
Na poesia, traduziu Byron, Wallace Stevens, Elizabeth Bishop e Frank O’Hara, entre outros. Na PUC-Rio atua em duas linhas de pesquisa, tradução de poesia e poesia brasileira contemporânea. O presidente da ABL, Merval Pereira, disse que Paulo Henriques Britto vai permitir explorar mais profundamente a relação entre poesia, dramaturgia e cultura nacional. “Ele é o maior tradutor de língua inglesa que nós temos, crítico literário e poeta. Tem múltiplas funções e será muito útil para a Academia. Buscamos a representação da cultura em vários setores. Estes momentos são importantes porque são a renovação do inevitável. Por isso chamam de imortal. Quem foi da Academia é sempre lembrado”.
Para Lilia Schwarcz, Paulo Henriques Britto é excelente poeta de sensibilidade impar e grandissíssimo tradutor. "O trabalho dele como tradutor é muito memorável. Conhece as pessoas e vai colaborar muito. E os poetas são sempre bem-vindos". O acadêmico Antonio Torres também comemorou a eleição. “É um belo poeta, um grande tradutor. Tradutor com poucos no Brasil. E, além do mais, é uma pessoa de muito bom convívio. É um professor, um mestre das letras. Ou seja, ele vem para o lugar certo. Ele vem para a Academia Brasileira de Letras. É o lugar dele”.
Sobre Paulo Henriques Britto
Paulo Henriques Britto (Rio de Janeiro, 1951) é escritor, tradutor e professor de tradução, literatura e criação literária. Publicou quatorze livros: oito de poesia — Liturgia da matéria (Civilização Brasileira, 1982), Mínima lírica (Duas Cidades, 1989), Trovar claro (1997), Macau (2003), Tarde (2007), Formas do nada (2012), Nenhum mistério (2017) e Fim de verão (2022); e dois de contos — Paraísos artificiais (2004) e O castiçal florentino (2021) – todos esses pela Companhia das Letras.
Entre os livros de ensaios, estão Eu quero é botar meu bloco na rua, de Sérgio Sampaio (Língua Geral, 2009), Claudia Roquette-Pinto (Eduerj, 2010) e A tradução literária (Civilização Brasileira, 2012) — e um infantojuvenil, As incríveis aventuras do super-herói Cupcake Gigante e seu fiel escudeiro Jarbas (Editora 34, 2025). Antologias de poemas seus foram publicadas em inglês (2007) e em sueco (2014), e sua poesia reunida foi editada em Portugal (2021); seu ensaio A tradução literária foi publicado em espanhol no Chile (2023).
Na PUC-Rio, atua em duas linhas de pesquisa: tradução de poesia e poesia brasileira contemporânea. Alguns dos seus artigos e capítulos de coletâneas sobre os assuntos estão disponíveis neste link: https://www.letras.puc-rio.br/....
Além das traduções do inglês para o português, também verteu para o inglês dez livros de autores brasileiros, inclusive obras de Luiz Costa Lima, Flora Süssekind e Ferreira Gullar. Ganhou diversos prêmios literários, como o Portugal Telecom (atual Oceanos), o Prêmio Bravo! Bradesco Prime e o da Fundação Biblioteca Nacional, e o segundo ou terceiro lugar do Jabuti em três ocasiões.