
O hiato de doze anos entre a escrita e o lançamento da coletânea tem explicação. Antes de virarem livro, cinco dos doze contos que compõem a antologia foram encenados no ano de 2015, em uma peça homônima que ficou em cartaz por um ano no Sesc Tijuca, bairro da Zona Norte carioca, tão presente na obra de Nelson Rodrigues. Depois desta transposição teatral, a antologia foi relegada a uma pasta esquecida nos arquivos virtuais da autora. Em 2024, os textos ganharão uma nova montagem teatral em Belo Horizonte, com estreia prevista para o mês de maio. E em 2020, em meio à crise sanitária e à quarentena causada pela pandemia de Coronavírus, que Flávia decidiu organizar seus escritos.
Como na obra de Nelson Rodrigues, Flávia utilizou fragmentos da realidade, criando finais trágicos (ou tragicômicos) para questões e tabus que, infelizmente, insistem em ser cada dia mais recorrentes. “Espero que este espelho distópico da realidade nos ajude a enxergar nossas falhas e corrigir nossa trajetória em direção a um futuro mais inclusivo e livre de preconceitos. Espero, sinceramente, que ao revisitar estes textos daqui a 10 anos, eu encontre um livro datado, fora de moda, com temas superados e questões absolutamente circunscritas ao passado. Espero, de verdade, que a gente consiga voltar a caminhar com a cabeça erguida, em direção ao futuro”.
Lançamentos:
Rio de Janeiro
- 7 de fevereiro, às 19 horas
- Local: Livraria da Travessa (Rua Visconde de Pirajá, 572 – São Paulo / SP)
Belo Horizonte
- 16 de fevereiro, às 19 horas
- Local: Livraria Leitura - BH Shopping (BR 356, n.º 3.049 – São Paulo / SP
São Paulo
- 24 de fevereiro, às 17 horas
- Local: Espaço Parlapatões - Consolação (Praça Franklin Roosevelt, 158 – São Paulo / SP)