No fim da tarde desta sexta-feira (18), o juiz Marcelo Barbosa Sacramone, responsável pela condução do processo de recuperação judicial da Livraria Cultura, proferiu a sua decisão em relação à não aprovação do novo plano de recuperação judicial da varejista pelos seus credores. Como o PublishNews adiantou, em primeira mão, dos 45 credores enquadrados na Classe IV (titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte) e presentes na assembleia, 24 votaram contra o plano. Juntos, eles representam mais de 50% dos créditos que compõem a classe. Com a não aprovação por parte de uma das classes, o caso seguiu para a apreciação do magistrado que confirmou a rejeição e determinou que a Cultura comprove, no prazo de cinco dias, o integral cumprimento das obrigações já vencidas conforme consta no plano de recuperação homologado em abril de 2019. Caso isso não ocorra, poderá ser decretada a falência da empresa. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

Neste final de semana o jornal baiano Correio publicou que a Saraiva fecha, nesta segunda (21), todas as suas unidades em Salvador. Após 13 anos operando em Salvador, todas as quatro Mega Stores da Livraria Saraiva na capital baiana deixam de funcionar. Em nota enviada ao jornal, a Saraiva escreveu que “constantemente está avaliando a rede de lojas e definindo sobre fechamentos, assim como outros varejistas, fazendo parte de sua estratégia regular. Devido a companhia ser de capital aberto e não poder compartilhar detalhes dessa estratégia”. O jornal A Tarde noticiou também que com a notícia do fechamento, as lojas da rede ficaram lotadas no domingo (20). O programa Conta pra mim, carro-chefe do programa de alfabetização voltado para “todas as famílias brasileiras” do MEC foi alvo de matéria na Quatro Cinco Um. Com foco nas famílias em “condição de vulnerabilidade socioeconômica”, o órgão pretende investir, numa parceria com a Unesco, R$ 18 milhões na “aquisição e impressão dos materiais a serem distribuídos”. Os livros foram produzidos sob a “supervisão técnica” do secretário de alfabetização do MEC, Carlos Francisco de Paula Nadalim, admirador e ex-aluno de Olavo de Carvalho. Segundo especialistas consultados pela Quatro Cinco Um, as adaptações feitas para os 40 contos de fadas são “muito piegas e fora do tempo”, “simplificam e empobrecem a linguagem”, com ilustrações “toscas e primárias”. Winston Groom, autor do romance Forrest Gump faleceu na última sexta (18), aos 77 anos. O anúncio foi feito pela prefeita de Karin Wilson, da cidade de Fairhope, em que o autor viveu. Ele escreveu 16 livros, entre ficção e não ficção. Conversas com o inimigo foi finalista do Prêmio Pulitzer em 1984, mas sua obra mais famosa foi Forrest Gump, publicada em 1986 e estrelada por Tom Hanks. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Apesar das tantas notícias sobre a situação econômica do país e em especial no mercado livreiro – que se preocupa com uma possível reoneração do livro que pode aumentar o preço dos exemplares no Brasil além dos últimos resultados da pesquisa Retratos da Leitura que mostrou que o país perdeu 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019 – ainda surgem novos negócios e ideias que pretendem continuar levando os livros para as pessoas. Representantes de duas dessas iniciativas participam do Podcast do PublishNews desta semana. A primeira delas, a Banca HG, já está com as portas abertas na região central de São Paulo e nasceu com o objetivo de priorizar editoras e autores independentes. A segunda é a Livraria Gráfica, que em breve, abrirá as portas na Rua Tatuí - que já abriga a Banca e a Sala Tatuí, além da editora Lote 42 - e pretende unir a livraria com um ateliê de impressão. A ideia é que no futuro, entre café e livros, as pessoas também possam encomendar publicações impressas ali mesmo na hora. Para falar mais sobre os dois projetos, a nossa equipe conversou com a escritora Juliana Borges, uma das sócias da Banca HG, e João Varella, que ao lado de Cecilia Arbolave e Gustavo Piqueira, prepara a estreia da Livraria Gráfica. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da Metabooks, a mais completa e moderna plataforma de metadados para o mercado editorial brasileiro e da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes, Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia Mais para ouvir o programa.

O Itaú Social, responsável pela condução da campanha Leia para uma Criança, que compra e distribui livros para milhares de crianças de todo o Brasil, realiza logo mais, às 15h, uma live que apresentará o edital de compra dos volumes para a edição de 2021, quando o programa completa dez anos. O edital selecionará somente livros que representem questões do universo cultural negro e indígena. A transmissão será feita pelo canal do Itaú Social no YouTube.

A cerimônia de premiação do Jabuti, antes programada para setembro, acontecerá no dia 26 de novembro e, por conta da pandemia do novo coronavírus, será virtual, transmitida pelas redes sociais da Câmara Brasileira do Livro (CBL), em horário a definir. Antes disso, no dia 22 de outubro, serão conhecidos os 10 semifinalistas em cada uma das 20 categorias e, no dia 5 de novembro, sairá a lista dos cinco finalistas em cada uma delas. Nas duas ocasiões, as informações serão divulgadas no site do Prêmio, a partir das 12h. Adélia Prado será a homenageada desta edição do Prêmio.

A União Brasileira de Escritores (UBE) elegeu Ailton Krenak como intelectual do ano e o líder indígena levou o troféu Juca Pato, conferido anualmente a personalidades que, havendo publicado livro de repercussão nacional no ano anterior, tenham se destacado em qualquer área de conhecimento e contribuído para o desenvolvimento e prestígio do país, na defesa dos valores democráticos e republicanos. O autor de Ideias para adiar o fim do mundo (Companhia das Letras) figurou numa lista de finalistas ao lado de nomes como Djamila Ribeiro, Eliane Brum, Laurentino Gomes e Maria Valéria Rezende. A escolha foi feita pelos sócios da UBE. A entrega do Troféu Juca Pato será realizada no mês de dezembro, em local ainda a ser definido.

Jenna Evans Welch estreou na literatura com o best-seller Amor & gelato, livro que foi publicado em mais de 20 países e alcançou a marca de 30 mil exemplares vendidos no Brasil. Nele conhecemos Lina, que embarca para a Itália com a missão de realizar o último pedido da falecida mãe: conhecer o pai. Em Amor & sorte (Intrínseca, 272 pp, R$ 39,90 – Trad.: Flora Pinheiro), a protagonista é Addie, melhor amiga de Lina, e desta vez o cenário são os belos campos e falésias da Irlanda. Addie atravessou o Atlântico com a família para o casamento da tia, na Irlanda. A menina está tentando aproveitar a paisagem para não pensar em seu coração partido. Porque, assim que voltar aos EUA, vai ter que enfrentar as consequências do fim terrível de seu romance de verão. Até lá, só quer relaxar enquanto os pais não descobrem o que aconteceu. Mas Ian, seu irmão mais velho, sabe de tudo e não a deixa em paz. Agora os dois, que sempre foram próximos, não param de brigar. Tudo muda quando Addie descobre que Ian também está guardando segredos. Depois de uma série de imprevistos, em vez de ir visitar a melhor amiga na Itália, Addie se junta ao irmão em uma inesperada viagem de carro. Nessas circunstâncias nada favoráveis, Addie conta apenas com um guia de viagem roubado da biblioteca do hotel, Irlanda para corações partidos, e torce para que os conselhos do livro realmente funcionem. Amor & sorte é uma história sobre família, amizade e a jornada nem sempre fácil para se recuperar de uma desilusão amorosa.

Dia após dia, um homem acorda em meio aos preparativos de uma festa em honra a Evelyn Hardcastle na Mansão Blackheath. Dia após dia, em um corpo distinto. Cada hospedeiro é uma nova chance de descobrir o culpado pela morte da estrela da festa, que se desvela durante o luxuoso baile de máscaras. Além da confusão da viagem do tempo, os segredos transbordam, e nenhum movimento é simples, pois as regras do jogo não estão claras – e reviravoltas acontecem a todo momento. Misturando ficção científica com mistério, As sete mortes de Evelyn Hardcastle (Dublinense, 480 pp, R$ 69,90 – Trad.: Hilton Lima), romance de Stuart Turton foi considerado pela crítica “sombriamente cômico” ao apresentar uma história repleta de surpresas e reviravoltas.

É uma manhã qualquer quando Maju atravessa a praça ao lado de Cora. Puxando a garota pelo braço, ela passa sorrateiramente pelo exército branco, sobe a avenida, pega um ônibus e desaparece. Exército branco foi o nome que Fernanda, mãe de Cora, deu às babás que todos os dias lotam a praça daquele bairro de classe alta com as crianças de seus patrões. Nos últimos tempos, no entanto, a babá e a filha parecem tão anônimas para Fernanda quanto as outras. Afundada numa crise pessoal, ela demora a perceber que Maju e Cora sumiram sem dar notícias. Ao longo do dia, tudo vai desabando. De um lado, Fernanda lida com o fracasso de seu casamento. Apaixonada por uma diretora com quem trabalhou num projeto cinematográfico, ela deixa a relação com o marido definhar e conforme os primeiros telefonemas aflitos para a babá vão se transformando em desespero, ela se vê de novo afundando naquele universo. Enquanto isso, Maju vai até a rodoviária e desaparece num ônibus com Cora. Em meio a motéis imundos e paradas insólitas, põe em ação seu plano, que imediatamente sai do controle. Em Suíte Tóquio (Todavia, 208 pp, R$ 59,90), Giovana Madalosso coloca para girar com fluidez, a vida dessas personagens que parecem eternamente em busca — de ternura, redenção, sexo, qualquer coisa que possa movê-las de onde estão.

Em Eleanor & Grey (Record, 406 pp, R$ 49,90 – Trad.: Thalita Uba), livro de Brittainy C. Cherry, a protagonista é uma adolescente introvertida que prefere a companhia de seus amados livros a interagir socialmente. Até que sua prima a arrasta para uma festa e se surpreende ao ser abordada pelo astro do time de basquete. Com o tempo, a amizade entre eles surge de forma natural; uma ligação tão forte, tão intensa, que logo se transforma em outro sentimento. Mas aquele sonho se transforma em pesadelo de uma hora para outra. Uma terrível notícia faz o mundo de Eleanor desabar. A única coisa ainda de pé é Greyson, incansavelmente ao seu lado. Mas nem sempre a força do amor é o bastante para deter o curso da vida: Ellie e Grey se veem forçados a se separar. Anos mais tarde, Eleanor pensa ter deixado seu primeiro amor no passado, mas o caminho dos dois volta a se cruzar. Só que, dessa vez, quem precisa de ajuda é Greyson. O problema é que ele já não é mais o garoto doce de suas lembranças. Grey se tornou um homem frio, insensível, e o elo especial que um dia partilharam parece ter se rompido para sempre.

Um rapaz se deixa encantar por uma moça, a mais bela de Siracusa; seu amor é correspondido, e tudo parece mais que promissor, mas os azares do mundo, sob a batuta errática da Fortuna, parecem soprar em outra direção, e logo sobrevêm complicações e equívocos, raptos e guerras, persas e piratas, peripécias e reviravoltas... A trama de Quéreas e Calírroe (Editora 34, 208 pp, R$ 57 - Trad.: Adriane da Silva Duarte) — concebida no século I d.C. por Cáriton de Afrodisias, um autor grego de quem se sabe pouquíssima coisa — convida seus leitores a uma verdadeira viagem. Em primeiro lugar, a uma viagem literal e rica em incidentes, no rastro de personagens que perambulam sem descanso pelo Mediterrâneo e pela Ásia Menor. Mas igualmente a uma viagem literária, rumo às origens de um gênero destinado a longa carreira — o romance. Em Quéreas e Calírroe o leitor encontra o amor e a paixão, que vão roubando a cena à guerra; além da bela Calírroe, tão astuciosa quanto Odisseu, inaugurando a vasta galeria de heroínas que, desde então, vêm marcando o romance.