O Diário Oficial da União (DOU) trouxe na sua edição desta quinta-feira (30) a lista dos livros aprovados no PNLD Literário, que vai comprar livros de literatura para alunos da Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio das escolas públicas de conveniadas de todo o Brasil. Ao todo, o certame recebeu 1.016 obras inscritas. Dessas, 704 foram aprovadas e 312 reprovadas. Clique aqui para ter acesso à lista das obras selecionadas.

O Grupo Companhia das Letras anunciou na manhã desta quinta-feira que se uniu ao Google e fará o lançamento de seus primeiros audiolivros, dando início à comercialização de importantes títulos de seu catálogo nesse formato. A publicação escolhida para a estreia foi 21 Lições para o século 21, de Yuval Noah Harari, autor que já vendeu mais de 12 milhões de cópias no mundo, e terá narração de Sérgio Meneguello. É a primeira vez que a editora coloca à disposição um título em três formatos: livro físico, livro digital e audiolivro. A edição em áudio será comercializada por R$ 39,90 e estará disponível para compra no Google Play Store e Google Play Livros, a livraria online do Google, para dispositivos Android e também web. O livro também pode ser reproduzido em iPhones e iPads pelo aplicativo para iOS. A compra, porém deve ser feita pelo computador ou dispositivo Android. Junto com a obra de Yuval, a Companhia também disponibiliza outros 14 títulos, entre eles Homo Deus, também do mesmo autor; O livro dos ressignificados, de João Doederlein, @akapoeta, com narração do próprio autor; Mindset, de Carol S. Dweck; Casos e casos, de Esther Perel; e Inteligência positiva, de Shirzad Chamine

As editoras cariocas Jaguatirica e Ímã Editorial selaram uma parceria que vai permitir o seu desembarque em Portugal como Gato Bravo e Motor Editorial respectivamente. Os editores explicam que precisavam “limpar os ruídos culturais”, já que em Portugal não existem o felino jaguatirica e ímã (cuja grafia é íman) poderia ser confundido com o sacerdote muçulmano. As duas editoras vão compartilhar recursos e estruturas locais, incluindo equipe de vendas, mas manterão as suas linhas editoriais tal e qual operam aqui no Brasil. A ideia é que os títulos das editoras cheguem às livrarias e aos leitores lusos no começo do ano que vem, misturando lançamentos com destaques do catálogo brasileiro adaptados. A partir daí, todos os títulos lançados em um país estarão também disponíveis no outro. Clique no Leia Mais e veja a íntegra desta nota.

Esse ano, o Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) foi convidado a colaborar com a curadoria do Festival Literário Internacional de Óbidos (Fólio), que acontecerá entre os dias 27 de setembro e 7 de outubro, na vila literária localizada na região Central de Portugal. O festival mineiro levará para lá a escritora, jornalista e líder zen budista monja Coen, que teve seu primeiro livro publicado na terra de seus avós paternos. O sofrimento é opcional, aqui publicado pela Bella Editora, saiu em Portugal pela 20!20. A líder religiosa participa de uma mesa no dia 5 de outubro ao lado dos portugueses Paulo Mendes Pinto, padre José Maria Brito e Joaquim Franco. “Os três são portugueses e todos de alguma maneira são estudiosos sobre religiões. Quando eu sugeri ao Folio o nome da monja, imediatamente a curadoria do festival pensou em criar algo ligado às religiões trazendo para a público um debate extremamente atual e pertinente, baseado nas grandes atrocidades do passado, do presente e o quanto as novas tecnologias têm influenciado o mundo interior das pessoas”, explica Gisele Corrêa, curadora do Flipoços. De acordo com Gisele, a iniciativa em Portugal inaugura o “Flipoços na Estrada”, que vai levar uma série de atividades do festival mineiro para locais fora de Poços de Caldas. “Essa oportunidade em Portugal é também o primeiro passo para que o Flipoços inicie o intercâmbio de forma inversa, ou seja, levando do Brasil autores contemporâneos e novatos para apresentarem suas obras e quem sabe, começar uma carreira internacional em nosso País irmão de língua e de formação”, defende a curadora. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

O Troféu HQMIX divulgou na tarde de ontem (29) a lista dos ganhadores na votação anual sobre os lançamentos das HQs publicadas em 2017. O destaque vai para a Pipoca & Nanquim, que levou o prêmio na categoria Editora do Ano. A editora também foi a responsável por publicar Moby Dick, que venceu nas categorias Adaptação para os quadrinhos e Edição Especial Estrangeira. Na categoria Publicação Infantil quem levou foi a HQ Combo Rangers – Somos Iguais (JBC) e em Publicação Juvenil, o vencedor foi Graphic MSP Vol.15: Chico Arvorada (Panini). O ilustrador Marcelo D'Salete (na foto ao lado) também merece destaque. Autor do livro Cumbe (Veneta), indicado este ano ao Eisner Award, foi o vencedor nas categorias Desenhista Nacional, Destaque Internacional e Roteirista Nacional. Nesta trigésima edição, que é especial, a estatueta do troféu, feita por Olintho Tahara e reproduzida por Michel Costa, é uma homenagem para dois autores inquestionáveis – Mauricio de Sousa e Ziraldo com a escultura dos personagens Mônica e Menino Maluquinho segurando a “bomba”, que é a marca do evento. A entrega do troféu acontecerá no dia 16 de setembro, às 17h, na Comedoria do Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93 – São Paulo / SP), com entrada gratuita. Clique no Leia Mais para saber outros detalhes do prêmio e conferir a lista completa dos vencedores.

A DarkSide prepara para o final de setembro o livro Inferior é o caralho. Lançamento do selo Crânio, com livros de não ficção que estimulem o leitor a entender e questionar o mundo que estamos construindo, a obra escrita pela jornalista britânica Angela Saini convida o leitor a esquecer tudo o que sabe sobre as diferenças entre os gêneros e embarcar em uma jornada esclarecedora sobre as mentiras e meias-verdades que a ciência propagou ao longo dos últimos séculos. Será verdade que homens são fortes, durões, mais inclinados à promiscuidade e melhores ao estacionar carros enquanto que as mulheres são mais sensíveis, menos intelectuais, não tão favoráveis ao sexo casual e são melhores cuidando da família? Saini diz que não. No livro, ela apresenta em cada capítulo um recorte na história da ciência que difundiu o mito de que mulheres são inferiores, viajando o planeta para entrevistar cientistas, pesquisadores e especialistas e obter sempre os dois lados da história. A edição brasileira homenageia o trabalho da artista gráfica e ativista Barbara Kruger, e conta também com a introdução da professora de teoria literária e pesquisadora Heloisa Buarque de Hollanda.

Todos os anos, a Feira do Livro de Frankfurt (10 a 14/10) faz uma conferência de abertura para a imprensa e convida um nome importante que consiga aglutinar conceitos e tendências daquilo que se verá nos dias da feira. Foi assim em 2015, quando o escritor iraniano radicado em Londres Salman Rushdie foi convidado para falar sobre Liberdade de Expressão, ou em 2916, quando o artista plástico David Hockney marcou a inauguração do pavilhão The Arts+. Nesse ano, a convidada para a conferência de imprensa é a escritora nigeriana radicada nos EUA Chimamanda Ngozi Adichie, cuja obra dialoga fortemente com os movimentos feministas. O seu trabalho já foi traduzido para mais de 30 idiomas, inclusive para o Português. No Brasil, Chimamanda é publicada pela Companhia das Letras.

A Relicário e o Instituto Cervantes de São Paulo (Av. Paulista, 2.439 – São Paulo / SP) lançam logo mais os livros Árvore de Diana e Os trabalhos e as noites, da argentina Alejandra Pizarnik (1936 - 1972). Ambos livros de poemas, em Árvore de Diana a autora mostra seu interesse pelas artes plásticas e determinados procedimentos estilísticos e temáticos, e em Os trabalhos e as noites, inversão no título clássico de Hesíodo, Alejandra organiza seus poemas com um catálogo limitado de palavras e imagens. No evento que começa às 19h, também será exibido o documentário Alejandra, dos cineastas argentinos Virna Molina e Ernesto Adito, seguido de bate-papo entre a escritora Paloma Vidal e o tradutor dos livros Davis Diniz.

Autor de obras como Jantar secreto (Companhia das Letras), O vilarejo (Suma) e Criaturas e criadores (Record), o autor Raphael Montes se destacou na literatura brasileira ao criar narrativas intensas e surpreendentes, com personagens complexos e diálogos afiados. Agora, para ajudar autores iniciantes e profissionais, Raphael criou o curso on-line Escreva seu romance. Ao longo das 22 videoaulas o autor revela os segredos por trás da construção de seus romances e ensina as ferramentas necessárias na elaboração de um livro, além de apontar os vícios comuns de autores iniciantes. Ele aborda ainda os mais diversos aspectos da ficção (estilo, tema, estrutura, personagem, diálogo, descrição, ponto de vista, entre outros). Até esta sexta-feira (31), o curso está com valor promocional de R$ 768. Para mais informações sobre as aulas e sobre como se inscrever é só clicar aqui.

Mac e seu contratempo (Companhia das Letras, 288 pp, R$ 59,90 – Trad.: Josely Vianna Baptista), de Enrique Vila-Matas, é uma mescla entre o romance cômico, a autoficção e a crítica literária. Mac é um entediado homem de meia-idade, desempregado, que vive às custas da mulher, ocupando seus dias com caminhadas pelo Coyote, fictício bairro de Barcelona, e com leituras paranoicas do horóscopo — que acredita conter mensagens codificadas direcionadas a ele. Como costuma ocorrer nos romances de Vila-Matas, a única saída para o protagonista é a literatura: somente os livros podem salvar Mac desta vida. É assim que surge a ideia amalucada de tentar reescrever o primeiro livro de Sánchez, um escritor de sucesso que, por acaso, é seu vizinho. O que está em jogo aqui é a ideia de repetição, e o que autor parece assinalar é que toda escrita é repetição e que a criação literária é sempre evocação de algo que se leu um dia. A jornada literária deste personagem quixotesco arremessará o leitor num tornado de citações e de livros dentro do livro capaz de questionar os conceitos do que é escrever (e ler) literatura nos dias de hoje.

Jornalista com passagem pelas principais redações do país, Ana Holanda se encontrou como a “contadora de histórias” que sempre quis ser na revista Vida Simples, onde está há alguns anos como editora-chefe. As pautas inspiradoras aliadas à possibilidade de se colocar de forma intensa nos textos para falar mais profundamente ao leitor, características da publicação, forjaram o conceito de escrita afetuosa que a jornalista passou a desenvolver, e que compartilha, em palestras e oficinas, com muitas pessoas interessadas em potencializar sua relação com a palavra. “Escrita afetuosa não tem nada a ver com cartas de amor, e sim com o amor que existe dentro de cada palavra”, explica. Ana apresenta em Como se encontrar na escrita (Bicicleta Amarela / Rocco, 224 pp, R$ 39,90) não um manual com técnicas de redação, mas um guia em tom de conversa repleto de dicas sobre como buscar e expressar a própria voz através da escrita.

Nova York, 1936. A pequena taberna El Capitán é inaugurada na rua Catorze, um dos redutos da colônia espanhola que então reside na cidade. A morte acidental de seu proprietário, o inconsequente Emilio Arenas, força suas indomáveis filhas a tomarem conta do negócio, enquanto nos tribunais é negociado o pagamento de uma promissora indenização. Abatidas e atormentadas pela necessidade urgente de sobrevivência, as temperamentais Victoria, Mona e Luz Arenas irão trilhar seus caminhos entre arranha-céus, compatriotas espanhóis, adversidades e amores, determinadas a transformar um sonho em realidade. As filhas do capitão (Planeta, 496 pp, R$ 59,90 – Trad.: Sandra Martha Dolinsky), novo livro de María Duenãs, acompanha a história dessas três jovens forçadas a atravessar um oceano, se estabelecer em uma deslumbrante cidade e lutar para encontrar seu caminho. No livro, Dueñas faz uma homenagem às mulheres que resistem quando os ventos sopram em sentido contrário e a todos os que viveram - e vivem - a aventura, muitas vezes épica e quase sempre incerta, da emigração.

Com mais de um milhão de exemplares vendidos nos EUA e baseado num escândalo real envolvendo o sequestro e a venda de crianças pobres para famílias ricas, Segredos de família (Globo Livros, 364 pp, R$ 39,90 – Trad.: Natalie Gerhardt), de Lisa Wingate, é um romance inspirador que alterna passado e presente para mostrar o poder de duas mulheres fortes, dispostas a vencer todos os obstáculos para defender suas famílias e reinventar suas próprias vidas, ligadas por um vínculo muito mais intenso do que jamais poderiam imaginar. A obra alterna as histórias de Rill Foss, no ano de 1939, que luta para manter seus irmãos juntos num mundo perigoso e incerto; e Avery Stafford, nos dias atuais, que segue em uma jornada pelo passado de sua família, um caminho que acabará revelando histórias enterradas e que faz com que Avery repense as suas escolhas e tudo aquilo que considerava como a sua verdade.