Dois mil e quinze acaba hoje para o PublishNews. Esta é a última edição do ano. Apesar de todos os pesares, 2015 foi de comemorações para a equipe do PublishNews. Diversos projetos saíram da gaveta e foram realizados durante o ano: o lançamento do novo site, muito mais moderno e dinâmico; a Casa Coworking em Paraty, durante a Flip; o Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro e o Encontro Internacional de Profissionais do Livro, durante a Bienal do Rio. Além disso, recebemos com alegria seis novos colunistas que colaboram conosco trazendo tendências e levantando debates muito pertinentes ao mercado editorial. Para comemorar tudo isso e agradecer aos nossos leitores, assinantes e parceiros, a nossa redação fez um balanço do ano, com os principais assuntos de 2015 para servir de "guião" para a posteridade, além disso, separamos uma seleção de lançamentos que há tempos estava nas nossas gavetas. É escolher os seus e levar para as férias. Comece vendo essa retrospectiva, clicando no Leia Mais e veja as nossas principais conquistas de 2015.

É chover no molhado dizer que 2015 foi um ano difícil para quem trabalha com livros, mas foi também um ano cheio de movimentações importantes no mercado editorial brasileiro. Compras e aquisições fortaleceram o movimento de consolidação da indústria e possibilitaram a criação do Grupo Companhia das Letras, depois da integração da de Luiz Schwarcz com a Objetiva; da Somos Educação que comprou os ativos editoriais da Saraiva e da HarperCollins Brasil, que chegou ao País de mãos dadas com a Ediouro. Mas nenhuma dessas movimentações ganhou tanta repercussão quanto o anúncio do fim da Cosac. Aliás, 2015 foi pautada pelas palavras "fim" e "cancelamento". Jornada de Passo Fundo teve que ser cancelada nesse ano; o Prêmio Portugal Telecom teve que mudar de nome e a lendária livraria Leonardo da Vinci, no Rio de Janeiro, anunciou o seu fechamento. Clique no Leia Mais e veja o balanço do ano.

O mercado editorial brasileiro ganhou, em 2015, mais uma importante ferramenta para acompanhamento de suas vendas. É o Painel das Vendas de Livros no Brasil realizado pela Nielsen a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros. Desde abril, o Painel vem monitorando as vendas de livros no País, apontando tendências e trazendo dados fundamentais para tomadas de decisões mais racionais. Clique no Leia Mais e veja alguns destaques do Painel e os números da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro de 2014 divulgada em 2015.

“Cala a boca já morreu”. Assim a ministra Cármen Lúcia botou fim a um capítulo recente na história brasileira. Em votação histórica do Supremo Tribunal Federal (STF), os nove ministros entenderam que a autorização prévia para publicação de biografias fere os preceitos constitucionais e, por isso, não pode ser exigida. Brasília, aliás, foi palco do início de uma outra batalha encampada pelos representantes da cadeia produtiva do livro em 2015. É que começou a tramitar no Congresso Nacional a Lei do Preço Fixo. Clique no Leia Mais e relembre esses dois momentos fundamentais em 2015.

Em 2015, o mercado editorial se despediu de personalidades que foram muito importantes para a indústria do livro no Brasil. Em março, Pierluigi Piazzi, fundador da Aleph e um dos responsáveis pela difusão da literatura de ficção científica no País, morreu em decorrência de um câncer. Em agosto, foi o médico e autor Içami Tiba, autor do long-seller Quem ama educa, publicado pela editora que ele mesmo criou, a Integrare. Em setembro, Carmen Balcells, a agente espanhola que apresentou ao mundo a literatura produzida na América Latina, morreu aos 85 anos.

Pelo terceiro ano consecutivo, o PublishNews é finalista no Gourmand World Cookbook Award, o “oscar” da indústria de livros dedicados à gastronomia e à culinária, na categoria Best book magazine. O prêmio concedido pela Gourmand International será entregue em Yantai, que fica a 75 minutos de voo de Beijing, na China. Como finalista, o PublishNews concorre com outros veículos semelhantes de outros países. Os finalistas nas diversas categorias serão conhecidos em fevereiro e os vencedores no dia 28 de maio. O Brasil, nos últimos anos, tem tido bons representantes no Gourmand World Cookbook Award. No ano passado, o País apareceu 31 vezes na lista de finalistas .

A chef de cozinha, jornalista e apresentadora britânica Nigella Lawson, que esteve no Brasil e se apaixonou pela coxinha, acaba ter mais um livro publicado no País: Delicias divinas (BestSeller, 384 pp; R$ 135 - Tradução: Joana Faro).O livro conta com 150 receitas, entre elas de sobremesas e pães , um capítulo exclusivo de pratos natalinos e um outro voltado para crianças, que apresenta receitas atrativas e de fácil preparo para unir pais e filhos não apenas nas refeições, mas também na hora de cozinhar. Delícias divinas é um convite à cozinha despretensiosa. Aquela que está longe de ser um pesadelo e que resgata todo o prazer de fazer uma boa e saborosa comida.

O leitor habituado aos guias turísticos atuais, geralmente compostos de maneira apressada e às vezes com informações sucintas e sem base histórica sobre as localidades, terá agradáveis surpresas neste Guia de Ouro Preto (Global; 160 pp.; R$ 55) escrito por um dos grandes poetas brasileiros, Manuel Bandeira, em 1938. O livro tinha o propósito de divulgar os valores da velha cidade, facilitando a visitação turística. O poeta subiu e desceu ladeiras para recompor os caminhos do olhar atento em busca dos segredos da metrópole do ciclo do ouro. O poeta apresenta os monumentos religiosos e civis e diversas informações importantes para quem deseja visitar Ouro Preto com um olhar mais atencioso.

Um livro não é apenas um excelente companheiro de viagem: é também, muitas vezes, a própria viagem. Em Lugares mágicos: os escritores e suas cidades (L± 304 pp; R$ 48,90 – Trad. Marlova Aseff), o escritor e filósofo espanhol Fernando Savater combinou suas duas grandes paixões – ler e viajar –, instigando o leitor a percorrer com ele as cidades nas quais viveram, escreveram, amaram e se inspiraram alguns dos maiores nomes da literatura. Partindo da Praga de Franz Kafka, passando pela Londres de Virginia Woolf e a Florença de Dante Alighieri e seguindo até a Buenos Aires de Borges, Savater explora o laço que liga cada autor às cidades que não apenas serviram de pano de fundo para suas vidas, mas também deixaram marcas em suas obras imortais.

A Companhia das Letras acaba de lançar livro com textos inéditos de Vinicius de Moraes O cinema de meus olhos (512 pp; R$ 69,90) traz um novo lado do escritor: o de amante do cinema .Ele mantinha o hábito de frequentar salas de cinema, escrevia críticas e comentários, acompanhava as mudanças - tecnológicas e estéticas - da Sétima Arte. Na década de 1940, o então jovem diplomata foi servir no consulado geral do Brasil em Los Angele e lá pôde conviver com estrelas como Orson Welles e Carmen Miranda. Esta edição, organizada pelo crítico, cineasta e ensaísta Carlos Augusto Calil, traz novos textos de Vinicius de Moraes sobre o cinema, seus grandes diretores, as grandes estrelas. Líricos, por vezes críticos, sempre muito bem-informados, os escritos cinematográficos do grande poeta brasileiro continuam um convite ao prazer das telas e das páginas.

Will Jompertz, editor de arte da BBC e eleito uma das 50 pessoas mais influentes no mundo das artes pela revista nova iorquina Creativity, acaba de ter seu livro Pense como um artista... e tenha uma vida mais criativa e produtiva (Zahar; 216 pp.; R$ 39,90; e-book 24,90), lançado no Brasil. Por que para algumas pessoas parece fácil ter ideias novas e brilhantes? E como elas conseguem transformar pensamentos inovadores em algo concreto e relevante? Will responde a essas e a outras perguntas em sua obra, sempre dizendo que devemos nos pautar na criatividade e na autoconfiança. Para o livro, Jompertz entrevistou e conviveu com muitos dos maiores artistas, diretores, escritores, músicos, atores, designers e pensadores criativos do mundo.

Austin Kleon, escritor e artista gráfico, criou um livro com uma proposta um tanto inusitada: Roube como um artista: o diário - Um caderno de anotações para cleptomaníacos (Rocco; 224 pp.; R$ 29,50 - Trad. Tiago Lyra), um livro de atividades (ou caderno de anotações) para o leitor registrar todo tipo de observação sobre ele mesmo e sobre o mundo e as pessoas a sua volta, formando assim um vasto panorama de seus pensamentos, gostos, interesses, dificuldades e influências. O livro, que possui mais de 200 páginas, é repleto de atividades criativas, que desafiam a mente do público: por exemplo, listar coisas que você tem vontade de aprender e tudo o que o assusta; registrar seus sonhos todas as manhãs; reescrever sua citação favorita de maneiras diferentes; desenhar no escuro; escrever uma carta para alguém que você odeia (e tentar fazê-lo rir); roubar o título de um livro que você nunca leu e escrever sua própria história com ele; imaginar diálogos para cenas de programas de TV ou para histórias em quadrinhos; fazer colagens com jornais e materiais encontrados na lixeira.

Num momento em que o verbo brincar anda um pouco esquecido e o verbo jogar tomou conta do lazer infantil, a catarinense Letícia Kuerten reúne no livro Vou brincar (Pandorga, 46 pp; R$ 34,90) sugestões de brincadeiras que estimulam a criançada a despertar a inteligência, novas habilidades, a concentração e a atitude saudável, ecológica e lúdica. As 20 atividades propostas no título podem ser feitas independentemente pela criança ou com um adulto, propiciando um momento de reforço no vínculo entre pais e filhos. Entre as sugestões, está a brincadeira Coleta de Folhas Secas, que começa com um passeio na rua, seguida pelo recolhimento de algumas folhas que caíram das árvores. Em casa, a criança cola o que pegou numa folha de papel em ordem crescente. Enquanto as folhas são fixadas, a autora incita a observação dos pequenos para novas sensações e experiências, como texturas, cores, formatos e até cheiros.

Nuvem no céu, nuvem de papel (Dsop, 32 pp.; R$ 34,90), de Fabíola Braga, convida a brincar com as nuvens da imaginação. Em um mundo tão cibernético, é importante que as crianças também se divirtam sem brinquedos e aparelhos eletrônicos. A autora achou em um passatempo seu de infância, o de procurar desenhos em nuvens para escrever, a história do livro. No volume, o pequeno leitor vai acompanhar as aventuras de Kira, uma menina que gosta de olhar nuvens pela janela e voar com seus sonhos. Tudo isso, é escrito em forma de poesia. “Usei a poesia para provocar as crianças a exercitarem a criatividade. Voem com suas asas, olhem para o céu e criem suas próprias rimas de nuvem”, diz a autora.

Nos salões de um castelo, uma confidente leal guardou por muitos anos os segredos de uma rainha linda e melancólica, uma princesa que só queria ser livre e uma mulher que sonhava com a coroa. Ambientada em meio ao luxo e às agruras de um reino medieval, a releitura de A Bela Adormecida, Enquanto bela dormia – Você acredita em contos de fadas? (Arqueiro / Sextante; 368 pp; R$ R$ 39,90 – Trad. Vera Ribeiro) é fiel ao clássico ao mesmo tempo que constrói uma narrativa com elementos contemporâneos. Assinado por Elizabeth Blackwell o livro torna atemporais os dramas de seus personagens – um casal infértil, uma jovem que não aceita viver em uma redoma e uma família despedaçada pela inveja.

Descubra-me (Gutenberg / Autêntica; 256 pp; R$ 29,90 - Trad. Marcelo Salles), da autora Maya Banks, é o último volume da trilogia Slow Burn. Na trama do romance, 12 anos se passaram desde que Anna-Grace abandonou Zack. Enquanto ela tenta esquecer que um dia o amou, ele segue à procura por alguma pista sobre o seu paradeiro, tentando pôr um fim ao tormento que é viver sem saber se ela está viva. Trazendo de volta os personagens dos dois primeiros volumes, como Caleb e Beau e suas esposas, a autora apresenta um enredo de reviravoltas. A trilogia conta também com os títulos Proteja-me e Salve-me, também publicados no Brasil pela Editora Gutenberg.

O primeiro romance da roteirista de Hollywood Monique Sorgen, Quanto tempo esperar para transar com ele (Babelcube; 314 pp; R$16) aborda os percalços dos relacionamentos. A também roteirista da série (Des)Encontros promete que a leitura irá entreter as leitoras antes de chegar à telona. Baseada em experiências reais, a história do livro surgiu da tentativa da autora de esclarecer os pontos de vista completamente diferentes entre homens e mulheres, no campo dos relacionamentos, relatando a falta de comunicação que ocorre entre eles. O livro mescla toques de análise comportamental, comédia e a fantasia de poder voltar no tempo, narrando a história de uma jovem solteira e determinada que, depois de conhecer o homem da sua vida e transar com ele na primeira noite, não recebe a tão esperada ligação para um segundo encontro. Furiosa, ela deseja que nunca tivesse transado com ele e, para sua surpresa, seu desejo é realizado. Ela volta no tempo e tem várias chances de tentar “consertar” seu erro e conquistar o rapaz.