Charlie Watts (HarperCollins, 384 pp, R$ 69,90 – Trad.: Jaime e James Biaggio), de Paul Sexton, é a biografia oficial e autorizada de um dos maiores músicos populares da história. Em meados de 1962, a recém-criada banda Rolling Stones partiu em busca de um baterista. Eles queriam Charlie Watts, um musicista de jazz já bastante conhecido nos clubes de R&B de Londres, e foram rejeitados por não terem shows suficientes na agenda para cobrir suas despesas. Com algum esforço, os Stones adicionaram uma performance extra à sua programação e, finalmente, conseguiram convencer Charlie. Era o início de uma longa jornada de sucesso. Durante os anos 1960, ele e os Stones alcançaram o status de estrelas do rock e, logo, documentaram a devassidão dos anos 1970 no icônico álbum Exile on Main St., um dos mais marcantes da banda. Mas Charlie passou a década seguinte lutando contra os próprios demônios. Apesar disso, Watts emergiu ileso, e firmou sua reputação de ser o oposto de seus companheiros rebeldes. Por quase 60 anos — apesar de todos os altos e baixos da banda, os lutos que precisaram enfrentar e as mudanças dentro e fora do palco —, Charlie preservou o rock no coração dos Rolling Stones. Ao mesmo tempo, foi a antítese do arquétipo de rockstar: um homem que valorizava sua privacidade e sua família acima de tudo. Com prefácio de Mick Jagger e Keith Richards, Charlie Watts é um panorama sensível e íntimo, na voz de amigos, familiares e admiradores, da pessoa por trás da bateria e do legado permanente de um músico fascinante.