
A obra será lançada em São Paulo e no Rio de Janeiro, junto com Meu caso de amor pelo Brasil, o livro de estreia no Brasil do antropólogo italiano Bruno Barba, com quem Prandi trabalha há 25 anos. Na capital paulista, os autores vão conversar com o público nesta quinta (13), às 19h, na Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513, em Pinheiros), com mediação de João Luiz Carneiro.
Já o encontro com os leitores cariocas será no sábado (15), às 11h, na Folha Seca (Rua do Ouvidor, 37, Centro), num papo conduzido por Luiz Antônio Simas.

A obra oferece “um panorama crítico e detalhado do papel dessas religiões na construção da identidade brasileira. É a história de uma tradição de origem africana decisiva para o Brasil, mas mesmo assim frequentemente vilipendiada e perseguida. Os textos deste livro têm como objeto preferencial o candomblé, embora alguns capítulos tratem também da umbanda”, pontua o autor. Desde os anos 1970, ele acompanha e interpreta essas manifestações do ponto de vista sociológico, com destaque para o candomblé e a umbanda.
Reginaldo Prandi diz que os estudos sociológicos sobre religião se alastraram pelo país com a popularidade dos cursos de pós-graduação. Ele iniciou a carreira em 1971, quando havia apenas três programas de pós em sociologia, todos incipientes. Hoje são mais de 50. “As religiões afro-brasileiras, além de se preocuparem com o indivíduo, seguem como exuberante celeiro cultural. São capazes de fornecer ingredientes materiais e simbólicos para o amálgama que preenche muitas fissuras culturais e cria novas fisionomias e enervações que dão forma e sentido à identidade dos brasileiros", frisa.