
Um dos expoentes da literatura jovem contemporânea no Brasil está de malas prontas para conquistar os leitores europeus. Stefano Volp negociou os direitos de O segredo das larvas com a Secret Society, selo jovem da Penguin Random House Portugal, comandado por Rodrigo Manhita. A obra, uma ficção distópica influenciada afrofuturismo, promete esquentar o debate sobre colonialismo e a reparação histórica junto aos leitores da Geração Z.
Publicado de forma independente em 2019, O segredo das larvas figurou em primeiro lugar na lista de mais vendidos da Amazon na categoria ficção distópica nacional, chamando a atenção das grandes editoras para o autor capixaba. A obra young adult de Volp acabou contratada pela Galera Record, que há dois meses lançou uma edição revista e atualizada, com ilustração de capa produzida pelo premiado ilustrador Douglas Lopes.
A trama conta a história do Brasil depois do Apocalipse, depois do Breu. Certo dia, a energia elétrica foi desligada em todo o país, e, uma vez cortada, não voltou no dia seguinte, nem no outro. Dois meses depois, quando foi reestabelecida, tudo o que se conhecia sobre a civilização moderna estava em colapso. Em uma mistura de Jogos vorazes (Rocco) e O conto da aia (Rocco), O segredo das larvas dá início a uma trilogia que tem como pano de fundo esmiuçar o racismo.