Na ocasião, Tom conversa sobre sua obra com Paulo Scott – autor de Marrom e amarelo que assina a orelha do livro.
Toda fúria conta a história de Caniço, uma cria da favela. Seus pais são mortos pela ordem natural do crime – ele pela polícia, ela dentro da cadeia. Bicho solto, ele se fez nas ruas: fazendo furtos, usando drogas e servindo de mula e aviãozinho para o tráfico. Com diversas passagens pelas chamadas casas de correção, conheceu na pele a violência desse ambiente que deveria lhe dar alguma uma chance. Mas, não. O sistema é um retrato do mundo que não quer que jovens como Caniço sobrevivam e se “endireitem”.
A obra escrita por Tom é uma ficção, mas, segundo a editora, poderia ser a história real de muitos jovens que são lançados à agressividade do sistema e da criminalidade.