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PublishNews 29/10/2020
Estamos há 50 anos, distribuindo as melhores editoras, do mercado para as livrarias de todo o Brasil
Serviços editoriais com tecnologia embarcada. Diagramação, revisão, edição e impressão. Configuração, formatação e produção de e-books certificados internacionalmente.
A Catavento atua no mercado de distribuição de livros para todo o país.
PublishNews, Cindy Leopoldo, 29/10/2020

Taxistas que compraram suas autonomias por até R$ 200 mil agora conseguem vendê-las por no máximo R$ 50 mil. Para conseguir passageiros, no geral, eles precisam dar descontos de 30% a 40% em cada viagem por meio de algum aplicativo porque passou a parecer caro, complicado (o taxista aceita cartão? aceita animais? vai seguir o caminho indicado como o melhor por outro aplicativo?) e perigoso pegar um táxi na rua. Como sabemos, os aplicativos como a Uber mudaram tudo: tanto os ganhos dos taxistas quanto as necessidades dos passageiros. O que isso tem a ver com a indústria do livro? Se pensarmos bem, na verdade, nossa indústria não é exatamente a do livro, mas a da atenção. E estamos disputando, assim como os taxistas, com concorrentes multinacionais que investem bilhões de dólares para conseguir usuários. Minha impressão é que, também como os taxistas fizeram no passado, estamos postergando atitudes mais potentes no sentido não apenas de manter, mas de conquistar novos usuários/leitores. Talvez também estejamos apostando, mesmo que nem seja tão conscientemente, na fidelidade do amante da leitura, aquele que busca um momento de qualidade que só livros (impressos e/ou digitais) podem oferecer. Mas essa aposta não parece ser embasada pelas pesquisas que encontrei. Estas, a meu ver, permitem inferir o contrário: a imensa maioria da população brasileira (talvez até 95%) já não compra nossos produtos e, pior, os que não compravam, mas pelo menos liam, também está deixando de ler. De modo geral, para continuar vivendo da venda de leitura, muitos profissionais e empresas parecem estar focando mais e mais em nichos, isto é, em subgrupos daqueles que provavelmente já têm algum costume de ler. E, para que esses negócios sejam viáveis, precisam também apostar em tiragens menores, distribuição menos abrangente ou, em alguns casos, numa produção mais barata, contratando pareceristas, tradutores e/ou revisores pouco experientes, o que pode permitir em última instância um aumento na propagação de fake news e plágios. Claro que acho fundamental apostar em nichos, mas acredito também que se não fizermos – toda a indústria e também as empresas separadamente – um trabalho pesado e de longa duração em relação à popularização do desejo de ler e do acesso pago ao livro, a diminuição da distribuição vai nos aniquilar enquanto empresas e enquanto país. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta coluna.

PublishNews, Leonardo Neto, 29/10/2020

Filha de pai advogado, Anna Luiza Cardoso não teve muita dúvida na hora de escolher qual profissão seguiria: iria pelo mesmo caminho do pai. E foi. Já estava no quarto ano de faculdade quando viu que não era bem aquilo o que queria. O pai foi o primeiro a dizer: “se não é o que você quer, troque!”. Ela trocou e entrou pras Letras. Estava pavimentado o caminho que ela seguiria dali em diante. “Acabou que eu uso pra caramba o que eu aprendi na faculdade de Direito no meu trabalho hoje em dia. Consegui juntar dois campos que me interessam bastante que são a literatura e essa parte mais burocrática. Eu adoro contrato. Eu sou tipo a louca do contrato”, disse rindo na conversa que teve com André Argolo, comandante do PublishNews Entrevista, programa da PNTV que quer formar um arquivo da memória editorial brasileira e que tem recebido os cinco finalistas do Prêmio Jovens Talentos. Antes da Anna, já passaram pela sabatina com Argolo o editor André Fonseca (Citadel), o coordenador de comunicação Kim Dória (Boitempo) e a gestora estratégica Verena Borelli (Belas Letras). A mudança de curso coincidiu com a fundação da agência Villas-Boas & Moss, de Luciana Villas-Boas, que resolveu convidar Anna para estagiar na empresa recém-fundada. “Amei! Nunca mais saí”, disse a Argolo. Não só não saiu como se tornou sócia do negócio. No papo, Anna fez reflexões importantes sobre o seu métier; ressaltou as diferenças entre o trabalho com coagentes internacionais e a lida direta com autores nacionais que depositam na sua obra muita expectativa e falou também da relação da literatura com o audiovisual, frente que ganhou força na VB&M nos últimos tempos. Não deixou de falar, claro, sobre A vida invisível de Eurídice Gusmão (Companhia das Letras), livro de Martha Batalha "descoberto" pela agência e que ganhou o mundo e cuja adaptação para o cinema ganhou prêmio em Cannes. O PublishNews Entrevista é um oferecimento do #coisadelivreiro, consultoria em marketing e inteligência de negócios para o mercado editorial. Além de estar disponível no canal do PublishNews no YouTube, este episódio está disponível em áudio também pelas plataformas digitais: Spotify, iTunes, Google Podcasts e Overcast.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

A editora Record divulgou as capas dos livros vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2020. O romance Encontro você no oitavo round, de Caê Guimarães, fala sobre a vida de um pugilista, que se debate entre um incômodo zumbido e a memória de outra ocupação antes de se dedicar ao boxe. Prestes a se aposentar, antes da última luta, recebe uma proposta: entregar o resultado sem que o adversário saiba. Para receber o dinheiro, a derrota terá que ser no quarto round. A narrativa leva ao cotidiano da periferia e nas semanas em que se prepara para o combate final, o protagonista faz acertos com a própria vida. Já a coletânea de contos Terra nos cabelos, de Tônio Caetano, revela de forma poética e delicada os diferentes percursos da mulher na nossa sociedade. A menina que vê a mãe partir e se agarra a uma prolongada espera. A esposa infeliz que se aventura na casa de swing. As adolescentes envolvidas nas primeiras experiências sexuais. Ritos de passagem e de iniciação. Todas elas são personagens em conflitos com o mundo. As obras serão lançadas em novembro, em um evento virtual ainda sem data definida.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

Marina Colasanti | © Alessandra ColasantiEm novembro, o Instituto Estação das Letras chamou a escritora Marina Colasanti para ministrar uma Oficina de Textos. Autora de Uma ideia toda azul; Ofélia, a ovelha, Hora de alimentar serpentes; Fragatas para terras distantes; Mais longa vida, entre outros títulos, na oficina Marina irá trabalhar, analisar e comentar a produção textual dos alunos. É necessário que cada inscrito traga um texto de uma lauda como pré-requisito. As aulas acontecerão as quartas-feiras, de 11 a 25 de novembro, das 19h30 às 21h30. As vagas são limitadas e o investimento é de R$ 350.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

Angela Davis | © DivulgaçãoO Centro de Pesquisa e Formação do Sesc e a Boitempo realizam, a partir do dia 16 de novembro, um curso que irá se dedicar a introduzir o pensamento de Angela Davis, referência mundial na luta pela construção de um mundo sem opressões. Ao longo de quatro encontros – ministrados por Raquel Barreto, Angela Figueiredo e Conceição Evaristo – serão abordados os diversos aspectos de vida e obra de Davis, passando pelos livros Uma autobiografia; Mulheres, raça e classe; Mulheres cultura e política e A liberdade é uma luta constante. O objetivo geral do curso é promover reflexões sobre as novas configurações do pensamento feminista na atualidade no contexto nacional e mundial, tendo em vista a luta que as mulheres negras têm constituído como base fundamental para os movimentos de liberdade e resistência. As aulas acontecerão as segundas e quartas, das 16h às 18h e o investimento é de R$ 70. Os interessados podem se inscrever clicando aqui.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

No Dia Nacional do Livro, comemorado nesta quinta (29), o PublishNews separou alguns eventos literários ou que abordarão o tema. Durante toda a semana, o Sesc a 4ª edição da Arte da Palavra, série de apresentações on-line e gratuitas e escritores, poetas, contadores de histórias e outros artistas da palavra. Nesta quinta participam os autores José Rezende Jr. (DF) e Bruno Azevedo (MA); Sara Albuquerque (AL) e Thiago Ramos (TO). As atrações ficam disponíveis na página da Arte da Palavra no Facebook. Às 17h, a Fundação Nacional de Artes – Funarte lança a coletânea de contos Carta ao Sol, da atriz, escritora e dramaturga Susana Fuentes. A obra reúne 36 histórias que expressam as experiências e impressões da autora, vividas em meio ao fazer teatral. Às 19h, o Sesi-SP realiza um bate-papo com o autor João Anzanello Carrascoza sobre o livro Dias Raros. Também às 19h, a Edipro conversa com o designer Delfin sobre o processo de produção de capas para livros. As informações completas sobre os eventos estão reunidas na nossa Agenda de Lives.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

Anja Santiago está morta. Da porta de seu apartamento, por entre as faixas de uma escandalosa fita zebrada, é possível ver: o pó, o vazio, o carpete azul desbotado e inocente. E ninguém. Não há ninguém. Quanto tempo até que se encontre o corpo de uma mulher que viveu e morreu sozinha? Nem sinal de asas (Patuá, 232 pp, R$ 40) narra os dias de uma mulher que viveu na ponta dos pés. Uma mulher que viveu e morreu no silêncio, na solidão. Escrito por Marcela Dantés, a obra foi inspirada na reportagem de Silvia Pontevedra sobre uma mulher solitária, que morreu no próprio apartamento, na Espanha, em 2012 e cujo corpo só foi descoberto em 2017. "Aquela história ficou na minha cabeça por muito tempo, até eu decidir que ela merecia ser transformada", conta Marcela, que procurou Pontavedra para saber detalhes da reportagem e levantou informações com os vizinhos da vítima e até com a Guarda Civil antes de começar a escrever o seu primeiro romance.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

Em Solução de dois estados (Companhia das Letras, 248 pp, R$ 49,90), romance de Michel Laub, uma cineasta alemã marcada por um trauma prepara um documentário sobre a violência brasileira. Os principais entrevistados são dois irmãos: Raquel, artista de 130 quilos cujo trabalho se baseia em episódios que a levaram a detestar o próprio corpo, e Alexandre, empresário que atua no ramo fitness na periferia de São Paulo. Ambos foram escolhidos por causa da repercussão mundial de uma agressão que Raquel sofreu, no início de 2018, durante um debate sobre arte e política num hotel da capital paulista. Diante das câmeras, os segredos dessa história íntima que envolve bullying de adolescência, uma disputa por herança e diferentes visões sobre temas como sexo, religião e responsabilidade individual são pontuados por flashes da história recente do país — do Plano Collor, que iniciou a ruína da família dos protagonistas, às vésperas de uma eleição que mobilizou o ódio de uma sociedade profundamente dividida.

“Uma história infantil que só pode ser apreciada por crianças não é uma boa história infantil.”
C. S. Lewis
Escritor britânico (1898-1963)
1.
Eu sou, eu posso!
2.
Box Harry Potter
3.
Decida vencer
4.
Eu fico loko. Vou ser pai
5.
Mais esperto que o diabo
6.
A sutil arte de ligar o foda-se
7.
Do mil ao milhão
8.
Batismo de fogo
9.
Sol da meia-noite
10.
As aventuras de Mike
 
PublishNews, Redação, 29/10/2020

Nome de destaque da literatura portuguesa contemporânea, João Reis apresenta em A noiva do tradutor (DBA, 128 pp, R$ 48) um dia na vida de um tradutor à beira do desespero desde a partida de sua noiva. Assim que o protagonista se vê sozinho, tudo na cidade parece desagradável, mesquinho e patético. O leitor se envolve, então, na consciência ranzinza do homem amargurado, que vaga pelas ruas tentando encontrar algum prazer que o distraia, algum alívio para suas dores do coração. No entanto, é como se o mundo fosse visto por janelas sujas: as pessoas que convivem com ele na pensão parecem grotescas, todos do mercado editorial não passam de bandidos gananciosos, e os escritores são meros diletantes. A noiva do tradutor faz o leitor enxergar o mundo pelos olhos de um homem desesperançado, que alterna entre um racionalismo frio e uma necessidade de crer em qualquer coisa que possa tirá-lo do marasmo, até mesmo numa cartomante.

PublishNews, Redação, 29/10/2020

Demerara (Instante, 152 pp, R$ 49,90), romance de estreia de Wagner G. Barreira, conta a trajetória do jovem Bernardo, que embarca no navio que trouxe a gripe espanhola para o Brasil — e dá nome ao livro. Mistura de ficção e eventos históricos, o autor dá voz ao narrador personagem ao relatar a travessia do Atlântico, a acusação de ter assassinado o amigo, a prisão em Santos, a convivência com infectados pelo vírus, a fuga para São Paulo e as dificuldades de adaptação na cidade em construção pelas mãos de imigrantes de todo o mundo durante a epidemia de 1918. A obra ganhou prefácio de Laurentino Gomes, “A cuidadosa equação entre ficção e história verídica reforça o encanto da obra de Wagner G. Barreira e comprova que no código genético do escritor de hoje se mantém vivo e forte um DNA anterior, o do jornalista, repórter e pesquisador. Só essas qualidades já fariam de Demerara um livro que merece ser lido e apreciado por todas as pessoas que se interessam por boa e refinada literatura”, escreve Laurentino.

 
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