Seminário discute preparativos para 1° Bienal Afro-Brasileira do Livro
PublishNews, Redação, 14/07/2025
Objetivo do evento foi promover uma reflexão sobre a mobilização em torno da ampliação, valorização e diversificação da produção literária brasileira a partir das narrativas negras

Evento foi organizado pela Secadi em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) | © Divulgação/MEC
Evento foi organizado pela Secadi em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) | © Divulgação/MEC
O Ministério da Educação (MEC) realizou na semana passada (9 e 10 de julho) o Seminário Preparatório da 1° Bienal Afro-Brasileira do Livro. O objetivo do evento foi promover uma reflexão sobre a mobilização em torno da ampliação, valorização e diversificação da produção literária brasileira a partir das narrativas negras. Segundo o Ministério, o seminário buscou promover discussões para viabilizar a bienal, incentivando a representatividade no mercado editorial, fortalecendo práticas educativas antirracistas e construindo um espaço de articulação entre autoras, editoras, educadores e leitores.

O evento foi organizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Na mesa de abertura, o secretário substituto da Secadi, Cleber Vieira, destacou que o seminário foi um momento de reflexão para construir uma Bienafro expressiva. “É um momento de reflexão e obviamente de fazermos a partir de agora a melhor Bienafro que seja possível para todos nós".

O evento contou com a participação do presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues; da representante da Unesco no Brasil, Mariana Braga; da jornalista e parte da geração Quilombhoje, Esmeralda Ribeiro; da dona da editora Nandyala, Iris Maria da Costa Amâncio; do diretor editorial da Editora Dandara, Joselicio Freitas dos Santos Junior; do representante da Anita Garibaldi Editora, Toni Carlos Pereira; do fundador da editora Malê, Vagner da Rosa Amaro; do editor de diversidade da Companhia das Letras, Fernando dos Santos Baldraia Sousa; da diretora da editora UnB, Maria Dourado; e do representante da editora Expressão Popular, Tiago Roberto Tenroller Manggini.

João Jorge Rodrigues, por sua vez, destacou que a Bienafro permitirá a reflexão sobre os diferentes momentos da literatura negra e uma discussão sobre a relevância desse mercado editorial e suas contribuições para o país. “A Bienafro vai nos permitir rodas de conversa sobre o presente e o futuro. O Brasil não espera mais por nós, não sonha conosco, mas nós damos para esse país tudo o que ele tem. Não há nada nesse país que não tenha pensamento negro, a mão negra”.

No segundo dia de debate, as discussões se concentraram na presença negra no mercado editorial e na força das editoras negras ao longo de duas mesas de debate com os temas “Negras Editoras” e “Afro-brasileiros e o mercado editorial”.

Em seguida, os participantes se dividiram em cinco grupos de trabalho: “A força das editoras negras”; "Negritude no mundo editorial: de tema a sujeito”; “O mercado editorial e negras grafias”; "HQs, Afrofuturismo, Ficção e Literatura Marginal”; "Livros Didáticos, Mercado Editorial e População Negra”.

[14/07/2025 11:13:54]