
Os eventos descritos no episódio já tinham sido tema do livro Operação impensável (Intrínseca), escrito por Vanessa, e ocorreram há cerca de 14 anos. A editora Todavia – da qual Conti é atualmente diretor de operações e sócio-fundador – publicou na terça (20) um comunicado oficial após o caso tomar as discussões nas redes sociais. O próprio editor também publicou um pedido de desculpas em sua página.
O Estadão foi o primeiro veículo que publicou uma nota compilando as respostas de outros membros do mercado editorial envolvidos no caso – um grupo de e-mails com mensagens sobre o assunto, de caráter misógino, segundo o podcast, comentava o fim do casamento enquanto ele se desenrolava. Escritores como Michel Laub, Joca Reiners Terron, Paulo Scott, Daniel Galera e Antônio Xerxenesky, que participavam do grupo, se pronunciaram agora sobre o assunto nas redes sociais. A coluna de Mônica Bergamo, da Folha, também tratou dos desdobramentos do episódio. De acordo com levantamento realizado a pedido da própria coluna, após a repercussão, as vendas de livros digitais de Vanessa Barbara aumentaram 130 vezes.
Diversos colunistas de portais de notícias e revistas utilizaram seus espaços para comentar o assunto e a sua repercussão, ou mesmo em entrevistas – muitos deles, utilizando o caso como exemplo de comportamentos sociais distorcidos e violentos contra mulheres. Em entrevista ao programa Bem Viver, do Brasil de Fato, a psicanalista Vera Iaconelli usou o caso para diagnosticar uma lógica de comportamento de homens. A colunista e escritora Milly Lacombe escreveu no Uol que: "Alguns agora alegam não terem participado. Estavam em cópia, mas não se meteram. E explicam que o grupo falava de outras coisas: cultura, arte, gastronomia, ciência. Entendo a tentativa de se poupar, mas não se meter é também participar da violência". Também no Uol, o colunista Rodrigo Casarin escreveu na Página Cinco o efeito que as "panelas literárias" têm no desenvolvimento de carreiras no mercado editorial.
Leonardo Neto escreveu uma reportagem para o Estado de S. Paulo em que aborda o fenômeno Luiz Antônio Simas, que conquista a intelectualidade a partir de obras e discursos sobre temas da cultura popular, como carnaval, jogo do bicho e as religiões de matriz africana.
Para O Globo, Matheus Lopes Quirino produziu uma reportagem que explica como o jogo do Super Mário Bros se tornou poesia. A Folha repercutiu um texto do The New York Times que fala sobre novos escritos de Gay Talese.
Um e-book escrito pelo professor Felipe de Souza Noto revisita a história do quarteirão e propõe sua ressignificação no planejamento urbano; material está disponível gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP. A notícia é do Jornal da USP.
O Estadão também produziu um webstories com cinco livros de Virginia Woolf para ler e reler.