Pallas Editora publica 'Brasil Africano', obra de referência de Reginaldo Prandi
PublishNews, Redação, 11/03/2025
Autoridade em religiões afro-brasileiras, Prandi lança a obra em São Paulo e no Rio, na quinta (13) e sábado (15); o antropólogo italiano Bruno Barba vai lançar junto 'Meu caso de amor com o Brasil'

Reginaldo Prandi | © Divulgação
Reginaldo Prandi | © Divulgação
A Pallas Editora leva às prateleiras uma seleção de artigos de periódicos, capítulos de coletâneas e trechos de livros que tratam de assuntos diversos e foram publicados ao longo de meio século. Brasil Africano: orixás, sacerdotes, seguidores, do sociólogo, professor e escritor Reginaldo Prandi, é um farto volume que contempla as religiões afro-brasileiras, abordando deuses, rituais e transformações que acompanharam a sociedade nesse período.

A obra será lançada em São Paulo e no Rio de Janeiro, junto com Meu caso de amor pelo Brasil, o livro de estreia no Brasil do antropólogo italiano Bruno Barba, com quem Prandi trabalha há 25 anos. Na capital paulista, os autores vão conversar com o público nesta quinta (13), às 19h, na Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513, em Pinheiros), com mediação de João Luiz Carneiro.

Já o encontro com os leitores cariocas será no sábado (15), às 11h, na Folha Seca (Rua do Ouvidor, 37, Centro), num papo conduzido por Luiz Antônio Simas.

“O livro analisa o candomblé e a umbanda, seus sacerdotes e seguidores, desvendando dinâmicas de poder, orientação da conduta e resistência. Fala do panteão e ritos a ele dedicados. Reflete sobre a intolerância religiosa, a incorporação da tradição dos orixás na sociedade e na cultura contemporânea", explica o autor, 78 anos, 52 deles vivido entre pesquisas e manuscritos. Prandi é uma autoridade no assunto, com mais de 30 títulos publicados sobre temas como literatura infantojuvenil, educação, metodologia de pesquisa e religião - este último, o assunto pelo qual é mais conhecido.

A obra oferece “um panorama crítico e detalhado do papel dessas religiões na construção da identidade brasileira. É a história de uma tradição de origem africana decisiva para o Brasil, mas mesmo assim frequentemente vilipendiada e perseguida. Os textos deste livro têm como objeto preferencial o candomblé, embora alguns capítulos tratem também da umbanda”, pontua o autor. Desde os anos 1970, ele acompanha e interpreta essas manifestações do ponto de vista sociológico, com destaque para o candomblé e a umbanda.

Reginaldo Prandi diz que os estudos sociológicos sobre religião se alastraram pelo país com a popularidade dos cursos de pós-graduação. Ele iniciou a carreira em 1971, quando havia apenas três programas de pós em sociologia, todos incipientes. Hoje são mais de 50. “As religiões afro-brasileiras, além de se preocuparem com o indivíduo, seguem como exuberante celeiro cultural. São capazes de fornecer ingredientes materiais e simbólicos para o amálgama que preenche muitas fissuras culturais e cria novas fisionomias e enervações que dão forma e sentido à identidade dos brasileiros", frisa.

Tags: Pallas, religião
[11/03/2025 08:00:00]