Nesta segunda-feira (17), foi gravado o primeiro episódio do Sabatina PublishNews, novo projeto do PN que vai marcar os 20 anos de existência do portal. O programa mensal de entrevistas reunirá sempre uma bancada formada por editores, livreiros e jornalistas que sabatinará um convidado. E a estreia será com Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza e idealizadora do Grupo político apartidário Mulheres do Brasil. A bancada, formada 100% por mulheres, contou com a editora Raquel Cozer (HarperCollins), a livreira Flávia Santos (Megafauna), a jornalista Maria Fernanda Rodrigues (Estadão) e foi comandada por Talita Facchini, repórter do PN. Na conversa, Luiza Helena revelou detalhes sobre o livro que Pedro Bial está escrevendo sobre ela e será publicado pela Editora Gente. A ideia surgiu depois que Bial recebeu a empresária no seu programa na TV Globo e está na fase de redação. A Editora Gente confirmou a informação e adiantou que o livro sairá em novembro. Quer ser o primeiro a assistir à entrevista? Inscreva-se no canal do PN no YouTube e clique no sininho para receber as notificações.

A Livraria Leitura continua com seu plano de expansão e inaugura nesta quarta (19), mais uma unidade em São Paulo. Localizada no Shopping Interlagos, a nova unidade será a 17ª da rede no estado e a 7ª na capital. O novo espaço, além de oferecer livros, irá disponibilizar também itens de papelaria, presentes, suprimentos de informática e geek. A Leitura já conta com 84 lojas espalhadas por 21 estados e pretende inaugurar ainda novas unidades em Pernambuco, no Caruaru Shopping e em Salvador (BA), no Shopping Paralela.

Em vida, Philip Roth (1933 - 2018) não quis deixar um livro de memórias. Ao contrário, reuniu todos os documentos necessários e entregou ao seu biógrafo, Blake Bailey, que publicou o livro pela W.W. Norton & Company, no início do mês passado. O livro logo alcançou as listas dos mais vendidos e recebeu críticas positivas dos principais jornais dos EUA. Junto com o sucesso veio o escândalo: Bailey foi acusado de abuso sexual e a editora norte-americana suspendeu a divulgação do livro e logo depois retirou o título de circulação. Agora, a Skyhorse Publishing, a mesma que publicou a biografia de Woody Allen depois que ela foi cancelada pela Hachette, anunciou que publicará o livro que estará disponível para os leitores dos EUA a partir do dia 15 de junho. Por aqui, os direitos de publicação do livro estão com a Companhia das Letras, que decidiu suspender a tradução do livro por tempo indeterminado. Segundo a assessoria, a editora ainda “está estudando as possibilidades” de publicação.

O Skeelo e a Bibliomundi fecharam parceria e a agregadora digital passará a oferecer seu catálogo no app de leitura de e-books voltado para clientes de operadoras de telefonia que reúne, segundo números da própria empresa, 40 milhões de assinantes brasileiros. Para a Bibliomundi e seus clientes, é a chance de estar em um canal que atende e que garante que entregou 400 milhões de unidades nos últimos dois anos a usuários de celular no Brasil. Para o Skeelo, é contar com um catálogo mais diversificado, com títulos de editoras independentes e também grandes grupos editoriais. “Queremos que o nosso catálogo seja para todo tipo de leitor, desde o que busca os best-sellers, até o que aprecia descobrir títulos não tão aclamados”, informa Rodrigo Meinberg, sócio do Skeelo.

A conferência digital internacional, All about audio, realizada pela Bookwire e Digital Publishing Report, acontece nesta quinta (20), às 10h (horário de Brasília). Pela segunda vez, representantes de grandes editoras irão discutir as principais tendências e negócios relacionados ao conteúdo em áudio. As estratégias para alcançar novos públicos, como explorar novos canais de vendas digitais, as soluções existentes no mercado para acelerar o crescimento do áudio e ainda como as editoras e empresas de mídia podem responder às complexidades desse mercado serão alguns dos temas abordados. O evento começará com as boas-vindas de Videl Bar-Kar, diretor global de áudio da Bookwire. Logo em seguida, Mark Mulligan, diretor executivo da MIDia Research, irá falar sobre as tendências atuais e futuras que irão moldar a indústria do áudio, além de apresentar números recentes para ajudar editores e criadores a posicionarem e seus negócios no futuro. Às 10h45, Shelly Sundag, chefe da marca global tonies, irá falar sobre a importância do storytelling e sobre a importância de capturar a emoção dos ouvintes. Em sua fala, ela ainda irá explicar sobre como a tonies oferece uma nova forma de entretenimento para as crianças explorarem e curtirem o áudio de uma forma mais envolvente. Clique no Leia Mais para conferir outros detalhes da programação e se inscrever no evento gratuito.

A editora Morro Branco abriu uma vaga para designer gráfico (PJ). Para o cargo, é preciso ter formação na área e experiência prévia em editora e produção gráfica. A editora também pede que os candidatos enviem portfólio. As funções incluem aquisição e adaptação de capas estrangeiras para o mercado brasileiro; criação de projeto gráfico e eventuais capas; briefing para terceirizados a partir de análise da obra e acompanhamento do projeto; fechamento de arquivos para a gráfica e acompanhamento de produção; elaborar e solicitar orçamentos para gráficas; controle de cronograma anual e fluxo de produção junto ao editorial; controle do fluxo do departamento de design; e eventual auxílio com produção de material promocional impresso de marketing. A princípio, o trabalho será em home office. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail administrativo@editoramorrobranco.com.br até 21 de maio.

Gaytástrofes (Clube de Autores, 404 pp, R$ 29,90), de Guilherme Luz, é a história de um grupo de quatro gays moradores do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Abordando os temas de um submundo mais underground do que muitos imaginam, a vida dos jovens é retratada de forma crua e sem romantizações. Iniciando-se com a deposição da ex-presidente Dilma Roussef (2016) e encerrando a primeira temporada com a eleição do atual presidente Jair Messias Bolsonaro (2018), esta aventura expõe quão conturbada é a vida gay carioca. Brigas, drogas, sexo, assassinatos, suicídio, aplicativos, tráfico de drogas, divas da música, gordofobia, homofobia, devaneios filosóficos, ISTs, noites e noites de sono perdidas em boates, festas, orgias e blocos de carnaval formam as cenas na qual se desenvolve o enredo. O calor dos trópicos, as catástrofes naturais, políticas e sociais são o pano de fundo. Cenário paradisíaco, pressão das redes sociais, falta de dinheiro, distúrbios psicológicos e substâncias estimulantes sexuais agravam a conjuntura. Um fugitivo, um influencer digital frustrado, um ex-militante de esquerda e um comissário de bordo protagonizam as mais absurdas situações vividas por tantos homossexuais, dia e noite, pelas ruas da cidade maravilhosa. Mas, mais que as quatro personagens individualmente, o protagonista é o grupo dos amigos. Grupo esse que luta contra as forças das principais antagonistas, a The Club, boate que eles frequentem religiosamente aos sábados, e seus desejos obscuros e incontroláveis.

Depois de vivenciar um relacionamento fracassado e ter que lidar com chantagistas, fugir parece ser a única opção para Amir Azadi. Pousando em Roma por acaso, ele finalmente pode explorar quem realmente é, e as noites com novos amigos pelas praças da cidade e dates na Capela Sistina logo se tornam sua rotina... até que sua antiga vida bate (literalmente) à porta. Amir sempre soube que sair do armário para a sua família muçulmana seria complicado – ele só não imaginava que isso terminaria em uma sala de interrogatório de um aeroporto. Agora, ele precisa dizer “toda a verdade e nada além da verdade” para um oficial da alfândega dos EUA, ou arriscar perder a liberdade conquistada com tanto esforço. Com tradução e capa de Vitor Martins, Foi assim que tudo explodiu (Globo Alt, 294 pp, R$ 44,90), de Arvin Ahmadi, é uma celebração de como os momentos mais dolorosos da vida podem conviver com a alegria transformadora de descobrir quem você realmente é.

Através de uma linguagem acessível e didática, a autora Letícia Nascimento apresenta, em Transfeminismo (Jandaíra, 191 pp, R$ 24,90), explicações necessárias sobre os conceitos de gênero, transgeneridade, mulheridade, feminilidade e feminismo. Mostra como cada vez mais é necessário que as pessoas estejam abertas às diversas existências que não necessariamente se encaixam na organização binária e cisgênera do mundo. Um primeiro passo nesse sentido é conhecer as experiências de quem faz parte desses grupos e esse livro, escrito por uma mulher travesti, negra e gorda, que está presente nos meios acadêmicos e é inspiração para outras mulheres transexuais e travestis, apresenta essas vivências, traz conceituações históricas e situa o transfeminismo dentro dos demais feminismos existentes. Transfeminismo é o décimo lançamento da Coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila Ribeiro.

O patriarcado do salário (Boitempo, 208 pp, R$ 49 - Trad.: Heci Regina Candiani), da filósofa italiana Silvia Federici, traz ao leitor uma série de artigos que abordam a relação entre marxismo e feminismo do ponto de vista da reprodução social. Retomando diversas discussões presentes nas obras de Karl Marx e Friedrich Engels, a autora aponta como a exploração de trabalhos como o doméstico e o de cuidados, exercido sem remuneração pelas mulheres, teve e tem papel central na consolidação e na sustentação do sistema capitalista. Revisitando a crítica feminista ao marxismo e trazendo para o debate perspectivas contemporâneas sobre gênero, ecologia, política dos comuns, tecnologia e inovação, Federici reafirma a importância da linguagem, dos conceitos e do caráter emancipador do marxismo. Ao mesmo tempo, esclarece por que é preciso ir além de Marx e repensar práticas, perspectivas e ativismo a fim de superar a lógica social baseada na propriedade privada e desenvolver novas práticas de cooperação social.