Se, para a Sextante, o lugar mais alto do ranking das editoras é comum, para a Intrínseca, foi a segunda vez no ano que isso aconteceu. Com 16 títulos cada, as duas casas empataram nessa semana no ranking das editoras. Com três títulos novos na lista – Gelo negro, Surpreendente! e O presente do meu grande amor – a Intrínseca saiu de 12 títulos na semana passada, para os 16 atuais, que somaram um total de vendas de 18.871. Já a Sextante, acostumada ao primeiro lugar no ranking das editoras, não teve nenhum livro novo na lista. Os 16 títulos somaram um total de 13.674. Em segundo lugar no ranking semanal ficou o Grupo Editorial Companhia das Letras, com 13 títulos, e em terceiro, três editoras empatadas, com seis títulos cada: Gente, Grupo Editorial Record e Planeta. No ranking anual, a Sextante, com 72 títulos, está em segundo, atrás da Nobel, com 86. A Intrínseca ficou em quinto lugar, com 37 títulos. Larissa Manoela continua sendo a queridinha do Grupo Ediouro. Nessa semana, além de ficar em primeiro lugar da lista geral, com 11.264 exemplares de O diário de Larissa Manoela (HarperCollins Brasil), ainda emplacou o Larissa Manoela (Coquetel) em quinto lugar na lista infantojuvenil. Com o desempenho dessa semana, O diário de Larissa Manoela assumiu o primeiro lugar da lista infantojuvenil anual, com 138.076 exemplares vendidos.

Ontem (20), foi o segundo dia da Feira. Mesmo que apenas dois dias de trabalho intensos tenham passado, em todas as reuniões que fui pude sentir que os editores e agentes já estavam cansados. Coloque-se na seguinte situação: você chega à Feira de Frankfurt com a semana inteira planejada meses atrás, ou seja, durante quatro dias, todos os seus 30 minutos, pelo menos aqueles entre as 8h e as 18h, são preenchidos por andar de um estande para o outro procurando a nova cadeira em que você se sentará, com a nova pessoa com quem você falará e com o não tão novo catálogo que será colocado em sua frente para que os não tão novos títulos sejam escolhidos. Você não tem horário de almoço e, entre uma reunião, e outra você tenta correr para ir ao banheiro e talvez engolir um café (se você é fumante, esquece). É totalmente compreensível que as últimas reuniões do dia sejam cada vez mais rápidas e objetivas, sobrando um tempinho para bater um papo sobre amenidades. Depois disso, você quer apenas jantar e ir para casa. Porém, quem disse que é isso que as pessoas fazem? Conversando com alguém, dizendo o quão cansada estava me sentindo, ouvi: “acha que está cansada? Já foi para a Feira de ressaca?”. Não... ainda não consegui levantar da cama.... Clique no Leia Mais e veja o capítulo de hoje da nossa marinheira de primeira viagem em Frankfurt.

O recesso nas compras governamentais no mercado editorial, ainda no último governo Dilma, e que prometia ser passageiro, provisório, nesse atual, fruto de um golpe jurídico-midiático, caiu na mais absoluta imprecisão, com a descontinuação de alguns programas e a reativação temporária de outros, como o PNAIC. Às pequenas e médias editoras que antes eventualmente conquistavam espaço nas compras públicas, também não resta muito, afinal ninguém discorda de que para 2017 haverá uma redução significativa no poder de compra do consumidor. E não há como ser diferente, pois congelamentos de salários, planos de demissão voluntária, ausência de controle sobre preços de insumos básicos como telefone e luz, aumento dos derivados de petróleo, como o gás e outros, prometem um ano de severa retranca, possivelmente maior do que vimos até agora. E o quadro poderia piorar? Mas claro, e vai. O prenúncio do circo de horrores como essa tal PEC 241, é amostra grátis. Um governo que diz cortar despesas reformando o ensino médio e reduzindo bolsas, enquanto despeja somas incríveis para salvar a mídia decadente, e que diz preparar privatizações injustificáveis, é, no mínimo, assustador. Sem falar que, por si, a existência de um ministro da educação que ataca o sistema de trabalho e de previdência dos professores por serem “muito macios”, é ainda mais aberrante. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna de Paulo Tedesco.

Já nas livrarias, o livro Nem tudo será esquecido, de Wendy Walker tem tudo para fazer sucesso. Além de ter sido selecionado um dos dez melhores livros de julho pela Amazon, a obra teve os direitos cinematográficos adquiridos pela produtora da atriz Reese Witherspoon, responsável pelas adaptações dos livros Garota Exemplar (Intrínseca) e Livre (Objetiva). O thriller psicológico retrata uma pequena cidade de Connecticut, onde tudo parece perfeito até a noite em que a adolescente Jenny Kramer é violentada durante uma festa. Nas horas posteriores ao ataque, os pais autorizam que a filha seja submetida a um controverso tratamento, no qual as memórias do estupro seriam varridas de sua mente. O método, entretanto, não foi tão bem-sucedido quanto os médicos imaginavam e Jenny passou a demonstrar que, mesmo sem a lembrança do ataque, o terror permanecia em seu corpo. A jovem, então, busca recuperar a memória para finalmente lidar com o trauma. Enquanto isso, o pai da garota segue obcecado em descobrir quem foi o autor do crime, ao passo que a mãe tenta fazer de conta que seu mundo de aparências não fora abalado.

Editora no selo infantojuvenil da Rocco e também escritora, Viviane Maurey prepara o livro #Fui, que sai pelo selo Globo Alt. Com lançamento previsto para abril de 2017, a obra conta a história de uma garota que, depois de realizar o sonho de fazer uma viagem de intercâmbio a trabalho, se vê em uma encruzilhada e precisa decidir entre três caminhos diferentes. Essa jornada, repleta de obstáculos e momentos cômicos, leva a personagem a descobrir mais sobre si mesma. Viviane já publicou contos na Amazon tanto para o público jovem quanto para o público adulto e seu conto Entre duas gotas de chuva foi finalista do Concurso Literário Brasil em Prosa.

Suspensa em 1990, depois de sete títulos, a Coleção Fortuna Crítica é relançada pela Editora Universitária da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (EDUNILA). Criada e dirigida pelo professor, crítico literário e ensaísta Afrânio Coutinho, a coleção foi publicada entre 1977 e 1990 pela Editora Civilização Brasileira. Em 13 anos, foram lançados sete volumes, dedicados a Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Cassiano Ricardo, Cruz e Sousa, Manuel Bandeira, Guimarães Rosa e José Lins do Rego. Agora, o primeiro livro lançado pela Editora da UNILA, reúne textos de grandes nomes da literatura e da crítica brasileiras tendo como ponto comum a vida e a obra de um dos mais aclamados escritores do país. Raul Pompeia, organizado por Eduardo Coutinho, a obra reúne textos escritos tanto por contemporâneos de Pompeia quanto por estudiosos atuais. Entre os autores estão Machado de Assis, Capistrano de Abreu, Rubem Braga, Eugênio Gomes, Therezinha Bartholo e o próprio Afrânio Coutinho. Com isso, o leitor tem à disposição, em um só volume, depoimentos do próprio Pompeia ou sobre ele, reportagens bibliográficas, ensaios referentes à sua obra e estudos específicos sobre sua vasta bibliografia.

Depois de elegerem a escritora Cintia Moscovich como patrona deste ano, a 62ª Feira do Livro de Porto Alegre divulgou sua programação completa na manhã de ontem (20), tendo como tema a expansão da diversidade e dos horizontes literários. Marcada para acontecer do dia 28 de outubro a 15 de novembro na Praça da Alfândega (Rua dos Andradas, s/n, Centro - Porto Alegre / RS), o evento cultural terá 111 bancas de vendas de livros, divididos em três áreas: geral, infantil e internacional. Na programação para os adultos, o destaque fica para a participação de diversos autores estrangeiros, vindos de países como França, Peru, Espanha e México, além de uma comitiva de nove escritores açorianos, que representarão a Região Autônoma dos Açores, homenageada deste ano. Dentre os convidados, nomes como Leandro Karnal, Adriana Calcanhotto, Jorge Volpi, Paulo Henrique Amorim, Juan Gómez Bárcena, Regina Zilberman, Leonardo Sakamoto e David Grossman estão confirmados. Já para participar da programação infantil e juvenil, Thalita Rebouças, Katia Canton, Georgina Martins, Rogério Andrade Barbosa, Otávio Jr., além dos autores que encontram alunos de escolas pelos programas de leitura Adote um Escritor e Lendo pra valer foram os escolhidos. Para este ano, estão previstas mais de 700 sessões de autógrafos. A programação completa você confere clicando aqui.

Patrocinado pela Lei Rouanet, o projeto produzido pelos artistas e escritores Giordano Pagotti e Fernanda de Oliveira começa sua segunda turnê pela Europa na Feira do Livro de Frankfurt (19 a 23/10). Destinado ao público infantil, Giordano e Fernanda produziram um material cultural que foi além do papel e se transformou em um livro musical. Neste sábado (22), os autores estarão no estande da Brazilian Publishers apresentando Zoic e o destino do planeta (Callis), livro musical que ensina para as crianças a importância de se cuidar do planeta unindo música e leitura. Depois da Alemanha, a turnê ainda segue para Áustria e Suíça.

A Livraria Nobel do Shopping Largo 13 (Rua Amador Bueno, 229, Piso superior, Santo Amaro – São Paulo / SP), com o apoio da Faro Editorial, realiza, neste sábado (22), o Terror na Nobel. No encontro, o escritor e cineasta premiado, Marcos DeBrito e o autor da saga As crônicas dos mortos (Faro Editorial), Rodrigo de Oliveira, participam de uma conversa sobre literatura fantástica e cinema de terror. O evento terá ainda sorteio de livros, cartazes e DVDs do longa Condado macabro, além da exibição de dois curta metragens. O Terror na Nobel começa a partir das 16h.

A Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915, Pinheiros - São Paulo / SP) volta a promover o projeto Degustações de histórias, que une a gastronomia à literatura, por meio de contação de histórias acompanhada de pratos que harmonizam com o pano de fundo cultural das narrativas. O próximo encontro que terá como tema a primavera, acontece no dia 25 de outubro, das 18h30 às 22h, no café da unidade da livraria na rua Fradique. Os anfitriões serão o escritor e contador de histórias Ilan Brenman e a chef de cozinha Tanea Romão. Os ingressos estão à venda no site da Foodpass e custam R$ 150.

O romance A cabana do pai Tomás (Amarilys, 672 pp, R$ 79 - Trad.: Ana Paula Doherty), de Harriet Beecher Stowe (1811-1896), ganhou uma nova tradução para o português, com texto integral acrescido de notas e um prefácio crítico do Ricardo Alexandre Ferreira. Além da saga do velho Tomás do título – um escravo humilde e crente que, após anos de dedicação a um bom senhor, precisa ser vendido para quitar dívidas e acaba passando de mão em mão –, a autora Harriet Beecher Stowe costura uma série de narrativas que questiona não apenas a contradição no fato de um país fundado sob o lema de que “todos os homens nascem iguais” continuar permitindo o trabalho escravo, mas também outras questões e problemas mais amplos e incômodos. Stowe não só se atreve a pôr o dedo na grande questão política de seu tempo, como também cria personagens femininas fortes que, apesar das limitações sociais, questionam o poder masculino, contornam atitudes dos maridos com as quais não concordam e até mesmo buscam vingança por maus tratos e torturas.

Como fica a minha vida depois de você? Como é que a gente faz para esquecer alguém? Os primeiros vestígios do fim, as despedidas, deixar alguém, ser deixado, o recomeço, a necessidade de se acostumar a viver sozinho de novo, os flashbacks, as ligações de madrugada, a falta que persiste, os novos encontros, os velhos encontros, a gente encontrando a gente, um mundo novo surgindo, a luz no fim do túnel. Em Depois do fim (Outro Planeta / Planeta, 224 pp, R$ 31,90), Daniel Bovolento conta a trajetória de todo mundo que terminou alguma coisa e tem que aprender a lidar com as diferentes dores e superações de quem perdeu um amor. São 50 textos em que se misturam crônicas e desabafos sobre recomeço, aprendizado e a esperança de um novo final feliz. “Cada um de nós encontra uma maneira diferente de encarar o fim. Cada um de nós passa por fins diferentes, por mais que tenhamos tido histórias parecidas”.

Em O garoto dos olhos azuis (Pandorga, 376 pp, R$ 29,90), primeiro livro da paulistana Raiza Varella, a protagonista Bárbara vai perceber que sonhos podem virar pesadelos num piscar de olhos. No primeiro da série Encantados, a autora narra – com bom humor – essa reviravolta na vida da personagem, até ela finalmente encontrar o verdadeiro “príncipe do cavalo branco”. No livro, Bárbara faz jus ao nome: ela é loira, bonita e bem-sucedida. Entretanto, sua vida vira um inferno depois de ser abandonada pelo noivo no altar (que a estava traindo com sua melhor amiga). Então, ela decide voltar para a pequena cidade de Garopaba e reconstruir sua vida, com muitas crises de choro, desespero e raiva. Porém, mal sabe ela que o retorno à pacata vida no interior vai trazer à tona a marcante memória do garoto de olhos azuis.

Fãs do impossível (Intrínseca, 336 pp, R$ 24,90 – Trad.: Marina Vargas), romance de estreia da escritora americana Kate Scela, conta a história de três amigos (Mira, Sebby e Jeremy), em meio aos complexos conflitos da adolescência. Mesmo sentindo-se despedaçados, sem motivos para serem amados e tentando não sucumbir à solidão, os três lutam pela vida, cada um à sua maneira. Mira está começando em uma escola nova, depois de passar um tempo no hospital. Ela se sente insegura no novo ambiente e acha que não vai conseguir ficar longe de seu melhor amigo, Sebby, um garoto brincalhão que leva a vida com boas doses de mentira e bom humor, até que seu lado mais destrutivo vem à tona. Jeremy está retornando à antiga escola, depois de um tempo afastado por causa de um incidente traumático que arruinou seu ano letivo. Tímido e quieto, ele deseja se aproximar de Mira e Sebby. Juntos, contra todas as expectativas, eles vão viver o impossível.

Reviravolta é o primeiro volume da série Soul Rebel (LeYa, 400 pp, R$ 39,90), fenômeno da internet, escrito por Kimberly Mascarenhas. Cassidy, a protagonista desta história, é uma jovem tímida, mas muito forte e decidida. Após a repentina morte da mãe, surge no colégio de Caissy uma mulher elegante e gentil chamada Deborah, que, se apresentando como uma velha amiga de Beatrice recebe autorização para levar a menina para a sua casa. Apesar de receosa, ela aceita ir. O que Caissy não esperava era encontrar lá Maison, o cara com quem ela tinha brigado numa festa na noite anterior. Mesmo com diversos atritos e provocações, imediatamente surge uma forte atração entre os dois, e o destino, sempre pregando peças, faz a jovem cair nos encantos do rapaz. Cheia de dúvidas e conflitos internos, ela decide se entregar à paixão e correr todos os riscos – sem saber que s relacionar com Mason talvez signifique colocar a própria vida em jogo.