Em 2017, a Catavento distribuidora entrava em uma nova fase ao investir em uma plataforma B2B e focar na integração e no fortalecimento dos pequenos livreiros. Desde então a empresa comandada por Julio Cesar Cruz e Roberto Novaes tem a cada ano procurado novas maneiras de simplificar processos e desenvolver tecnologias para ajudar as livrarias – elo da cadeia que tem sofrido nos últimos anos, principalmente no período da pandemia de covid-19. “A questão é que tem saída para as livrarias e o apelo é a tecnologia”, acredita Wendel Almeida, diretor comercial da distribuidora. Pensando nessa saída, ainda em 2018 a Catavento criou a Konekta, startup de tecnologia capaz de oferecer soluções rápidas para as livrarias, de acordo com a necessidade de cada uma, e assim criar novos canais de vendas online para livrarias. Um dos exemplos mais recentes é a ferramenta de "Volta às aulas" criada pela Konekta. Além da economia de um site integrado ao estoque da distribuidora, a livraria pode criar listas de livros personalizadas de acordo com a escola e o ano do aluno, facilitando a experiência de compra do cliente. Guilherme Marini, CTO da Konekta, explica os detalhes: “Essa ferramenta dá mais autonomia para a livraria, já que o livreiro pode incluir, excluir ou editar os livros de todo o site e das listas escolares. Graças a solução de multi-estoque, a livraria pode vender inclusive os livros que não estão no catálogo da Catavento, ou que não estão disponíveis no estoque da distribuidora temporariamente”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O escândalo que expôs a Americanas, com seu rombo multi-bilionário nas contas e um pedido de recuperação judicial, abalou o setor de varejo como um todo. Como um dos maiores canais de vendas de livros no país, o mercado editorial também sente esse baque. Neste episódio do Podcast do PublishNews, convidamos Gerson Ramos, diretor comercial da Editora Planeta, com seus 40 anos de experiência na indústria do livro e especialmente na área comercial. Gerson conta um pouco de sua trajetória, as mudanças que ele presenciou na indústria, como o setor reagiu às crises anteriores e nos ajuda a entender um pouco melhor o impacto desta recente RJ no nosso mercado. A dívida que as Lojas Americanas – agora em recuperação judicial – têm com as editoras brasileiras chega pelo menos a R$ 85 milhões, segundo apuração do PublishNews. A situação das editoras com as Americanas será um dos temas da próxima reunião mensal da diretoria do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), no dia 8 de fevereiro. Clique no Leia mais para ouvir o episódio.

A poeta Rupi Kaur preencheu a noite do último sábado (4) com declarações de empoderamento e posicionamentos políticos no Memorial da América Latina, em São Paulo. A escritora declarou, segundo cobertura da Folha, que os fãs brasileiros “resistiram com resiliência, sorrisos e amor a anos horríveis". Kaur também falou sobre amor e empoderamento, a superação de relacionamentos tóxicos, a força do corpo feminino e a imigração de seus pais durante a palestra. Aos fãs da escritora, ela promoverá uma sessão de autógrafos na Livraria da Vila nesta segunda-feira (6); as senhas são limitadas para 500 leitores. Também na Folha, o colunista Walter Porto notou a onda de livros históricos com perspectivas femininas que estão dominando as prateleiras. Mary Beard e Judy Batalion estão entre as escritoras que já tem livros publicados em português. Já o Estadão destacou que a apresentação dos relatórios sobre a morte de Pablo Neruda foi suspensa. O poeta morreu apenas duas semanas depois do golpe militar de Pinochet no Chile e há suspeitas que a morte seja, na verdade, um assassinato. Na coluna Babel, um dos destaque é Muqueta, o novo livro de contos do escritor Jorge Ialanji Filholini, que será publicado de forma independente e custará, no máximo, R$ 15. Os textos foram escritos entre os anos de 2020 e 2022. O Valor publicou uma lista de seis livros para leitura em 2023, com o objetivo de auxiliar os leitores a impulsionar a carreira e adquirir novas habilidades. Outro destaque interessante da semana veio da redação do G1: uma pequena editora, a Aziza Editora, publica trabalhos autorais de escritores, ilustradores e outros profissionais negros do mercado editorial. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

As vendas de e-books das maiores editoras no Reino Unido caíram para o menor nível em cinco anos, de acordo com dados apurados pelo portal The Bookseller. Os conglomerados de obras trade venderam 43,6 milhões de exemplares digitais em 2022, 8,3% a menos do que em 2021. É a menor marca desde 2017, e a segunda menor desde 2012, quando o portal começou a coletar os dados. A queda vem após a bonança do contexto digital na pandemia, com o recorde sendo estabelecido em 2020 (54,7 milhões). Em livros impressos, a Nielsen BookScan apontou em 2022 os melhores números em pelo menos 10 anos. Dados combinados da Nielsen e do Bookseller apontam que 28,4% das vendas do chamado Big Six é no digital. O maior "share" ocorreu em 2014, quando um terço das vendas foram neste formato. A editora com mais vendas no digital no Reino Unido é a Hachette, seguida pela Penguin Random House.

A editora Raiz, fundada por Rosane Nunes em novembro de 2018, lançou sua nova marca, com um novo nome. Agora a Raiz é Cambucá. O rebranding conecta a editora carioca à sua mais recente fase, que tem como objetivo a ampliação de catálogo. Cambucá é uma espécie de árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica. Do tupi Kam,u’ka, que significa “polpa para ser sugada”, sua fruta traz muitos benefícios para quem a consome. “Com a reformulação da marca, a editora fortalece seu posicionamento com foco no texto, que também necessita ser sugado, e se compromete a continuar levando o que há de mais essencial para o leitor: leitura e conhecimento”, compara Rosane. O processo de reformulação da marca, assinado pelo designer André Couto, é acompanhado por uma expansão do catálogo da editora. Agora, a casa passa também a publicar romances, crônicas e autobiografias. No primeiro semestre, a Cambucá lançará os romances Trilha sonora, da escritora e resenhista literária Dag Bandeira, e Como dançam os lírios-do-mar, da pernambucana Márcia Moura. Na categoria contos, publicará A menina que virou cama, de Maurício Santos. A autobiografia vem com De Carpina a Niterói: uma trajetória de amor, de Miriam Rangel (org. Glenda Rangel). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Com o tema “Literatura e Fotografia, as histórias que as imagens não contam”, a 18ª edição do Flipoços (29/04 a 7/05) oficializou o nome do Patrono do Festival em 2023. O escolhido foi Walter Carvalho, um dos mais importantes cineastas do Brasil com reconhecimento internacional. Walter será homenageado dia 29 e no dia 30 de abril. Ele participará de uma mesa de bate-papo e trará para o público um pouco da sua vasta experiência em fotografia, cinema e televisão. Paraibano de 76 anos, Walter Carvalho, foi indicado pela comissão curatorial do Festival por ser um dos mais importantes representantes da fotografia brasileira e pelo currículo intenso de grandes feitos pela cultura do Brasil. Walter é formado em design gráfico pela Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (ESDI). Desde 1972, atua como profissional da imagem: em fotografia, no cinema e na TV e é também membro da Academia (Oscar) de Cinema de Hollywood. Como diretor de fotografia, foi responsável pelos filmes Lavoura arcaica, Abril despedaçado, Madame Satã, Central do Brasil, Amarelo manga, Terra estrangeira e Carandiru. Como diretor, fez os filmes Budapeste, Raul, o inicio o fim e o meio, Brincante, Um filme de cinema, Moacir Arte Bruta, entre outros. E como fotógrafo fez as novelas Renascer, Rei do gado, dentre outras. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Editora Fiocruz anunciou a abertura de submissão de originais e manuscritos em comemoração aos seus 30 anos. Os manuscritos podem ser apresentados por pesquisadores e professores brasileiros ou estrangeiros e serão selecionados até cinco originais a partir de análise e parecer de comitê indicado pelo Conselho Editorial. Os selecionados serão publicados no decorrer do ano de 2023, com um selo que indique serem os livros selecionados nesta chamada. Os critérios para seleção pautam-se na qualidade dos manuscritos, originalidade e em suas inovações temáticas, didáticas, teóricas ou metodológicas. Clique no Leia mais e confira os critérios.

Cartunistas brasileiros montaram uma exposição virtual em homenagem à jornalista Glória Maria, que faleceu na última quinta-feira (2) vítima de um câncer. Sua morte repercutiu por todo o país pela sua importância no jornalismo nacional e internacional. A Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) reuniu todas as homenagens dos cartunistas postadas nas redes sociais em uma exposição virtual que já pode ser acessada no Blog HQMIX clicando aqui. "Glória Maria sempre foi um sorriso permanente no jornalismo e dividia com todos as suas aventuras, porque esta era sua vida - uma grande aventura. Depois de tantas viagens por mais de 150 países, ela ainda sustentava o sonho de viajar para a Lua. Por isso, a nossa exposição tem o nome de ...e Glória Maria finalmente visitou a Lua. Os cartunistas refletem o que a população pensa e todos adoram a Glória”, ressalta o presidente da ACB, o cartunista José Alberto Lovetro, conhecido como JAL. A exposição virtual ficará no portal por tempo indeterminado e sempre poderá receber novos desenhos que serão incorporados. Uma exposição presencial sobre a jornalista com alguns destes trabalhos deve acontecer nos próximos dias em São Paulo.

A escritora Cleonice Berardinelli, falecida no dia 31 de janeiro, aos 106 anos, tem um documentário sobre sua história disponível no Globoplay. Intitulado Cléo, o filme conta a história da escritora e expõe depoimentos de Adriana Calcanhoto, Zuenir Ventura, Maria Bethânia, Ana Maria Machado e Ana Cecília Impellizieri de S. Martins, além da própria autora. O filme conta a trajetória de uma das maiores especialistas do mundo em literatura portuguesa e a mais longeva integrante da Academia Brasileira de Letras. Cleonice Serôa da Motta Berardinelli nasceu no Rio de Janeiro em 28 de agosto de 1916, filha de Emídio Serôa da Motta e Rosina Coutinho Serôa da Motta. Como seu pai era oficial do Exército, morou em inúmeras cidades do Brasil, tendo residido por mais tempo no Rio e em São Paulo. Para ver o documentário, clique aqui.

A finalista do Jabuti com a obra A fofa do terceiro andar, Cléo Busatto, lança na próxima quinta-feira (9) das 17h às 21h, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 618 – São Paulo / SP) sua nova ficção: A última livraria da minha rua, publicada pela CLB Produções. O livro para o público infantojuvenil é uma homenagem às livrarias e revela uma trama cheia de mistérios que envolve dois pré-adolescentes em busca de uma saída da fictícia livraria Ghiane. O lançamento de Cléo Busatto terá sessão de autógrafos aberto ao público. Mediadora de leitura, a escritora contou histórias para mais de 150 mil pessoas em 263 municípios do Brasil e exterior, formando em torno de 80 mil pessoas em oficinas e palestras de narração oral, leitura e literatura. Com obras indicadas e premiadas, Cléo também tem reconhecimento internacional por meio de programas educativo-culturais que ensinam o português como língua de herança (POLH).

O Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça (STJ) promoverá amanhã (7), a partir das 18h30, o lançamento do livro O autor existe: o direito autoral aplicado pelo STJ nos 80 anos da UBC. A obra é lançada pela União Brasileira de Compositores (UBC) com a premissa de que, nas últimas oito décadas, houve lutas, vitórias e reconhecimento dos direitos dos autores brasileiros. O evento acontece na sede do Tribunal (SAFS, Quadra 6, Lote 1, Trecho III – Brasília / DF). O lançamento integra o calendário de celebrações dos 80 anos da UBC e a renda advinda das vendas será doada ao Instituto Zeca Pagodinho, que oferece cursos de artes e profissionalização para centenas de crianças em Duque de Caxias, RJ. O evento de lançamento é aberto ao público. Além da visão de autores, advogados e artífices da Lei n. 9.610/98, que atualizou e consolidou os direitos autorais no país, a obra contempla também textos de magistrados como o Ministro João Otávio de Noronha e os Ministros aposentados Aldir Passarinho Junior e Sidnei Beneti, todos do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Alex e Poppy não têm nada em comum. Ela é uma garota rebelde; ele usa calça cáqui. Ela tem um desejo insaciável de viajar; ele prefere ficar em casa lendo um livro. E de alguma forma, desde uma fatídica carona na faculdade há muitos anos, os dois são melhores amigos. Durante a maior parte do tempo, Poppy e Alex moram longe um do outro — ela em Nova York, ele em sua pequena cidade natal —, mas todo verão, há dez anos, embarcam juntos em uma semana de férias. Até dois anos atrás... quando eles estragaram tudo. E, desde então, não se falaram mais. Poppy tem todas as coisas de que precisa, mas se sente estagnada. E, se alguém lhe pergunta quando foi a última vez que se sentiu realmente feliz, ela sabe que foi naquela viagem final com Alex. Por isso decide convencer seu melhor amigo a saírem de férias juntos mais uma vez — pôr tudo em pratos limpos, fazer dar certo. Milagrosamente, ele concorda. Agora Poppy tem uma semana para consertar as coisas. E, quem sabe, contornar a grande verdade que permanece em silêncio no meio de sua amizade aparentemente perfeita. De férias com você (Verus, 392 pp, R$ 49,90 – Trad.: Cecília Camargo Bartalotti) é o novo romance de Emily Henry, uma história que faz rir e suspirar, em um tributo a filmes clássicos de comédia romântica.

Ser uma noiva em fuga, desempregada e sem celular, não é tarefa fácil. Ainda mais quando se tem uma irmã gêmea do mal, Tina Witt, que rouba o carro da moça, as economias e abandona a filha de 11 anos com a irmã – uma sobrinha que nem sabia da existência. Essa é a realidade encarada por Naomi Witt, protagonista da obra As coisas que nunca superamos (Alta Novel, 512 pp, R$ 79,90 – Trad.: Leticia Carvalho), novo romance da escritora Lucy Score. Narrado em dois pontos de vista e ao bom estilo enemies-to-lovers, nesta história o leitor conhece a visão de Naomi, dona de um sarcasmo afiado e uma organização impecável. Aos 36 anos, ela decide escapar do casamento aparentemente perfeito e arriscar tudo na pequena cidade fictícia de Knockemout. Do outro lado está Knox Morgan, um barbeiro solitário, rabugento e mal-humorado que não tolera dramas, especialmente de mulheres carentes e românticas, mas tudo muda quando ele precisa ajudar a protagonista a sair da encrenca que se meteu. Para além do romance, Lucy Score aborda temas delicados que envolvem emoções e saúde mental: traumas familiares, abandono parental e Síndrome do Impostor, já que a protagonista, Naomi, sofre de uma necessidade aguda de agradar aos outros, em detrimento de si, e não consegue estabelecer limites. Knox, por outro lado, tem um passado familiar traumático que o faz, com frequência, manter distância de elos mais profundos.

Depois de muito planejamento, organização e trabalho, Grace Porter finalmente vai conseguir dar ao marido, David, o presente perfeito para comemorar o aniversário de 25 anos de casamento: uma viagem de um mês para Paris. O problema é que David também tem uma surpresa: ele quer o divórcio. Agora, uma viagem que era para ser romântica e perfeita se torna apenas uma maneira de Grace escapar dos olhares de pena em sua cidadezinha. A mais de cinco mil quilômetros de distância, Audrey mal pode esperar para sair de casa. Após finalmente terminar, aos 18 anos, a escola, ela está pronta para passar o verão em Paris. Longe da mãe e das preocupações que ela lhe traz, um emprego em uma livraria parece ser o caminho para a liberdade e a independência, mas, sem dinheiro ou conhecimento de francês, a possibilidade de passar o verão dormindo nas ruas parisiense parece muito mais provável… até conhecer Grace, que a salva da demissão iminente. Um verão em Paris (Harlequin, 416 pp, R$ 49,90 - Trad.: William Zeytounlian), livro de Sarah Morgan, conta então a história de amizade dessa dupla improvável. Grace fica admirada com a ousadia de Audrey. Audrey encontra em Grace a estabilidade de que tanto precisa. Vivendo em apartamentos vizinhos acima da livraria, elas oferecem uma à outra apoio, honestidade e conselhos quando a cidade faz sua mágica e traz novos amores à porta das duas.

Em meio ao sucesso das comédias românticas "slow burn", Táticas do amor (Intrínseca, 304 pp, R$ 54,90 - Trad.: Sofia Soter), de Sarah Adams, chega às livrarias brasileiras após virar febre no TikTok. Na obra, a autora norte-americana apresenta uma história de amor entre dois melhores amigos que se desenvolve aos poucos. Na trama, Bree Camden está totalmente apaixonada pelo melhor amigo de longa data, Nathan Donelson, a nova estrela de futebol americano. O único problema é que ela não pode revelar seus sentimentos, já que ele claramente só a vê como amiga. E tudo bem, porque ela tem coisas mais urgentes com que se preocupar: depois de sofrer um acidente que acabou com suas chances de se tornar bailarina profissional, Bree decidiu abrir o próprio estúdio. No entanto, após outro aumento no aluguel do imóvel onde dá suas aulas, ela corre o sério risco de ver seus sonhos irem por água abaixo novamente. Isso até Nathan aparecer para salvar o dia — como sempre — e comprar o prédio inteiro para ela. Revoltada com o gesto impulsivo, apesar de fofo, do melhor amigo, Bree resolve tomar algumas (talvez muitas) tequilas numa festa. É aí que tudo começa a mudar, porque ela sem querer revela seus segredos mais íntimos para uma jornalista de um site de fofoca. Quando sua confissão viraliza e o mundo inteiro começa a achar que Bree e Nathan formam o casal perfeito, a assessoria de imprensa do jogador oferece uma proposta irrecusável, que pode significar a tão sonhada segurança financeira para Bree. Eles só precisam fingir que estão apaixonados. Por três semanas inteiras. Narrado a partir de dois pontos de vista, Táticas do amor mostra como a paixão e a amizade são capazes de provocar reviravoltas.