Com 3,37 milhões de inscritos, o canal Falaidearo, do casal Gabriel Dearo e Manu Diglio, é um sucesso na internet. Tanto que ganharam uma página de verbetes, a Wiki Falaidearo. Juntos, eles escreveram As aventuras de Mike (Outro Planeta), que ganhou ilustrações de Mack. Em outubro, o livro lidera a categoria Ficção da Lista Nielsen PublishNews, aquela que apura os livros mais vendidos escritos por autores nacionais. E a Planeta já anunciou que fechou contrato para a continuação que deve sair em junho de 2020. Claro que o casal não são os únicos youtubers da lista. Ainda em Ficção, o onipresente Marco Túlio, da franquia AuthenticGames (Astral Cultural) emplacou três volumes: o Box com os três livros, na quarta posição; A batalha contra Herobrine, em 18º e A batalha da torre, em 19º. E em Não Ficção, os irmãos Neto ocupam cinco posições: Brincando com Luccas Neto, em segundo; Luccas Neto em “Os aventureiros”, em terceiro; As aventuras na Netoland com Luccas Neto, em quarto; O mundo segundo Felipe Neto, em 11º e Pique-esconde com Luccas Neto, em 20º. Todos os livros dos irmãos foram publicados pelo selo Pixel (Ediouro). Quem foi que disse que a onda de youtubers já passou? Clique no Leia Mais e confira outros destaques da Lista.

No início do mês, cerca de 50 empresas do ramo – entre editores, distribuidores e livreiros – se reuniram na sede da Câmara Brasileira do Livro (CBL) para discutirem soluções para “inibir os descontos abusivos no comércio on-line”. A reunião teve o apoio da própria CBL e da Associação Nacional de Livrarias (ANL). Lá, foi apresentada uma planilha de monitoramento e captação de preços e descontos médios referente ao período de 26 a 31/10. Segundo informaram os organizadores, esse documento passará a ser produzido e acompanhado semanalmente. O que a planilha mostra é o desconto médio oferecido pelas varejistas Amazon, Cultura e Saraiva aos 20 livros mais vendidos de 19 editoras. A média de desconto ofertado ao consumidor final é de 33,54%. A Amazon, ausente da reunião, oferece descontos médios de 33,39%; a Saraiva, também ausente, 22,6% e Cultura, a única representada no encontro, 7,78%. Da reunião, surgiu um documento com algumas conclusões e propostas de ações transcritas na íntegra desta nota que pode ser acessada clicando no Leia Mais.

Livreiro desde os 13 anos – quando vendeu o primeiríssimo volume da livraria Dante Alighieri, montada pelos seus pais em Buenos Aires – Bernardo Gurbanov é o entrevistado dessa semana da PublishNewsTV. Hoje, o argentino radicado no Brasil desde 1977, quando escapou da ditadura em seu país, é presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL) e, por isso mesmo, na entrevista, não deixou de fazer reflexões sobre o mercado livreiro. Falou ainda de paixão, totalitarismo e de literatura. A versão mais curta do programa trouxe ainda Luciana Melo apresentando o espaço Casa Plana, na Vila Madalena, e Talita Facchini que resolveu resgatar notícias de “outros Jabutis”. Clique no Leia Mais e assista à entrevista.

Em parceria com o Itaú Cultural (Av. Paulista 149 – São Paulo / SP), a Festa Literária de Paraty irá anunciar o autor homenageado da sua 18ª edição em uma leitura dramática na próxima segunda (25), às 19h. Pela primeira vez, o anúncio será feito com uma apresentação de cartas e trechos da produção literária do homenageado, estabelecendo sua relação com os temas que a Flip costuma articular, como o entrelaçamento de linguagens e manifestações artísticas, o processo de fixação das raízes culturais no território – em Paraty, no Brasil e no mundo – e o papel das artes em geral na revitalização do espaço urbano. “Queremos fazer deste momento, a escolha do autor homenageado, uma espécie de prefácio à Flip”, explicou o arquiteto Mauro Munhoz, diretor artístico da festa literária. “São como as páginas introdutórias para a obra que virá em seguida”, completou. A leitura será transmitida ao vivo na página de Facebook do Itaú Cultural e da Flip. A próxima edição da festa literária acontecerá de 29 de julho a 2 de agosto.

O National Book Awards, uma das premiações literárias mais tradicionais dos EUA, anunciou os vencedores da sua 70ª edição. A jornalista Eliane Brum concorria na categoria Tradução Literária com o livro The collector of leftover souls - Field notes on Brazil’s everyday insurrections, uma coletânea pensada especialmente para o público norte-americano, porém o livro não chegou aos finalistas e quem ganhou o prêmio na categoria foi o romancista húngaro, László Krasznahorkai, com a obra Baron Wenckheim’s Homecoming. O livro conta a história do personagem Prince Myshkin, que ao final de sua vida volta à sua cidade natal em busca do seu amor perdido. Segundo os jurados, "a tradução notável de Ottilie Mulzet captura a densidade de suas frases estendidas, suas muitas reviravoltas e pivôs" e consideraram o livro uma obra-prima. Em Literatura juvenil o vencedor foi o livro 1919 The Year That Changed America, de Martin W. Sandler; em Poesia, a obra Sight lines, de Arthur Sze; em Não Ficção, The yellow house, de Sarah M. Broom; e em Ficção, Trust exercise, de Susan Choi. Nenhum dos autores tem livros publicados no Brasil.

A edição mais recente da revista Svensk Bokhandel traz estatísticas com os resultados financeiros das editoras suecas no último ano. Uma das listas apresenta as editoras mais lucrativas da Suécia ranqueadas por margem de lucro [lucro sobre receita antes de impostos e juros, ou seja, o EBIT]. No topo está a editora Dar Al-Muna que publica livros infantis em árabe e teve um faturamento de 6,7 milhões de coroas suecas (R$ 2,93 milhões) com lucro de 3,9 milhões de coroas (R$ 1,7 milhão), o que equivale a uma margem de 58%. Em segundo lugar vem a Word Audio Publishing [editora 100& digital com planos para o Brasil] com 52% de margem. No entanto, esta lucratividade foi obtida com um faturamento de 28,7 milhões de coroas (R$ 12,54 milhões), o que significou um lucro de 14,8 milhões de coroas (R$ 6,46 milhões). Entre 2017 e 2018, a editora aumentou seu faturamento em 37%. Clique no Leia + e descubra qual o segredo desta editora nas palavras de seu CEO, Mattias Lundgren.

A terceira edição da Ler – Salão Carioca do Livro termina neste sábado (24), mas até lá tem muita programação para acontecer nas 30 áreas de atrações disponíveis. A Editora Raiz, que chegou no mercado editorial no ano passado, em parceria com o Nespe, pensou diferente e focou sua programação no fracasso. A editora terá rodas de conversa intituladas Meu Fracasso Favorito 2, um desdobramento do debate Como fazer um livro... fracassar, organizado para o lançamento da Coleção Ruído. As mesas acontecem nos dias 22 e 23, às 16h30, na Biblioteca Parque. Na sexta participam os autores Adir ben Kauss, Andréa Gaspar e Giovani Gomes, e no sábado, os autores Mikha, Gustavo da Rocha Lima e Marcos Vasconcelos. A Intrínseca também levará para o evento alguns de seus autores. Miriam Leitão, por exemplo, participa da mesa Biblioteca Afetiva, nesta sexta (22), às 19h30, na Biblioteca Parque Estadual. No sábado, as autoras Andréa Pachá e Mirian Goldenberg participam da mesa Direitos e Desejos, às 11h, também na Biblioteca; e Clara Savelli e Mareska Cruz participam do bate-papo Próximo destino: literatura, no Campo de Santana, às 13h e às 15h. Clique no Leia Mais para saber os planos da Ler para sua próxima edição.

O Instituto Goethe (Rua Lisboa, 974 – São Paulo / SP) recebe logo mais, às 19h, a cientista política alemã Antonia Grunenberg para o lançamento do livro Hannah Arendt e Martin Heidegger: História de um amor (Perspectiva). A obra é considerada uma das mais abrangentes abordagem já escrita sobre o relacionamento que escandalizou o Ocidente, porque vai além do fato biográfico, mostrando como a vida, o pensamento e a natureza humana conspiraram para compor essa história que põe em questão muito menos as pessoas envolvidas do que nossa noção de civilização, justiça e amor. Após apresentar o livro, a autora e os convidados, Thiago Dias da Silva e José Sérgio Fonseca de Carvalho, com tradução simultânea por Gustavo Racy, debaterão a filosofia na vida e na política tendo o mundo contemporâneo como palco. Após a conversa, haverá uma sessão de autógrafos. O evento é gratuito.

A empreitada literária O lugar mais sombrio, trilogia escrita por Milton Hatoum que acompanha a formação sentimental, cultural e política do jovem Martim durante a ditadura militar brasileira, teve início com o romance A noite da espera (2017), que se desenrola nos anos 1960 na recém-construída capital do país. Neste segundo volume, Pontos de fuga (Companhia das Letras, 312 pp, R$ 49,90) o protagonista deixa Brasília e retorna a São Paulo, sua cidade, onde ingressa na faculdade de arquitetura da USP e passa a morar numa república de estudantes no bairro da Vila Madalena — um grupo que lhe trará novas vivências e grandes companheiros para a vida. Agora distante do pai opressor e dos amigos de Brasília, e sobretudo afastado de Dinah, a atriz militante com quem sua relação ficou estremecida, ele acompanha o endurecimento do regime autoritário no país, ao mesmo tempo que experimenta as agruras e adversidades da vida adulta, sempre assombrado pela incógnita do desaparecimento de sua mãe. Por falar na trilogia, em janeiro de 2013, a PublishNewsTV entrevistou o autor. Na conversa que ele teve com André Argolo, ele falava do primeiro tomo da série. Para rever o programa, clique aqui.

"Não quero aborrecer muito vocês com o que aconteceu comigo", diz o marinheiro Marlow aos colegas de navegação enquanto anoitece no Tâmisa. Ele começa então a relatar sua experiência no período em que esteve à frente de um barco a vapor em um rio na África. Ao chegar no Congo, Marlow conta ter recebido a missão de resgatar Kurtz, um brilhante comerciante que aparentemente havia perdido a sanidade. A viagem rio acima em busca desse misterioso homem é acompanhada de uma jornada pessoal para dentro das trevas e da loucura que habitam dentro de si. Esta nova edição de Coração das trevas (Antofágica, 288 pp, R$ 48,52), obra de Joseph Conrad, conta com ilustrações de Cláudio Dantas, textos de Ana Maria Bahiana e Christian Dunker e uma tradução inédita do tradutor José Rubens Siqueira, responsável por verter para a língua portuguesa livros como Desonra, de J.M. Coetzee e Grandes Esperanças, de Charles Dickens. O livro também inspirou o filme Apocalyse Now, de Francis Ford Coppola, que transpõe a narrativa do colonialismo africano para a Guerra do Vietnã.

A população da Terra cresceu de modo desenfreado. Os Mundos Siderais, antigas colônias terráqueas, há muito deixaram de se sujeitar à autoridade de seus colonizadores. Para agravar a situação, os robôs parecem estar substituindo grande parte da mão de obra humana, condenando os cidadãos da Terra a uma vida que mal lhes garante a subsistência. Em meio a esse cenário, o embaixador dos Mundos Siderais é encontrado morto em sua residência na cidade de Nova York. O investigador de polícia Elijah Baley é escalado para investigar o crime, e para cooperar com o inquérito, os Siderais enviam um parceiro inusitado: seu nome é R. Daneel Olivaw, e ele é um robô. Indicado ao prêmio Hugo de melhor romance As cavernas de aço (Aleph, 304 pp, R$ 44,47 – Trad.: Aline Storto) é também uma das principais obras de Isaac Asimov, ao lado de Fundação e Eu, Robô.