexto é diferente do aplicado no nosso país", comenta Zanini, em entrevista ao PublishNews. Segundo os sócios, o objetivo é ampliar o mercado e publicar os livros também na Europa e América Latina, com traduções em inglês e espanhol, bem como projetar talentos do design. De acordo com Zanini, a ideia de fundar a Brauer surgiu da própria experiência em publicações de livros e também em sala de aula. "Como professor, percebo a carência por conteúdos em livros disponíveis em português sobre design, principalmente para a área de User Experience (UX). Quando escrevi meu primeiro livro, recebi diversos feedbacks positivos e pedidos de ajuda com publicações, e isto é natural, especialmente porque o Brasil possui uma grande potência criativa. Há muitos profissionais, com ampla experiência, interessados em compartilhar conhecimento e que poderiam contar suas histórias e experiências. O design brasileiro é referência e queremos mais livros acessíveis no mercado", conta. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Feira do Livro de Londres (12 a 14 de março) anunciou nesta quarta (21) que Youngsuk ‘YS’ Chi, presidente da Elsevier e da Associação de Editores Americanos (AAP), é o vencedor do Lifetime Achievement Award de 2024, reconhecimento para indivíduos com impactos significativos no mundo livreiro global. Empresário internacional e líder global nos setores editorial, educacional e de soluções de informação, YS Chi é uma figura respeitada no mundo dos livros. Foi presidente da International Publishers Association (IPA) de 2010 a 2014 e, como presidente da Elsevier, trabalha diretamente com as principais partes interessadas do governo, da academia e da indústria para apoiar mais de 30 milhões de cientistas, estudantes e profissionais de informação em saúde. “Estou honrado, tanto por aqueles que me indicaram quanto pelo painel que me selecionou para esta tremenda honra. Tendo entrado na indústria do livro sem saber, há quase 30 anos, tive muita sorte de aprender muito com meus colegas que abraçaram a tradição e a inovação. Foi realmente um privilégio receber seu propósito, dedicação e experiência profissional. Fazer parte do desenvolvimento desta indústria tem sido uma experiência notável e tenho certeza de que o setor editorial continuará a prosperar com talento e paixão”, comentou YS Chi. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Bookwire e a John Marshall Media (JMM), produtora de audiolivros com mais de três décadas no setor, anunciaram uma nova parceria. A colaboração marca um ponto significativo na evolução da distribuição de audiolivros nos EUA, combinando a tecnologia da Bookwire com a experiência da JMM para revolucionar o cenário da produção e distribuição de audiolivros nos Estados Unidos, segundo as empresas. Por mais de 30 anos, a John Marshall Media se mantém na vanguarda da indústria de audiolivros, criando mais de 20 mil dos audiolivros mais vendidos do mundo, incluindo vários vencedores do Grammy, como Harry Potter. “Nossa parceria com a Bookwire representa uma excelente oportunidade para aprimorar ainda mais nossas capacidades de distribuição, proporcionando aos editores e autores independentes acesso a um conjunto abrangente de serviços adaptados para otimizar a produção e o alcance de seus audiolivros”, disse Kevin Stillwell, chefe de publicação e distribuição independente da John Marshall Media. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Esta semana, são três novidades. Lu – Um conto sobre autismo e Cannabis (Editora Vista Chinesa) se passa em um jardim de infância. Cris, o narrador mirim, conhece Lu e com o tempo percebe atitudes que lhe chamam a atenção. A obra ilustrada dos autores argentinos Cristian Bernachea e Mario Sánchez conta a história de uma criança que usa a cannabis para fins medicinais. Já a autora Marina Hadlich apresenta sua terceira obra, o chick-lit Até essa comédia se tornar romântica (independente). O livro traz autoconhecimento, superação e empoderamento da personagem Selena ao lidar com os dramas da maternidade, vida amorosa e assédio no trabalho. Luiz Müller se destaca na esfera da espiritualidade, filosofia e metafísica. Seu livro mais recente, Ensaios essenciais da Maçonaria Adonhiramita (Uiclap), é um guia completo contando a história geral da ordem maçônica, suas influências, seu início e a chegada em nosso país. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois editais. O primeiro visa a aquisição de livros técnicos de inglês e recursos digitais para uma rede municipal de ensino. O valor ultrapassa os R$ 600 mil. Já o segundo busca a contratação de serviços editoriais em um capital, e a disputa ocorre no dia 29 de fevereiro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Guilherme Terreri Lima Pereira, mais conhecido pelo nome artístico Rita von Hunty, é uma das presenças confirmadas no Flipoços 2024. Ele estará no Festival no dia 2 de maio, quinta-feira, às 17h30 no Palco Central – Coreto Cultural da Vila Literária na Mesa "As crônicas de Rita von Hunty". Guilherme se formou em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), e em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), trabalhou como ator durante alguns anos antes de se mudar para São Paulo. É professor, ator, comediante, youtuber. Em 2013, durante o carnaval, decidiu dar vazão à sua veia artística ao ir a uma festa caracterizado como Rita von Hunty. Lá recebeu um convite para fazer um trabalho para uma empresa, dando início à sua personagem drag Rita von Hunty. Ele criou este personagem para quebrar com estereótipos sobre drag queens, como ser uma caricatura do feminino ou superficial. Seu nome advém de Rita Hayworth, famosa atriz americana dos anos 40. "Hunty" é uma gíria da comunidade drag para demonstrar afeição ou carinho e "von" remete à realeza. Em Poços de Caldas, o ator não estará “montado” exatamente para contar com tranquilidade sobre a criação da personagem, que hoje é um ícone e uma referência na categoria “drags”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O autor do best-seller Café com Deus pai (Vélos), Junior Rostirola, inicia turnê que roda o Brasil neste mês de fevereiro. A agenda inicia em Bauru no dia 21, passa por Barretos no dia 22 e se encerra em Alphaville no dia 23 – todos os eventos começam às 20h, mas as filas abrem às 18h. Os últimos ingressos estão à venda pela Sympla e custam a partir de R$ 30. Junior ganhou destaque após seu livro bombar pelo país e liderar as listas de mais vendidos, inclusive a do PublishNews em 2023. Segundo a editora, o livro cresceu por meio de contatos orgânicos entre os leitores, e também nas redes sociais por meio de influenciadores e celebridades que descobriram o livro em meio ao acaso ou indicação. Segundo a Vélos, a nova edição do livro já conquistou mais de 1 milhão de cópias vendidas. Durante a turnê pelo país que se inicia agora, Junior relata os traumas de infância e conta com detalhes sobre os problemas familiares que enfrentou, como a vida com um pai ausente, a agressão dentro de casa, bullying, escassez financeira da família e outros. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Biblioteca do Sesc 14 Bis (Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista – São Paulo / SP) recebe nesta quarta-feira (21), às 19h, o escritor João Silvério Trevisan para o segundo encontro do projeto "Os livros que me acompanham", que traz personagens de diversas áreas para falar sobre a literatura como ofício e como afeto. A entrada é gratuita. Um dos pioneiros na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+ no Brasil, tendo construído carreira nas letras que passou por romances, ensaios, contos, poesia, traduções, cinema, dramaturgia e jornalismo, o autor reflete sobre o valor transcendental da literatura: “Eu gostaria que o público compreendesse de que modo as leituras influenciam a vida não apenas de quem escreve, mas das pessoas em geral. A literatura pode ser fonte de prazer intelectual e descoberta do mundo, seja ela não-ficcional, ficcional ou poética". Os livros que me acompanham continuará ao longo do ano, sempre às quartas-feiras, às 19h. Para o mês de março está confirmada a presença da escritora Amara Moira, que conversará com Renan Quinalha. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A chef Juliana Gueiros promove uma sessão de autógrafos no lançamento de seu primeiro livro, Na cozinha (Instrínseca), nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro. O evento será na Livraria da Travessa do Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Rio de Janeiro / RJ) a partir das 19h. Na obra, Juliana compartilha receitas práticas e deliciosas que a tornaram referência para milhares de seguidores nas redes sociais durante a pandemia. A chef é conhecida por compartilhar receitas "descomplicadas" com os seus mais de 200 mil seguidores no Instagram. A culinária está na vida de Juliana desde que ela se entende por gente: praticamente criada na bancada da cozinha de casa, Juliana preparou a primeira refeição sozinha aos sete anos. Ao longo das duas décadas seguintes, transformou esse amor pela comida em um propósito de vida e obteve um treinamento de excelência. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O novo curso Literatura Para Entender o Brasil, disponível no aplicativo da Casa do Saber, parte de bases semelhantes às que Antonio Candido tomou no seu famoso ensaio “Literatura e cultura de 1900 a 1945 (panorama para estrangeiros)”, provocando o aluno de hoje a pensar sua relação de pertencimento ao próprio país. As aulas pretendem explorar os principais textos literários e pinturas que constituíram a base de formação da identidade brasileira, do século 19 até meados do século 20. O curso é ministrado pela professora de literatura brasileira, com pesquisa de pós-doutoramento e doutorado em teoria literária e literatura comparada pela USP, Thaís Toshimitsu. As análises abordam esteticamente o período que vai do Romantismo ao Modernismo de primeira fase, na busca da compreensão dos impasses e das saídas forjadas pela inteligência brasileira para responder à pergunta: "quem é o brasileiro?". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com a curadoria de Amir Brito Cadôr, a exposição Pequenas utopias: revistas de artista no Brasil reúne na Caixa Cultural (Praça da Sé, 111, Centro – São Paulo / SP) uma centena de revistas de artista editadas de norte a sul do país entre 1960 e 2021, de forma independente e em diferentes formatos, como artes gráficas, arte-postal, arte sonora, zines, entre outras. A entrada é gratuita e a mostra fica no espaço até 31 de março de 2024. De acordo com a produtora Espaço Líquido, a edição de revistas, jornais e outras publicações seriais por artistas, a partir dos anos 1960 constitui uma forma de atuação artística que sempre buscou aproximar as obras de um público mais amplo, possibilitando novos circuitos de produção e consumo. Produzida a partir de diferentes linguagens, a revista de artista surge num momento histórico em que os artistas reivindicavam o papel de mediadores de suas obras com o público, lugar antes ocupado por críticos, curadores e professores de arte. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Quando a luz se apaga (Gutenberg, 320 pp, R$ 59,80 – Trad.: Guilherme Miranda), livro de Robert Bryndza, Kate Marshall e seu sócio Tristan Harper são contratados para investigar um caso arquivado há 12 anos. Joanna Duncan, uma ambiciosa jornalista, desapareceu após expor um escândalo político que mudou o destino de homens poderosos, mas a polícia nunca descobriu o que de fato aconteceu. Ao analisar os arquivos do caso, Kate se depara com os mesmos suspeitos e uma série de perguntas não respondidas: o que Joanna estava investigando antes de desaparecer? Onde suas anotações foram parar? Onde seu corpo foi escondido? O caso parece não ter solução, até que novas pistas apontam para um assassino que há anos age nas sombras, sempre um passo à frente da polícia. Agora, Kate precisará correr para alcançá-lo – caso contrário, ela mesma pode se tornar a próxima vítima.

Nas planícies de Yorkshire, vive uma linhagem secreta de pessoas para quem livros são alimento e que retêm todo o conteúdo de um livro depois de comê-lo. Para elas, romances de espionagem são lanches apimentados; romances são doces e deliciosos. Comer um mapa pode ajudá-las a se lembrar de lugares, e as crianças, quando se comportam mal, são forçadas a comer páginas secas e mofadas de dicionários. Devon é parte da Família, um clã antigo e recluso de devoradores de livros. Seus irmãos cresceram se alimentando de histórias sobre valores e aventuras, e Devon ― como todas as outras mulheres devoradoras de livros ― foi criada com uma dieta cuidadosamente selecionada de contos de fadas e histórias de advertências. Mas a vida real nem sempre vem com finais felizes, como Devon descobre quando seu filho nasce com um tipo raro e sombrio de apetite ― não por livros, mas por mentes humanas. Ao levantar a ideia de como as pessoas consomem informação na atualidade e a distorção do poder, Os devoradores de livros (Alta Novel, 304 pp, R$ 65,90 – Trad.: Vinicius Rocha), de Sunyi Dean, traz à tona uma crítica social mordaz, embalada em uma trama fantástica, gótica e sombria.

Emma Carpenter vive isolada com seu cachorro, cuidando de uma antiga casa à beira-mar na chuvosa costa de Washington. Só que, num dia comum, ela lê um romance de terror, e detesta, então publica uma crítica negativa com uma única estrela que a arrasta para uma discussão online com ninguém menos que o próprio autor. Logo depois, incidentes perturbadores começam a ocorrer à noite. Para Emma, isso não pode ser apenas uma coincidência. Já foi estranho o suficiente o autor entrar numa briga online por causa de uma crítica ruim, mas será que ele poderia ir além? Últimas palavras (Faro Editorial, 288 pp, R$ 64,90 – Trad.: Carolina Itimura Camargo) traz uma história de thriller psicológico com nuances de terror, em que conhecemos uma mulher que entrará numa trama de perseguição que jamais poderia imaginar. Emma tem um segredo do passado que a assombra, e por isso, decide se afastar de todos e viver numa casa em Strand Beach, uma praia quase deserta. Seu único contato humano é seu velho vizinho enigmático, Deek, com quem conversa apenas por mensagens num quadro branco na janela e a dona da casa, Jules, que nunca a visita.

No final do ano de 1897, o escritor norte-americano Henry James foi contratado pela revista literária Collier’s Weekly para escrever uma história de fantasmas. O resultado foi a novela A volta do parafuso, originalmente publicada em doze partes, entre janeiro e abril de 1898. Posteriormente, a história virou livro e se tornou um clássico da literatura de horror, sendo reeditada e adaptada constantemente ao redor do mundo. Na véspera de Natal, alguns amigos se reúnem em volta de uma fogueira. Um deles lê um manuscrito de uma mulher já falecida, sobre a época em que ela foi encarregada de educar e proteger dois órfãos de descomunal beleza, Flora e Miles, na propriedade rural de Bly, em Essex, Inglaterra. Com um ritmo que mantém o suspense até o fim, o leitor acompanha a narrativa dessa mulher que conta com intimidade o desenrolar dos eventos com as crianças e os funcionários da mansão. A volta do parafuso (DarkSide, 224 pp, R$ 79,90 – Trad.: Luci Collin) condensa “muitos elementos dramáticos como o amor não correspondido, a morte, a virtude não apreciada, a inocência corrompida, as forças do mal na existência humana, sendo também um dos textos com qualidades mais teatrais de James: um único cenário em uma misteriosa mansão, rostos pálidos que surgem nas janelas, figuras estranhas que aparecem e desaparecem, cenas e diálogos melodramáticos e a tensão entre inocência e forças malignas”.