Em outubro, a lista Nielsen PublishNews, que apura os autores nacionais mais vendidos em livrarias e supermercados brasileiros, mostrou, mais uma vez, a força dos jovens leitores. Dos 20 livros da lista de ficção, 12 são voltados para esse público. Saem na frente Isabela Freitas, que emplacou o primeiro e o segundo lugar com Não se iluda não e Não se apega não (ambos da Intrínseca) respectivamente. Completando o pódio, um outro quarteto vendedor: Paula Pimenta, Babi Dewet, Bruna Vieira e Thalita Rebouças colocaram Um ano inesquecível (Gutenberg/Autêntica) no terceiro lugar. Paula Pimenta, aliás, emplacou sete títulos na lista. Na lista de não ficção, o poderio dos jovens consumidores de livros também mostra a sua cara. O best-seller juvenil Christian Figueiredo emplacou os dois livros da série Eu fico loko (Novas Páginas/Novos Conceito). O Eu fico loko 2 ficou em segundo lugar e o primeiro livro da série apareceu em sexto. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista Nielsen PublishNews de outubro.

Em setembro passado, Pascoal Soto anunciava a sua sociedade com a Sextante para criação do selo Estação Brasil. Agora, dois meses depois, o Estação Brasil revela o seu primeiro título: Unidos de outro mundo – Dialogando com os mortos, livro de estreia de Boni na ficção. Na narrativa, o empresário simula sua própria morte para reencontrar, num “lugar" onde tudo pode acontecer, os seus amigos e familiares. Como se quisesse acertar as contas com sua memória afetiva, Boni narra diálogos com personagens como Roberto Marinho, Chacrinha, Walter Clark, Tom Jobim, Dercy Gonçalves, Miele, Chico Anysio e Tim Maia. “Este livro é uma obra de pura ficção. Pra começo de conversa, não morri. Estou aqui, do alto dos meus 80 anos, firme e forte”, brinca o autor. O livro, que será lançado no dia 2 de dezembro, no Copacabana Palace, no Rio.

O mundo se estarreceu com os ataques terroristas em Paris no fim da última semana. De acordo com o Livres Hebdo, dois editores estão entre as vítimas fatais da casa de shows Bataclan, principal alvo dos terroristas: Lola Salines e Ariane Theiller. Lola, de 29 anos, trabalhava como editora de livros infantis na Edi 8, do grupo Editis, e Arian, de 23 anos, trabalhava na Rustica Hebdo, parte do Média Participations.

Está marcada para esta quinta-feira (19), a partir das 9h30, a apuração da segunda fase do Prêmio Jabuti. A votação avaliará e atribuirá notas a todas as obras finalistas na primeira fase. Os três livros de cada uma das 27 categorias que receberem a maior pontuação dos jurados serão considerados vencedores em sua categoria, em primeiro, segundo e terceiro lugares. A CBL divulgará os vencedores no site oficial do Prêmio. Os primeiros colocados de todas as categorias que compõem o prêmio receberão o Troféu Jabuti e o valor de R$ 3,5 mil. Os escolhidos para os segundos e terceiros lugares ganharão o troféu. Já os vencedores do Livro do Ano - Ficção e Livro do Ano - Não Ficção serão conhecidos na cerimônia de entrega do Jabuti marcada para o dia 3 de dezembro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

E se os autores que se autopublicam e os que já estão com editoras se unissem em novas e modernas associações? Não aquelas nos moldes século passado, lentas e regadas a encontros folgados. Desta vez é preciso integração virtual e ação horizontalizada, marcada por movimentos efetivos nas redes digitais. Na língua inglesa, existe algo interessante, a ALLi, que talvez satisfaça à necessidade europeias e americanas, pois se pretendem também globais. Mas temos nossas especificidades próprias, brasileiras e latino-americanas, e essas precisam ser levadas em conta para se criar algo diferente e eficaz. Unamo-nos! A classe autoral, unida, jamais será vencida! Nos EUA, onde as Unions e os Sindicates conseguem até parar a bilionária indústria da Broadway e Hollywood, porque não, no Brasil, seguir trilhas parecidas? Instrumentos existem, e a entrada da juventude digital na galeria de autores e leitores fará o que os velhinhos, com suas ineficazes e empoeiradas academias beletristas, já não conseguem mais: mobilizar e pressionar pelo melhor para os autores e leitores e, obviamente, para a cultura nacional. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra da coluna de Paulo Tedesco.

Quando surge uma nova tendência no mercado editorial é comum ver editoras criando novos selos para acompanhar e ou expandir sua linha editorial ou ainda o surgimento de novas editoras. Mas, qual é a melhor forma de fazer isso para que isso não seja passageiro? Para responder a essa pergunta, o PublishNews convidou a editora Mariana Rolier (Rocco) para ministrar o curso Novos Selos Editoriais: do zero ao infinito, que abordará a criação de um selo novo dentro de uma editora e também a criação de uma nova editora, trazendo os passos importantes, o foco necessário, estrutura editorial, entre outros assuntos. O curso, realizado na Casa Educação (Rua Paulistânia, 551 – Vila Madalena – São Paulo/SP), na próxima sexta (20) e sábado (21). Na sexta, a aula vai das 19h às 22h30 e, no sábado, das 10h30 às 19h. O investimento é de R$ 490 que pode ser dividido em até três vezes. Mais informações, clique aqui.

A Árvore de Livros, a plataforma de leitura digital encabeçada por Galeno Amorim, foi selecionada, juntamente com outras 14 startups, como finalista do Pitch Gov SP, um programa do Governo do Estado de São Paulo que busca encontrar soluções inovadoras aos desafios enfrentados pela administração pública. No lançamento do programa, em julho, as startups foram convidadas a apresentarem propostas para três áreas diferentes: Saúde, Facilidades públicas e Educação. Foram escolhidas cinco finalistas em cada categoria – a Árvore foi selecionada na categoria Educação. Logo mais, às 13h, as finalistas vão apresentar suas propostas ao governador, empreendedores e investidores. Como finalista, a Árvore, poderá desenvolver e implementar sua plataforma de leitura em uma parcela das escolas da rede estadual, e posteriormente será estudada a sua adoção em todas as escolas da rede.

Mariana Zahar se recorda da sala do avô tomada por pilhas de papel e de livros e de onde saía o barulho intermitente da máquina de escrever. Nascida em Londres durante o exílio político dos pais, aos quatro anos de idade ela voltou ao Rio e então se tornariam frequentes as visitas à editora fundada por Jorge Zahar (1920-1998) há quase 60 anos - a efeméride será no ano que vem. O estímulo à leitura seria inevitável. Aos dez, a menina ganhou de Zahar uma edição de Moby Dick. O avô dizia que seria preciso reler a obra-prima de Herman Melville (1819-1891) a cada década. A escolha pela vida editorial parecia óbvia, mas a neta teve dúvida na adolescência quanto a seguir a trajetória da família - a mãe, Cristina, era já o braço direito do pai. Mariana pensou em estudar física, entrou no curso de museologia e, depois no de design gráfico. Estagiária na editora desde o primeiro ano de faculdade, quando tinha 18 anos, em 1991 ela já havia sido absorvida pelo mundo editorial e por isso demorou a se formar. Na virada para os anos 2000, assumia pouco a pouco a gestão. Como diretora-executiva, Mariana Zahar, de 42 anos, está hoje à frente de uma casa editorial que triplicou de tamanho na última década.

O Sempre um Papo recebe hoje (17) a filósofa e escritora, Marcia Tiburi, para o debate e o lançamento do livro Como conversar com um fascista (Record). No título, a autora oferece ao leitor uma reflexão sobre questões da cultura política experimentada diariamente, propondo um diálogo como forma de resistência ao que Marcia chama de banalização do mal. O evento inicia às 19h30, no MAO - Museu de Artes e Ofícios (Praça Rui Barbosa, 600, Centro, Belo Horizonte/MG), com entrada franca.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) (Av. Presidente Wilson, 203 – Centro, Rio de Janeiro/RJ) recebe hoje (17) as vencedoras do Prêmio Sesc de Literatura 2015. Marta Barcellos e Sheyla Smanioto, ganhadoras nas categorias Conto e Romance, respectivamente, apresentarão seus livros Antes que seque e Desesterro, que serão publicados pela Editora Record, com tiragem inicial de 2 mil exemplares. Além de Marta e Sheyla, estarão presentes os autores vencedores da edição de 2014 do concurso, Debora Ferraz, selecionada com o romance Enquanto Deus não está olhando, e Alexandre Rodrigues, autor de Parafilias. Os quatro participarão de um bate-papo e trocarão experiências sobre o início da carreira literária, expectativas e novos trabalhos. O encontro inicia às 17h30, com entrada franca.

O Itaú Cultural promove hoje (17), no Rio de Janeiro, com a editora Graphia, o lançamento do livro O Século de Camus. O evento acontece na Livraria Timbre (R. Marquês de São Vicente, 52 - Gávea, Rio de Janeiro/RJ), às 19h. A obra é um dos projetos selecionados no Rumos Itaú Cultural e traz textos de Lucia Miguel Pereira, ainda inéditos em livro, em sua maioria artigos para o jornal carioca Correio da Manhã, escritos entre 1947 e 1955. A idealização do projeto literário é de Luciana Viegas, professora e pesquisadora.

Ancelmo Gois noticiou que a Estante Virtual, site de venda de livros novos e usados que reúne os acervos de quase 90% dos sebos do país, bateu o recorde de número de compradores. De janeiro até agora, 582 mil pessoas compraram na Estante, um crescimento de 11% em relação a 2014, que detinha o antigo recorde, de 525 mil pessoas.

No mês em que se comemora o dia da Consciência Negra (20), o jornal Cândido, publicado pela Biblioteca Pública do Paraná (BPP), resgata o percurso de escritores afro-descendentes em nossa história literária. Dos fundamentais e clássicos Machado de Assis e Lima Barreto, passando por nomes menos conhecidos, como Luiz Gama, até chegar a poetas e prosadores contemporâneos, como o curitibano Célio Jamaica, a edição mostra como e sobre o que esses autores escreveram. Assuntos como preconceito, militância e política racial são levantados a partir de matérias e ensaios. A 52ª edição do jornal ainda traz outros conteúdos, como poemas de Xico Chaves, Laura Santos e Gil Jesse, além de traduções para poemas do argentino Máximo Simpson e dos gregos Mosco e Bíon. O Cândido é distribuído gratuitamente na BBP e em diversos pontos de cultura de Curitiba. É possível ler a versão online aqui.

Um mapa todo seu (Alfaguara; 224 pp; R$ 39,90), livro assinado por Ana Maria Machado reconta a história de amor de Eufrásia Teixeira Leite, uma mulher à frente de seu tempo e uma das primeiras grandes investidoras e empresárias do país; e o jornalista, político e diplomata Joaquim Nabuco, figura essencial no processo de abolição da escravatura no Brasil. Eufrásia e Nabuco não estão retratados apenas por meio de documentos históricos, mas aparecem em suas vidas íntimas. São pessoas que aos poucos constroem suas jornadas de amores e frustrações. Ao mesclar ficção com fatos reais, a narrativa traz uma história de amores e incertezas, que é também um relato da luta pela abolição da escravatura no Brasil e das dificuldades políticas de um país em formação.

Em O outro apaixonado por Marília de Dirceu (Atual, 224 pp; R$ 34), o autor Jair Vitória reconstrói a história imortalizada pelo poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga, misturando à ficção acontecimentos, costumes e personagens da história do Brasil. A história trata sobre o amor platônico que o personagem Pedro Sião Alcantil, o Pedroco, um rico domador de cavalos, nutria um por Maria Doroteia. Mas a chegada de um ouvidor e poeta português, o doutor Gonzaga, a Vila Rica atrapalhou todos os seus planos de se declarar a ela. A moça não resistiu e se apaixonou por aquele que fazia versos, que em sua poesia a chamava de Marília, enquanto ele era o seu Dirceu. Desesperado, sem conseguir tirar Maria Doroteia da cabeça, o que era amor virou obsessão. Pedroco queria vingança.

Elizabeth Fitch é uma adolescente tímida e estudiosa, que sempre seguiu à risca todas as orientações da mãe. Mas, ela nunca beijou um menino, nem nunca fez compras com as amigas. Decidida a deixar para trás uma vida cheia de regras, ela se joga em uma primeira noite de aventuras. Mas as mudanças serão mais drásticas e definitivas do que pode imaginar. Liz Fitch é a protagonista de A testemunha (Bertrand Brasil; 476 pp; R$ 45 – Trad. Carolina Selvatici), lançamento da autora Nora Roberts. Durante uma festa, Liz ela se encanta por Ilya, um homem dono de um sedutor sotaque russo. Atendendo aos seus pedidos, ela deixa o local e segue para uma mansão em Lake Shore Drive, junto com sua amiga Julie e um amigo dele. Enquanto Liz espera por Ilya, um crime é cometido dentro da casa. E ela é a única testemunha.

Amor à segunda vista (HarperCollins Brasil; 368 pp; R$ 34,90; e-book R$24,90) mistura romance e comédia, com assinatura da escocesa Mhairi McFarlane. A autora descreve a trajetória de Anna Alessi. Aos 30 anos e com um emprego que ama, Anna se considera feliz apesar de uma vida amorosa tragicômica. As coisas, porém, nem sempre foram assim. No colégio, Anna era conhecida como Aureliana e sofria bullying por ser gordinha e não ter amigos. Certa vez, no meio de uma apresentação musical, ela foi alvo de uma pegadinha tão cruel que jamais conseguiu esquecer a humilhação. Então, quando James Fraser, o garoto responsável pelo momento mais traumatizante da adolescência de Anna aparece de surpresa na sua vida, tudo vira de cabeça para baixo. James parece diferente, mas será que as pessoas realmente podem mudar?

Apesar de ter crescido em uma família de vigaristas com poderes especiais, o adolescente Cassel Sharpe está tentando agir de forma correta. Entre trabalhar para a máfia e o FBI, decidiu ficar ao lado da lei, ainda que isso tenha lhe custado a garota que amava. Em Alma negra (Rocco Jovens Leitores; 336 pp.; R$ 39,50 – Trad. Regiane Winarski), livro que encerra a trilogia Mestres da maldição, Holly Black mostra o protagonista aprendendo a conviver com suas habilidades e buscando dar um rumo para a própria vida. Na trama, até no exclusivo colégio Wallingford, Cassel não tem paz. Além de enfrentar a frieza de Lila, ele precisa lidar com o término do namoro dos amigos Sam e Daneca, bem como descobrir o que realmente deseja a misteriosa Mina Lange.