O Spotify anunciou que disponibilizará o seu catálogo de audiolivros para os ouvintes do Reino Unido a partir desta terça (22). Segundo o The Bookseller, mais de 300 mil títulos estarão disponíveis para compra à la carte e em países como Austrália, Irlanda e Nova Zelândia. No aplicativo do Spotify, os livros aparecerão com um ícone de cadeado no botão play. Após a compra a obra será salva automaticamente na biblioteca do usuário, para que ele também possa baixar e ouvir off-line – assim como já acontece com as músicas e podcasts. “Sempre acreditamos que o potencial do áudio é ilimitado, e estamos dizendo há algum tempo que nossa ambição é ser o pacote completo para todas as necessidades dos ouvintes”, disse Nir Zichermann, vice-presidente e chefe global de audiolivros do Spotify em comunicado oficial. “Os audiolivros são os próximos a entrar em cena porque vemos um mercado substancial inexplorado: embora os audiolivros representem apenas 6% a 7% do mercado de livros mais amplo, a categoria está crescendo 20% ano a ano”, completou ele, que em outubro apresentou outros números sobre o crescimento dos audiolivros em um painel na Feira do Livro de Frankfurt. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Com cerimônia marcada para esta quinta (24), às 20h, no Theatro Municipal de São Paulo, o Prêmio Jabuti anunciou que a jornalista Adriana Couto será a mestre de cerimônias da solenidade de revelação e entrega das estatuetas aos vencedores da sua 64ª edição. Com mais de 20 anos de carreira e hoje à frente do programa Metrópolis, da TV Cultura, Adriana já atuou na reportagem da rádio CBN, TV Globo e SescTV. Como âncora no Jornal do Canal Futura, aprofundou a cobertura de temas ligados à educação, sustentabilidade e diversidade. Atualmente, também é colunista da Rádio Nova Brasil FM. Ela dá sequência às participações de Lázaro Ramos (2019), Maju Coutinho (2020) e o ator Dan Stulbach (2021). Este ano, o prêmio Jabuti teve recorde de inscritos: 4.290 livros, 25% a mais do que no ano passado. Nesta quinta, serão conhecidos os vencedores de cada categoria, que levarão para casa R$ 5 mil (exceto Livro Brasileiro Publicado no Exterior) e o(a) vencedor(a) da categoria Livro no Ano, que será premiado(a) com a estatueta e o valor de R$ 100 mil. Os finalistas você confere clicando aqui. A cerimônia presencial é só para convidados, mas será transmitida pelo canal no YouTube da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e, pela primeira vez, no TikTok do @premiojabuti .

Luciana Villas-Boas vai celebrar na Flip 2022 um aniversário importante: os dez anos de criação da Villas-Boas&Moss (VB&M), sua agência literária, em um encontro na Casa PublishNews na Flip 2022, no sábado (26), às 19h, seguido do que promete ser um disputado happy hour. Nesta breve entrevista, Villas-Boas celebra a data de aniversário (“um prêmio por nossa dedicação, tenacidade e boa condução dos negócios em tempos hostis”), confirma a publicação de um livro que considera especial (Baviera Tropical, de Betina Anton, a sair pela Todavia provavelmente em 2024) e comenta a retomada dos eventos presenciais – e a manutenção dos negócios – em um mundo que começa a sair da pandemia. O bate-papo “Um panorama sobre o agenciamento literário no Brasil e os dez anos da Villas-Boas & Moss”, no sábado (26), às 19h, encerra a programação da Casa PublishNews na Flip 2022. Luciana Villas-Boas vai dividir a mesa com Anna Luiza Cardoso, sua sócia na agência, e o papo será mediado pela jornalista Tatiany Leite. Clique no Leia mais para ler a entrevista completa.

Algumas alterações na programação da Casa PublishNews da Flip 2022: saem Dante Cid (presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros) e o senador Jean Paul Prates, entram Marcos da Veiga Pereira e Roberta Machado, vice-presidente e diretora de comunicações do SNEL, respectivamente. As mesas que sofreram alterações foram na quarta-feira (23). Agora, às 15h15, Roberta Machado debate a Lei Cortez com Alexandre Martins Fontes e Rosely Boschini; e às 18h30, Marcos da Veiga Pereira conversa com Ismael Borges e Mariana Bueno, da Nielsen, as pesquisas sobre o mercado do livro. A Casa PublishNews terá programação do início da quarta-feira, dia 23, até o sábado, dia 26, com diversos assuntos relacionados ao universo do mercado editorial, entrevistas com autores, lançamentos e happy hours. Confira aqui a programação completa.

A Associação Brasileira das Editoras Universitárias divulgou na última sexta-feira (18) os livros vencedores do 8º Prêmio Abeu, assim como as obras que ficaram em 2º e 3º lugar, e que receberam menções honrosas nas oito categorias da premiação. Em Ciências humanas, o primeiro lugar ficou com Cartas a Paulo Freire: escritas por quem ousa esperançar (EDUEPB e Editora A União - digital e impresso), com coordenação de Cidoval Morais de Sousa. Em Ciências sociais, o premiado foi A terra sem mal (UFRJ), de Rafael Mendes Júnior; e em Linguística, letras e artes, a primeira colocação ficou com Oswald de Andrade: Obra incompleta (Edusp), coordenada por Jorge Schwartz. Em uma cerimônia presencial, a premiação celebrou a diversidade da produção acadêmica e científica nacional. Foram reconhecidos com o 1º lugar livros de editoras de quatro das cinco macrorregiões do país, reforçando a qualidade das pesquisas e produtos editoriais feitos em todo o Brasil. Clique no Leia mais para ver todos os vencedores.

O ensaio documental Clarice Lispector: A descoberta do mundo será exibido durante a Festa Literária Internacional de Paraty, nos dias 25 e 27, às 17h, no Cinema da Praça (Rua Marechal Deodoro, 3 - Centro Histórico de Paraty / RJ). Na sexta-feira (25), após a sessão, haverá uma conversa com Taciana Oliveira, diretora do longa, e Teresa Montero, roteirista. Depois da Festa, o filme estreia nos cinemas no dia 8 de dezembro de 2022. O filme mergulha na intimidade da escritora brasileira nascida na Ucrânia, abordando aspectos pouco explorados da sua personalidade e da sua história, contada a partir de duas narrativas cinematográficas que deslizam de forma paralela: a narrativa das imagens e a do texto. A partir de uma seleção de depoimentos da escritora e entrevistas com amigos e familiares, o longa faz uma costura poética visual de trechos adaptados da sua obra

A editora Nova Fronteira anunciou o lançamento de uma nova coleção de livros de Rubem Fonseca, com suas sete principais obras. O primeiro título, O cobrador, já está disponível, e coloca de volta às livrarias um clássico da literatura nacional esgotado desde 2013. A nova edição tem um prefácio inédito do escritor Marçal Aquino e um posfácio já conhecido do jornalista Sergio Augusto. Indicado pela família do escritor, o artista Daniel Trench assina a nova identidade visual da coleção, que teve como inspiração, segundo a editora, as ruas antigas do Rio de Janeiro. O cobrador foi publicado em 1979 e segue um dos mais conhecidos livros de contos de Rubem Fonseca. A nova coleção de Rubem Fonseca na Nova Fronteira terá mais três a quatro títulos relançados em 2023. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Na próxima quinta-feira (24), às 14h, a edutech Árvore realiza na Flip 2022 a mesa que terá como tema: “Literatura dentro e fora da sala de aula: O trabalho das editoras brasileiras em escolas”. Na mesa mediada por Raquel Menezes, proprietária da Oficina Raquel, estarão presentes Daniela Kfuri, diretora de marketing e vendas na HarperCollins Brasil e Cristina Warth, proprietária da Pallas Editora. Entre outros assuntos, elas irão comentar sobre o trabalho de cada editora a escolas e educadores interessados em suas obras e as publicações de livros infantis; os desafios de espalhar a leitura pelo Brasil, o acesso aos livros digitais e como eles podem colaborar neste cenário. A conversa acontecerá no Palco da Praça, no Areal do Pontal (próximo à Praia do Pontal), em Paraty (RJ).

Em franco crescimento, os formatos de áudio que abarcam audiobooks e podcasts têm despertado a atenção do mundo editorial pela sua versatilidade, originalidade e criatividade. Na última Feira do Livro de Frankfurt, por exemplo, o formato ganhou - mais uma vez – destaque por conta da decisão do Spotify de começar a vender audiolivros. Pensando nas diversas possibilidades e assuntos a serem abordados envolvendo o áudio, a Universidade do Livro recebe a produtora Sandra Silvério, para aulas ao vivo e on-line sobre Como dar voz aos livros: produção e comercialização de audiobooks e podcasts, que vai de 29 de novembro a 2 de dezembro, das 19h30 às 21h30. As aulas destinam-se a autores, profissionais da área editorial e produtores independentes que queiram ter seus trabalhos comercializados na forma de audiolivro. Elas abordam questões como processos de produção, qualidade de narração e de áudio, contratação de estúdios, custos, caminhos comerciais, relacionamento com as plataformas e mercado norte-americano e brasileiro. O investimento é de R$ 255 (valor único, com desconto), em até três parcelas de R$ 85 no cartão de crédito ou Pix até 29 de novembro. Para mais informações é só clicar aqui. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O mundo está intrigado com um estranho fenômeno no céu, mas bancar uma viagem espacial parece arriscado demais. A República Tcheca, porém, aceita o desafio e designa o professor de astrofísica Jakub Procházka para a missão, talvez o único capaz de realizar uma tarefa tão perigosa. Uma vez no espaço, ele deverá coletar a misteriosa poeira cósmica que surgiu entre Vênus e a Terra. O astronauta torna-se, então, uma celebridade, mas nem tudo acontece como ele imaginara. Quando passa a se sentir insuportavelmente solitário, Jakub faz uma amizade inusitada com uma aranha alienígena. Alucinação ou realidade, os dois se entregam a conversas profundas sobre temas diversos, desde a maravilha do bacon até a natureza do amor, da vida e da morte. Entre ficção e realidade, Jaroslav Kalfař esmiúça o passado de Procházka e a história política da República Tcheca, tornando o leitor testemunha não só de uma intrépida viagem interplanetária, mas da busca de reconciliação do personagem consigo mesmo e com sua nação. Primeiro romance de Kalfař, O astronauta (Aleph, 336 pp, R$ 69,90 – Trad.: Rogério Galindo) foi finalista de diversos prêmios literários e traduzido para mais de dez idiomas. Uma adaptação cinematográfica da obra será lançada em breve pela Netflix.

Desde tempos imemoriais, homens entrelaçam nós intrincados para produzirem os tapetes da corte do Imperador. As peças são feitas com os cabelos de suas esposas e filhas, com fios de todas as cores e texturas. A minuciosa arte dos tapeceiros é passada de pai para filho e cada peça exige uma vida inteira de trabalho para ser concluída. Entretanto, nada é eterno. E se os rumores de que o Imperador foi derrubado forem verdadeiros? A dúvida se insinua em uma sociedade arcaica e imóvel, e uma nova realidade se prepara para romper costumes e tradições imutáveis. Além disso, os segredos do Imperador estão na iminência de serem revelados. Combinando uma construção de mundo com um irresistível senso de mistério, Os tapeceiros de cabelo (Morro Branco, 256 pp, R$ 59,90), a aclamada space opera de um dos principais nomes da ficção científica alemã da atualidade, Andreas Eschbach, é uma meditação convincente sobre a fé, o fundamentalismo e o significado da própria vida. A edição brasileira foi traduzida diretamente do alemão por Petê Rissatti.

O nível do mar subiu, alagando a Zona Sul do Rio. A elite expulsou os moradores dos morros para dar lugar aos novos bairros. Aos mais pobres, restou invadir os prédios alagados, criando ali as novas favelas. Neste Brasil futurístico (mas nada impossível), Zias vai encontrar seu destino. Criado no exílio pela mãe, ele acaba órfão, vivendo nas ruas de Lisboa em meio ao crime, às drogas e ao vício digital. Um dia, ele recebe a revelação de que seu pai estaria vivo e somente o filho poderia salvá-lo. Zias parte para o Rio e se descobre “escolhido” para assumir a igreja evangélica liderada por seu pai. Durante a jornada de Zias para cumprir a profecia paterna, vemos um Rio onde a Milícia convertida foi legalizada, uma nova droga assola as igrejas e onde trabalhadores de aplicativo fazem qualquer coisa por alguns trocados. Um Brasil em que Estado e religião se fundiram sob a bênção da democracia em um cenário incomodamente real. Em seu romance de estreia intitulado Entre o céu e o sal (Nacional, 224 pp, R$ 48,70), Everton Behenck nos leva a questionar quão distante estamos da realidade desta ficção especulativa.

Dinah Fantástica: Contos de ficção científica reunidos — Eles herdarão a Terra e Comba Malina (Instante, 280 pp, R$ 74,90) é a reunião de duas obras, publicadas ao longo da década de 1960, em que vemos Dinah Silveira de Queiroz confirmar sua versatilidade, com diferentes gêneros, temas, épocas, cenários. Dinah foi também uma pioneira da ficção científica brasileira. Nos mistérios do gênero, foi iniciada aos seis anos pelo pai, Alarico Silveira, ouvindo-o narrar, e às vezes até recriar, clássicos de Júlio Verne e H.G. Wells. Neste volume, estão reunidos dez contos em que a autora explora elementos do gênero, reproduzidos de Eles herdarão a Terra, originalmente publicado em 1960, e de Comba Malina, de 1969. Na carta aos leitores que abre o primeiro livro, diz: “Receba, portanto, a minha procissão fantástica, como as mil e uma faces do autor num espelho partido”. Dinah na ficção científica não se restringe a cenários intergalácticos e criaturas extraterrenas (embora os construa com maestria), mas aborda temas urgentes a seu momento histórico, sem soar datados ao contemporâneo, e profundas questões universais: a perseguição aos marginalizados, os descabimentos nas disputas da política partidária, o terror colonialista e sua profunda relação com a maneira de subjugar a mulher e outras minorias e a busca para uma resposta ao que nos faz humanos.