Eliana Alves Cruz, vencedora do Jabuti 2022, participa de seminário com Tom Farias
PublishNews, Redação, 28/04/2023
Autores de obras aclamadas pelo público e crítica, artistas discutem questões raciais sob a ótica das letras e das artes visuais em Petrópolis

Os escritores Eliana Alves Cruz e Tom Farias estarão em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, neste sábado (29), às 19h, para participar do seminário “Performances, escrita e personagens”. A atividade integra a programação paralela de “Um oceano para lavar as mãos”, exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha (Av. Joaquim Rolla, nº 2 – Petrópolis / RJ). O seminário tem entrada franca e contará com a apresentação e mediação do historiador Flávio Gomes.

Eliana Alves Cruz foi a ganhadora do Prêmio Jabuti 2022 na categoria Contos, pelo livro A vestida (Malê). Colunista da Folha de São Paulo e crítico de literatura do jornal O Globo, Tom Farias é autor de Cruz e Sousa: Dante negro do Brasil e Carolina, uma biografia, ambos finalistas do mesmo prêmio, em 2009 e 2019.

Professor da UFRJ, Flávio Gomes acumula obras de referência no meio acadêmico. Entre eles estão Negros e políticas (2005), A hidra e os pântanos (2006), O alufá Rufino (2011) e Mocambos e quilombos: história do campesinato negro no Brasil (2015), como autor; e Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação (2012), Políticas da raça (2014), Dicionário da escravidão e liberdade (2018) e Enciclopédia Negra (2021), como organizador – esses dois últimos juntamente com Lília Schwarcz pela Companhia das Letras.

Ao longo do período da exposição “Um oceano para lavar as mãos”, programação paralela ao seminário, que fica em cartaz até 17 de setembro de 2023, serão quatro os encontros neste formato. Flávio Gomes explica que “uma das principais propostas do eixo seminário é resgatar as formas poéticas da língua escrita, bem como das formas da tradição oral, da livre conversação, do conto, do contar uma história, à mão livre”.

Os curadores-gerais da exposição, Marcelo Campos e Filipe Graciano, destacam que “pensar a história do Brasil é se aproximar, inevitavelmente, de um passado diaspórico. O corpo negro se reconfigura em lócus de outros atravessamentos que, hoje, apresentam-se em uma renovada potência crítica quando nos conscientizamos dos sujeitos invisibilizados por um passado colonial, imperial e escravocrata. Um mar de distância separa saberes e tradições de sujeitos desapropriados e sequestrados de suas terras que passaram a ser explorados. Um mar, um oceano, onde muitos lavaram as mãos em sentido duplo é ambíguo. Se ainda vivemos em uma sociedade racista, pouco foi feito para a igualdade racial. Contudo, este mesmo mar nos traz as divindades que nos ajudam a limpar e expurgar tanta desumanidade. A partir dessas observações constrói-se coletivamente a exposição ‘Um oceano para lavar as mãos’”.

Para saber mais sobre o evento, clique aqui.

SERVIÇO:

Centro Cultural Sesc Quitandinha: Avenida Joaquim Rolla, nº 2 – Petrópolis/RJ

Evento as 19h

Gratuito

[28/04/2023 08:00:00]