O Painel das Vendas de Livros no Brasil, documento divulgado mensalmente pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen, acompanha o varejo de livros no país e demonstra, por meio de seus números, a evolução desse segmento do mercado. De fevereiro de 2017 até maio passado, o Painel manteve a sua seta apontada para cima, com crescimentos importantes tanto em número de exemplares vendidos, quanto em faturamento que crescia, até então, acima da inflação no período. Isso mudou em junho, quando o Painel demonstrou os efeitos da greve dos caminhoneiros no setor. Naquele mês e em comparação com igual período de 2017, livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento perderam 2,92% do seu faturamento apurado com a venda de livros. Mas o pior ainda estava por vir, alertou na época Ismael Borges, gestor da ferramenta Bookscan que é responsável pelo monitoramento do varejo de livros no País. E de fato, o pior veio. O mais recente relatório aponta que, por conta da Copa do Mundo de Futebol e do início das férias escolares, o varejo de livros teve nova queda. Dessa vez, o faturamento perdeu 3,19% e, em volume, a queda foi de 9,28%. Ao se comparar as 28 primeiras semanas de 2018 com igual período de 2017, no entanto, o que se vê é que houve crescimento de 9,97% do faturamento e de 5,24% no volume de livros vendidos. Clique no Leia Mais para conferir mais detalhes do Painel e acessar a sua íntegra.

O quarto encontro UmLivro com PublishNews aconteceu na noite de ontem (9) e lotou a biblioteca da Unibes Cultural que recebeu Eduardo Albano (Ubook), Ricardo Camps (Tocalivros) e Andrea Fornes (Google) para discutirem o audiolivro no Brasil. E o assunto rendeu. Além de falarem sobre seus negócios, a luta para fazer os audiolivros decolarem por aqui e como driblaram as dificuldades quando ninguém acreditava nesse mercado, os três responderam às perguntas da plateia e ainda tiraram dúvidas sobre algumas questões técnicas que envolvem os audiolivros. Para quem não pôde comparecer, o vídeo da mesa está na nossa página no Facebook e clicando no Leia Mais você confere a nossa galeria.

O Grupo Editorial Nacional (GEN) abriu uma vaga para analista de marketing editorial. O contratado será responsável por atuar no desenvolvimento de campanhas de marketing, auxiliar em pesquisas de mercado, atuar no desenvolvimento e manutenção do blog GEN Jurídico e sites de autores e realizar a interface entre o editorial e os demais departamentos. A empresa pede que os candidatos tenham formação em comunicação social, especialização em publicidade, produção editorial ou marketing. É desejável também o conhecimento de programas de edição de imagens e experiência anterior no mercado editorial. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail recrutamento@grupogen.com.br até 15 de agosto.

A Câmara Brasileira do Livro prepara para este sábado (11) o lançamento dos guias Como abrir uma livraria - Guia de Orientação e Itinerários de Leitura. O Itinerários de Leitura é dirigido aos professores e tem como objetivo mostrar de maneira prática, como a leitura no ambiente escolar pode e deve ser transformadora do conhecimento desde a infância. Abrir um negócio é uma tarefa desafiadora e empreender para abrir uma livraria é instigante. Já livro Como Abrir uma Livraria - Guia de Orientação, traz o passo a passo e dicas importantes para o processo de abertura de livrarias. Os lançamentos serão realizados no Espaço Papo de Mercado (N02), às 18h.

O Ubook, plataforma de distribuição de audiolivros por streaming, agora quer ampliar sua atuação entre os amantes da literatura e escolheu a Bienal do Livro de São Paulo para fazer o lançamento do seu box de assinatura de livros, o Ubook Box. A proposta apresentada é bem diferente dos outros clubes existentes no mercado atualmente, sendo similar aos demais, apenas a curadoria para a escolha da recomendação mensal de leitura. Recomendação porque o usuário não será obrigado a aceitar a obra indicada. “Caso ele já tenha lido aquele livro ou não tenha interesse pelo assunto, o usuário terá à sua disposição uma lista com outros títulos sugeridos na qual ele poderá indicar qual é o livro que ele gostaria de receber”, explica Flávio Osso, CEO da startup. Outra particularidade do Ubook Box em relação aos outros boxes do mercado é que o usuário irá receber não apenas o livro físico do mês. A curadoria irá escolher o livro do mês e também indicar uma seleção de audiolivros, e-books e podcasts que estendem a experiência daquele livro físico. “A ideia não é que o leitor leia o mesmo livro em diferentes formatos. Nosso objetivo é que a pessoa complemente sua experiência no tema selecionado”, explica Osso.

A Mauricio de Sousa Produções (MSP) preparou diversos lançamentos durante a Bienal de São Paulo. Sob o tema A Fantástica Fábrica de Sonhos, este ano, o estande da MSP, com 250 m², está repleto de novidades. Com uma exclusiva gráfica local, montada no estande pelo parceiro Dentro da História, será possível criar livros personalizados para cada criança e vê-los serem impressos em cerca de 30 minutos. Outra novidade do estande é a distribuição de 20 mil vouchers promocionais que permitirão acesso gratuito (por um mês) à plataforma Ubook, responsável pelo audiogibi da Turma da Mônica. Nesta sexta (10), às 11h, Mauricio de Sousa estará no Espaço Infantil para conversar sobre lendas brasileiras. A partir das 13h30, o desenhista conversará com as autoras Babi Dewet, Melina Souza, Carol Christo e Pam Gonçalves sobre o livro Uma Viagem Inesperada. No sábado (11), a partir das 11h, na Arena Cultural, ele também participará do lançamento do livro Vamos Pensar + um Pouco?, da Editora Cortez, segunda parceria com o professor, filósofo e escritor, Mario Sergio Cortella. No último dia do evento, às 16h, Mauricio, juntamente com padre Luís Erlin Gomes Gordo, Luis Hu e padre Richarde Guerra, estará presente na mesa de discussão sobre tolerância religiosa.

Estevão Ribeiro, o homem por trás d’Os Passarinhos que aparecem toda sexta-feira na nossa newsletter, já criou roteiros de tirinhas publicadas em jornais, já trabalhou na Mauricio de Sousa Produções e já deu vida a outros personagens, como o Tristão. Agora, o desenhista criou a Rê Tinta, personagem que pretende trazer diversas críticas sociais em suas histórias. Renata Tinta da Silva é uma menina de 10 anos, pertencente à classe média, com pontos de contato com as classes média alta e a pobreza. Seus pais, Beto (jornalista) e Jane (historiadora), são as fontes de conhecimento e formação do pensamento crítico da menina. O principal objetivo dos quadrinhos é abordar questões envolvendo identidade do povo brasileiro, sobretudo suas raízes africanas e seus reflexos na sociedade, mas com a visão otimista e empoderada de uma menina que vê a beleza do seu tom de pele e nos seus cabelos. Além de seus pais, Rê Tinta conta ainda com a participação ocasional de Sebastião, seu amigo branco de nove anos e o contato da menina com a classe média, e Lorena que irá abordar temas como comportamento, preconceito, autoimagem e a militância. Você pode conferir as histórias da Rê Tinta pela página no Facebook ou pelo Instagram.

Este ano, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB - Rua São Clemente, 134 - Rio de Janeiro / RJ) completa 88 anos. Hoje em dia é uma instituição pública federal, vinculada ao Ministério da Cultura, e oferece um espaço reservado ao trabalho intelectual, à consulta de livros e documentos, e à preservação da memória nacional. O acervo que pertenceu a Rui Barbosa compreende, de sua imensa e preciosa biblioteca, mantida no local original e que reúne 37 mil volumes. Uma curiosidade é que Rui Barbosa possuía as legislações de todos os países, suas constituições, os códigos e as leis civis, comerciais, penais e processuais. Nesta quinta-feira (09), a fundação realiza mais uma palestra da série Pensar a imprensa, A crítica musical de Oscar Guanabarino nas páginas da imprensa carioca (1916-1919), às 17h30, e de amanhã (10) até o dia 20, a fundação recebe a mostra Os livros para crianças nos tempos de Rui Barbosa, que reúne obras raras da literatura infantil pertencentes ao acervo da FCRB. A Casa de Rui Barbosa ocupa um dos mais antigos imóveis remanescentes da primeira ocupação do bairro de Botafogo. A construção inaugurada em 1850 está instalada em meio a um jardim histórico, com elementos românticos, entre caramanchões, pontes, lago em forma de rio, cascatas e quiosques.

Em Cachaça - História, Gastronomia e Turismo (Senac, 322 pp, R$ 61), Jairo Martins da Silva, especialista no assunto, compartilha informações detalhadas sobre o destilado, fruto de intensa pesquisa realizada desde o fim dos anos 1990. O livro traz conteúdo abrangente e aprofundado para quem deseja aprender mais sobre a bebida, para aqueles que desejam montar um alambique e iniciar sua produção ou, ainda, para quem se interessa em conhecer as principais regiões produtoras do destilado no país. Para isso, a obra apresenta uma relação das marcas que possuem visitação, revelando um mapa turístico inédito a ser explorado e descoberto pelos leitores. Em Cachaça, as madeiras usadas para armazenamento e envelhecimento da bebida também ganham destaque e o livro apresenta ainda receitas de drinks, legislação específica e dados sobre o mercado desta que é a segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil e o terceiro destilado mais popular do mundo, perdendo apenas para a vodka e para o soju (bebida originária da Coreia feita de arroz).

Neste livro amplamente ilustrado, o leitor vai descobrir os diversos aspectos da cadeia de produção, distribuição e consumo da cachaça. Vai entender o que é cachaça de verdade e quais suas origens históricas, saber quais são as 100 melhores cachaças do país, além do passo a passo para fazer a caipirinha perfeita, receitas de como fazer licores e infusões em casa e dicas para ler o rótulo e escolher a melhor bebida. Em formato de almanaque e com linguagem divertida, Os segredos da cachaça (Alaúde, 160 pp, R$ 70) é perfeito tanto para quem está descobrindo o valor da cachaça quanto para os tradicionais bebedores da bebida mais popular do Brasil. A obra foi escrita por Leandro Dias, proprietário da Middas, a única cachaça com flocos de ouro do mundo, e por João Alves de Almeida, jornalista com quase 30 anos de experiência, criador do blog Brasil no Copo. Os autores participam de um bate-papo este sábado (11), às 16h, na Saraiva do Shopping Ibirapuera (Av. Ibirapuera, 3.103 - São Paulo / SP).

Uma viagem que explora as receitas vegetarianas do país. Nas muitas viagens que fez até um dos países mais populosos e intrigantes do mundo, Zeca Camargo descobriu que a verdadeira culinária “típica” indiana é aquela encontrada em lares, preparada por cozinheiras e cozinheiros para alimentar suas famílias. Com a ajuda do amigo Varunesh Tuli, ele experimentou os mais diversos pratos e conheceu a hospitalidade e a generosidade dos indianos. Índia: Sabores e sensações (Companhia de Mesa, 180 pp, R$ 89,90) é resultado da vontade de Zeca de compartilhar sua paixão pela Índia — os sabores e aromas que se confundem com as lembranças de suas visitas. Reunindo mais de 30 receitas vegetarianas tradicionais e relatos de viagens, os autores pretendem inspirar quem nunca pisou naquela terra a mergulhar no universo de sensações que é a Índia.

São Paulo tem comida do mundo inteiro, nos quatro cantos da metrópole, servida a quase qualquer hora do dia. Mas talvez nenhum outro prato tenha uma ligação tão forte com a cidade quanto a pizza. Herdados dos imigrantes italianos que, há mais de um século, começaram a sair pelas ruas vendendo fatias dessa saborosa receita de sua terra, os discos de massa fina, grossa ou média – de acordo com a tradição do restaurante ou a vontade do freguês –, feitos principalmente com molho de tomate e assados no forno a lenha, há muito já fazem parte do dia a dia paulistano. Em Pizzarias que contam a história de São Paulo (Panda Books, 96 pp, R$ 35,90) o leitor vai conhecer a variada e saborosa história de dez tradicionais pizzarias de São Paulo: Ângelo, Camelo, Castelões, Cristal, Jardim de Napoli, Margherita, Paulino, Speranza, Urca e Vituccio.

Segundo livro de crônicas de Marcílio Godoi, Frágil recompensa (Sagüi, 224 pp, R$ 47) reconstrói uma Belo Horizonte perdida desde os anos 1960, a partir de relatos memorialistas em prosa poética. Com diversos planos e eixos narrativos, o livro trata de uma história comum à maioria dos brasileiros, a migração de uma numerosa família do interior para a capital do estado e as decorrentes inadequações sociais resultantes disso, em um contexto de religiosidade e repressão político-militar. Em uma trama "psicológica" do livro, nascimento e morte flutuam emocionalmente sem cronologia definida nas vozes da mãe, do pai, e dos nove irmãos, em uma espécie de pacto integrado pelo fio do olhar de um autor implícito, um certo menino, que perpassa praticamente todas as histórias.