A linguagem como faculdade inata
PublishNews, Redação, 05/12/2024
Em obra relançada pela Editora Unesp, Chomsky sustenta que essa capacidade humana é regida por princípios universais e regras complexas

Em uma época em que a compreensão dos mecanismos da mente humana e da linguagem ganha cada vez mais relevância, Linguística cartesiana (Editora Unesp, 264 pp, R$ 62 – Trad.: Larissa Colombo Freisleben e Gabriel de Ávila Othero), de Noam Chomsky, surge como uma leitura indispensável. Publicada originalmente em 1966 e agora relançada, a obra oferece uma abordagem profunda sobre os fundamentos da capacidade linguística humana, ao mesmo tempo que dialoga com as ideias filosóficas de René Descartes e outros pensadores clássicos. Chomsky propõe que a linguagem não é apenas um produto do ambiente, mas uma capacidade inata, presente em todos os seres humanos e moldada por princípios universais. Os tradutores da obra, Gabriel de Ávila Othero e Larissa Colombo Freisleben, da UFRGS, destacam que “Chomsky detalha os fundamentos do programa gerativista e demonstra como suas ideias têm raízes no pensamento racionalista de René Descartes, nos gramáticos de Port-Royal e em Wilhelm von Humboldt”. Esta nova edição conta com uma introdução de James McGilvray, que contextualiza a obra para o século XXI, conectando-a às discussões atuais da biolinguística.

[05/12/2024 07:00:00]