A desigualdade da Revolução Francesa ao fim da Guerra Fria
PublishNews, Redação, 17/04/2025
Livro promove um passeio pelas ideias e teorias dos economistas mais influentes da história sobre desigualdade e distribuição de renda

Visões da desigualdade: da Revolução Francesa ao fim da Guerra Fria (Todavia, 577 pp, R$ 119,90 – Trad.: Pedro Maia Soares), de Branko Milanović, leva o leitor de Quesnay e os fisiocratas, para quem as classes sociais eram prescritas por lei, até os clássicos do século XIX de Smith, Ricardo e Marx, que entendiam a classe como uma categoria puramente econômica impulsionada pelos meios de produção. O livro ainda apresenta como Pareto reformulou a classe enquanto uma disputa entre elites e o resto da população, ao passo que Kuznets identificou a desigualdade como resultado da divisão urbano-rural. Ao fim, explica por que os estudos sobre desigualdade foram eclipsados durante a Guerra Fria, antes de ressurgir com destaque central na economia de hoje. Com rigor acadêmico e narrativa envolvente, passando por mais de duzentos anos de reflexão filosófica, Milanović oferece uma genealogia do discurso sobre distribuição de renda para mostrar não apenas como a desigualdade e o capitalismo sempre estiveram interligados no passado, mas também para aguçar nossa capacidade de pensar mais adiante, em direção às inevitáveis mudanças que o futuro ainda reserva.

[17/04/2025 07:00:00]