A Saraiva apresentou, na manhã desta quarta-feira (30), os resultados do quarto trimestre de 2015. Na apresentação, os executivos da companhia ressaltam que 2015 foi “um dos anos mais desafiadores da história recente do Brasil”. A receita bruta do varejo fechou 2015 em R$ 1,9 bilhão, redução de 2,1% em relação a 2014. As vendas nas lojas físicas (critério mesmas lojas) apresentaram queda de 1,7% na comparação anual e as despesas operacionais recorrentes cresceram 7,3%. Diante desse cenário, a Saraiva fechou o ano passado com lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortização (EBITDA) de R$ 329 milhões. No ano passado, o EBITDA foi de R$ 35 milhões. A variação expressiva, no entanto, é decorrente da venda dos ativos editoriais à Somos Educação, concluída em dezembro de 2015. Excluindo-se esse fato, o EBITDA de 2015 fecha em R$ 3 milhões, queda de mais de 1000% se comparado com o ano anterior. Clique no Leia Mais e veja outros destaques.

No relatório de divulgação de resultados que a Saraiva anunciou na manhã desta quarta-feira (30), a empresa anunciou o fechamento, neste mês, da loja do Shopping Iguatemi em São Paulo. No ano passado, a empresa já tinha encerrado as atividades de quatro unidades. Com o fechamento, a rede passa a ter 111 lojas em 17 estados. “A falta de perspectiva de geração futura de valor” é a justificativa que a empresa dá para o fechamento. Para 2016, como o PublishNews já adiantou, a Saraiva deve abrir uma unidade no Shopping Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. A previsão é que a loja seja aberta no segundo trimestre. No relatório, a Saraiva informa ainda que está reavaliando a sua presença nos aeroportos.

Semana passada, em ótima iniciativa, o PublishNews publicou duas opiniões sobre o recente manifesto Escritores e profissionais do livro pela democracia que, pela contagem que acabei de fazer, já tem quase nove mil assinaturas. Luís Maffei defende a necessidade do manifesto, e Henrique Farinha escreve que "a luta política não pode contaminar as pautas profissionais". Com o devido – e sincero – respeito às posições pessoais do Henrique Farinha, não posso deixar passar a oportunidade de comentar o assunto. A deterioração do ambiente político do país é simplesmente assustadora. Tudo isso afeta, sim, nosso trabalho profissional. Quem acha que é possível dar uma de avestruz e enfiar a cabeça no seu mundinho supostamente profissional pode, mais tarde, se arrepender. Considero que, quem está no mercado editorial e for favorável à deposição da presidenta deve dizê-lo com todas as letras, e não se escudar em uma irreal neutralidade profissional, que não existe. Podem (devem) ir à luta e arregimentar assinaturas para suas posições, sem desqualificar os demais. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna de hoje.

A coluna da MônicaBergamo dessa quarta-feira (30) trouxe duas notas que mostram algumas movimentações da “turma do livro” no turbulento cenário político brasileiro. A colunista revela que os escritores Raduan Nassar, recentemente nomeado entre os semifinalistas ao Man Booker Prize, Leonardo Boff e Fernando Morais estão na comitiva de artistas e intelectuais que se encontraram com a presidente Dilma amanhã, em Brasília. A mesma coluna traz uma nota sobre o escritor e poeta Antônio Risério, que acusa a Editora 34 de censurar seu romance que estava programado para ser lançado em junho. Segundo o autor disse à coluna, um dos capítulos abordava de forma crítica o marketing das campanhas eleitorais, fazendo “referência implícita” a campanha de Dilma. A coluna teve acesso à carta que a 34 enviou ao escritor. Nela se lê: "em face do acirramento da crise, com a turma pró-impeachment apelando para medidas ilegais e até criminosas para levar a cabo, a qualquer custo, a derrubada do atual governo (...), nós, editores e diretores da 34, não nos sentiríamos bem engrossando esse caldo. Num momento em que o bom senso e a reflexão crítica estão indo por água abaixo, o seu livro poderia ser instrumentalizado nesse sentido". A editora preferiu não se manifestar.

Não resta dúvida: as mudanças vieram para chegar e não pararão tão cedo! E o curioso é que se alguma vez esperamos por alterações na tecnologia e algo na economia, de forma repentina, para muitos, o que desaba é o social, o político e principalmente o organizativo. Feito remédio de amplo espectro e seus efeitos colaterais sobre um corpo não de todo doente. Aqui, no Rio Grande do Sul, por exemplo, há pouco mais de uma década ninguém poderia ou se quer apostaria que o maior grupo de comunicação do sul do país, repentinamente, encolhesse, como vem acontecendo. Algo diz, e aqui é mais uma aposta do que alguma certeza, que essa crise política que se arrasta no país é mais pela decadência de um modelo de indústria do que, necessariamente, por uma questão puramente político-partidária. E arrisco, será que o que ocorre no mundo do livro também não estaria na crise do modelo das empresas de comunicação, que tinham o conteúdo exclusivo como seu principal ativo? Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna dessa semana.

A Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94, São Paulo / SP) realiza hoje (30) a exibição do documentário Massao Ohno - Poesia Presente e bate-papo sobre a produção. O filme aborda a trajetória de quase cinco décadas do artista gráfico e editor brasileiro. Filho de imigrantes japoneses nascido no interior de São Paulo, Massao Ohno começou sua carreira primeiro como artista do livro e, depois, como editor. Nos anos 1960, criou a Coleção dos Novíssimos. Responsável pela introdução do haikai em português no Brasil, também foi o principal editor da poetisa Hilda Hilst ao longo de sua carreira. Depois da exibição, que inicia às 19h, haverá bate-papo com Cecília Arbolave, editora da Lote 42, Renata Pallottini, poeta e Hannah Uesugi, poeta e editora independente pela Mini, com mediação de Paola Prestes e Juliana Kase. A entrada é franca.

Desvendando o mercado editorial: produção, mercado e tendências é o tema do curso que a Puc-Rio inicia no mês de abril. Com coordenação de Bruno Zolotar, da Record, a proposta é oferecer um panorama do mercado e reunir grandes nomes do ramo para falar de estratégias de vendas, novas tecnologias para divulgação, negociação para adaptação de títulos para TV e cinema, entre outros temas. Os encontros acontecem entre os dias 26 de abril e 24 de maio, todas as terças e quintas-feiras, das 19h às 22h20. Entre os professores estão Carlo Carrenho, do PublishNews, que vai tratar sobre o mercado brasileiro de livros, e Daniela Kfuri, da Harper Collins, que vai abordar o marketing de livros. Os encontros acontecem na Unidade Gávea da Puc (Rua Marquês de São Vicente, 225, Casa XV, Gávea, Rio de Janeiro/RJ). Para mais informações e inscrições, clique aqui.

O Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974, Pinheiros, São Paulo/SP), em parceria com as Editoras Pulo do Gato e Iluminuras, promove na próxima sexta-feira (1º), a partir das 18h, um debate sobre a obra Juca e Chico (Max und Moritz), um clássico da literatura infantil alemã, do escritor e desenhista Wilhelm Busch. O evento Juca e Chico: irreverência e provocação na literatura infantil terá dois blocos. No primeiro, Marisa Lajolo e Ricardo Azevedo, pesquisadores e especialistas em literatura infantojuvenil, conversarão sobre as travessuras literárias dos meninos Juca e Chico e sobre o frescor, a literariedade e a atemporalidade da obra que, em 2015, completou 150 anos de vida. No segundo diálogo, a obra será analisada pelas perspectivas do conceito de infância e das manifestações sociais de época. Participarão da mesa o psicanalista Christian Dunker, a tradutora e especialista em literatura germânica Claudia Cavalcanti e a alemã Stefanie Kastner, diretora do Serviço de Informação e Biblioteca para América do Sul do Goethe-Institut. As mesas contarão com a coordenação dos editores Márcia Leite e Samuel Leon. As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Para inscrições e mais informações, acesse o site do Goethe-Institut.

O Festival Literário Internacional de Óbidos (Folio), considerado a Flip portuguesa, já divulgou a lista parcial dos autores que participam da segunda edição do evento, marcado para acontecer entre 22 de setembro e 2 de outubro na cidade que fica a 84 km de Lisboa, em Portugal. O trinitário-tobaguense V.S. Naipaul, o mexicano Juan Pablo Villalobos, os portugueses Miguel Sousa Tavares e Rui Cardoso Martins, e a angolana Djaimilia Pereira de Almeida estão entre os nomes confirmados. Os nomes dos cinco escritores brasileiros que devem participar do Festival ainda não foram divulgados. Além da programação literária, o Folio ainda terá atividades de música, teatro, cinema, exposições, aulas, maratonas de leitura e muito bate-papo. O tema da edição, Utopia, celebra os 500 anos da publicação da obra política de mesmo nome do inglês Thomas More.

A cidade paulista de Araraquara recebe até, o próximo sábado (2), a exposição itinerante Estação da Língua, do Museu da Língua Portuguesa. A mostra abriga a projeção de breves textos literários. Uma grande escultura de caixas apresenta o Museu, formado por um painel gráfico com as origens da língua e um vídeo/animação, que apresenta as conquistas e a expansão de Portugal até o ano de 1500 – quando ocorre o descobrimento do Brasil. O passeio ainda conduz a um painel em forma de quebra-cabeça que apresenta um vídeo baseado em dez entrevistas que permite confrontar e sugerir um diálogo entre cinco cidades paulistas, ressaltando as particularidades linguísticas de cada região. A mostra pode ser conferida no Palacete das Rosas Paulo A.C. Silva (Rua São Bento 794, Centro, Araraquara/SP). O projeto já passou por sete cidades e, depois de Araraquara, segue para a cidade de Pirassununga, a 208 km da capital paulista.

O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo encerra, nesta sexta-feira (1º), as inscrições para o curso de Mestrado Profissional em Gestão da Informação, visando o preenchimento de 30 vagas no segundo semestre de 2016. A seleção de candidatos será feita com base em prova eliminatória, avaliação do projeto de pesquisa e currículo, comprovação documental e proficiência de língua estrangeira. Confira o Edital, bibliografia a ser estudada e recomendações de apresentação do projeto de Pesquisa.

A Rede Adventista de Educação está investindo na modernização da sua rede de bibliotecas escolares. Para isso, adquiriu para as 108 unidades escolares adventistas do Brasil, uma solução híbrida desenvolvida pela Prima, utilizando os produtos SophiA Biblioteca e Philos com base de dados unificada. A Rede Adventista utilizava um sistema desenvolvido internamente e no processo de implantação do projeto foram migrados mais de 88 mil títulos diferentes, com mais de 760 mil registros.

Professor e pesquisador de literatura argentina e latino-americana, atualmente na New York University, o argentino Gabriel Giorgi pensa os limites entre “bios” e cultura em Formas comuns - A Animalidade, literatura, biopolítica (Rocco, 240 pp.; R$ 34,50; e-book R$ 22,50 – Trad. Carlos Nougué). Na literatura de Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Julio Cortázar, por exemplo, Giorgi analisa o animal figurado e o território para pensar a vida eliminável ou sacrificável na sociedade contemporânea mediante demarcações políticas que atravessam racionalidades de classe, raça, sociais e de gênero. Giorgi vê nas tradições culturais da América Latina, mais precisamente em uma série de materiais estéticos produzidos a partir dos anos 1960, inscrições entre o animal e o humano e uma nova distribuição de corpos e imaginação.

Em Metamorfose dos olhos de Fílis em astros (Filocalia / É Realizações; 96 pp.; R$ 39,90 - Trad. Lawrence Flores) de Germain Habert (1615 - 1654), a heroína, Fílis, é alvo da paixão do pastor Dáfnis, que tudo faz para conquistá-la, sem sucesso. Quando, por fim, Fílis cede aos encantos amorosos do pastor, tudo indica que serão felizes. Então surge o deus Sol, que também se apaixona por Fílis mas não pode se aproximar dela porque seu destino é estar sempre em movimento no céu. O poema de Habert foi admirado por sua geração como obra de gênio e esquecido pelos classicistas menos passionais. Agora, o livro é resgatado, em edição bilíngue francês-português e com apresentação de Lawrence Flores, tradutor e doutor em Teoria da Literatura.

Em abril, estreia nos cinemas brasileiros, o filme Deus não está morto 2, inspirado na obra de mesmo nome, escrita por Rice Broocks. O longa americano, dirigido por Harold Cronck, traz uma história de perseguição ao direito à crença, após a professora cristã ser questionada sobre Jesus em sala de aula. A resposta dela inicia uma verdadeira perseguição ao direito à crença e um processo judicial que poderá lhe custar a fé e a própria carreira. O primeiro livro procurou explorar a ideia de que a fé real não é cega, mas sim se baseia em evidência. Agora, na sequência Deus não está morto 2 (Thomas Nelson Brasil / Ediouro; 256 pp; R$ 35,90), Rice apresenta pensamentos reveladores sobre Cristo e como sua crucificação e ressurreição apontam para o fato de que ele é realmente o Deus encarnado.

Tradutor e editor, tudo o que se disser a respeito da trajetória de Cláudio Giordano tem como pano de fundo o pensamento, a escrita e o mundo dos livros. Neste volume de Apontamentos de leituras (Sesi SP, 200 pp; R$ 46) o autor expõe suas reflexões sobre temas cruciais como o sentido da existência humana, a liberdade, as virtudes da mediocridade, entre outros. Às reflexões, ele contrapõe fragmentos de clássicos literários que ilustram e aprofundam o pensamento, compartilhando com o leitor seu conhecimento privilegiado, que o leva a alcançar igualmente “prazer, ludismo, distração e aprendizado”. O evento de lançamento do título acontece nesta quarta-feira (30), às 18h30, na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, Bela Vista, São Paulo / SP).