O Women’s Prize divulgou as 16 obras semifinalistas da sua edição de 2025. O prêmio consagra anualmente a melhor obra de ficção escrita por mulheres. A vencedora leva para casa £ 30 mil.
Segundo o júri, "cada obra oferece um mundo expansivo que atrai os leitores com uma narrativa rica e temas ressonantes", ou seja, cumpre o objetivo central do prêmio de celebrar a "amplitude e diversidade" das vozes femininas e homenagear o trabalho de originalidade, excelência e acessibilidade.
Entre os destaques desta 30ª edição do Women’s Prize está Chimamanda Ngozi Adichie com seu novo romance A contagem dos sonhos (Companhia das Letras), sobre quatro mulheres e seus amores, saudades e desejos. O livro é uma reflexão sobre as escolhas que fazemos e aquelas feitas por nós, sobre filhas e mães, sobre nosso mundo interconectado.
Quem também está entre as semifinalistas é Kaliane Bradley, autora de O ministério do tempo, publicado por aqui pela Rocco. A obra – descrita como ficção científica, comédia e romance – acompanha uma funcionária pública se torna parte de um projeto experimental secreto: trabalhar como “ponte” ― uma conexão, uma auxiliar e uma colega de quarto ― de expatriados do tempo, retirados de diferentes momentos do passado direto para o século XXI. Na década de 2020, o desorientado explorador vitoriano Graham Gore fuma sem parar enquanto ouve sonatas no Spotify e descobre exatamente o que significa a expressão “politicamente incorreto”. Durante um verão longo e abafado ― e à medida que o tempo deles se aproxima do fim ―, os dois se apaixonam, contra todas as probabilidades.
De quatro, obra de Miranda July publicada pela Amarcord também está na lista. Na trama, às vésperas do seu aniversário de 46 anos, uma artista quase famosa decide cruzar os EUA de carro, de Los Angeles a Nova York, em uma viagem que mudaria sua vida para sempre. No entanto, 30 minutos depois de se despedir do seu marido e da sua criança, ela sai da rodovia e se hospeda em um motel. Entre quatro paredes, uma jornada completamente inesperada se inicia e novas maneiras de desejar e de ser surgem em epifanias nada ortodoxas.
Outras autoras como Elizabeth Strout (Tell me everything), Karen Jennings (Crooked seeds) e Laila Lalami (The dream hotel) também já tem obras publicadas por aqui.
A lista com as finalistas será anunciada no dia 2 de abril, e a vencedora será conhecida em 12 de junho.
Confira a lista completa:
- Good Girl, de Aria Aber (Bloomsbury Publishing)
- O ministério do tempo, de Kaliane Bradley (Sceptre, Hodder & Stoughton, Hachette / Brasil: Rocco)
- Somewhere else, de Jenni Daiches (Scotland Street Press)
- Amma, de Saraid de Silva (Weatherglass Books)
- Crooked Seeds, de Karen Jennings (Holland House Books)
- De quatro, de Miranda July (Canongate Books / Brasil: Amarcord)
- The dream hotel, de Laila Lalami (Bloomsbury Circus, Bloomsbury Publishing)
- The Persians, de Sanam Mahloudji (4th Estate, HarperCollins)
- A contagem dos sonhos, de Chimamanda Ngozi Adichie (4th Estate, HarperCollins / Brasil: Companhia das Letras)
- Nesting, de Roisín O’Donnell (Scribner, Simon & Schuster)
- A little Trickerie, de Rosanna Pike (Fig Tree, Penguin General, Penguin Random House)
- Birding, de Rose Ruane (Corsair, Little, Brown Book Group, Hachette)
- The Artist, de Lucy Steeds (John Murray, John Murray Press, Hachette)
- Tell me everything, de Elizabeth Strout (Viking, Penguin General, Penguin Random House)
- The Safekeep, de Yael van der Wouden (Viking, Penguin General, Penguin Random House)
- Fundamentally, de Nussaibah Younis (Weidenfeld & Nicolson, Orion Publishing Group, Hachette)
