Índice como base do nosso cotidiano
PublishNews, Redação, 19/03/2024
Livro narra a história de uma ferramenta com um passado ilustre, porém pouco visitado

Qual a relação entre Santo Agostinho e as hashtags? O que os sermões de padres do século 13 têm a ver com pesquisas no Google em 2024? Índice, uma história do (Fósforo, 328 pp, R$ 99,90 – Trad.: Flávio Costa Neves Machado), de Dennis Duncan, responde de modo divertido a essas e a outras perguntas ao narrar a história de uma ferramenta cotidiana pouco conhecida, mas extraordinária, e que hoje é a tecnologia-chave que alicerça toda a nossa leitura on-line: o índice. Com um passado ilustre, porém pouco visitado, o índice remissivo de assuntos e seus irmãos correlatos, como a concordância e o sumário, estão intimamente ligados à história dos livros, do conhecimento e das universidades, passando pela política e pela literatura. Apesar de relegado às páginas finais dos volumes impressos, e de mal constar nos livros digitais, o índice foi objeto de interesse e de narrativas de Virginia Woolf, Italo Calvino, Vladimir Nabokov e Platão. E é justamente esta a surpresa do livro: fazer com que pensemos sobre esse dispositivo textual muitas vezes considerado menor ou trivial, mas que hoje é a base de nosso dia a dia.

[19/03/2024 07:00:00]