Em A história de H. (Patuá, 244 pp, R$ 60), o sexagenário H. está sempre perturbado no período das festas de fim de ano, porém, com o auxílio de sua cuidadora, a jovem enfermeira sergipana, Lili, o homem consegue sair acompanhado de seus três cães de estimação (Nina, Lua e Vito); H. viaja para o sítio de sua irmã Isabel e lá encontra os amigos e parentes que formam seu círculo familiar singular. As festas de Natal e Réveillon são recheadas de surpresas. Ao voltar para seu apartamento na cidade de São Paulo sua rotina parece invariável. H. é um homem maduro destruído por tragédias passadas, sofreu diversos esgotamentos nervosos e foi acometido por uma série de patologias psiquiátricas. Depois de um grande susto durante uma consulta com seu psiquiatra Dr. Edgard, H. resolve fugir dos espelhos e dar um novo rumo em sua existência. O fluxo de H. é irônico e marcado por monólogos interiores. O ritmo frenético e tragicômico das descobertas paradoxais de H. introduz o leitor na infância miserável do protagonista e revela sua juventude inútil, seu luto, sua fé duvidosa e sua identidade perdida. História de H. narra a trajetória de um homem comum que luta para sobreviver enquanto foge dos reflexos do assassino em seus espelhos.