Austríaco Heinz Janisch vence o Prêmio Hans Christian Andersen 2024
PublishNews, Redação, 08/04/2024
Ele concorria com Marina Colasanti na categoria autoral; em Ilustração, o vencedor foi o canadense Sydney Smith

Heinz Janisch e Sydney Smith
Heinz Janisch e Sydney Smith
O austríaco Heinz Janisch venceu o Prêmio Hans Christian Andersen, a mais importante distinção da literatura infantil no mundo e que tinha Marina Colasanti entre os finalistas. O anúncio foi feito durante um painel no primeiro dia da Feira do Livro Infantil de Bolonha nesta segunda-feira (8).

Realizado pelo International Board on Books for Young People (IBBY), o prêmio reconhece conquistas ao longo da vida e é concedido a um autor e ilustrador cujas obras tenham feito uma contribuição importante e duradoura para a literatura infantil.

Segundo o Júri, Janisch é um mestre dos contos que deixam espaço para a imaginação dos leitores. “Embora muitas de suas obras sejam humorísticas, às vezes até absurdas, ele tem um elemento filosófico em sua escrita que muitas vezes torna seus livros profundos. Seus textos simples são significativos, e o ditado ‘menos é mais’ pode ser aplicado ao autor vencedor de 2024”. O júri destacou ainda que a escrita de Janisch é universal e atrai crianças e jovens de todo o mundo. “Além disso, sua contribuição para a literatura é enorme, não só através da sua escrita, mas também pelas suas inúmeras leituras, oficinas de escrita literária e criativa para crianças e adultos, incluindo oficinas criativas para jovens artistas com deficiência”.

Os critérios utilizados para avaliar as nomeações incluem a qualidade estética e literária, bem como a frescura e inovação do trabalho de cada candidato; a capacidade de ver o ponto de vista da criança e de estimular a sua curiosidade; a autêntica diversidade de expressão; e, a relevância contínua das obras para crianças e jovens.

Na categoria Ilustração, que tinha o brasileiro Nelson Cruz entre os finalistas, o vencedor foi canadense Sydney Smith. Ao reconhecer Smith como um “artista universal”, o júri observou que o seu trabalho é como “uma narrativa visual ou uma breve memória musical. Ele usa técnicas aparentemente simples para contar histórias e seus personagens modestos, mas autênticos, são simpáticos e gentis. Ele usa cores para introduzir natureza, cheiros e drama em cada livro”.

Já venceram o Hans Christian Andersen os brasileiros Lygia Bojunga Nunes (1982), Ana Maria Machado (2000) e Roger Mello (2014).

[08/04/2024 11:30:00]