
O Brasil participa pela terceira vez da iniciativa. Antes de Fernandes, já haviam integrado a residência os autores Paulo Scott, em 2019, e Emilio Fraia, em 2024. Ambos destacaram, em suas passagens, o cosmopolitismo da metrópole chinesa e a força da cena cultural local.
“Estar em Xangai é uma oportunidade única de trocar experiências com autores de diferentes culturas e de mergulhar no ritmo de uma cidade que exala modernidade e tradição. Pretendo trazer de volta ao Brasil não apenas novas histórias, mas também novas pontes de diálogo literário”, disse Ricardo Fernandes ao PublishNews. Ele está representando a União Brasileira dos Escritores (UBE) na residência chinesa.
Neste ano, a edição — batizada de 'In a World Marked by High Mobility' ('Num mundo de alta mobilidade', em tradução livre)— reúne, ainda, os escritores Adama Coulibaly (Burquina Faso), Eileen Chong (Austrália), Filipa Melo (Portugal), Patricio Ferrari (Argentina), Péter Szűcs (Hungria), Rodolfo Häsler (Suíça) e Shilo Kino (Nova Zelândia).
Autor de romances como Lua do Dia (Patuá, 2025) e Através (Folhas de Relva Edições, 2021), além de títulos infantis como Pagode, o Cão Skatista (Saíra Editorial, 2024) e São Paulo, a Cidade Divertida (também lançado pela Saíra Editorial), Ricardo Fernandes é vice-presidente da UBE e colunista do Jornal do Brasil. Também promove parcerias internacionais, como a Antologia Sino-Brasileira de Contos, organizada com a própria Associação de Escritores de Xangai, e atua em júris de prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Troféu Juca Pato e o Prêmio Literário Casa de las Américas.