Chegou ao Brasil a nova ferramenta do Google Play Livros, o audiolivro com narração automática. Por meio de tecnologia baseada em inteligência artificial, o aplicativo gera a narração de um livro digital de modo automático. Com a novidade – já disponível em outros 21 países – a companhia aposta no crescimento do mercado nacional de audiolivros, com uma simplificação significativa do processo e diminuição do custo de produção do formato. O anúncio é adiantado nesta segunda-feira (12) pelo PublishNews. Para transformar os livros digitais em audiolivros, os editores precisam deter os direitos autorais da obra e seguir o passo-a-passo disponível na Google Play Livros. Durante a fase beta do programa, o serviço não será taxado. Com a tecnologia, as editoras poderão aumentar a produção e distribuição dos seus audiobooks praticamente sem custo adicional. Após disponibilizar o arquivo no Google Play Store, eles podem fazer o download do áudio e disponibilizar para venda em outras plataformas. “O lançamento da Produção de Audiolivro com Narração Automática é uma das notícias mais importantes e alvissareiras para o embrionário setor de audiolivros no Brasil", afirma Marcelo Gioia, da Bookwire Brasil. Clique no Leia mais para ler a nota completa.

Uma ótima notícia para quem gosta de livros e de Arquitetura, Urbanismo, Design e Paisagismo: São Paulo tem uma nova livraria independente. A Livraria Eiffel, inaugurada no último dia 8 de dezembro na Praça da República, 183, fica no prédio homônimo desenhado por Oscar Niemeyer. No Podcast do PublishNews desta semana, conversamos com Leo Wojdyslawski, o idealizador da Eiffel. Nesse bate papo, falamos sobre a ideia de abrir uma livraria especializada, de como o centro de SP se tornou um corredor de livrarias, da concorrência da internet, do conceito da loja, da curadoria das obras e muito mais. O acervo da Eiffel será constituído de livros nacionais e importados, e além de lançamentos e obras em catálogo, livros raros e esgotados há anos. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet, e da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o episódio.

Markus Dohle deixou o cargo de executivo-chefe da Penguin Random House, uma das cinco maiores editoras dos EUA. O anúncio foi feito na sexta-feira (9), apenas algumas semanas depois que a aquisição da Simon & Schuster, um acordo de US$ 2,175 bilhões, foi bloqueada pelo Departamento de Justiça americano. Como chefe da maior editora do país, Dohle supervisionou a tentativa de compra. O governo ganhou o caso no final de outubro, uma decisão que custou à Penguin Random House e à Bertelsmann mais de US$ 200 milhões. Em novembro, as empresas desistiram de apelar à decisão. Em comunicado à imprensa, a Bertelsmann – conglomerado de mídia alemão que controla a PRH –, disse que Dohle deixou o cargo "a seu próprio pedido e nos melhores termos mútuos". Ele também renunciou ao cargo no Conselho Executivo da Bertelsmann, informou a empresa. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Festa de Confraternização do Mercado Editorial, promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), ocorreu na última quinta-feira (9), em São Paulo, e homenageou diversos profissionais que completaram 25 e 50 anos de atuação no mercado entre 2019 e 2022. Receberam a homenagem da CBL por 25 anos de atuação no setor: Alexsandro Ferreira (Buzz Editora); Antonio Carlos Bitiati (Editora Planeta); Cleide Messias (Disal); Edrian Josue Pasini (Editora Vozes); Fábio Mazzonetto (Phorte Editora); Henrique Farinha (Editora Évora e Livraria Internacional Sbs); José Gabriel da Silva (Editora Vozes); Luciana Borges (Companhia das Letras); Lucinda Marques de Azevedo (Editora Imeph); Luiz Rogerio Leite Nogueira (Editora Vozes); Marcel Cleante (Ciranda Cultural); Maria da Aparecida Saldanha (Livraria da Vila) e Zulmar Wernke (Editora Vozes). Depois, Karine Pansa, Alfredo Weisflog e Luís Antonio Torelli entregaram as honrarias aos profissionais que ultrapassaram a marca de 50 anos de colaboração ao mercado editorial: Isis Valéria Gomes (CBL); Wander Soares (Apedu) e Raul Maia (DCL). Por fim, Fernando Padula foi escolhido como o Amigo do Livro de 2022. Clique no Leia mais para ler a íntegra da nota.

Como destaque do final de semana nas notícias sobre cultura e literatura, o Estadão publicou matéria sobre o convite de Luiz Inácio Lula da Silva para Margareth Menezes, cantora e compositora baiana, ocupar a cadeira de ministra da Cultura no novo governo. A cantora divulgou neste domingo (11) que aceitará a proposta. A Folha lançou três matérias interessantes no sábado e no domingo. A primeira, do Painel das Letras, destaca a editora Aleph, focada em literatura de ficção científica, que decidiu reposicionar sua marca para expandir seu público para além do geek. A segunda matéria do jornal destacou a nova obra lançada por Conceição Evaristo, Canção para ninar menino grande, publicada pela Pallas. A terceira é escrita por Walter Porto, que entrevistou Ailton Krenak, escritor e líder indígena com voz importante para a luta contra a crise climática. O Estadão também divulgou uma matéria com informações do álbum inédito que reúne 25 fotos raras feitas por Mário de Andrade em uma viagem para o Nordeste, e outra explicando como as redes sociais influenciam no design das capas dos livros. Ancelmo Gois publicou em sua coluna n’O Globo a novidade da Globo Livros, que agora terá um novo selo escolar, GloboClube, com nomes importantes de publicação, como Stella Maris Rezende, Caio Tozzi, Índigo, Lia Neiva. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A Revista serrote, publicada pelo Instituto Moreira Salles (IMS) com enfoque em ensaios, artes visuais, ideias e literatura, lançou sua 42ª edição. Com artigos de autores brasileiros e internacionais, o novo número, já disponível nas livrarias, trata de temas centrais do debate atual, do enfraquecimento das democracias às disputas pela memória. O principal destaque da edição, o ensaio de Nadia Urbinati, pesquisadora italiana, analisa como o populismo tem transformado as democracias representativas por dentro, subvertendo a ordem institucional. A revista traz também os textos dos três autores premiados na edição deste ano do concurso de ensaísmo serrote, um texto em homenagem ao pensador palestino Edward Said assinado pelo escritor nigeriano-americano Teju Cole (1975); um texto da filósofa Denise Ferreira da Silva (1963), Nem mesmo pela lei daqui, o primeiro capítulo do livro Acumulação negativa: valor e negridade, com previsão de lançamento em 2023 pela Companhia das Letras; e outros artigos. A serrote #42 publica ainda dois ensaios visuais assinados pela artista Andréa Hygino: Prova de estado (2013) e Exercício da destreza (2016). Também estão presentes trabalhos dos artistas Kika Diniz, Jonathas de Andrade, Mauro Piva, Marcelo Macedo, Rommulo Vieira da Conceição, Ishiuchi Miyako, Laís Amaral, Gustavo Nazareno, Ignasi Aballí e Arthur Arnold. Clique no Leia mais e leia a nota na íntegra.

A exposição Nosso corpo estranho – João Pedro: Retrospectiva abre suas portas nesta segunda-feira (12), às 19 horas, na Galeria Espaço Piloto (UnB - Asa Norte – Brasília / DF), trazendo uma proposta que une artes visuais, criação literária e pesquisa acadêmica. Na abertura, o curador Reginaldo Pujol Filho e os artistas que colaboraram com o projeto estarão presentes para conversar com o público. A exposição fica aberta até o dia 21 de dezembro. Uma primeira versão desta exposição já havia sido montada em 2018, em uma galeria efêmera na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, como resultado das pesquisas de doutorado de Pujol Filho, que assina a concepção e a curadoria da proposta. Atualmente, ele faz pesquisa de pós-doutorado junto ao Instituto e Artes da UnB, investigando relações entre exposições, artes visuais e narrativas literárias. Esta nova montagem da exposição permite ao público entrar em contato com a história do obscuro artista João Pedro (falecido em 1969), que tem sido objeto do trabalho do curador em suas investigações sobre as potencialidades narrativas das exposições de arte. Nosso corpo estranho, em sua versão brasiliense, marcará a parceria de Reginaldo Pujol Filho com alunos e alunas da PPGAV e da graduação Instituto de Artes da UNB, que assinam a interpetação visual do projeto. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Connie é uma jovem vinda de berço artístico e boêmio; seu marido Clifford, no entanto, é um aristocrata conservador, abruptamente enviado para servir na guerra após o casamento. Ao voltar para casa com o corpo paralisado, a união entre os dois perde força e, eventualmente, desanda: é então que, indo na contramão das expectativas da época, Connie encontra refúgio em Oliver Mellors, o guarda-caças da propriedade do casal. Escrito por D. H. Lawrence, publicado em 1928, mas vindo ao público apenas em 1960, O amante de Lady Chatterley (Antofágica, 480 pp, R$ 119,90) rendeu críticas e alvoroços, mas, sobretudo, afastou a poeira sobre temas importantes não só então, mas também nos dias de hoje: luta de classes, desigualdades sociais e econômicas, os impactos da industrialização e a importância de uma plena – e livre – experiência da sexualidade. A edição da Antofágica conta com tradução inédita de Isadora Prospero, além de ilustrações a óleo da artista Mariana Darvenne e apresentação de Clara Drummond.

Em uma pequena cidade da Espanha, duas irmãs que se distanciaram ainda na adolescência são obrigadas a se reencontrar, depois que recebem uma herança deixada para ambas por uma senhora da qual nenhuma delas têm lembrança. Tantos anos separadas, elas agora são como duas estranhas, que pouco sabem o que se passou em mais de uma década com a outra. Anna está casada com um homem que não ama mais. Marina trabalha como médica em ONGs humanitárias e populações vulneráveis. Nesse inesperado reencontro, elas buscam descobrir o que há por trás dessa misteriosa herança, mas terão de enfrentar antigos conflitos familiares se quiserem recuperar os anos perdidos. Bolo de limão com sementes de papoula (Faro, 288 pp, R$ 59,90 – Trad.: Carol Aquino) é o primeiro romance de Cristina Campos. O livro rapidamente se tornou best-seller, com mais de 300 mil cópias vendidas ao redor do mundo, e foi traduzido para vários idiomas. A adaptação cinematográfica veio pouco tempo depois, sob roteiro e direção de Benito Zambrano, vencedor de cinco prêmios Goya de Cinema.

Matia, uma menina alta para seus 14 anos, passa as férias com o primo Borja, de 15, na casa da avó, uma mulher rígida de classe alta que é uma autoridade na ilha onde mora. Sua mãe morreu há quatro anos, ela não sabe do paradeiro do pai, e traz consigo seu inseparável boneco de pano Gorogó, que a aconchega nos momentos de tristeza. A guerra eclode, uma guerra cujas notícias demoram para chegar e são sempre inexatas. Pelo olhar singular de Matia, vão se descortinando realidades e descobertas que ela não compreende bem. Sua relação de amor e ódio com o malandro e por vezes perverso primo. Seus sentimentos em relação a Manuel, filho mais velho de uma família marginalizada e hostilizada na ilha, um menino de 16 anos cujo pai foi assassinado e com quem gosta de ficar de mãos dadas. As palavras que ouve sobre seu pai, que combate na trincheira oposta à da avó. O cotidiano de aulas com o submisso jovem Lauro, os cigarros surrupiados da tia Emília, as histórias que cercam o lendário Jorge de Son Major, as guerras com os outros meninos, suas guerras internas, a guerra na Espanha. Em Primeira memória (Grua, 240 pp, R$ 59 - Trad.: Nylcéa Thereza de Siqueira Pedra), obra-prima de Ana María Matute, que figura entre os escritores mais importantes da Espanha do pós-guerra, Matia envereda pelos tortuosos e doloridos caminhos da difícil fase da vida em que a casca da infância se rompe e a adolescência explode.

Em O amor não morreu (Intrínseca, 416 pp, R$ 59,90 – Trad.: Ana Rodrigues e Laura Pohl), livro escrito por Ashley Poston, Florence Day é a ghostwriter de uma famosa autora de romances e não sabe mais como finalizar seu próximo livro desde um término de namoro traumático. Quando seu novo editor, um homem incrivelmente lindo de um metro e noventa, não aceita estender seu prazo de entrega, Florence se prepara para dar adeus à carreira. Quando a notícia da morte de seu pai a pega totalmente desprevenida, Florence retorna à cidade natal após dez anos afastada. Apesar de sentir falta das noites quentes da Carolina do Sul, dos pais, dos irmãos e da funerária da família, estar de volta parece mais difícil do que pensou que seria, e ela se sente muito incompreendida. Entretanto, antes de fugir de novo, Florence terá que lidar com algumas assombrações que rondam a sua vida, literalmente: parado na porta da frente da funerária está um fantasma, um tanto familiar, e que parece tão confuso quanto ela. Logo, a escritora se dá conta de que seu editor, assim como o seu pai e o romance, também está morto. Porém, o assunto inacabado que ainda o prende na Terra fará com que Florence questione tudo o que acha que sabe sobre o amor e descubra que esse sentimento está mais vivo do que nunca.